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ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste documento, sendo ela textos, imagens, desenhos ou padrão, pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de 
quaisquer formas, sistemas ou propósitos, sem a permissão expressa e formal do Cemal Treinamentos. 
1 
 
SUMÁRIO 
 
 
CONTEÚDO PÁGINAS 
 
INTRODUÇÃO 03 
DEFINIÇÕES 03 
DIFERENÇA ENTRE NUVENS EXPLOSIVAS 08 
PONTO DE FULGOR 10 
PONTO OU TEMPERATURA DE IGNIÇÃO 11 
LIMITES DE INFLAMABILIDADE EXPLOSIVIDADE 13 
RISCO DE IGNIÇÃO EM ATMOSFERA EXPLOSIVA 17 
PROTEÇÃO PRIMÁRIA CONTRA EXPLOSÃO 19 
PROTEÇÃO SECUNDÁRIA CONTRA EXPLOSÃO 19 
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS QUANTO À ATMOSFERA EXPLOSIVA 20 
CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 21 
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS INTRINSECAMENTE SEGUROS E ASSOCIADOS 30 
TIPO DE PROTEÇÃO USADA EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - ÁREAS CLASSIFICA
DAS 30 
DEFINIÇOES E TERMINOLOGIAS 33 
IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO DO EQUIPAMENTO 33 
MARCAÇÃO EX E TIPOS DE ETIQUETAS 35 
TIPOS DE BARREIRAS DE SEGURANÇA INTRÍNSECA 38 
ATERRAMENTO 38 
ISOLAÇÃO GALVÂNICA 39 
APLICAÇÕES TÍPICAS DE EQUIPAMENTOS INTRINSECAMENTE 
SEGUROS E ASSOCIADOS 43 
ANEXOS 49 
BIBLIOGRAFIA 53
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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2 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Desde que começou a produzir o fogo, o homem vem se 
aprimorando na ciência de dominá-lo, a fim de que essa 
importantíssima ferramenta não se torne uma arma contra 
quem a usa. Ao armazenar madeira seca para usar como 
lenha, já houve a necessidade de evitar que o fogo a 
atingisse, e na medida em que a quantidade de madeira 
armazenada cresceu o risco de incêndio cresceu também. 
Quando passou a produzir carvão mineral e, 
especialmente, ao cavar minas para retirar carvão, o risco 
aumentou e muito. No ambiente das minas, havia não só o 
risco de incêndio mas também o risco de explosão por 
causa do pó e dos gases comuns existentes ali, 
denominados grisu. 
A suspensão de poeira de carvão e a presença de grisu não 
exigiam uma chama para dar início à combustão: bastava 
uma fagulha para produzir o início de uma queima violenta 
do pó em suspensão. 
Entre 1911 e 1913, diversos acidentes em minas de carvão na Inglaterra chamaram 
atenção para uma importante fonte de início de combustão: a fagulha elétrica. 
Os estudos a respeito das causas e as possíveis formas de evitá-las fizeram nascer a 
Segurança Intrínseca. 
 
2 DEFINIÇÕES 
 
NBR IEC 60079-14 
Atmosferas explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas 
 
Complementares 
 
NBR10861 Prensa-cabos 
NBR15206 Instalações hidráulicas prediais - Chuveiros ou duchas - 
Requisitos e métodos de ensaio 
NBR5363 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Tipo de 
proteção "d" - Especificação 
NBR5420 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Invólucros 
com pressurização ou diluição contínua - Tipo de proteção "p" 
NBR5456 Eletricidade geral 
NBR5597 Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento 
protetor e rosca NPT - Requisitos 
NBR5598 Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento 
protetor e rosca BSP - Requisitos 
NBR6251 Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV 
a 35 kV - Requisitos construtivos 
NBR6812 Fios e cabos elétricos - Queima vertical (fogueira) 
NBR8370 Equipamento elétrico para atmosfera explosiva - Terminologia 
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=40253
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29724
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=27314
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=27314
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29361
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29361
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=28843
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=28843
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29187
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=37684
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=37684
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=37685
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=37685
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29087
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29087
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29928
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29233
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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4 
 
NBR8447 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas de 
segurança intrínseca - Tipo de proteção "I" 
NBR8601 Equipamentos elétricos imersos em óleo para atmosferas 
explosivas 
NBR9518 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Requisitos 
gerais 
 
NBR9883 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Segurança 
aumentada - Tipo de proteção "E" 
NBR9884 Máquinas elétricas girantes - Graus de proteção proporcionados 
pelos invólucros 
IEC 60079-10 
 
IEC 60079-13 
 
IEC 60079-15 
 
IEC 60079-18 
 
IEC 60079-5 
 
 
Baseada (s) 
IEC 79-14 
 
 
NORMAS REGULAMENTADORAS QUE COMPLEMENTAM AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
EM ATMOSFERA EXPLOSIVA SÃO: 
 
• NR 22 Trabalho Subterrâneo; 
• NR 25 – Resíduos Industriais; 
• NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados; 
• NBR 5363 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Invólucros à 
prova de explosão – Tipo de proteção "d" – Especificação; 
• NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão – Procedimento; 
 
2.1 ÁREAS CLASSIFICADAS 
 
É uma área na qual a probabilidade da presença de uma atmosfera explosiva é tal 
que exige precauções para a construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos. 
Para um primeiro enfoque sobre as instalações elétricas em áreas classificadas, é 
fundamental que seja conceituado o que se entende por “instalações elétricas à prova de 
explosão”. 
 
São chamadas de “instalações elétricas a prova de explosão” e muito 
freqüentemente confundidas com instalações a prova de pó, a prova de gases ou vapores, 
e até blindadas a prova de tempo, as instalações em áreas chamadas classificadas. Estas 
instalações possuem características muito específicas e variáveis, de acordo com os 
ambientes, substâncias e equipamentos envolvidos. 
 
 
 
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29617
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29617
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29624
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29624
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29662
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29662
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29666
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29666https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29665
https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=16&c=29665
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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2.2 O QUE SÃO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS? 
 
São misturas de substâncias inflamáveis com o ar na forma de: gás, vapor, névoa, 
poeira ou fibras, na qual após a ignição, a combustão se propaga através da mistura. 
 
A potencialidade dos danos devidos à propagação descontrolada de uma ignição não 
desejada exige que nossa atenção se prenda à eliminação dos fatores determinantes da 
combustão. 
 
Há muito, sabemos que para a combustão, necessitamos de três elementos básicos: 
o combustível, o comburente e a fonte de ignição, que se constituem no famoso triangulo 
do fogo, proporcionando assim um princípio de incêndio e ou um explosão. 
 
Atmosfera explosiva – Mistura com ar, em condições atmosféricas, com substâncias 
inflamáveis em forma de gás, vapor, névoa ou poeira que, depois da ignição, a combustão 
consome. 
 
Área classificada – Área na qual uma atmosfera explosiva está presente, ou é esperada 
de estar presente, em quantidades que requeiram especial precaução para a construção, a 
instalação e o uso de equipamentos. A norma define como área classificada um volume 
com risco de explosão. 
 
Área não classificada – Área na qual uma atmosfera explosiva não é esperada em 
quantidades que requerem precaução especial para construção, instalação e uso de 
equipamentos. 
 
Manutenção – Combinação de ações que tem o objetivo de manter e/ou restabelecer as 
condições de operação de um equipamento, dentro das especificações e performances 
exigidas. 
 
Inspeção – Tarefa de verificação de um equipamento sem desmontagem total ou parcial, 
podendo ser completada por alguma medição para se determinar a condição de um 
equipamento ou instalação. 
 
Inspeção visual – Inspeção que Identifica, sem ser necessário o acesso por 
equipamentos ou ferramentas, de algum defeito ou anormalidade, como a falta de 
parafusos, o que pode estar aparente a olho nu. 
 
Inspeção fechada – Inspeção mais profunda que a visual. Nesta inspeção pode ser 
necessária a utilização de ferramentas para abrir o equipamento. Normalmente esta 
inspeção não necessita da desenergização do equipamento. 
 
Inspeção detalhada – Esta inspeção identifica defeitos que não podem ser identificados 
pela inspeção fechada. Esta inspeção visa identificar conexões frouxas, que somente 
podem ser identificadas pela abertura do equipamento, com ou sem a utilização de 
ferramentas e equipamentos de teste. 
 
Inspeção inicial – É a Inspeção em equipamentos antes de serem colocados em 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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operação. 
 
Inspeção periódica – É a inspeção em equipamentos, sistemas e instalações baseadas 
em rotina. 
 
Inspeção por amostragem – É a Inspeção realizada em uma parte da totalidade dos 
equipamentos, sistemas e instalações. 
 
Supervisão contínua – Frequente atendimento, inspeção, serviço e cuidados de 
manutenção para um equipamento ou instalação elétrica realizada por profissional 
qualificado que possui experiência neste tipo de instalação específica e neste ambiente, de 
forma a manter a proteção contra a explosão das instalações em condições satisfatórias. 
 
Pessoal qualificado – São profissionais experientes, treinados nos vários tipos de 
proteção e práticas de Instalações, sabedores das normas e regras relevantes e princípios 
gerais de classificação de área. Este profissional deve ter treinamentos contínuos. 
 
Pessoal técnico com função executiva – É o profissional qualificado que provê 
gerenciamento técnico das atividades. O profissional deve ter conhecimentos sobre 
atmosfera explosiva adequada a função, conhecer o local e as condições das instalações. 
Ele assume a responsabilidade geral (global) e o controle dos sistemas de inspeção para o 
equipamento elétrico dentro das áreas classificadas. 
 
Combustão – Propagação da reação química de oxidação exotérmica de um combustível. 
 
Área Explosiva – Área em que há misturas explosivas de gases, vapores, poeiras 
inflamáveis e ar, sob determinadas condições de concentração, temperatura e pressão. 
 
Deflagração – Reação química exotérmica com pequena velocidade de propagação da 
ordem de centímetros por segundos, iniciada pela ignição. Essa reação é acompanhada de 
uma ligeira alteração de pressão e de um leve ruído 
 
Explosão – É o tipo de combustão com velocidade na ordem de grandeza de m/s. O 
processo é instável, com um aumento de pressão em torno de 3 a 10 bar. O ruído 
resultante é intenso, devido a expansão rápida dos gases, pela altas temperaturas. 
 
Detonação – É o tipo de combustão com velocidade na ordem de km/s. A mistura 
inflamável se decompõe quase instantaneamente e pressão é maior que 20 bar. Possui 
ruído forte. 
 
Temperatura de superfície – É um parâmetro para os equipamentos instalados em 
áreas classificadas, em função da temperatura que esses equipamentos desenvolvem. 
Deve, sob qualquer circunstância, ser menor que a temperatura de ignição espontânea 
das misturas da atmosfera em que há trabalho. 
 
MIC (minimum ignition currente) - Menor valor de corrente elétrica que flui em uma 
chave, no instante imediatamente anterior ao instante em que tal chave se abre e que 
pode produzir fagulhamento capaz de iniciar a combustão da atmosfera explosiva. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Consideremos, para análise, o circuito a seguir (Fig. 1), onde R, L e C representam a 
resistência, indutância e capacitância equivalentes de um circuito elétrico qualquer; V é a 
tensão de alimentação instantânea e CH é um contato mecânico colocado na área 
explosiva (área classificada). 
A MIC do circuito é definida como a mínima corrente instantânea i, que circula na chave 
CH, exatamente antes do momento de abertura da mesma, que pode causar um 
centelhamento de magnitude suficiente para provocar a ignição da atmosfera explosiva. 
Tal valor serve como referência sobre o grau de periculosidade de uma mistura. 
Sendo assim, podemos concluir que a MIC varia com o próprio tipo de circuito; ou 
seja, com os valores de R, L, C e V. A MIC também varia com a freqüência da tensão 
V (maior freqüência = maior MIC), com a qualidade dos contatos (melhor contato = 
menor MIC) e com a velocidade de separação dos contatos (maior velocidade = menor 
MIC, o que vai na contramão dos esforços de aperfeiçoamento nas técnicas de 
chaveamento). 
 
Energia e ignição – É a energia capaz de energizar as moléculas da mistura a ponto de 
desencadear a reação química exotérmica de oxidação. 
 
Concentração da mistura – É o percentual de combustão na mistura com o 
comburente ( oxigênio ). A mistura é chamada mistura rica quando é alto o percentual de 
combustível; e mistura pobre quando é baixo tal percentual 
 
MIE (minimum ignition energy) – É a mínima energia necessária para provocar a 
explosão de uma mistura em concentração ótima para a explosão. 
 
MESG (maximum experimental safegap)- 
Fator determinante do grau de periculosidade de 
uma mistura explosiva, o MESG é a distância 
máxima indicada na figura 2 seguinte, na qual a 
combustão da mistura contida na parte interior da 
câmara de explosão não é propagada para a 
câmara exterior, sendo que a ignição é causada 
por um eletrodo, estando a mistura na proporção 
ideal de explosão. 
Para Gaps maiores que o MESG, a detonação se propaga 
da câmara interior para a câmara exterior. 
 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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3 DIFERENCA ENTRE FORMACAO DE NUVENS EXPLOSIVAS 
 
Estas estão divididas em 03 categorias, que são características do combustível 
gerador e como são sustentadas, que tem um impacto fundamental nos meios 
pelos quais as explosões devem ser impedidas e minimizadas. 
 
No caso de gases e vapores – as misturas do combustível com o ar no nível 
molecular geram prontamente nuvens explosivas. 
Ocorrem mais frequentemente das nuvens acidentais formadas no exterior do 
equipamento de processo, e com menor frequência dentro dos equipamento de processo. 
 
Nuvens explosivas de spray - são geradas igualmente na maioria dos casos, 
fora do equipamento de processo, onde os líquidos combustíveis pressurizados são 
liberados acidentalmente, por meios de rachaduras, furos, no qual o líquido em 
gotas finas é fracionado mecanicamente. 
 
No caso de poeiras – as nuvens explosivas preliminares, são no interior do 
equipamento de processo. 
 
3.1 TEMPERATURA AMBIENTE 
 
Os equipamentos a prova de explosão são fabricados tomando como base 
temperaturas ambiente de -20° C a 40 °C. 
 
Os equipamentos elétricos projetados para faixas de diferentes temperatura deve 
ser informada pelo fabricante do equipamento. 
 
Deve vir indicada por um símbolo Ta ou Tamb, juntamente com a faixa de 
temperatura. 
 
3.2 POSSIBILIDADE DE EXPLOSAO 
 
A possibilidade de uma atmosfera explosiva sofrer ignição depende de vários tipos 
de misturas, das características físicas, condições ambientais. 
 
3.3 PROPRIEDADES BÁSICAS DAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS 
 
3.3.1 VAPORIZAÇÃO 
 
Passagem do líquido para o gasoso por aumento de temperatura ou diminuição da 
pressão. A vaporização pode ocorrer de três formas distintas: 
 
Evaporação: é a vaporização lenta que ocorre a qualquer temperatura e 
somente na superfície do líquido. Ex.: evaporação dos rios, lagos, mares, etc. 
 
Ebulição: é a vaporização rápida e tumultuada que ocorre somente a uma 
dada temperatura (ponto de ebulição) e em todo o líquido ao mesmo tempo. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Calefação: é a vaporização mais rápida e tumultuada que ocorre quando uma 
pequena quantidade do líquido entra em contato com uma grande quantidade 
de calor. Ex.: pingo de água em uma chapa quente. 
 
3.4 LEI DAS MUDANÇAS DE ESTADOS FÍSICOS 
 
"Durante as mudanças de estados físicos de uma substância pura, a temperatura 
permanece constante." 
 
Ponto de fusão: é a temperatura na qual ocorre a fusão. É numericamente igual ao 
ponto de solidificação da mesma substância nas mesmas condições. 
 
Ponto de ebulição: é a temperatura que ocorre a ebulição. É numericamente igual ao 
ponto de liquefação 
 
Substância pura: é um conjunto de moléculas quimicamente iguais. Pode ser de dois 
tipos: 
 
- Substância pura simples: é aquela que apresenta um só elemento químico. Ex.: O2, 
S8, Cl2, O3, N2, P4. 
- Substância pura composta: é aquela formada por mais de um elemento. Ex.: H2O, 
CO2, H2SO4,C12H22O11 . 
 
3.5 MISTURAS 
 
É a associação de duas ou mais substâncias cujas propriedades permanecem inalteradas, 
ou seja, é possível separar seus componentes por um método adequado de fracionamento 
de misturas. 
 
As misturas classificam-se em homogêneas e heterogêneas, sendo utilizado como critério 
o visual ao microscópio. 
 
Mistura homogênea: é aquela mistura que apresenta uma única fase (único aspecto). 
Ex.: água + álcool, água + açúcar. 
 
Mistura heterogênea: é aquela mistura que apresenta mais do que uma fase (mais do 
que um aspecto). Ex.: água + éter, água + azeite. 
 
Fase: é cada aspecto distinto de uma mistura. 
 
3.6 CONVECÇÃO, DIFUSÃO E DENSIDADE RELATIVA 
 
CONVECÇÃO: A convecção é a forma de transmissão do calor que ocorre principalmente 
nos fluidos (líquidos e gases). Diferentemente da condução onde o calor é transmitido de 
átomo a átomo sucessivamente, na convecção a propagação do calor se dá através do 
movimento do fluido envolvendo transporte de matéria. 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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A descrição e explicação desse processo é simples: quando certa massa de um fluido é 
aquecida suas moléculas passam a mover-se mais rapidamente, afastando-se, em média, 
uma das outras. Como o volume ocupado por essa massa fluida aumenta, a mesma torna- 
se menos densa. A tendência dessa massa menos densa no interior do fluido como um 
todo é sofrer um movimento de ascensão ocupando o lugar das massas do fluido que 
estão a uma temperatura inferior. A parte do fluído mais frio (mais densa) move-se para 
baixo tomando o lugar que antes era ocupado pela parte do fluido anteriormente 
aquecido. Esse processo se repete inúmeras vezes enquanto o aquecimento é mantido 
dando origem às chamadas correntes de convecção. São as correntes de convecção que 
mantêm o fluido em circulação. 
 
Para o aquecimento ou resfriamento do ar este é o processo de propagação do calor mais 
eficiente. Em uma residência, qual seria a melhor posição para se colocar um ar 
condicionado para que fosse mais eficiente no inverno? E, no verão? 
 
Por exemplo, temos o aquecimento de uma sala por uma lareira. O ambiente é aquecido, 
basicamente, tanto pelo processo de radiação quanto por convecção. 
 
Fenômenos naturais como às brisas marítima e terrestre, ventos e as correntes oceânicas 
podem ser explicados através da convecção. 
 
Você Sabia? 
 
Num ambiente de microgravidade, não há convecção: os gases e líquidos quando são 
aquecidos não sobem e ao serem resfriados não descem. Quando se acende uma vela, a 
chama tem uma forma hemisférica, com um núcleo amarelo brilhante. A falta de um fluxo 
ascendente de ar faz com que a propagação do calor para baixo seja maior ocorrendo 
unicamente por condução. Após poucos minutos toda a vela derrete. A chama não 
desaparece e a cera derretida forma uma bola líquida que rodopia em torno do pavio, 
depositando-se sobre o suporte. 
 
 
4 PONTO DE FULGOR 
É a temperatura mínima necessária para 
que um combustível comece a desprender 
vapores ou gases inflamáveis que, 
combinados com o oxigênio do ar e em 
contato com uma chama, comecem a 
queimar. 
O principal aspecto deste ponto é que, se retiramos a chama, o fogo 
se apagará devido a pouca quantidade de calor para produzir gases suficientes para manter 
a transformação em cadeia, ou seja, o fogo. 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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4.1 DENSIDADE RELATIVA 
 
Gases mais leves que o ar (metano, gás natural, etc) 
 
- tendência de se dispersarem rapidamente para a atmosfera. 
 
Gases mais pesados que o ar (propano, butano, etc) - tendência de ocupar as partes 
inferiores, formando nuvens de gás, e caminhar grandes distâncias, sempre 
próximas ao solo. 
 
É uma característica tão importante que influencia na delimitação do volume de risco da 
área classificada. 
 
Ponto De Combustão - É a temperatura mínima necessária para que um combustível 
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao 
entrarem em contato com uma chama, se inflamem. Mesmo que se retire a chama, o fogo 
não se apagará, pois a temperatura faz gerar do combustível vapores e gases suficientes 
para manutenção da combustão ou transformação em cadeia.- tendência de se dispersare
m rapidamente para a 
atmosfera. 
 
- Gases mais pesados que o ar (propano, butano, 
etc) - tendência de ocupar as partes inferiores, 
formando nuvens de gás, e caminhar grandes 
distâncias, sempre próximas ao solo. 
-É uma característica tão importante que influencia na delimitação do volume de risco da 
área classificada. 
 
Ponto De Combustão - É a temperatura mínima necessária para que um combustível 
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao 
entrarem em contato com uma chama, se inflamem. Mesmo que se retire a chama, o fogo 
não se apagará, pois a temperatura faz gerar do combustível vapores e gases suficientes 
para manutenção da combustão ou transformação em cadeia. 
 
5 PONTO OU TEMPERATURA DE IGNIÇÃO 
 
É a temperatura mínima em que os materiais, 
desprendendo gases ou 
vapores, entram em combustão apenas 
ao contato com o oxigênio do ar, 
independente de qualquer fonte de 
calor. A fim de ilustrarmos o acima 
, vejamos a seguinte experiência citado muito 
simples: coloquemos em um 
frasco, pequenos pedaços de madeira, esquentando-
os em chama de gás. Com 
o desenvolvimento do calor passaremos 
a observar os seguintes fenômenos: 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Quando a temperatura alcançar 100
o
C, começa a se desprender vapor de água; ao 
continuar o aquecimento, observaremos que a madeira começará a ficar amarela, marrom 
e finalmente negra, a partir dos 150
o
C. Se, no momento em que começar a enegrecer, 
acendermos um fósforo na boca do frasco, notaremos que os vapores se incendiarão em 
contato com a chama mas não se sustentarão. Neste momento foi atingido o ponto de 
fulgor. Com o aumento do calor veremos que os gases incendeiam-se em contato com a 
fonte de calor externa e se mantêm em chamas. Neste momento foi atingido o ponto de 
combustão. Continuando a aquecer o frasco, chegaremos a uma temperatura em que os 
gases se incendiarão somente em contato com o oxigênio do ar, não necessitando de uma 
fonte externa de calor. Neste momento atingiu-se o ponto de ignição. Isto explica por que 
certos combustíveis queimam mais rapidamente do que outros. São os combustíveis que 
possuem maior facilidade de desprender gases ou vapores. 
 
Seguem abaixo exemplos de pontos de ignição e fulgor de alguns materiais combustíveis: 
 
MATERIAL 
PONTO DE FULGOR 
 
PONTO DE IGNIÇÃO 
 
O 
C 
O 
F 
O 
C 
O 
F 
Acetaldeído - 27 - 17 185 365 
Acetato metílico - 10 14 454 850 
Acetona - 17.7 0 538 1000 
Álcool Etílico 12.6 55 371 700 
Álcool Metílico 11.1 52 426 800 
Benzeno - 11.1 12 538 1000 
Éter Etílico - 45 - 49 180 842 
Gasolina - 42 - 45 257 495 
Hexana - 26 - 15 260 500 
Óleo de amendoim 282 540 445 833 
Parafina 199 390 245 473 
Pentana - 40 - 40 308 588 
Tolueno 4.4 40 552 1026 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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É uma informação tão importante que é um dos itens de marcação obrigatória dos 
equipamentos Ex. (Ponto de fulgor e ponto de ignição). 
 
Produtos da combustão - Os materiais sob a ação do fogo sofrem transformações que 
produzem subprodutos perigosos a quem não está protegido convenientemente e muito 
próximo ao fogo. A maior parte dos materiais combustíveis contém carbono. Durante o 
processo de queima estes materiais liberam o dióxido de carbono (CO2) e mais 
frequentemente o monóxido de carbono (CO). 
 
 
6 LIMITES DE INFLAMABILIDADE EXPLOSIVIDADE 
 
Para um gás ou vapor inflamável queimar é necessário que exista, além da fonte de 
ignição, uma mistura chamada "ideal" entre o ar atmosférico (oxigênio) e o gás 
combustível. A quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, em torno de 21 % 
em volume. 
 
Já a quantidade de gás combustível necessário para a queima, varia para cada produto e 
está dimensionada através de duas constantes: o Limite Inferior de Inflamabilidade (ou 
explosividade) (LII) e o Limite Superior de Inflamabilidade (LSI). 
 
O LII é a mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de 
provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição. 
Concentrações de gás abaixo do LII não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se 
excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. Esta condição é 
chamada de "mistura pobre". 
 
Já o LSI é a máxima concentração de gás que misturada ao ar atmosférico é capaz de 
provocar a combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de gás 
acima do LSI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de produto e 
pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra, é a chamada "mistura 
rica". 
 
Pode-se então concluir que os gases ou vapores combustíveis só queimam quando sua 
percentagem em volume estiver entre os limites (inferior e superior) de inflamabilidade, 
que é a "mistura ideal" para a combustão. 
 
Esquematizando: 
 
Limites de inflamabilidade de gases ou vapores combustíveis 
 
0% LII LSI 100% 
 
CONCENTRAÇÃO 
(% EM VOLUME) 
- 
MISTURA POBRE 
Não ocorre 
combustão 
MISTURA IDEAL 
Pode ocorrer 
combustão 
MISTURA RICA 
Não ocorre 
combustão 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Além do ponto de fulgor e do limite de inflamabilidade, outro fator relevante a ser 
considerado é a presença de possíveis fontes de ignição. 
 
Nas situações emergenciais estão presentes, na maioria das vezes, diversos tipos de 
fontes que podem ocasionar a ignição de substâncias inflamáveis. Entre elas merecem 
destaque: chamas vivas, superfícies quentes, automóveis, cigarros, faíscas por atrito e 
eletricidade estática. 
 
Especial atenção deve ser dada à eletricidade estática, uma vez que esta é uma fonte de 
ignição de difícil percepção. Trata-se na realidade do acúmulo de cargas eletrostáticas 
que, por exemplo, um caminhão-tanque adquire durante o transporte. Portanto, sempre 
que produtos inflamáveis estão envolvidos, deve-se realizar o aterramento. 
 
Por questões de segurançamuitas vezes não é recomendável a contenção de um produto 
inflamável próximo ao local do vazamento, de modo a se evitar concentrações altas de 
vapores em locais com grande movimentação de pessoas ou equipamentos. 
 
6.1 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA 
 
Alguns produtos podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de uma 
fonte de ignição. Estes produtos são transportados, na sua maioria, em recipientes com 
atmosferas inertes ou submersos em querosene ou água. O fósforo branco ou amarelo, e 
o sulfeto de sódio são exemplos de produtos que se ignizam espontaneamente, quando 
em contato com o ar. 
 
Quando da ocorrência de um acidente envolvendo estes produtos, a perda da fase líquida 
poderá propiciar o contato dos mesmos com o ar, motivo pelo qual a estanqueidade do 
vazamento deverá ser adotada imediatamente. 
 
Outra ação a ser desencadeada em caso de acidente é o lançamento de água sobre o 
produto, de forma a mantê-lo constantemente úmido, desde que o mesmo seja 
compatível com água, evitando-se assim sua ignição espontânea. 
 
6.2 PERIGOSO QUANDO MOLHADO 
 
Algumas substâncias, por interação com a água, podem tornar-se espontaneamente 
inflamáveis ou produzir gases inflamáveis em quantidades perigosas. O sódio metálico, por 
exemplo, reage de maneira vigorosa quando em contato como a água, liberando o gás 
hidrogênio que é altamente inflamável. Outro exemplo é o carbureto de cálcio, que por 
interação com a água libera acetileno. Para esses materiais as ações preventivas são de 
suma importância, pois quando as reações decorrentes destes produtos se iniciam, 
ocorrem de maneira rápida e praticamente incontrolável. 
 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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VELOCIDADE DE COMBUSTÃO 
 
6.4 DEFLAGRAÇÃO 
 
A velocidade de combustão no caso de uma deflagração atinge a ordem de cm/s. Resulta 
num ligeiro acréscimo de pressão e um ligeiro efeito de ruído. Misturas que estejam a uma 
temperatura próxima de seu ponto de inflamabilidade inferior ou superior usualmente 
queimam na forma de deflagração. 
 
6.5 EXPLOSÃO 
 
A velocidade de combustão no caso de uma explosão atinge a ordem de m/s. O processo 
de combustão ocorre de maneira instável, e há um considerável aumento da pressão (3 a 
10 bar). O ruído resultante é forte, devido a expansão dos gases provocada pela alta 
temperatura. 
 
6.6 DETONAÇÃO 
 
A velocidade de combustão no caso de uma detonação é da ordem de km/s. A mistura 
explosiva se decompõe quase instantaneamente, e o acréscimo de pressão pode ser 
superior a 20 bar. O ruído proveniente de uma detonação é extremamente forte. 
 
6.7 VENTILAÇÃO 
 
A ventilação é um dos meios capazes de minimizar ou evitar a formação de uma 
atmosfera inflamável. É essencial que esse tipo de proteção assegure que em qualquer 
ponto do ambiente considerado, bem como em qualquer tempo não haverá a formação de 
mistura inflamável. Observe-se que é fundamental importância uma boa avaliação das 
condições locais de instalação, e da quantidade máxima de gás ou vapor inflamável que 
pode ser liberado. A ventilação é uma das variáveis muitas vezes até difícil de avaliar. 
Quando a instalação é a céu aberto, ou seja, não há obstáculos que caracterizem um 
ambiente confinado, dizemos que a ventilação é do tipo adequada ou natural. Porem 
quando há barreiras à ventilação natural, tais como prédio, paredes ou outro tipo, dizemos 
que a ventilação é inadequada e limitada. 
 
6.8 VENTILAÇÃO NORMAL 
 
Em prédios situados acima do solo sem nenhuma abertura especial para entrada e saída 
de ar, no mínimo há uma troca de ar por hora, isto é, o ar nesses ambientes é trocado 
uma vez a cada hora influenciado apenas pelas correntes de convecção. 
 
6.9 VENTILAÇÃO ARTIFICIAL 
 
Em comparação com a ventilação natural, a ventilação artificial torna possível empregar 
grandes quantidades de ar e, com maior objetividade, promover uma circulação de ar. 
Entretanto é importante assegurar os dispositivos responsáveis pela ventilação artificial, 
tais como: ventiladores, dutos, difusores e aberturas não se tornem inoperantes. Sua 
eficiência deve ser assegurada por pessoal qualificado. A perda da ventilação deve ser 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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evitada a qualquer custo, principalmente enquanto perdurar o risco de formação de uma 
atmosfera inflamável. 
 
6.10 EXPLOSIVIDADE 
 
 
L.I.E.LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE - é o ponto onde 
existe a mínima concentração para que uma mistura de ar + 
gás/vapor se inflame. 
 
L.S.E. – LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE - é o ponto 
máximo onde ainda existe uma concentração de mistura de ar + 
gás/vapor capaz de se inflamar. 
 
L.I. – LIMITE IDEAL – relação volumétrica oxigênio-produto 
inflamável dentro da faixa de inflamabilidade. 
 
O L.I.E adotado na Petrobras é 0%; porém, na impossibilidade deste, é aceito até 10%, 
desde que tomando precauções especiais. 
Faixa de concentração da mistura gás/vapor da substância inflamável com O2 na qual 
pode ocorrer combustão. 
Geralmente expressa em percentual por volume, referidas a 20ºC e a pressão de 1 bar. 
 
 
6.11 LIMITES DE INFLAMABILIDADE 
 
 
6.12 CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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6.13 POSSIBLIDADE DE EXPLOSÃO 
 
7 RISCO DE IGNIÇÃO DE UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
O risco de ignição de uma atmosfera explosiva existe se ocorrer simultaneamente: 
 
A presença de uma substância inflamável (em condições de operação normal ou 
anormal); 
A substância inflamável encontra-se em um estado tal e em quantidade suficiente para 
formar uma atmosfera explosiva; 
Existe uma fonte de ignição com energia elétrica ou térmica suficiente para causar a 
ignição da atmosfera explosiva; 
Existe a possibilidade da à atmosfera explosiva alcançar a fonte de ignição. 
 
Observações: 
1) Só ocorrerá uma explosão se estiverem presentes substâncias inflamáveis no processo 
de trabalho ou de produção; 
 
2) Utilizada pelo menos uma substância inflamável como matéria-prima ou auxiliar, ou se 
surgir pelo menos uma substância inflamável como produto residual, intermediário ou 
final; 
 
3) Possível a formação de pelo menos uma substância inflamável em consequência de 
uma falha habitual. 
Exemplo: As substâncias inflamáveis podem também surgir de modo não intencional, por 
exemplo, quando se armazenam ácidos fracos ou soluções alcalinas em recipientes de 
metal. Neste caso pode formar-se hidrogênio por reação eletroquímica, o qual se pode 
acumular na fase gasosa. 
- centelha ou fagulha (esmeril / lixadeira) 
- chama exposta (maçarico) 
- cigarro 
- arco elétrico (solda, contato elétrico, ferramenta portátil) 
- superfície quente (temperatura superficial acima de 200 °c): 
ex.: descarga de motor de combustão, 
 resistência de forno, estufa, etc. 
- descarga atmosférica, etc. 
 
Substâncias inflamáveis: 
- gás natural 
- petróleo 
- álcool 
- solventes /tintas 
- hidrogênio 
Oxigênio 
 
ATMOSFERAEXPLOSIVA 
 
 
 
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Substâncias e preparações (ainda) não classificadas, mas que preencham os critérios de 
inflamabilidade ou que, de um modo geral, devam ser consideradas inflamáveis. 
 
Exemplos: 
1. Gases e misturas de gases inflamáveis - gás liquefeito (butano, buteno, propano, 
propeno), gás natural, gases de combustão (monóxido de carbono ou metano) ou diversas 
substâncias químicas gasosas inflamáveis (acetileno, óxido de etileno ou cloreto de vinilo, 
etc..). 
 
2. Líquidos inflamáveis - solventes, combustíveis, petróleo, óleos lubrificantes ou óleos 
usados, vernizes, substâncias químicas insolúveis em água ou hidrossolúveis. 
 
3. Poeiras de matérias sólidas inflamáveis - carvão, madeira, alimentos para consumo 
humano ou animal (açúcar, farinha ou cereais, por exemplo), matérias plásticas, metais ou 
substâncias químicas. 
 
Nota: Algumas substâncias dificilmente inflamáveis em condições normais são explosivas 
em mistura com o ar quando a dimensão das partículas é suficientemente pequena ou a 
energia de ignição suficientemente elevada (poeiras de metais e aerossóis, por exemplo. 
Partículas menores que 0,5 mm). 
Na avaliação dos riscos de formação de atmosfera explosiva devem ser observadas as 
várias formas de operação de cada uma das partes do processo e das suas instalações 
como principalmente: 
 
- condições de funcionamento normais, incluindo trabalhos de manutenção; 
- arranque/paragem; 
- mau funcionamento e falhas previsíveis; 
- uma má utilização razoavelmente previsível. 
 
Os riscos de explosão devem ser avaliados globalmente. São elementos importantes: 
- os equipamentos de trabalho utilizados; 
- as características de construção; 
- as substâncias utilizadas; 
- as condições de trabalho e especificidade dos processos; 
- as possíveis interações entre estes elementos, bem como as interações com o ambiente 
de trabalho. 
 
Em tais avaliações devem ser levados em conta detalhes que alteram os riscos de 
explosão: 
- O aumento de temperatura afasta os limites de explosividade; 
 
- O aumento de pressão também afasta tais limites e, além disso, multiplica a amplitude 
da onda de pressão resultante da combustão, que é praticamente diretamente 
proporcional à pressão ambiente da atmosfera explosiva; 
- A concentração de oxigênio reduz a energia necessária à ignição da atmosfera explosiva. 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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8 PROTEÇÃO PRIMÁRIA CONTRA A EXPLOSÃO 
 
A proteção primária contra explosões refere-se a todas as medidas de proteção utilizadas 
para prevenção do risco de se criar uma atmosfera explosiva. As medidas para se alcançar 
estes objetivos são: 
• Evitar líquidos ou vapores ou gases que possam formar atmosferas explosivas 
• Variar a concentração da mistura; 
• Desativação: mistura de substâncias inertes não explosivas ( nitrogênio, dióxido de 
carbono, vapor de água, etc.); 
• Ventile os ambientes (natural ou artificialmente) 
Os princípios de proteção integrada contra explosão necessitam de medidas que atendem 
a sequência apresentada. 
 
 
 
Evite a formação de uma 
 
 
 
 
 
atmosfera explosiva 
Limitar os efeitos da 
explosão de forma que 
sejam inofensivos 
 
9 PROTEÇÃO SECUNDÁRIA CONTRA EXPLOSÃO 
 
Quando as medidas de proteção primária não forem eficientes, ou seja, não eliminando 
completamente os riscos da atmosfera explosiva, agindo apenas parcialmente, é 
imprescindível a utilização de medidas para a prevenção de ignição destas atmosferas. 
 
Os locais de riscos são identificados com sua gradação em zonas que é a estimativa da 
probabilidade de formação de atmosferas explosivas para a norma européia, e caso a 
classificação de área possua como base a norma americana a classificação será realizada 
utilizando-se o conceito de divisão. 
 
8.1 MEDIDAS DE CONTROLE 
 
Desligamento de Emergência 
 
O desligamento de emergência é uma medida fundamental de segurança para as unidades 
de produção de petróleo, refinarias e demais indústrias que convivem com o risco de 
explosão. 
O desligamento de emergência (ESD – Emergency Shutdown) é um método rápido para 
cessar operações de processo ou isolar áreas que estejam sofrendo algum dano ou 
acidente. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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10 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA QUANTO À ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
Para a elaboração de um classificado de área e o entendimento do que significa esta 
atividade é necessário o conhecimento de alguns conceitos referentes ao ambiente e as 
substancias envolvidas. 
 
 
 
10.1 AVALIAÇÃO DE GRAU DE RISCO 
 
Tipos de Substância inflamável que pode estar no local 
 
 Características: 
 Densidade; 
 Ponto de fulgor; 
 Temperatura de ignição; 
 Limite de inflamabilidade. 
 
Grupos: 
Reúnem os gases de acordo com o comportamento durante a explosão 
Probabilidade (frequência) - essa substância pode estar presente no meio externo; 
 
A avaliação do GRAU DE RISCO leva em conta: 
 
1) O tipo de substância inflamável que pode estar presente no local; 
2) Com que probabilidade (freqüência) essa substância pode estar presente no meio 
externo; 
Frequência classificada conforme a mistura explosiva esteja presente no ambiente: 
- Constante 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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- Em condições de operação normal 
- Em condições de operação anormal 
 
1) O tipo de substância inflamável que pode estar presente no local; 
2) Com que probabilidade (freqüência) essa substância pode estar presente no meio 
externo; 
3) Em que extensão essa probabilidade é esperada, ou seja, quais os limites da área com 
risco da presença da mistura explosiva. Nesse caso é importante avaliar o comportamento 
da substância no ambiente e ainda as condições de ventilação. 
 
Delimitação do volume de risco. 
 
11 CRITÉRIO DE CLASSSIFICAÇÃO DE ÁREAS – VISÃO U.S.A 
 
Objetivo: Figuras Padronizadas. 
Características das Substâncias inflamáveis: divisão em classe e grupos. 
 
Ambiente - Probabilidade de substâncias inflamáveis: 
ALTA 
BAIXA 
Parâmetros de Processo – Fonte de risco de magnitude: 
ALTA 
MÉDIA 
BAIXA 
 
11.1 CLASSE I– GASES E VAPORES INFLAMÁVEIS 
Grupo A => Acetileno 
Grupo B => Butadieno, H2, Compostos com + de 30 % Hidrogênio 
Grupo C => Éter, Monóxido de Carbono, etc.. 
Grupo D => Acetona, Álcool, Gás Natural, etc.. 
 
 
Substâncias de um mesmo grupo comportam-se de forma similar quando submetidas a 
um processo de combustão, ou seja, as energias liberadas durante a explosão são da 
mesma ordem de grandeza, decrescendo de A para D. 
 
Equipamentos do grupo A podem ser usados para B, C e D. 
 
Equipamentos do grupo C podem ser usados para C e D. 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVATodos os direitos reservados. Nenhuma parte deste documento, sendo ela textos, imagens, desenhos ou padrão, pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de 
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{ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.2 CLASSE II – PÓS COMBUSTIVEIS 
 GRUPO E – Pós metálicos combustíveis, como alumínio, magnésio e suas ligas, ou 
outros pós que apresentem risco similar; 
 
 GRUPO F – Pós carbonáceos combustíveis, tendo mais do que 8% no total de 
materiais voláteis ou similares, como carvão, grafite, pó de coque; 
 
 GRUPO G – Pós combustíveis não enquadrados nos grupos E e F, incluindo pós de 
cereais, de grãos, de plásticos, de madeiras, de processos químicos. Ex:.açúcar, ovo 
em pó, farinha de trigo, goma arábica, celulose, vitamina B1, vitamina C, aspirina, 
algumas resinas termoplásticas, etc.. 
 
 
11.3 CLASSE III - FIBRAS COMBUSTÍVEIS 
 
Fibras Combustíveis ou material flutuante de fácil ignição, mas que não são prováveis 
de estar no ar em suspensão em quantidades suficientes para formar mistura inflamável. 
Exemplos: rayon, algodão, sisal, juta, fibras de madeira ou outras de risco similar. 
 
Conceito De Divisão 
 
ESTÁ ASSOCIADO À PROBABILIDADE DE PRESENÇA DE MISTURA 
INFLAMÁVEL NO AMBIENTE. 
ALTA PROBABILIDADE 
 
SÃO DEFINIDOS DOIS NÍVEIS DE PROBABILIDADE 
 
 
BAIXA PROBABILIDADE
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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11.4 DIVISÃO 1 
 
Continuamente - intermitente ou periodicamente em condições normais do equipamento 
de processo; 
 
Frequentemente - devido a vazamentos provocados por reparos de manutenção 
freqüentes; 
 
Quando o defeito de um equipamento de processo ou sua operação incorreta provoca 
simultaneamente o aparecimento de mistura inflamável e uma fonte de ignição de origem 
elétrica. 
 
11.5 DIVISÃO 2 
 
Somente em caso de quebra acidental ou operação anormal do equipamento de processo. 
 
Áreas adjacentes a divisão 1. 
 
Locais onde exista um sistema de ventilação forçada. 
 
 
11.5 CONCEITO DE MAGNITUDE RELATIVA DE FONTE DE RISCO 
 
 
11.6 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – VISÃO ABNT/IEC 
IEC - INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMISSION 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS 
DO 
EQUIPAMENTO 
DE PROCESSO 
 
UNIDADE 
 
PEQUENA / 
BAIXA 
 
MÉDIA/ 
MODERADA 
 
GRANDE/ 
ALTA 
VOLUME m³ ‹19 19 a 25 ≥ 25 
PRESSÃO Kgf/cm² ‹7 7 a 35 ≥ 35 
VAZÃO m³/s ‹6,5x10-³ 6,5x10-³ a 
32,5x10-³ 
32,5x10-³ 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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É uma organização internacional voltada para a normalização nas áreas de eletricidade e 
eletrônica. No que se refere às instalações elétricas em atmosferas explosivas, atualmente 
há uma tendência de se seguir a normalização da IEC. 
 
Áreas perigosas (Hazardous Áreas) são locais onde existe ou pode existir uma atmosfera 
potencialmente explosiva ou inflamável devido à presença de gases, vapores, poeiras ou 
fibras. Na Europa e atualmente no Brasil a classificação das áreas perigosas é feita usando 
o conceito de: 
 
ZONAS – usadas para definir a probabilidade da presença de materiais inflamáveis 
 
11.7 GASES E VAPORES 
 
- ZONA 0 - a ocorrência de mistura inflamável é contínua ou existe por longos períodos. 
 
- ZONA 1 - a ocorrência de mistura inflamável acontece em condições normais de operação 
do equipamento de processo. 
 
- ZONA 2 - a ocorrência de mistura inflamável é pouco provável de acontecer e quando 
acontece é por curtos períodos, estando associada à operação anormal do equipamento 
de processo. 
 
O QUE É UMA ZONA 0? 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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25 
 
11.8 PÓS COMBUSTÍVEIS 
 
Zona 20 - ocorre atmosfera explosiva sempre ou por longos períodos, formada por poeiras 
combustíveis. (mais perigosa das atmosferas de poeira). 
Zona 21 - ocorre atmosfera explosiva frequentemente, formada por poeiras combustíveis. 
Zona 22 - ocorre atmosfera explosiva raramente em condições de anormalidade, formada 
por poeiras combustíveis. 
 
11.9 CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL PARA CENTROS CIRÚRGICOS 
 
Zona G (Enclosed medical gás system) - ocorre em centros cirúrgicos com gases 
analgésicos durante longos períodos. 
 
Zona M (Medical environment) - ocorre em centros cirúrgicos em pequenos volumes com 
substâncias analgésicas ou anti-sépticos em curto espaço de tempo. 
 
TIPOS DE PROTEÇÃO – que de nota o nível de segurança para um dispositivo e; 
 
GRUPOS – que caracterizam a natureza inflamável do material. 
 
GRUPO I 
Mineração 
 
GRUPO II 
 OUTRAS INDÚSTRIAS – (GÁS) 
 IIA (GASOLINA) 
 IIB (ETENO etc..) 
 II C (ACETILENO + HIDROGÊNIO) 
 
O conceito de grupo nas normas BR / IEC é similar ao da norma americana, ou seja, 
substâncias de um mesmo grupo comportam-se de forma similar quando submetidas a 
Um processo de combustão. Porém as energias liberadas durante a explosão decrescem 
de IIC para IIA. 
 
 
 Equipamentos do grupo IIC podem ser usados para 
IIC, IIB e IIA 
 
Equipamentos do grupo IIB podem ser usados para 
IIB e IIA. 
 
Equipamentos do grupo IIA só podem ser usados 
para IIA. 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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26 
 
11.10 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – VOLUME DE RISCO 
Volume, gerado pelo equipamento de processo, que deve ser considerado como de risco 
para o local. 
 
IEC: 
- Método de cálculo - Leva em conta: grau da fonte de risco, taxa de liberação do 
material inflamável e condições de ventilação. 
 
NEC (API RP 500B): 
- Figuras padronizadas (FORMA E DIMENSÕES) 
Leva em consideração: tipo da indústria, condições de ventilação e variáveis referentes 
à substância inflamável. 
 
 
 
EX.: CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: 
COMPARAÇÃO ENTRE AS NORMAS ABNT/IEC E AMERICANA 
 
 
SUBSTÃNCIA IEC/EUROPA NEC/USA 
ACETILENO 
GRUPO IIC 
CLASSE I – Gr A 
HIDROGÊNIO CLASSE I –Gr B 
ETILENO GRUPO IIB CLASSEI – Gr C 
METANO PROPANO, GAS 
NATURAL 
GRUPO IIA CLASSE I – Gr D 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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EXEMPLO DE IMPACTO À CLASSIFICAÇÃO POR ALTERAÇÕES NO ARRANJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Tanque de mistura de substância inflamável e aberto. O compartimento não é ventilado 
mecanicamente. Os produtos em estoque estão sempre presentes no local. Todas as 
operações são manuais. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Uma cobertura foi instalada acima do tanque. O compartimento é ventilado 
mecanicamente e os produtos em estoques armazenados em ambientes separado. Uma 
parte do trabalho e manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tanque mantido fechado e o compartimenta e ventilado mecanicamente. Os produtos 
são armazenados externamente ao galpão. Todas as operações são controladas por 
console localizado em ambientes separados. O risco existente nesta configuração e devido 
à abertura do tanque para inspeção e manutenção. 
 
INFLUÊNCIA DA VENTILAÇÃO NA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS (NORMAS IEC 61892-7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer ZONA 2 não é 
considerado classificado se: 
 
O acesso estiver com a porta ESTANQUE A GÁS, do tipo fechamento automática, sem 
trava na posição aberta que abra para a área não classificada; 
 
Ventilação, seja tal que o fluxo de ar com a porta aberta ocorra da área não classificada 
para a zona 2, auxiliando o fechamento da porta; 
A perda de ventilação seja alarmada em estação de controle guarnecida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABERTURA EM ANTEPARAS ESTANQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATT - Dutos De Ventilação/Exaustão De Área Classificada Não Devem Ser Compartilhados 
Para Áreas Não Classificadas. 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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12 EQUIPAMENTOS ELÉTRÍCOS INTRINSICAMENTE SEGUROS E ASSOCIADOS 
 
Os equipamentos tipo EX.i são tratados por duas normas IEC 60079-0 e IEC 60079-11. 
A primeira IEC 60079-0 trata das características gerais de todos os equipamentos E x. 
A segunda IEC 6009-11 especificamente da construção e testes dos Equipamentos Ex i. 
 
13 TIPO DE PROTEÇÃO USADO EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS UTILIZADOS EM 
ÁREAS CLASSIFICADAS. 
 
EQUIPAMENTOS ELETRICOS 
 
Os equipamentos e dispositivos elétricos devem possuir características inerentes 
que os tornam capazes de operar em atmosferas explosivas, com o mínimo risco 
de que causem a inflamação do ambiente onde estão instalados. Para isto existem 
diversas técnicas construtivas que são aplicadas de forma a reduzir o risco de 
explosão ou incêndio provocado pela sua operação. 
 
Para que ocorra um incêndio ou explosão, como se sabe é necessário que haja 
simultaneamente ar – produto inflamável – fonte de ignição. Este é o ciclo 
fundamental da inflamação. Por isso, as medidas construtivas que são aplicadas 
aos equipamentos elétricos visam principalmente à eliminação de pelo menos um 
desses fatores fundamentais, de modo a se quebrar esse ciclo. 
 
Os principais tipos de proteção são mostrados abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE PROTEÇÃO SIMBOLOGIA 
Equipamento a prova de explosão 
Equipamento pressurizado 
Equipamento imerso em óleo 
Equipamento imerso em areia 
Equipamento imerso em resina 
Equipamento de segurança aumentada 
Equipamento não acendível 
Equipamento hermético 
Equipamento de segurança intrínseca 
Equipamento especial 
Ex d 
Ex p 
Ex o 
Ex q 
Ex m 
Ex e 
Ex n 
Ex h 
Ex i 
Ex s 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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13.1 EQUIPAMENTO INTRINSECAMENTE SEGURO (Ex-i) 
 
Um equipamento é intrinsecamente seguro quando não é 
capaz de liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente 
para, em condições normais (isto é, abrindo ou fechando o 
circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta à 
terra), causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, 
conforme expresso no certificado de conformidade do 
equipamento. 
 
 
13.2 EQUIPAMENTO À PROVA DE EXPLOSÃO (Ex d) 
 
É todo equipamento que está encerrado em um 
invólucro capaz de suportar a pressão de explosão 
interna e não permitir que essa explosão se propague 
para o meio externo. 
 
 
 
13.3 EQUIPAMENTO PRESSURIZADO (EX.p) 
 
Tipo de proteção de equipamento elétrico na 
qual a segurança é obtida por meio de um gás 
de proteção, mantido a uma pressão superior 
àquela da atmosfera envolvente. 
 
 
 
13.4 EQUIPAMENTO IMERSO EM ÓLEO (EX.o) 
Tipo de proteção de equipamento elétrico no qual 
todo ou partes deles estão imersos em óleo, de tal 
forma que uma atmosfera gasosa explosiva, que 
pode existir acima da superfície do óleo ou 
extremamente ao invólucro, não seja inflamada pelo 
equipamento. 
 
 
13.5 EQUIPAMENTO IMERSO EM ÁREIA OU PÓ 
(EX. q): Tipo de equipamento elétrico no qual é 
cheio com areia ou outro material sob forma de 
pó, de características especificadas, de modo 
que, nas condições de operação prescritas, 
qualquer arco ocorrendo dentro do invólucro não 
inflame a atmosfera gasosa explosiva ao redor. 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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13. 6 EQUIPAMENTO IMERSO EM RESINA (EX.m) 
Tem a esma finalidade, aplicação e características do tipo 
(Ex.q),porém apresenta maior eficiência devido ao material 
Utilizado para o encapsulamento oferecer maior vedação que a 
areia ou similar. 
 
 
13.7 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA AUMENTADA (EX.e) 
Tipo de proteção em que medidas adicionais são aplicadas para 
aumentar a segurança contra a possibilidade de temperaturas 
excessivas e a ocorrência de arcos faíscas na parte interna ou 
externa do equipamento elétrico que não s produzam em 
condições normais de funcionamento. 
 
 
13.8 EQUIPAMENTO NÃO ACENDÍVEL (EX.n) 
Tipo de proteção utilizado em equipamentos 
elétricos que, em condições normais de 
operação e certas condições anormais 
especificadas, não seja capaz de causar 
ignição da atmosfera explosiva de gás no 
ambiente. 
 
 
 
 
13.9 EQUIPAMENTO HERMÉTICO (EX.h) 
Invólucro com fechamento hermético, por fusão do material. 
 
13.10 EQUIPAMENTO ELÉTRICO DE CATEGORIA (EX.ia) 
Equipamento elétrico intrinsecamente seguro de causar uma ignição, quer em funcionamento 
normal quer na presença de uma falha única, quer na presença qualquer combinação de duas 
falhas. 
13.11 EQUIPAMENTO ELETRÍCO DE CATEGORIA (EX. ib) 
Equipamento elétrico intrinsecamente seguro incapaz de causar uma ignição, quer em 
funcionamento normal, quer na presença de uma falha única qualquer. 
 
13.12 EQUIPAMENTOS ESPECIAIS (EX.s) 
Este equipamento tipo de proteção é reconhecida 
por diversas normas. Esta classificação é uma abertura nas normas para a inovação 
tecnologia dos fabricantes. Ou seja, caso apareça algum tipo de equipamento assim 
classificado, este é uma inovação tecnológica. 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVATodos os direitos reservados. Nenhuma parte deste documento, sendo ela textos, imagens, desenhos ou padrão, pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de 
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14 DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIA 
 
14.1 GRAU DE PROTEÇÃO 
 
Quando se adquire um equipamento elétrico, independentemente se ele será 
aplicado em uma atmosfera explosiva ou não, é necessário e de praxe que ele 
possua uma proteção inerente, capaz de evitar, principalmente danos físicos as 
pessoas e danos ao próprio equipamento, quer seja pela penetração de corpos 
sólidos estranhos, quer seja pela penetração de água. 
 
Esta proteção é definida por duas normas brasileiras: 
 
“NBR 6146 – Invólucro de Equipamentos Elétricos – Proteção” e “NBR – 9884 – 
Maquinas Elétricas Girantes – Graus de Proteção proporcionados pelos Invólucros” 
e recebe o nome especial de “ Grau de Proteção”, significando então: 
 
Medidas aplicadas ao invólucro de um equipamento elétrico, visando: 
 
1. À proteção de pessoas contra o contato a partes energizadas sem 
isolamento; contra o contato a partes moveis no interior o invólucro e 
proteção contra a entrada de corpos sólidos estranhos; 
2. À proteção do equipamento contra o ingresso de água em seu interior. 
 
As normas NBR 6146 NBR 9884 foram baseadas em normas internacionais. Isto 
significa que o Brasil passou a adotar a terminologia internacional e não mais a 
terminologia de proteção de invólucros de origem americana, ou seja, a 
designação NEMA de invólucros. Agora os invólucros terão que ser designados por 
uma simbologia que é composta de uma sigla IP, seguida de dois dígitos, 
conforme será visto a seguir, e que indicam o respectivo grau de proteção 
atribuído ao equipamento. 
 
 
15 IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO DO EQUIPAMENTO 
 
Grau de Proteção de IP: Grau de Proteção são medidas aplicadas ao invólucro de um 
equipamento elétrico, visando: 
a) Proteção de pessoas contra o contato a partes energizadas sem isolamento; contra o 
contato as partes móveis no interior do invólucro e proteção contra a entrada de corpos 
estranhos. 
b) Proteção do equipamento contra o ingresso de água em seu interior. 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Os invólucros são designados por uma simbologia que é composta de uma sigla “IP”, 
seguido de dois dígitos, que classificam o grau de proteção do equipamento elétrico. 
 
 
Devemos observar que um equipamento instalado ao tempo estará sujeito a variações 
bruscas de temperatura, umidade, descargas elétricas causadas por raios, inundações, 
etc.. Apesar do equipamento com grau de proteção IP 65 ter sido construído para impedir 
a entrada de poeira e a penetração de jatos de água, o mesmo foi dimensionado levando 
em consideração a aplicação em um ambiente industrial. 
O uso deste equipamento ao tempo implicará adicionar proteções especiais. 
 
A NBR IEC 60529 menciona essas proteções especiais como letras suplementares (além 
das proteções definidas na classificação IP). São elas: 
 
 
 
PROTEÇÃO CONTRA OBJETOS 
SÓLIDOS 
 
Proteção Contra Líquidos 
Nº DESCRIÇÃO Nº DESCRIÇÃO 
0 SEM proteção 0 SEM Proteção 
1 Objetos Maiores que 50 mm 1 Gotejamento Vertical 
2 Objetos Maiores que 12 mm 2 Gotejamento com até 15 graus 
3 Objetos Maiores que 2.5 mm 3 Spray com até 60 graus 
4 Objetos Maiores que 1 mm 4 Jorro de qualquer direção 
5 Resistente a ingresso de Pó 5 Jato de baixa pressão 
6 À Prova de Pó 6 Jato de elevada pressão 
 7 A efeitos de imersão em água a até 1 m 
8 Submersão 
LETRAS SUPLEMENTAR 
LETRA DESCRIÇÃO 
H Equipamento de alta tensão 
 
M 
Ensaiado para efeitos prejudiciais devido
s à 
penetração de água quando as partes perigo
sas 
móveis do equipamento (por exemplo, o ro
tor 
de uma máquina rotativa) estão em moviment
o. 
 
S 
Ensaio para efeitos prejudiciais devidos
 à 
penetração de água quando as partes mó
veis 
do equipamento (por exemplo, o rotor de u
ma 
máquina rotativa) estão estacionários. 
 
W 
Apropriado para uso sob condições ambien
tais 
especificadas e fornecido com características
 ou 
processos de proteções adicionais. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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Estas referências cruzadas são aproximação entre classificações NEMA e IEC, apenas 
como orientação. Consulte os órgãos competentes quanto a testes de qualificação e 
informações mais completas. 
 
 
NEMA versus IEC/ABNT 
 
 
 
16 MARCAÇÃO EX E TIPOS DE ETIQUETAS 
 
16.1 DEFINIÇÃO 
Circuito Intrinsecamente Seguro – É um circuito no qual qualquer centelha ou 
qualquer efeito produzido em condições especificadas na IEC 60079-11, que inclui 
operação normal ou em condições de defeito especificadas, não é capaz de causar ignição 
de uma determinada atmosfera explosiva contendo gás. 
 
16.2 EQUIPAMENTO ELÉTRICO 
Montagem de componentes elétricos e circuitos elétricos, 
normalmente contidos em um invólucro unitário. 
 
16.3 EQUIPAMENTO ASSOCIADO 
É O equipamento elétrico que contém simultaneamente 
circuitos intrinsecamente seguros, e não seguros e são construídos de forma que não 
exista efeito adverso nos circuitos intrinsecamente seguros. 
 
 
 
Referências cruzadas dos Graus de Proteção dos invólucros 1 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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16.4 OPERAÇÃO NORMAL 
Operação de um equipamento intrinsecamente seguro ou 
equipamento associado que está conforme as especificações de projeto mecânico e 
elétrico do fabricante ( projetista ). 
 
16.5 FALTA 
Qualquer defeito em qualquer componente, separação (barreira) ou conexão 
entre componentes, não definido como infalível pela norma, da qual a segurança 
intrínseca do circuito depende. 
 
16.6 COMPONENTE INFALÍVEL OU MONTAGEM DE COMPONENTE INFALÍVEL 
Componente ou montagem que não é considerada como causa de um certo modo de falha, 
como especificado na IEC 60079-11. 
 
16.7 SEPARAÇÃO OU ISOLAMENTO INFALÍVEL 
Separação ou isolamento entre partes elétricas condutivas que pode causar curto circuito. A 
probabilidade do modo de falha ocorrer em serviço ou estocagem é considerada tão baixa, que 
pode ser ignorada. 
 
16.8 TENSÃO MÁXIMA DE ENTRADA (U) 
tensão máxima (pico AC ou DC) que pode ser aplicada na conexão de um equipamento 
intrinsecamente seguro sem validar a segurança intrínseca. 
 
16.9 TENSÃO MÁXIMA DE SAÍDA (UO) 
Tensão máxima de saída (pico AC ou DC) em um circuito intrinsecamente seguro que pode 
aparecer na condição de circuito aberto, para qualquer tensão aplicada acima da tensão 
máxima, incluindo Um e Ui. 
 
16.10 CORRENTE MÁXIMA DE ENTRADA 
É a corrente máxima (pico AC ou DC ) que pode ser aplicada nas conexões do equipamento ou 
circuito intrinsecamente seguro sem invalidar a segurança intrínseca. 
 
16.11 CORRENTE MÁXIMA DE SAÍDA (L0) 
Corrente máxima ( pico AC ou DC ) em um circuito intrinsecamente seguro que pode aparecer 
nos terminais do equipamento. 
 
16.12 POTÊNCIA MÁXIMA DE ENTRADA (PI) 
Potência máxima de entrada em um circuito intrinsecamenteseguro pode dissipar quando está 
conectado a uma fonte externa sem invalidar a segurança intrínseca. 
Potência Máxima De Saída (P0) 
Potência máxima de saída em um circuito extrinsecamente seguro que pode aparecer nos 
terminais do equipamento. 
 
16.13 CAPACITAÇÃO EXTERNA MÁXIMA (CO) 
 Capacitância máxima em um circuito intrinsecamente seguro que pode ser 
conectada ao equipamento sem invalidar a segurança intrínseca. 
 
16.14 CAPACITÂNCIA INTERNA MÁXIMA (CI) 
Capacitância interna equivalente total de um equipamento intrinsecamente seguro. Aquela que 
aparece nas conexões do equipamento. 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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16.15 INDUTÂNCIA EXTERNA MÁXIMA (L0) 
É o valor máximo de indutância em um circuito intrinsecamente seguro que pode ser conectada sem 
invalidar a segurança intrínseca. 
 
 
16.16 INDUTÂNCIA INTERNA MÁXIMA (Li) 
É a indutância equivalente total de um equipamento que aparece nos seus terminais. 
 
16.17 RAZÃO MÁXIMA ENTRE A INDUTÂNCIA E A RESISTÊNCIA EXTERNA (Lo/RO) 
Máximo valor da razão entre a indutância externa e a resistência externa de qualquer circuito que pode 
ser conectado a um equipamento EX i, sem invalidar a segurança intrínseca. 
 
16.18 TENSÃO MÁXIMA 
Máxima tensão (Um) RMS ou DC que pode ser aplicada aos terminais não Intrinsecamente seguros 
de um equipamento associado, sem afetar o tipo de proteção. 
 
16.19 TENSÃO MÁXIMA DE ENTRADA (Ui) 
Máxima tensão que pode ser aplicada aos terminais intrinsecamente seguros, sem afetar o tipo de 
proteção. 
 
16.20 CORRENTE MÁXIMA DE ENTRADA (Ii) 
Máxima corrente que pode ser aplicada aos terminais intrinsecamente seguros, sem afetar o tipo de 
proteção. 
 
OBS.: Componente Infalível é aquele considerado como não sujeito a defeitos que afetem a segurança 
intrínseca do circuito, durante a operação e armazenagem. 
 
16.21 IDENTIFICAÇÃO 
O tipo de proteção pelo equipamento pode ser identificado observando o código. Para cada norma 
existe uma pequena variação na forma de identificação das características do 
equipamento. 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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17 TIPOS DE BARREIRAS DE SEGURANÇA INTRINSECA 
 
BARREIRA DE DIODO 
 
Para a limitação de energia podem-se utilizar limitadores resistivos (Barreiras Zener) ou 
dispositivos eletrônicos limitadores de corrente (semicondutores). 
 
A seguir está o esquema de uma Barreira Zener, que é um circuito destinado à conexão 
entre circuitos intrinsecamente seguros e não seguros, com a finalidade de limitação da 
energia enviada à área classificada. 
 
 
F R 
Área Perigosa 
Barreira Zener Típica G 
Z 
Área Segura 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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R - limita o valor da corrente na área explosiva (Ex i) no caso de curto circuito entre 3 e 4. 
 
Z - limita o valor da tensão enviada à área explosiva. O número de zeners é determinado 
pelo fator de segurança imposto para as categorias ia e ib como será visto no item 7.5 a 
seguir. 
 
F - tem como função proteger os zeners no caso de sobretensão nos pontos 1 e 2. 
 
G - ponto de aterramento que garante um caminho de retorno à terra para a corrente dos 
diodos zeners. 
 
 
18 ATERRAMENTO 
 
O aterramento deve garantir: 
 
a) um caminho de baixa impedância para 
correntes de descargas atmosféricas; 
 
b) equipotencialização eletrostática entre a 
estrutura metálica ou solo e a carcaça do 
equipamento; 
 
c) Na segurança intrínseca o aterramento garantirá a eficiência da barreira de zener na 
limitação da tensão que é enviada área classificada. 
 
O padrão exige que a resistência medida entre qualquer ponto da linha de terra do circuito 
de segurança intrínseca e o ponto de ligação dessa linha com o terra deve ser menor que 
1 ohms. 
Visando evitar que mais de uma parte do sistema tenha contato com o terra, deve haver 
uma isolação maior que 500V entre o circuito de segurança intrínseca e o ponto (único) de 
terra, exceto, é claro, no ponto de aterramento. 
 
Não pode haver dois pontos de aterramento para evitar que, sendo de diferentes 
impedâncias, possam gerar, na ocorrência de altas correntes, diferenças de potencial 
perigosas ao sistema. 
 
No caso de dois pontos de aterramento se fazerem necessários então o circuito deve ser 
separado por isoladores galvânicos, ficando um único ponto de aterramento para cada 
parte isolada. 
 
18.1 EQUIPOTENCIALIDADE DE TERRAS 
Se não houver equipotencialidade dos terras, uma possível falha de isolação poderá 
colocar em risco a instalação, pois ocorrerá centelhamento devido à diferença de potencial 
entre o "terra do circuito" da área explosiva em relação ao mesmo na área segura. 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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18.2 SITUAÇÃO DE NÃO EQUIPOTENCIALIDADE DE TERRAS 
 
Fora isto, a normalização regulamenta a equipotencialidade das terras, ou seja, a 
necessidade de se igualar a impedância do sistema de aterramento, que não deve ser 
superior s 1Ω , medido de dois pontos quaisquer da instalação. 
Este requisito é solicitado, pois a falta de equipotencialidade é muito perigosa. Para 
exemplificar esta afirmação vamos supor o circuito da figura abaixo onde temos um 
conversor eletro pneumático ligado à saída de um controlador, através de uma barreira 
zener. 
Vamos calcular qual a sobretensão causada no elemento de campo devido a diferença de 
impedância entre o terra da barreira e o terra do campo. 
Para tanto vamos supor que ocorra um defeito na conexão do equipamento de campo 
que acidentalmente seja conectado ao terra dos equipamentos eletrônicos (tais como 
controladores, fontes de alimentação, conversores, etc..), que geram ruídos elevados. 
Vamos supor 10A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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A figura abaixo mostra o circuito eletrônico realmente afetado pelo ruído elétrico gerado 
pelos instrumentos eletrônicos. 
 
Como a resistência interna do conversor eletropneumático é muito maior que as 
resistências da terra e do cabo, vamos desprezar a corrente desviada através de sua 
bobina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 ISOLAÇÃO GALVÂNICA 
 
A isolação galvânica, aplicada junto às barreiras zener, as completa, pois desta forma não 
é necessário conectá-las ao equipotencial dos terras, tornando a instalação mais simples e 
segura. E caso seja necessário fazê-lo, não haverá risco de ocorrer centelhamento na área 
classificada, desdeque a não equipotencialidade seja menor que a tensão de isolação 
galvânica, o que quase sempre ocorre. 
 
Dentre os sistemas para se promover a isolação galvânica, podemos citar o acoplamento 
óptico e o a transformador, estando este último ilustrado na figura 5 a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de isolação galvânica por Trafo. 
 
CIRCUITO EQUIVALENTE CALCULO DE SUBTENSÃO 
ATMOSFERA EXPLOSIVA 
 
 
 
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19.1 PARÂMETROS DE COMPONENTES 
 
Nos circuitos intrinsecamente seguros são analisadas as características dos componentes 
eletrônicos, sempre aplicando-se fatores de segurança em seus pontos de trabalho. São 
verificadas distâncias de isolação (via ar ou outro isolante) e escoamento (via substrato ou 
placa de circuito impresso), aterramentos de relés, núcleo de transformadores, etc.. 
 
19.2 PARAMETRIZAÇÃO 
 
Os equipamentos intrinsecamente seguros são parametrizados, ou seja, possuem uma 
marcação com os dados técnicos que permite associar equipamentos intrinsecamente 
seguros com seus associados, mesmo que tendo sido certificados isoladamente ou forem 
de fabricantes diferentes. 
 
NOTAS: 
 
As distâncias de escoamento entre trilhas dependem diretamente do tipo de PCI utilizada, 
do tipo de cobertura da PCI (verniz, etc.) e podem ser menores quando entre as partes a 
serem isoladas existir uma malha de aterramento ou um orifício de separação. 
 
Já as distâncias de isolação são as distâncias entre os corpos dos componentes e similares 
das partes a serem isoladas. Dependem do tipo de meio entre eles (resinas, ar, tipo de 
cola quando houver, etc.). 
 
Todos esses tópicos são regidos e monitorados por normas (inclusive brasileiras) e são 
comprovados na prática por meio de testes realizados pelo órgão certificador do 
equipamento Ex i. 
 
Existem ainda exigências especiais para os componentes infalíveis, tais como: 
transformadores de alimentação e acoplamento, resistores limitadores de corrente de 
barreiras zener, capacitores de bloqueio, fusíveis, etc., podendo ser estes pertencentes a 
circuitos intrinsecamente seguros e associados. 
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20 PLICAÇÕES TÍPICAS DE EQUIPAMENTOS INTRINSECAMENTE SEGUROS E 
ASSOCIADOS 
20.1 MODELOS DIGITAIS ON/OFF 
Neste caso, o elemento de campo apresenta somente dois estados lógicos (ON/OFF). 
Como exemplo pode citar: Contatos mecânicos, sensores de proximidade indutivos, 
pressostatos, válvulas solenóides, sirenes, etc.. 
 
20.2 FUNÇÕES REPETIDORAS 
As barreiras com esta função repetem sinais ON/OFF do elemento de campo que pode ser 
um contato seco (botoeiras, termostatos, fim-de-curso, etc) ou de um sensor indutivo com 
configuração elétrica padrão NAMUR (DIN 19234). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O estágio de saída pode ser ainda em transistor para conexão direta em circuito eletrônico, CL
P ou SDCD. 
 
 
 
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20.3 FUNÇÕES DE CONTROLE 
 
São barreiras cujas funções de comando e controle estão incorporadas. Abaixo citamos 
alguns tipos: 
a) Monitoração de Movimento : Neste caso é possível detectar o aumento ou redução de 
velocidade de equipamentos rotativos, tais como: agitadores, misturadores, ventiladores, 
etc.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Sentido de Movimento : Neste caso é possível detectar o sentido do movimento 
(horário/anti-horário) de equipamentos rotativos, tais como : medidores de vazão, 
motores, turbinas, etc. 
 
c) Conversor F/I : Este dispositivo tem como função obter um sinal de saída em corrente 
(4-20 mA) proporcional à frequência do sinal de entrada. Pode ser utilizado na medição de 
velocidade de motores, ventiladores, turbinas, etc.. 
 
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20.4 MODELOS PARA ACIONAMENTOS 
São barreiras para acionamento de elementos de comandos situados dentro das áreas 
classificadas, tais como : válvulas solenóides, LEDs e sirenes. 
 
20.5 MODELOS ANALÓGICOS 
As barreiras para sinais analógicos possuem elementos de medição e controle instalados 
em áreas classificadas. 
 
20.6 REPETIDORES ANALÓGICOS 
Ideais para alimentação e transferência dos sinais de transmissores que convertem 
grandezas físicas (vazão, temperatura, pressão) em corrente (4 a 20 mA). 
 
Podem também apresentar o sinal de saída de 0 a 5 V apenas acrescentando-se um 
resistor ao circuito. 
 
20.7 DRIVER ANALÓGICO 
São barreiras que servem para acionar conversores (tipo conversor eletropneumático I/P). 
 
Comentários a respeito dos testes laboratoriais para certificação: 
 
Convém aqui ressaltar alguns fatores a serem levados em conta na etapa de 
desenvolvimento de equipamentos intrinsecamente seguros que são fortemente 
verificados nos testes de certificação do produto. 
 
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Existem critérios, todos previstos por normas elaboradas pela ABNT, que regem, 
principalmente a escolha dos componentes que possam comprometer a segurança do 
equipamento, por exemplo: 
 
A potência dissipada nos resistores considerados infalíveis deve ser no máximo 2/3 da sua 
potência nominal no pior caso e tolerância; 
 
A potência dissipada nos diodos zener deve ser no máximo 2/3 da sua potência nominal, 
no pior caso e tolerância; 
 
Dependendo do caso, é exigida a colocação de barreiras zener no lado não seguro do 
circuito a fim de evitar sobretensão e consequente sobreaquecimento na região do 
transformador de isolação galvânica; 
 
A corrente de interrupção dos fusíveis considerados infalíveis é testada durante o processo 
de certificação, através de ondas de choque de corrente geradas por bancos de 
capacitores carregados normalmente com 300 VCC. Também são testadas as suas 
correntes nominais e tempos de queima, sendo que estes últimos devem estar de acordo 
com os dados do fabricante e não devem permitir o sobreaquecimento dos diodos zener. 
 
O aquecimento do transformador de isolação galvânica é provocado durante os testes e 
não deve haver perda de isolação entre primário(s) e secundário(s), sendo esta última 
maior ou igual a 1500 VDC. 
 
Todas as distâncias entre trilhas e corpos de componentes SI e NSI também são 
normalizadas e a isolação entre SI e NSIdeve ser mantida. 
 
- Exemplo de marcação de equipamentos de segurança intrínseca: 
 
No invólucro do equipamento, devem obrigatoriamente conter as marcações fornecidas no 
relatório de conformidade expedido pelo órgão competente, o tipo de proteção, 
categorias, classes, o logotipo que identifica o equipamento de segurança intrínseca e uma 
identificação visível para identificação dos lados SI e NSI (às vezes feita por cores : azul = 
lado 
A seguir está apresentado um exemplo típico de marcação de equipamento associado: 
 
 
 
 
 
 
CEPEL INMETRO [BR – Ex i b] II C / II B / IIA 
 
 
 
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20.8 TIPO DE PROTEÇÃO, CATEGORIA E GRUPOS 
 
Dados do relatório de conformidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Além da marcação conforme a zona, tipo de atmosfera e temperatura, há também uma 
marcação para aparelhos destinados a funcionar em atmosferas explosivas de acordo com 
a Diretiva 94/9/CE que segue a seguinte regra: 
 
Primeiro: a marca exagonal 
 
Segundo: o grupo, conforme tabela anterior (I para mina e II para superfície) 
 
Terceiro: a categoria, seguindo a tabela a seguir: 
 
GRUPO-I categoria M1 nível de proteção muito elevado * 
 categoria M2 nível de proteção elevado** 
 
categoria 1 nível de proteção muito elevado * 
GRUPO-II categoria 2 nível de proteção elevado ** 
categoria 3 nível de proteção normal*** 
 
* Seguros mesmo na ocorrência de dois defeitos; 
** Seguros mesmo na ocorrência de um defeito. 
*** Seguros na ausência de defeitos 
Adicionalmente ao número da categoria, a marcação para o grupo II traz ainda o tipo de 
atmosfera, a saber: 
 
G -> atmosfera de gases; 
 
D -> atmosfera de poeiras; 
 
F -> atmosferas de fibras 
 
Exemplos: 
 
 I M 2 produto para minas, proteção elevada 
 
 II 1 G produto para indústria de superfície, proteção muito elevada, atmosfera de gases 
 
II 1 D produto para indústria de superfície, proteção muito elevada, atmosfera de 
poeira 
 
II (1) G D produto para ser utilizado como equipamento associado para indústria 
de superfície, proteção muito elevada, atmosfera de gases e ou poeira. 
 
Os aparelhos da categoria M2 devem poder ter sua alimentação cortada no caso de 
aparecimento de atmosfera potencialmente explosiva. 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS 
 
As instalações elétricas em atmosferas explosivas requerem supervisão e 
acompanhamento durante toda sua vida útil. Nos capítulos anteriores vimos os 
cuidados e recomendações que são referentes ao ambiente onde o equipamento 
será instalado (classificação de áreas) e as medidas construtivas que tem que ser 
aplicadas a esses equipamentos para torná-los adequados para operação em locais 
onde possa haver presença de material inflamável. Porém os cuidados não param 
aí. É necessário que sejam tomadas precauções também durante a montagem e 
operação desses equipamentos. Por isso foi desenvolvida a norma IEC60079-17, 
que definem quais são os critérios para a INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE 
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS. 
 
A norma PETROBRÁS N-2510 define os requisitos para inspeção e manutenção em 
equipamentos elétricos instalados em atmosferas explosivas, e devem ser 
aplicados em todas as instalações da Empresa ou instalações contratadas por ela. 
 
INSPEÇÃO/MANUTENÇÃO ESPECIAL EM EQUIPAMENTOS MÓVEIS 
 
REQUISITOS PRINCIPAIS: 
 
• Inspeção detalhada a cada 12 meses; 
• Inspeção inicial a cada mobilização; 
• Inspeções e manutenções efetuadas por pessoal qualificado/treinado; 
• Procedimentos aprovados para instalações e manutenções; 
 
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• Desenvolver sistemática para rastreabilidade e controle das inspeções e 
manutenções realizadas; 
• Especial atenção aos testes e inspeções nos sistemas de detecção de gás 
combustível e sua periodicidade; 
• Atender integralmente às normas aplicáveis, recomendações do SMS e 
recomendações das plataformas quanto a instalações elétricas em atmosferas 
explosivas. 
 
 
 
PRIMEIRAS INSPEÇÕES FEITAS EM 30 EQUIPAMENTOS EX D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem marcação 63% 
Sem classe de temperatura 80% 
Modificações não autorizadas visíveis 17% 
Parafusos de fixação (faltando ou frouxo) 70% 
Dimensões dos interstícios acima dos valores máximos 23% 
Selagem de eletrodutos 37% 
Prensa-cabo frouxo ou não adequado 13% 
Conexões de aterramento frouxas ou não existentes 47% 
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TREINAMENTO 
 
CONTEÚDO ABORDADO: 
 
• NA ATIVIDADE; 
 
• NO TREINAMENTO. 
 
NA ATIVIDADE 
 
Na NR-10, temos: 
 
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado 
de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como 
alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, 
falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 
 
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente 
poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação 
formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que 
determina a classificação da área. 
 
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à 
aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente 
explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema 
Brasileiro de Certificação. 
 
NO TREINAMENTO 
 
10.8.8.4 Os trabalhadores em áreas classificadas devem ser precedidos de 
treinamento específico de acordo com risco envolvido. 
 
1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM 
ELETRICIDADE: 
 
• Carga horária mínima – 40 horas; 
• Programação mínima. 
 
 
2. CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA: 
 
• Carga horária mínima – 40 horas 
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DEFINIÇÃODOS PROFISSIONAIS 
 
 
• Qualificado – comprovação de conclusão de curso específico na área elétrica 
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino; 
• Legalmente habilitado – qualificado e com registro no CREA. 
• Capacitado; 
- Treinado por profissional habilitado e autorizado; 
- Trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e 
autorizado. 
• Autorizados – habilitados ou capacitados com ausência formal da empresa; 
• Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente 
contendo as limitações e a abrangência de sua autorização. 
• Condição de autorizado consignada no sistema de registro de empregado da 
empresa. 
• Treinamento de reciclagem bienal: 
- Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos 
Trabalhadores segundo a NR 10. 
 
O funcionário qualificado profissionalmente através do sistema oficial de ensino se 
torna habilitado quando passa a dispor do seu registro no Conselho, tornando-se 
autorizado quando recebe treinamento em segurança no trabalho. 
 
O funcionário qualificado por ocupação, se torna autorizado quando recebe 
treinamento em segurança do trabalho. 
 
O funcionário qualificado profissionalmente através de formação na empresa se 
torna habilitado quando recebe capacitação específica dirigida sob 
responsabilidade de um profissional habilitado e se torna autorizado quando 
recebe treinamento em segurança do trabalho. 
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BIBLIOGRAFIA 
 
 
1. ABNT NBR IEC 60079-17:2014 – Equipamentos elétricos para atmosfera explosivas Parte 17: 
Inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas ( exceto minas ) 
 
2. Apostila de Atmosfera Explosiva – Eng Joacy Santos Junior 
 
3. NM-IEC 60050-426 – Equipamentos elétricos para atmosfera explosivas – 
Terminologia 
 
4. IEC 60079-0 
 
5. IEC 60079-11 
 
6. IEC 69529-Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos ( Código 
IP) 
 
7. Básics of of Explosion Protection – Introduction to Explosion to Explosion 
protection for Electrical Apparatus and Installations – R. STHAL TECHNOLOGY GROUP 
 
8. Explosion Hazards in the Process Indutries 
 
9. Handbook Of Fire And Explosion Protection Engineering Principles For Oil, Gas, 
Chemical, And Related Facilities 
 
10. Segurança em Atmosferas Explosivas – Projeto de Classificação de Áreas em uma 
Indústria Petroquímica – Roberval Bulgarelli 
 
11. Apostila: Segurança Intríseca – Maurício Franco

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