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TERAPIA NUTRICIONAL

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Terapia Nutricional 
 Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para 
manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio 
de nutrição parenteral ou enteral. 
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional 
Grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um 
profissional de cada, com treinamento especifico para esta 
atividade: 
 Médico; 
 Nutricionista; 
 Enfermeiro; 
 Farmacêutico; 
 Outros – Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Educador Físico. 
Indicação Terapia Nutricional 
 Desnutrição ou risco nutricional; 
 Perda de peso importante; 
 Cirurgia de grande porte; 
 Ingestão oral inadequada (<60% da oferta ideal); 
 Disfagia moderada ou grave; 
 Anorexia/Hiporexia; 
 Situações Hipermetabólicas: 
 Câncer 
 Doenças neurológicas 
 Grande queimado 
 Estado Estável Hemodinâmico – não se inicia terapia em 
paciente instável. 
Avaliação Nutricional 
Definição da via de acesso 
Nutrição Oral / Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral 
5 passos da Terapia Nutricional 
 Triagem nutricional; 
 Avaliação nutricional; 
 Cálculo das necessidades; 
 Indicação da terapia nutricional (VIA); 
 Acompanhamento nutricional. 
Suporte Nutricional 
 Nutrição Via Oral – dieta normal. 
 Nutrição Enteral (NE) – sondas; 
 Nutrição Parenteral – intravenosa. 
Terapia Oral 
 Mais fisiológica; 
 Mais barata; 
 Confortável pro paciente; 
 O uso de suplementos orais são frequentemente utilizados 
para que o aporte calórico-proteico seja atingido; 
 Não há legislação especifica. 
Como fazer? 
Consistência ou volume → 
 Mastigação/deglutição; 
 Distúrbios gastrointestinais; 
 Bronquioaspiração; 
 Intervenções cirúrgicas; 
 Preparações para exames. 
Conteúdo Energético 
Qualidade e Quantidade 
Terapia Enteral 
 É o fornecimento para a luz do TGI de dietas ou formulações 
nutricionais, introduzidas pela boca, sondas nasoenterais ou 
ostomias de nutrição. 
Indicação 
 TGI funcionante; 
 Incapacidade total ou parcial de digerir; 
 Não quer, não pode ou não consegue comer. 
Qual a via preferencial em pacientes críticos, nutrição enteral ou parenteral? 
Sugerimos o uso de nutrição enteral ao invés de nutrição parenteral 
em pacientes críticos com indicação de Terapia Nutricional (TN). 
 Menor custo; 
 Mais fisiológica; 
 Diminuição de complicações infecciosas. 
Indicação 
 Desnutrição ou risco nutricional; 
 Perda de peso > 5% em 3 meses ou >10% em 6 meses; 
 Cirurgia de grande porte; 
 Ingestão oral inadequada (<60% da oferta ideal); 
 Disfagia moderada ou grave; 
 Anorexia/Hiporexia; 
 Estenoses; 
 Queimados; 
 Trauma; 
 Doença Inflamatória Intestinal; 
 Má absorção; 
 AVC; 
 Pancreatite; 
 Neoplasias; 
 TCE; 
 Síndrome Intestino Curto; 
 Fístulas intestinais; 
 Encefalopatias; 
 Nefropatias; 
Vantagens: 
 
Contraindicações: 
 TGI não funcionante; 
 Instabilidade hemodinâmica; 
 Fístulas com alto débito; 
 Perfuração intestinal; 
 Obstrução mecânica TGI; 
 Isquemia intestinal; 
 Megacólon tóxico; 
 Absorção intestinal comprometida; 
 Hemorragia digestiva grave; 
 Vômito ou diarreia incontrolável. 
Vias de acesso 
 Nasogástrica; 
 Nasoduodenal; 
 Nasojejunal; 
 Gastrotostomia; 
 Jejunostomia. 
Raio X → padrão ouro para posicionamento da sonda. 
 Ostomia: abertura de um orifício entre a pele com algum 
órgão (TGI) onde é colocada a sonda, podendo ser em 
posição: 
Gástrica: Gastrostomia 
Jejunal: Jejunostomia 
Qual deve ser o posicionamento da sonda: gástrico ou pós-pilórico? 
 Sugere-se a administração da nutrição enteral em posição 
pós-pilórica apenas em paciente com alto risco para 
aspiração e naqueles com intolerância à administração da 
dieta no estômago. 
Classificação da dieta quanto ao grau de manipulação. 
 Semi-aberto; 
 Aberto – requer manipulação prévia a sua administração; 
 Fechado – não requer manipulação prévia a sua 
administração. 
Fórmula padrão para nutrição enteral 
Fórmula para nutrição enteral que atende aos requisitos de 
composição para macro e micronutrientes estabelecidos com base 
nas recomendações para população saudável. 
 CHO – 45 a 75% 
 Lipídeo – 15 a 35% 
 Proteína – 10 a ≤20%. 
 Fórmula necessariamente polimérica. 
 Vitaminas e minerais dentro de limites mínimo e máximo; 
 Pode ter adição de fibras (até 2g/100kcal) entre outros 
nutrientes (flúor, carnitina, inositol, β-caroteno) 
Fórmula modificada para nutrição enteral 
Fórmula baseada nas dietas padrão, mas com as modificações 
necessárias para atender as necessidades especiais de pacientes. 
 Ausência, redução ou aumento dos nutrientes. 
Módulo para nutrição enteral 
Fórmula para nutrição enteral composta por um dos principais grupos 
de nutrientes: 
 Carboidratos (CHO); 
 Lipídeo (LIP); 
 Proteínas (PTN); 
 Fibras; 
 Micronutrientes. 
Principais complicações da Terapia Nutricional Enteral 
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS: 
 Sangramento e perfuração da traqueia; 
 Migração ou retirada espontânea; 
 Deslocamento da sonda e/ou migração; 
 Lesões isquêmicas da asa do nariz; 
 Estenose esofágica; 
 Fístula traqueoesofágica; 
 Erosões, ulcerações, infecção de ferida; 
 Otite média e/ou sinusite; 
 Varizes esofágicas; 
 Em ostomias: vazamentos, irritação cutânea, infecção e 
tamanho incorreto do estoma. 
OBSTRUÇÃO DA SONDA 
Falhas na irrigação da sonda; 
Resíduos de comprimidos; 
Fórmulas com alta viscosidade; 
Incompatibilidade com medicações; 
 
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS 
 Pneumonia aspirativa/Broncoaspiração – aspiração do 
conteúdo do estômago e consequentemente pneumonia. 
Causas: 
 
 Obstrução esofágica por sonda de grande calibre; 
 Refluxo gastroesofágico, diminuição do refluxo de vômito; 
 Regurgitação do conteúdo gástrico. 
 
 Contaminação microbiológica da fórmula ou do sistema de 
infusão. 
Medida Preventiva: 
 Higiene adequada das mãos, utensílios e materiais durante o 
preparo, envasamento ou administração da dieta. 
COMPLICAÇÕES METABÓLICAS 
 
 
 
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS 
 Náusea e vômito; 
 Esofagite de refluxo; 
 Distensão abdominal; 
 Desconforto abdominal; 
 Constipação; 
 Diarreia. 
 
Terapia Parenteral 
Indicada quando há contraindicação absoluta para o uso do TGI: 
 Obstrução intestinal; 
 Síndrome Intestino Curto; 
 Fístulas enterocutâneas de alto débito; 
 Quando o paciente apresentar desnutrição moderada ou 
grave e após 24-72 horas a oferta por via enteral for 
insuficiente. 
Lavar corretamente a 
sonda após o uso. 
Indicação: 
 Fístulas gastrointestinais; 
 Hemorragias intestinais; 
 Pancreatite aguda ou crônica em que a NE não possa ser 
administrada; 
 Transtornos alimentares graves; 
 Desnutrido grave; 
 Pré-operatório; 
 Câncer/HIV; 
 Queimados críticos; 
 Obstrução intestinal; 
 DII; 
 Síndrome do Intestino Curto; 
 Íleo paralítico prolongado; 
 Vômitos e diarreia intratável; 
 TGI não funcionante; 
 Oral e enteral contraindicadas; 
Contraindicação: 
 Instabilidade hemodinâmica; 
 Doença terminal com mau prognóstico; 
 Capacidade de se alimenta pela via oral e/ou enteral; 
 Fase aguda do trauma; 
 Edema agudo de pulmão; 
 IAM; 
 Anúria sem diálise; 
 Distúrbios metabólicos (hiperglicemia, hipofosfatemia, 
hipocalemia, acidose metabólica). 
Vias de Acesso 
 Periférica – veias de pequeno calibre, cefálica, basílica ou 
umeral. 
 Central – veias profundas: jugular, subclávia. 
 
 
NPT – SOLUÇÕES QUE ENGLOBAM: 
 Fontes calóricas para fornecer energia (CHO e LIP); 
 Fontes de nitrogênio (PTN); 
 Eletrólitos, elementos-traço, vitaminas e água. 
 
Devem ser prescritos de acordo com a situação clínica nutricional, 
diagnóstico, presença de comorbidades, balanço hidroeletrolítico e 
estado ácido-base. 
 
SOLUÇÃO DE AMINOÁCIDOS 
 15 a 20% da quantidade calórica.
 1g = 4kcal. 
 
 Formulação de AA padrão – usadas em pacientes com NN 
normais e sem disfunção orgânica. 
 Formulação de AA modificados – especializadas quanto o 
perfil de AA modificados. 
SOLUÇÃO DE GLICOSE 
 1g de glicose = 3,4 cal/ml 
 
 As soluções de glicose variam na concentração de 5-70%. 
 Mais utilizada é a 50%. 
 70% - para pacientes em restrição hídrica. 
 10% - instalação de SG10% logo após o desmame total da NPT. 
 
 
 
 
 Hiperglicemias; 
 Anormalidades hepáticas; 
 Aumento do esforço respiratório. 
 
EMULSÃO LIPÍDICA 
 20-30% calorias de lipídeos; 
 1g = 9kcal; 
 1g/kg/dia. 
 
 São utilizadas na NPT com 2 objetivos: 
 Fornecer AG essenciais; 
 Parte da oferta calórica. 
 São compostos de água, triglicerídeos, emulsificantes (lecitina 
do ovo) e glicerol. 
 Volume lipídico não deve ultrapassar 30% do aporte calórico 
total ou 1g/kg/dia. 
 
Como prescrever a Nutrição Parenteral? 
 Diagnóstico clínico; 
 Condições clínicas; 
 Condições do TGI; 
 Exames bioquímicos; 
 Diagnóstico nutricional do paciente; 
 Determinar as necessidades nutricionais do paciente; 
 Carboidratos – Solução de glicose (5 a 75%); 
 Proteínas – Solução de AA (6.9, 8.0 e 10%); 
 Lipídeos – Solução de lipídeos TCL/TCM (10 e 20%); 
 Vitaminas, minerais e oligoelementos; 
 Água 30 a 50 ml/kg. 
 
Dados: peso 80kg; 
Necessidade calórica: 30 Kcal/Kg/dia = 2400 kcal. 
 
Como prescrever macronutrientes? 
 
 
 
 
Como monitorar a Nutrição Parenteral? 
 História, exame físico, dados laboratoriais, deficiências 
especificas de nutrientes; 
 Sinais vitais – checados de 8/8h; 
 Peso corporal, fluído administrado e perdidos – medidos 
diariamente; 
 Eletrólitos, fósforo, magnésico, cálcio e glicemia-mensurados 
até a estabilidade; 
 Glicemia – avaliada a cada 4-6 horas se hiperglicemia; 
 Na infusão lipídica avaliar triglicerídeo sérico. 
 
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO CATÉTER 
 Relacionado a inserção do cateter: 
 Pneumotórax, hemotórax, hidrotórax, punção e 
laceração arterial, trombose venosa, embolia 
pulmonar, embolia gasosa, embolia de cateter, mal 
posicionamento do cateter. 
Pneumotórax 
 Complicação imediata. 
 Prevenção: 
 Não puncionar veia subclávia; 
 Realizar punção com auxílio de imagem (USG). 
 
 Complicações sépticas: 
 Contaminação do cateter; 
 Peritonite, queimaduras de pele, broncopneumonia. 
COMPLICAÇÕES METABÓLICAS 
 Distúrbios da glicemia – hipoglicemia/hiperglicemia; 
 Hipertrigliceridemia – excesso de CHO e/ou LIP na dieta; 
 Síndrome de Realimentação; 
 Doença hepática (Cirrose, colestase, colelitíase; 
Esteatose e esteatohepatite; Lama biliar).

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