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Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 DISCIPLINA DE MICOLOGIA CLÍNICA Curso de Farmácia Professor: Tatiana Herrerias Nome: Nathália Miotto Bernardes Alves 1. Um paciente de 60 anos procurou um serviço de dermatologia de um hospital público. Ao exame dermatológico apresentava lesão escurecida em toda a mão esquerda. No exame direto, foram evidenciadas hifas septadas, ramificadas, de cor marrom-clara com extremidades hialinas. Também foram visualizados blastoconídios ovalados, com gemulação unipolar. Qual é a doença mais provável apresentada pelo paciente e qual o seu agente etiológico? Após o exame direto quais exames você faria para confirmar o diagnóstico? Nesse caso, a doença mais provavel se trata de Tinea nigra, causado pelo fungo Hortaea werneckii. Para a confimação do diagnóstico, pode ser feito o meio de cultura em ágar Sabourand com cloranfenicol, onde será observado ao longo da primeira semana uma colonia com aspecto leveduriforme, com textura cremosa de cor negro-oliváceo. E, após até 3 semanas de incubação, observa-se uma colonia com micélio aéreo, com caracteristicas de fungo filamentoso, textura aveludada com centro escuro. Na microscopia do meio de cultura pode- se observar: filamentos septados acastanhados, blastosporos e artrosporos. 2. Mulher, 34 anos, chegou ao dermatologista com queixa de lesões hipocrômicas distribuídas por todo tronco. Durante a anamnese referiu que as lesões não eram pruriginosas e que haviam aparecido após sua ida ao litoral. O dermatologista encaminhou a paciente ao laboratório de Micologia solicitando o diagnostico microbiológico da lesão. De que maneira você realizaria a coleta, exame direto e cultivo para identificação do agente patológico? Qual agente é mais provável de ter causado essas lesões? Observando o relato da paciente e as lesões identificadas, provavelmente se trata de Pitiriase versicolor, causada pelo fundo Malassezia furfur. A coleta pode ser realizada a partir da raspagem do local da lesão. Obtido as escamas raspadas da pele, deve-se clarear com KOH a 20% e observado em microscópio. O que se espera: Células leveduriformes, ovais ou arredondadas, refringente, em “cachodeuva“, hifas curtas, angulares, largas e de parede espessa. Para realização do cultivo, deve-se utilizar o meio ágar Sabouraud Dextrose com óleo de oliva (pois se desenvolve em meios lipidicos). Em caso de hemocultura, adiciona-se 3% de ácido palmitico ao BACTEC. A incubação deve ser feita de 10-15 dias. Observa-se colonias foscas, secas e de cor bege. Ao observar a microscopia, nota-se leveduras elipsoides.
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