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A ATIVIDADE AGROPECUÁRIA E SUAS DIFERENTES PAISAGENS ASPECTOS ECONÔMICOS A organização da atividade agropecuária na América também está relacionada com o seu processo de colonização: temos no continente paisagens agrícolas muito diferentes, no tipo de produção, forma de organização: e nível de tecnologia empregado. A ATIVIDADE AGROPECUÁRIA E SUAS DIFERENTES PAISAGENS De maneira geral, na América Latina, foram implantadas, pelas empresas colonizadoras, as plantations, monoculturas de produtos agrícolas tropicais, produzidas em latifúndios, com uso de mão de obra escrava cuja produção era destinada ao mercado externo. Na América Anglo-Saxônica, predominaram as propriedades agrícolas familiares, com a produção destinada ao consumo interno. A ATIVIDADE AGROPECUÁRIA E SUAS DIFERENTES PAISAGENS A agropecuária no continente americano sempre foi uma atividade econômica importante. Atualmente, os países menos industrializados são aqueles que concentram as suas principais atividades relacionadas à agricultura e também uma maior participação da População Economicamente Ativa (PEA) no setor. Nesses países, destaca-se o plantio de produtos tropicais, como cana-de-açúcar, café, cacau, banana e algodão. A PRODUÇÃO AGRÁRIA NO CONTINENTE AMERICANO A PRODUÇÃO AGRÁRIA NO CONTINENTE AMERICANO A forma de produção, herança do processo colonial, se baseia nos latifúndios monocultores, sendo em muitos países, administrada por grandes empresas multinacionais, provocando uma concentração de terras nas mãos de poucos proprietários e a falta de terras para o pequeno agricultor. Essa desigualdade gera uma relação fundiária conturbada e em alguns países foram criados projetos de reforma agrária com o objetivo de melhorar a distribuição das terras. Entre os países que já adotaram reformas nesse sentido estão o México, Cuba, Peru e Chile. A PRODUÇÃO AGRÁRIA NO CONTINENTE AMERICANO A PRODUÇÃO AGRÁRIA NO CONTINENTE AMERICANO Além da monocultura de produtos tropicais, a agricultura de subsistência também é muito importante. Em geral, praticada com pouca inserção de tecnologia, tem como objetivo o consumo familiar. Em países como o Brasil, México e Argentina a agroindústria da soja, do milho e do trigo, estão associadas às grandes propriedades, altamente mecanizadas, com uso de sementes selecionadas e mão de obra especializada, como biólogos e agrônomos. A sua produtividade é alta e a produção é destinada principalmente para o mercado externo. A PRODUÇÃO AGRÁRIA NO CONTINENTE AMERICANO O grande desenvolvimento tecnológico e industrial desses países permite uma atividade agrária com alta produtividade e variedade de produtos, com pouco uso de mão de obra. Nos Estados Unidos, a variedade de climas e de solos, associado ao seu alto nível tecnológico, faz do país um grande produtor agropecuário, que se destaca pelo volume, atendendo não só às necessidades internas, mas também à exportação, e pela variedade de produtos. A AGRICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ A distribuição dos produtos agrícolas é feita em faixas ou cinturões, conhecidos como belts que se estendem no sentido Leste-Oeste do país, variando os produtos no sentido norte-sul, segundo as condições climáticas. Essa forma de produção agrícola é caracterizada pela especialização de um produto, adequado às condições climáticas e de solo, como o milho, o trigo e o algodão; ao uso de biotecnologia e elevada mecanização; pouco uso de mão de obra e alta produtividade. A AGRICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ A AGRICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ A agropecuária no Canadá concentra-se no Sul, na fronteira com os Estados Unidos, destacando-se as Planícies Centrais ou Prairie como a principal região agrícola do país. A fertilidade do solo e o pequeno mercado consumidor interno permitiram o desenvolvimento da agricultura (trigo, batata, cevada e aveia), junto à pecuária extensiva de corte, destinadas principalmente ao mercado externo. Na Região do Vale do Rio São Lourenço, destaca-se a policultura e a criação intensiva de gado leiteiro, destinadas ao abastecimento da população urbana. A AGRICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ A AGRICULTURA NOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ No seu tempo, a civilização inca era um modelo de organização social. Desde o imperador ao camponês, todos conheciam o seu lugar na sociedade e o trabalho que de cada um se esperava. Foi um período de grandes empreendimentos. Construíram-se cidades e edifícios maravilhosos, alguns deles em locais de difícil acesso, nas vertentes montanhosas. Uma rede de estradas, frequentemente escavadas nas montanhas, ligava as cidades do império. E apesar do crescimento constante da população, havia sempre alimento suficiente para todos, assegurado por um eficiente sistema agrícola. No tempo dos incas a população do Peru era mais numerosa do que atualmente, por isso a produção de alimentos era tão importante. Qualquer pedacinho de terra tinha que ser cultivado. OS INCAS E A AGRICULTURA NOS ANDES Nas terras altas os aldeões não cultivavam apenas os vales dos rios, mas construíam também nas vertentes das montanhas uns terraços irrigados denominados andinos. Nos declives construíam paredes de pedra separadas por áreas cobertas de terra arável, de modo que as montanhas se assemelhavam a gigantescas escadas que se tornavam verdes sempre que as plantas germinavam. Os regatos das montanhas eram desviados para irrigar esses terraços. Muitas famílias cultivavam campos situados em níveis diferentes das encostas montanhosas. No cume, plantavam batatas e outras culturas resistentes ao frio. Nos níveis intermediários, semeavam feijões e milho – o alimento mais importante. Mais abaixo, plantavam árvores frutíferas e pimenteiras. Assim, com os devidos cuidados, produziam alimentos de todas as regiões climáticas do seu império. OS INCAS E A AGRICULTURA NOS ANDES No litoral, os incas semeavam os férteis vales dos rios. Tinham colheitas a b u n d a n t e s e u t i l i z a v a m o s excrementos de aves e o peixe como adubo. Na época da plantação e da colheita, todos os habitantes da aldeia part ic ipavam. Homens, mulheres e crianças, todos tinham uma tarefa a cumprir. (C. A. Burland. Povos do Passado. Os Incas. São Paulo: Cia. Melhoramentos, 2001. Adaptado.) OS INCAS E A AGRICULTURA NOS ANDES Os astecas fascinam a arqueologia e despertam suposições em torno do seu desaparecimento. Comunidade marcada pelo trabalho e pelas crenças religiosas, os astecas habitavam a região de Aztlán, a noroeste do México. Sucessores diretos da linhagem dos toltecas, os astecas inicialmente formavam uma pequena tribo de caçadores e coletores que, em 1325, se deslocou em direção à zona central mexicana e desenvolveu uma agricultura moderna e de subsistência. Entre as invenções dos astecas, constam a irrigação da terra e a construção dos “jardins flutuantes" – cultivo de vegetais em terrenos retirados do fundo dos lagos. A construção das chinampas (nome dado a esses jardins) era feita nos lugares mais rasos dos lagos. OS JARDINS FLUTUANTES DOS ASTECAS Os astecas demarcavam o local das futuras chinampas com estacas e juncos, enchiam-nos com lodo extraído do fundo do lago e misturavam com um tipo de vegetação aquática que flutuava no lago. Esta vegetação formava uma massa espessa sobre a qual se podia caminhar. Estas tecnologias foram essenciais para a fundação e sobrevivência de Tenochtitlán. Tenochtitlán, capital do império asteca, era bela e bem maior que qualquer cidade da Europa na época. Esta metrópole teve seu apogeu de 400-700 d.C. Com suas enormes pirâmides do Sol e da Lua (63 e 43m de altura, respectivamente), sua Avenida dos Mortos (1.700m de comprimento), seus templos de deuses agrários e da Serpente Plumada, suas máscaras de pedra dura, sua magnífica cerâmica, ela parece ter sido uma metrópole teocrática e pacífica, cuja influência se irradiou até aGuatemala.(Disponível em: <http://historiadomundo.uol.com.br/asteca/ segredo-asteca.htm>. Acesso em: 10 abr. 2017.) OS JARDINS FLUTUANTES DOS ASTECAS OS JARDINS FLUTUANTES DOS ASTECAS AMÉRICA - ECONOMIA AMÉRICA - ECONOMIA AMÉRICA - ECONOMIA AMÉRICA - ECONOMIA HORA DO DESAFIO 1. Quais elementos, presentes no mapa, foram usados para retratar o tema? 2. Com base nos elementos do mapa e nas atividades desenvolvidas em nossas aulas, faça uma análise econômica do continente americano, destacando os principais produtos e as áreas de produção agrícola, industrial e de serviços, e a relação entre as atividades econômicas e o grau de desenvolvimento do continente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOLIGAN,Levon (et). Geografia, Espaço e vivência. Volume 1, 6ª edição, Editora Atual, São Paulo, 2016. MELHEM, Adas (et). Expedições Geográficas, Volume 1, 9ª edição, Editora Moderna, São Paulo, 2013. VESENTINI, José Willian. Projeto Teláris - Geografia. Volume 1, 23ª edição, Editora Ática, São Paulo, 2009. CHIANCA, Rosaly Maria (et). Nos dias de hoje - Geografia. Editora Leya, São Paulo, 2013.
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