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Ginecologia e Obstetrícia AULA 1 - PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO - 09/02/21 O pré natal começa quando a gestante chega na primeira consulta. A caderneta de pré natal da gestante é entregue e deve sempre acompanhá-la. Trata-se de um documento que deve sempre permanecer com a paciente, nunca deve ficar em prontuário ou em meio a documentações hospitalares. O pré natal acaba quando a gestante volta para realizar a consulta do puerpério (consulta de revisão do parto). O PHPN estabelece que uma gestante esteja presente, no mínimo, em 6 consultas de pré-natal. Sendo 1 consulta no primeiro trimestre, 2 consultas no segundo trimestre e 3 consultas no terceiro trimestre. Pré-Natal é uma consulta do casal, onde ambos devem ser acolhidos. PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA: Deve conter: ● Identificação ● Anamnese ● Exame Físico Geral / Obstétrico ● Exames Complementares ● Diagnóstico ● Conduta 1. IDENTIFICAÇÃO: Nome, idade, cor, estado civil, profissão, procedência. 2. ANAMNESE: Queixa principal (pré-natal, sangramento, dor), Antecedentes familiares, Antecedentes pessoais. ➻ Queixa Principal: Perguntar como a gestante passou desde a última consulta, se há alguma queixa, como corrimentos, sangramentos, tonturas, náuseas, vômitos, febre, entre outros. Sanar quaisquer dúvidas que a gestante tenha. ➻ Gestações Anteriores: ● Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme); ● Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas – indicações); ● Número de abortamentos (espontâneos, provocados, causados por DST, complicados por infecções, curetagem pós-abortamento); ● Número de filhos vivos; – idade na primeira gestação; ● Intervalo entre as gestações (em meses); ● Isoimunização Rh; ● Número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação); ● Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g; ● Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos); ● Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos); ● Natimortos (morte fetal intra-útero e idade gestacional em que ocorreu); ● Recém-nascidos com icterícia, transfusão, hipoglicemia, exsangüineotransfusões; ● Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (especificar); ● Complicações nos puerpérios (descrever); ● História de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame). ➻ Gestação Atual: ● DUM (primeiro dia da última menstruação); ● Peso prévio e altura; ● Sinais e sintomas na gestação em curso; ● Hábitos alimentares; ● Medicamentos usados na gestação; ● Internação durante essa gestação; ● Hábitos: fumo (nº de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas; ● Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse); ● Aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e pela família, principalmente se for adolescente. ➻ Antecedentes Familiares: ● Hipertensão arterial; ● Diabetes mellitus; ● Doenças congênitas; ● Gemelaridade; ● Câncer de mama e/ou do colo uterino; ● Hanseníase; ● Tuberculose; ● Doença de Chagas; ● Parceiro sexual portador de infecção pelo HIV; ➻ Antecedentes Pessoais: ● Hipertensão arterial crônica; ● Diabetes mellitus; ● Cardiopatia; ● Doenças renais; ● Anemia; ● HIV; ● Neuropatias; ● Doenças Psiquiátricas; ● Cirurgia; ● Distúrbios nutricionais; ● Epilepsia; ● Doença de tireóide / Endocrinopatias; ● Transfusão de sangue; ● Malária; Viroses; Alergia; Hanseníase; Tuberculose. 2.1 ANAMNESE GINECOLÓGICA: Antecedente menstrual, Antecedente sexual, Antecedente mamário, Antecedente cirúrgico, Infecções, Método anticonceptivo. ➻ Antecedentes Menstruais: ● Ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade); ● Uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e motivo do abandono); ● Última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e resultado); ● Início da atividade sexual; ● Dispareunia; Sinusorragia; ● Número de parceiros sexuais; ● Uso de preservativos; ● Infertilidade e esterilidade (tratamento); ● Doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive pelo parceiro); ● Doença inflamatória pélvica; ➻ Antecedentes Sexuais: ● Início da atividade sexual ● Dispareunia ● Sinusorragia ● Número de parceiros sexuais ● Uso de preservativos ● Infertilidade ● DST ➻ Antecedentes mamários: Mamas (alteração e tratamento); ➻ Antecedentes Cirúrgicos: Cirurgias ginecológicas (idade e motivo); 2.2 ANAMNESE OBSTÉTRICA: ● Data da última menstruação (DUM) ● Número de gestações ● Evolução das gestações anteriores ● Complicações nas gestações anteriores ● Tipo de partos ● Peso de filhos anteriores ● Complicações do parto ➻ GPAC: G: número de gestações P: número de partos A: número de abortos C: número de cesáreas Exemplo: Gestante, com 1 filho nascido de parto normal e 1 aborto -> G3P1A1C1 ➻ Data da Última Menstruação (DUM): ● Confiável ou não ● Ciclos regulares ● Uso de métodos anticoncepcionais ● Data provável do parto: DPP (regra de Naegele) ➻ Data provável do parto (DPP): Regra de Naegele DPP: DUM + 7dias - 3 meses Exemplos: DUM: 07/03/2020 ----------> DPP: 14/12/2020 DUM: 15/05/2020 ----------> DPP: 22/02/2021 Data da última menstruação (Ex: 15 de maio) + 7 dias - 3 meses= 22 de fevereiro. ➻ Idade gestacional: Pela data da última menstruação: DUM (se confiável). Pela ultrassonografia: • Até 12 sem -------------------- erro 3 dias • 12-20 sem -------------------- erro 7 dias • 20-32 sem --------------------- erro 1,5 semanas • >32 sem ------------------------ erro 2,5 semanas Exemplo: Se a menstruação foi dia 09/12 - preciso saber o número de semanas que há até hoje (idade gestacional atual). Para isso, pega 09/12 → conta quantos dias tem do dia 9/12 até o dia atual (09/02). Dezembro têm 31 dias → tira 9 (DUM) = 22 dias. Janeiro tem 31 dias. Fevereiro passou 09 dias. Somando-se tudo (22 dias de dezembro + 31 dias de Janeiro + 9 dias de Fevereiro) temos 62 dias. 62 dias / 7 dias (semana) = 8 semanas e 6 dias. *Esta última divisão (Xdias/7) deve ser sempre feita à mão, nunca na calculadora, pois a conta quase nunca é exata, e o “resto” são os dias da idade gestacional que sobram, devendo sempre ser especificados (ex: 8 semanas e 6 dias). Quando feita na calculadora, o resultado é um número quebrado, impossibilitando a exatidão da idade gestacional. *Se a idade gestacional pela ultrassonografia bater com a conta feita a partir da DUM (levando em consideração a margem de erro para baixo e para cima), consideram ambos. Se a ultrassonografia não bater com a conta pela DUM e der um erro acima do aceitável, desconsidera a DUM e leva em consideração somente o ultrassom. 3. EXAME FÍSICO GERAL: Determinação do peso e da altura; medida da pressão arterial; inspeção da pele e das mucosas; palpação da tireóide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades); ausculta cardiopulmonar; determinação da freqüência cardíaca; exame do abdômen; exame dos membros inferiores; pesquisa de edema (face, tronco, membros). ● Tipo somático: IMC ● Tipo constitucional: normolíneo, brevelíneo, longilíneo, atético ou displásico. ● Estado Nutricional: tecido adiposo e muscular ● Fáscies: normal ou atípico (caquética, desnutrida) ● Mucosas: normocoradas, hipocoradas e descoradas ● Pêlos: distribuição (normal ou masculinizada - hirsutismo) ● Pele: lesões sifilíticas, condilomas, doença de Paget. Demais aparelhos. ➻ Edema: Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias; Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, no nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial). 3.1 EXAME GENITAL: ➻ Exame de mamas: realizar orientações para o aleitamento materno em diferentes momentos educativos, principalmente se for adolescente. Nos casos em que a amamentação estiver contra-indicada (portadoras de HIV/HTLV ), orientara mulher quanto à inibição da lactação (mecânica e/ou química) e para a aquisição da fórmula infantil); ➻ Palpação obstétrica e identificação da situação e apresentação fetal; ➻ Medida da altura uterina; ➻ Ausculta dos batimentos cardíacos fetais; ➻ Inspeção dos genitais externos: Pesquisa lesões, secreções, amostragem. ➻ Exame especular: ● Aparência do colo ● Colheita da citologia oncótica ● Secreções – pH vaginal ○ Teste das Aminas ○ Bacterioscopia: Gram ○ Exame a fresco a) inspeção das paredes vaginais; b) inspeção do conteúdo vaginal; c) inspeção do colo uterino; d) coleta de material para exame colpocitológico (preventivo de câncer), se houver indicação, e para a pesquisa de infecção por clamídia e gonococo, se houver sinais de inflamação e corrimento cervical mucopurulento; *Vaginose: quando não há presença de leucócitos na célula e vaginite quando há presença de leucócitos; Colpocitologia Oncótica: ➻ Toque vaginal: Detectar anomalias do canal de parto. ● A palpação do colo do útero: Consistência, Localização, Esvaecimento (apagamento), Dilatação. ● Avaliação de membranas ovulares ● Apresentação fetal ● Avaliação da Bacia ● Determinar características do colo ● Determinar variedade de posição Esvaecimento: Distância entre orifício interno e orifício externo. Dilatação: Abertura do orifício interno e externo. ➻ Relações materno-fetais - Variedade de posição: Relação do ponto de referência da apresentação e a posição que ocupa na pelve materna. Situação: Relação do maior eixo fetal e materno. Longitudinal e Transversa. Apresentação: Pólo fetal que se relaciona com o estreito superior da bacia materna. a. Cefálica b. Pélvica c. Córmica *O exame físico das adolescentes deverá seguir as orientações do Manual de Organização de Serviços para a Saúde dos Adolescentes. 3.2 EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO: Aferição de PA, Peso materno, Altura materna, IMC ➻ Aferição de PA: Deve ser realizada em todas as consultas. Hipertensão arterial: Pressão arterial ≥ 140 x 90mmHg (Repouso, Paciente sentada, Braço ao nível do coração, Manguito de tamanho apropriado, PAs – 1º ruído, PAd - 5° som Korotkoff, Mais que uma medida). ➻ Peso e altura materna - IMC: Se obesa, 32 ou mais: corrigir a pressão arterial, tirar dois milímetros de mercúrio. ➻ Avaliação das Mamas: Inspeção Estática, Inspeção Dinâmica, Palpação, Expressão ➻ Exame Uterino: Altura Uterina, com uma fita métrica medir a borda superior do pube (fundo zero, sínfise púbica) até o fundo uterino (mais ou menos 20 cm). Por fim, avaliar se tem contrações: frequência, duração e intensidade. Palpação uterina: Consistência. ➻ Manobras de Leopold – Escola Alemã ● Primeira manobra: delimitação da altura do fundo uterino. ● Segunda manobra: avaliação da localização do dorso fetal (Direita, esquerda, anterior, posterior). ● Terceira Manobra: “apresentação”, determinar a apresentação que se relaciona com a pelve materna. ● Quarta Manobra: “insinuação”. Esta manobra está destinada a palpar o “segmento fetal que está na pelvis menor”. Realiza-se com a mudança da posição do examinador. ➻ Ausculta de BCF: Auscultação dos batimentos cardíacos fetais: Estetoscópio Pinard, Sonar Doppler. Primeiro deve palpar o bebê e depois analisar em que posição está o coração dele. Se eu tentar adivinhar a posição do bebê somente pela ausculta, posso errar, pois o som se propaga e posso estar auscultando o coração em um local, mas na verdade a apresentação esta pélvica por exemplo. 4. PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES: Exames Laboratoriais, Exames de Imagem. Orientações: Nutrição, Dentista, Vacinas, Intercorrências, Dúvidas. ➻ Exames Complementares: ● Tipagem sanguínea (ABO Rh) ● Coombs indireto (se Rh negativo) ● Hemograma (Hb/Ht) - 11 Hb e 33 Ht ● Glicemia de jejum - 92 ● Sorologias (HIV, VDRL, Hepatite B - AgHBs, Toxoplasmose, Hepatite B – AntiHBs, antiHBc) ● Urina I / urocultura ➻ Exames Laboratoriais: ● Entre 24 e 28 semanas: TTOG 75g, CI (se Rh negativo) ● Após 30 semanas: Hemograma, PAI (Pesquisa de Anticorpo Regular, se Rh -), Glicemia (para verificar se a diabetes está compensada, caso tenha), Urina I/ Urinocultura (verificar infecção urinária), VDRL, Anti HIV, Hepatite B (se –), Toxo (se suscetível, com IgG positivo e IgM negativo) ● Pesquisa Streptococo agalactie (Coleta anal e vaginal, 35 a 37 semanas, 4/5 semanas, Sepse neonatal precoce (95%) ➻ Exames de Imagem: USG inicial ● US morfológico de 1º trimestre: 10 a 14 sem ● US morfológico de 2º trimestre: 20 a 24 sem - vemos a cabeça, cerebelo, cisterna magna, tálamo, ventrículos posteriores, ventrículos anteriores e laterais, verificamos se tem estômago, veia porta, medimos os ossos, avaliar bebe de perfil, distancia dos olhos (doppler na artéria uterina) ● US para medir colo de útero: 20 a 24 sem (NORMAL: > que 2,5cm) O Ministério da Saúde não diz que é necessária a realização de ultrassom, visto que este não está disponível em todos os lugares do país, mas os outros guidelines preconizam. O US 5D é mais utilizado para a mãe ver o rosto do bebê. A ultrassonografia obstétrica realizada entre a 11ª a 14ª semanas de gestação, também conhecida como exame morfológico de primeiro trimestre, tem importância indiscutível no rastreamento de anormalidades cromossômicas (cromossomopatias ou aneuploidias), especialmente aquelas que são compatíveis com a evolução da gestação até o termo. Dentre estas destacam-se, especificamente, as trissomias dos cromossomos 21 (Síndrome de Down), 18 (Síndrome de Edwards) e 13 (Síndrome de Patau). A medida da espessura da translucência nucal (TN), associada a avaliação de outras características fenotípicas fetais e maternas, permite a detecção de aproximadamente 95% das anormalidades cromossômicas (isto quando 2,5% das gestantes com maior risco calculado são submetidas a procedimentos invasivos diagnósticos, tais como biópsia de vilosidades coriônicas ou amniocentese). A medida da TN, além de permitir calcular o risco de trissomias, também pode contribuir para a detecção de malformações cardíacas, displasias esqueléticas e síndromes genéticas. As características fenotípicas fetais estudadas no exame morfológico incluem, além da TN: o aspecto dos ossos nasais e os padrões de fluxo no ducto venoso e na valva tricúspide. Algumas características maternas também influem no cálculo de risco para aneuploidias, destacando-se: a idade materna, a idade gestacional (IG), a história prévia de cromossomopatias e os níveis séricos da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana (β-HCG) e da proteína A associada à gestação (PAPP-A). Ademais, há outros relevantes benefícios do exame ultrassonográfico de primeiro trimestre, incluindo: a confirmação da vitalidade fetal, a datação da gravidez, o diagnóstico precoce de malformações fetais graves e de gestações múltiplas. Neste caso, este exame também oferece a possibilidade de determinação da corionicidade, fator prognóstico de suma importância em gestações múltiplas. ➻ Doppler do ducto venoso: O ducto venoso é um pequeno vaso que aparece no embrião humano em torno do 30° dia de vida, ou com 6,5 mm de comprimento crânio-nádega. Trata-se de uma derivação que direciona o sangue bem oxigenado da veia umbilical para a veia cava inferior, chegando à circulação coronária e cerebral por meio de um fluxo preferencial do sangue através do forame oval para o átrio esquerdo. A onda de fluxo sanguíneo no ducto venoso é característica, com alta velocidade durante a sístole ventricular (onda S) e a diástole (onda D), e fluxo anterógrado durante a contração atrial (onda A). Padrões anormais de fluxo no ducto venoso incluem, além do índice de pulsatilidade acima do percentil 95 para a idade gestacional, a própria ausência da onda A ou a presença de onda A reversa. O fluxo anormal no ducto venoso, no período de 11-13+6 semanas, está associado com anomalias cromossômicas, malformações cardíacas e desfecho desfavorável da gestação. Em estudos que compreenderam mais de 5.000 gestantes em centros especializados, incluindo cerca de 280 fetoscom trissomia do cromossomo 21, observou-se a existência de fluxo anormal no ducto venoso em cerca de 80% dos fetos com essa cromossomopatia e em cerca de 5% dos fetos euplóides. A associação entre a TN aumentada e o fluxo anormal no ducto venoso é praticamente inexistente. Deste modo, a avaliação do ducto venoso pode ser combinada à medida da TN para aprimorar a eficácia do rastreio precoce da trissomia do cromossomo 21 por meio da ultrassonografia de primeiro trimestre. ➻ Doppler da valva tricúspide: É reconhecida uma estreita associação entre a regurgitação da valva tricúspide fetal e o aumento na prevalência de defeitos cromossômicos. Diversos estudos demonstraram que a ecografia realizada entre a 11-13+6 semanas de gestação diagnosticou a regurgitação da tricúspide em 2 a 3% dos fetos cromossomicamente normais e em 60 a 70% dos fetos com trissomia do 21. Sabe-se que a prevalência da regurgitação da tricúspide cresce com o aumento da espessura da TN e na presença de outros defeitos cardíacos, mas diminui com o avanço da gravidez. Para avaliação do fluxo tricúspide, a imagem deve ser magnificada de forma que só o tórax esteja incluído na tela. A presença ou ausência da regurgitação da tricúspide é determinada pelo Doppler pulsado. A amostra de volume é posicionada verticalmente, compreendendo todos os folhetos da válvula tricúspide. O ângulo de direção do fluxo deve ser menor que 30°. O diagnóstico de regurgitação da tricúspide, no primeiro trimestre, dá-se quando estiver presente em pelo menos metade da sístole e com velocidade maior que 80 cm/s. A avaliação rotineira da regurgitação da tricúspide no rastreio de cromossomopatias no primeiro trimestre poderia promover uma oportunidade e otimização para o diagnóstico precoce das malformações cardíacas, uma vez que é necessária a adequada visualização das quatro câmaras cardíacas para que o exame seja realizado corretamente. O próprio diagnóstico de regurgitação tricúspide serviria como um alerta para a presença de defeito cardíaco subjacente. *PREDIÇÃO DE PRÉ-ECLÂMPSIA - Avaliação do Índice de Pulsatilidade das Artérias uterinas ➻ Ultrassonografia: Durante a gestação: US obst com Doppler: > 30 sem - Padrão de fluxo Artérias uterinas - Padrão de fluxo Artéria umbilical - Padrão de fluxo Artéria cerebral média - Padrão de fluxo no Ducto Venoso 5. DIAGNÓSTICO: ➔ Diagnóstico obstétrico de normalidade (DON). ➔ Diagnóstico obstétrico patológico pregresso (DOPP). ➔ Diagnóstico obstétrico patológico atual (DOPA). ➔ Diagnóstico ginecológico (DG). ➔ Diagnóstico clínico-cirúrgico (DCC). ➻ Diagnóstico obstétrico de normalidade (DON): Gestante, parturiente, puérpera. Idade gestacional. Gesta. Para, Feto único ou múltiplos. Vivo, Situação. Apresentação. Posição, variedade de posição e altura de apresentação. ➻ Diagnóstico obstétrico patológico pregresso (DOPP): Intercorrências obstétricas em gestações anteriores: Abortamento, gravidez ectópica, pré-eclampsia, prematuridade, ruptura prematura das membranas ovulares, gravidez molar, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, morte neonatal ➻ Diagnóstico obstétrico patológico atual (DOPA): Intercorrências obstétricas na gestação atual: Diabetes gestacional, hipertensão gestacional, restrição de crescimento fetal, feto PIG, feto GIG, macrossomia, malformação fetal, óbito fetal. ➻ Diagnóstico ginecológico (DG): Intercorrências ginecológicas: Miomatose, corrimento vaginal, câncer de colo, câncer de mama, tumor de ovário, útero didelfo, útero bicorno ➻ Diagnóstico clínico-cirúrgico (DCC): Intercorrências clínico e/ou cirúrgicas: Cesárea, miomectomia, colecistectomia, Pielonefrite, pneumonia, estenose mitral, úlcera duodenal, LES, apendicite, pancreatite, politraumatismo, fratura de membros 6. ORIENTAÇÕES: ➻ Nutrição: ➻ Ganho de peso materno - Peso Pré Gravídico: ➻ Dentista: Doença Periodontal ➻ Vacinas: Tétano / Coqueluche – dTpa; Hepatite B; Gripe ● Vacinas permitidas: Hepatite A; Pneumococo; Meningococo; Raiva ● Vacinas contra indicadas: Sarampo; Caxumba; Rubéola; Poliomielite; Varicela 7. CONDUTAS: O ácido fólico quando utilizado para prevenção de defeito do tubo neural deve ser iniciado 2m antes da concepção até 3 meses de gestação. Mas atualmente há conduta de manter o uso durante toda a gestação e manter até o período da amamentação. ➻ Calendário de Consultas ● Mensal: < 28ª semana ● Quinzenal: 28ª-36ª semana ● Semanal: > 36 semanas ● Casos de risco: discutir caso a caso Consultas Subsequentes: Queixa, IG - DUM/USG, Peso (kg), Pressão arterial (mmHG), IMC, Edema, Exame físico Geral, Altura uterina (cm), Relações útero fetal, BCF, Mov. Fetal / AT, Especular, se necessário, Toque, se indicado. O acompanhamento da mulher, no ciclo grávido-puerperal, deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que deverá ter sido realizada a consulta de puerpério. ➻ Dúvidas: Após o término da consulta, abrir o espaço para que a gestante esclareça todas as suas dúvidas e dar todas as orientações necessárias, incluindo orientações para o parto (tipos de parto existentes, qual o mais indicado para o caso específico, sanar todas as dúvidas). Orientar também sobre a amamentação e pega correta a fim de evitar o aparecimento de fissuras e diminuir as chances de desistência da amamentação materna exclusiva.
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