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Análise Crítica – Chapter 3 – Kinetic and Equilibrium Models of Adsorption Anne Caroline Silva Freire – 00305177 Estudos de cinética de adsorção são importantes no tratamento de efluentes aquosos, pois fornecem informações sobre o processo do mecanismo de adsorção. Segundo o capítulo 3 a isoterma de Langmuir é baseada nas seguintes suposições: • os adsorbatos são adsorvidos quimicamente em um número fixo de locais bem definidos; • uma monocamada do adsorbato é formada sobre a superfície do adsorvente quando fica saturado; • cada local pode conter apenas uma espécie de adsorvato; • todos os sites são energeticamente equivalentes; • interações entre as espécies de adsorvato não existem. O modelo de isoterma de Freundlich é uma equação exponencial, e assume que o a concentração de adsorvato na superfície do adsorvente aumenta à medida que o adsorvato e a concentração aumenta. Teoricamente, usando esta expressão, uma quantidade infinita de adsorção ocorrerá. Da mesma forma, o modelo assume que a adsorção pode ocorrer através de várias camadas em vez de uma única camada. Figura 1: Equação de Langmuir. Figura 2: Equação de Freundlich. Isotermas de adsorção são equações matemáticas usadas para descrever, em termos quantitativos, a adsorção de solutos por sólidos, a temperaturas constantes. Uma isoterma de adsorção mostra a quantidade de um determinado soluto adsorvida por uma superfície adsorvente, em função da concentração de equilíbrio do soluto. A técnica usada para gerar os dados de adsorção é, a princípio, bastante simples, pois uma quantidade conhecida do soluto é adicionada ao sistema contendo uma quantidade conhecida de adsorvente. Admite-se que a diferença entre a quantidade adicionada e a remanescente na solução encontra-se adsorvida na superfície adsorvente (Bohn et al., 1979). A isoterma de Freundlich quando comparado a isoterma de Langmuir apresenta um ajuste para o modelo isotérmico com R2 e também um desvio padrão menor. Podemos observar com os seguintes gráficos: Figura 3: Isoterma de equilíbrio de adsorção de Langmuir. Figura 4: Isoterma de equilíbrio de adsorção de Freundlich. Os pontos experimentais na Figura 4 se ajustaram melhor ao modelo de isoterma de Freundlich, enquanto que na Figura 3 podemos observar pontos fora da isoterma. Há trabalhos na literatura que os autores afirmam que os dois modelos foram válidos, porém ao observar os gráficos verifica-se que o modelo de Freundlich é melhor no ajuste como no capítulo 3, um desses trabalhos foi o “isotermas de langmuir e de freundlich na descrição da adsorção de boro em solos altamente intemperizados”. O modelo de Sip, um modelo empírico, consiste na combinação de Langmuir e Freundlich. O modelo de Sips fica da seguinte forma: Figura 5: Modelo de Sip. A isoterma de Sips quando em baixas concentrações se reduz basicamente a isoterma de Freundlich, mas segue com uma característica de adsorção em monocamada da isoterma de Langmuir em altas concentrações de adsorvato. No capítulo 3 foi observado que o expoente de Sips ficou limitado a 1, então este modelo de isoterma fica com os mesmos parâmetros que a isoterma de Langmuir, no entanto o R2 ajustado e o desvio padrão da isoterma de Sips foram piores que o de Langmuir. Figura 6: Isoterma de equilíbrio de Sips No trabalho “Utilização de carvão ativado de dendê in natura e funcionalizado em meio ácido na adsorção de paracetamol”, o modelo de Langmuir e Sips foram os que melhor ajustaram os dados experimentais em todas as amostras, porém no trabalho do capítulo 3 não se ajustou tão bem. O modelo isotérmico de Liu é uma combinação dos modelos isotérmicos de Langmuir e Freundlich, mas a suposição de monocamada do modelo de Langmuir e o infinito pressupostos de adsorção que se originam do modelo de Freundlich são descartados. O modelo de Liu prevê que os sítios ativos do adsorvente não podem possuir o mesma energia. Portanto, o adsorvente pode apresentar sítios ativos preferidos pelo adsorbato moléculas para ocupação, entretanto, a saturação dos sítios ativos deve ocorrer ao contrário do modelo de isoterma de Freundlich. Figura 7: Modelo de Isoterma de Liu. A Figura 8 mostra o gráfico de isoterma de Liu não linear para a adsorção de Corante DB-53 usando MWCNT como adsorvente do capítulo 3. Do ajuste, o R2 ajustado obtido foi 0,9998, o que é muito bom para uma isoterma não linear. Da mesma forma, o SD para o modelo de isoterma de Liu foi de apenas 1,143 mg g − 1. Esta valor foi 15,65, 11,56 e 16,29 vezes menor do que os valores SD de Langmuir, Modelos de isotermas de Freundlich e Sips, respectivamente, indicando que esta isoterma o modelo se ajustou melhor aos dados de equilíbrio experimental. Figura 8: Isoterma de Liu. O modelo de Isoterma de Redlich – Peterson também é uma equação empírica: Figura 9: Modelo de Isoterma de Redlich- Peterson. Onde Krp e aRP são constantes de Redlich- Peterson. Esta equação se torna linear se g = 0 e se reduz a uma isoterma de Langmuir quando g = 1. A figura 10 apresenta a curva de adsorção do corante DB -53 usando MWCNT como adsorvente como nos outros gráficos para fazer uma comparação. Figura 10: Isoterma de adsorção de Redlich -Peterson. Podemos observar que Peterson foi melhor que o modelo de isoterma Langmuir, Freundlich e Sips, sendo apenas um pouco inferior do que o modelo isotérmico de Liu. Este modelo tem três parâmetros e o expoente é limitado. Há outros modelos descritos no capítulo 3, como modelo isotérmico de: Hill, Khan, Radke- Prausnitz e Toth. Os gráficos a seguir representam os modelos. Figura 11: Outros Modelos Isotérmicos de Adsorção. Figura 12: Modelos isotérmicos e suas equações. Após analisar os parâmetros e gráficos os autores do capítulo 3 chegaram a conclusão que o modelo de Hill e Liu são idênticos, exceto pelas constantes de equilíbrio que mudam, também viram quem Khan e Radke não apresentam diferença significativa. Pela matemática Toth seria o melhor modelo para se adequar porém o valor da constante de equilíbrio e o valor adsorvido pode não corresponder aos valores corretos. O modelo de Liu e Hill conseguiram uma capacidade máxima de sorção de 409, 4 mg/g para adsorção do corante DB-53 em MWCNT, podemos observar tudo isso pelos gráficos apresentados e também pelo R2 ajustado que também estão descritos nos gráficos. ESTUDOS DE CINÉTICA DE ADSORÇÃO. O estudo de cinética de adsorção é importante no tratamento de efluentes aquosos, usando nanomateriais pois fornece informações valiosas sobre vias de reação e o mecanismo das reações de adsorção. As equações cinéticas de pseudo-primeira ordem e pseudo-segunda ordem mais empregadas são: Figura 13: Modelo de adsorção cinética de pseudo- primeira ordem. Figura 14:Modelo de adsorção cinética de pseudo-segunda ordem. A pseudo- primeira ordem e a pseudo-segunda ordem são as mais empregadas nos modelos cinéticos para descrever o processo de adsorção com base em reações químicas cinéticas. Figura 15: Gráficos de Modelos de adsorção cinética de: pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem, ordem geral, Elovich e Avrami Fracionário. Os outros modelos apresentados nos gráficos são modelos empíricos. Essas curvas cinéticas de adsorção são do corante RB-4 no adsorvente SWCNT. O melhor modelo será aquele que apresenta menor desvio padrão e R2 ajustado próximo a 1. O modelo de ordem geral foi o que teve melhor R2 ajustado e menor valor de desvio padrão. Baseando-se em modelos linearizados e não lineares desse capítulo, a análise do equilíbrio de adsorção de dados cinéticos não deve ser utilizado equações de forma linear. Um dos trabalhos observados na literatura como “Estudo de Cinética e Equilíbrio de Adsorção empregando a casca do coco modificada quimicamente para a remoção de Pb(II)de Banho sintético” também utilizaram equações não-linearizadas e o que melhor se ajustou com o erro qui quadrado menor foi a de pseudo-segunda ordem. Além disso, junto com os dados termodinâmicos é bom avaliar a constante de equilíbrio de adsorção (K) a partir do valor do modelo de equilíbrio isotérmico não linear de melhor ajuste. O capítulo ajudou a compreender erros que ocorrem no uso de modelos de equilíbrio linearizado e de adsorção cinética. REFERÊNCIAS E.C. Lima, M.A. Adebayo, F. M. Machado, Chapter 3- Kinetic and Equilibrium Models of Adsorption in Carbon Nanomaterials as Adsorbents for Environmental and Biological Applications, C.P. Bergmann, F.M. Machado editors, ISBN 978-3- 319-18874-4, Springer 2015, pp.33-69. DOI 10.1007/978-3-319-18875-1_3. ALLEONI, L. R. F. CAMARGO, O. A. CASAGRANDE, J. C (1998). Isotermas de langmuir e de freundlich na descrição da adsorção de boro em solos altamente intemperizados. Scielo Brasil. https://doi.org/10.1590/S0103- 90161998000300005. FERREIRA, R. C. LIMA, H. H. C. JUNIOR, O. M. C. ARROYO, P. A (2018). Utilização de carvão ativado de dendê in natura e funcionalizado em meio ácido na adsorção de paracetamol. Quimica Nova. https://doi.org/10.1590/S1517- 707620170001.0304. da Silva, J. E.; Rodrigues, F. I. L.; Pacífico, S. N.; Santiago, L. F.; Muniz, C. R.; Saraiva, G.D.; Nascimento, R. F.; Sousa Neto, V. O (2018). Estudo de Cinética e Equilíbrio de Adsorção empregando a casca do coco modificada quimicamente para a remoção de Pb(II) de Banho sintético. Revista virtual de química. V. 10. Nº05. 1248-1262. https://doi.org/10.1590/S0103-90161998000300005 https://doi.org/10.1590/S0103-90161998000300005 https://doi.org/10.1590/S1517-707620170001.0304 https://doi.org/10.1590/S1517-707620170001.0304
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