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5-Vasos de Pressão de Paredes Finas

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Resistência dos 
Materiais I
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Me. Lincoln Ribeiro Nascimento
Revisão Técnica:
Prof. José Carlos de Lucena
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Vasos de Pressão de Paredes Finas
• Vasos de Pressão de Paredes Finas;
• Pressão – Conceito;
• Vasos de Pressão Cilíndricos;
• Vasos de Pressão Esféricos;
• Exemplos de Aplicação. 
· Apresentar ao(à) aluno(a) quais são as tensões atuantes em vasos de
pressão de paredes finas e como dimensionar o vaso de pressão para
suportar a pressão do fluido contido em seu interior.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Vasos de Pressão de Paredes Finas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Vasos de Pressão de Paredes Finas
Os vasos de pressão são reservatórios utilizados para o armazenamento de 
fluidos sob pressão. Esses fluidos podem ser líquidos ou gasosos. Dessa forma, 
podem ser chamados de vasos de pressão ou, simplesmente, de reservatórios.
Como eu posso descobrir se um vaso de pressão é ou não de parede fina?
Ex
pl
or
Os vasos de pressão de paredes finas são aqueles nos quais o raio interno (r) é 
maior ou igual a 10 vezes a espessura de parede (t), ou seja,:
r
t
≥ 10
Na Figura 1, é possível visualizar um vaso de pressão cilíndrico em corte, no qual 
estão indicados o raio interno (r) e a espessura de parede (t).
Figura 1 – Raio Interno (r) e Espessura (t) de um reservatório de um vaso de pressão cilíndrico
Existem diversos tipos de vasos de pressão, porém, nesta unidade, serão estuda-
dos os 2 tipos mais comuns:
• Vasos de Pressão Cilíndricos;
• Vasos de Pressão Esféricos.
8
9
Na Figura 2, é possível visualizar um exemplo de vaso de pressão cilíndrico.
Figura 2 – Exemplo de Vaso de pressão cilíndrico
Fonte: Wikimedia Commons
Na Figura 3, é possível visualizar um exemplo de vaso de pressão esférico.
Figura 3 – Exemplo de Vaso de pressão esférico
Fonte: Wikimedia Commons
9
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Pressão – Conceito
A pressão que um fluido exerce sobre uma superfície sólida é dada pela razão en-
tre a intensidade da Força Normal aplicada pelo fluido nessa superfície e a área dessa 
superfície. O cálculo dessa pressão pode ser realizado por meio da equação 5.1:
 P
F
A
N=  (Equação 5.1)
Onde:
• P: Pressão Manométrica (Ou pressão efetiva)
• FN: Força Normal
• A: Área da Superfície
Unidades de medida
[FN] = N
[A] = m²
P
N
m
Pa� �� ���
²
��
Qual é a diferença entre pressão e tensão normal?
Ex
pl
or
Como é possível observar, a forma de se calcular a pressão é muito parecida 
com o cálculo da Tensão Normal (σ), porém, a diferença está em que, nesse caso, 
quem aplica a força normal é um fluido sob pressão. Dessa forma, a força normal 
aplicada por um fluido é uniforme sobre toda a superfície onde essa força atua.
Vasos de Pressão Cilíndricos
Nos vasos de pressão cilíndricos, em geral, existem 3 tipos de tensões atuantes:
• Tensão Tangencial (σ1);
• Tensão Longitudinal (σ2);
• Tensão de Cisalhamento (τ).
Entretanto, para os vasos de pressão de paredes finas (cilíndricos e esféricos), a 
Tensão de Cisalhamento possui valor desprezível e, dessa forma, será desprezada.
Sendo assim, para se determinar, por exemplo, qual deve ser a espessura mínima 
de um reservatório, ou ainda, qual a máxima pressão que esse vaso de pressão de 
parede fina suporta, deve-se considerar a ação de uma dessas duas tensões:
10
11
• Tensão Tangencial (σ1);
• Tensão Longitudinal (σ2).
A seguir, serão conhecidos os efeitos dessas 2 tensões em um vaso de pressão 
cilíndrico de parede fina.
Tensão tangencial em vasos de pressão cilíndricos
Na Figura 4, é possível visualizar um vaso de pressão cilíndrico que foi subme-
tido a um corte no sentido longitudinal, de forma que fosse possível visualizar a 
área A1, na qual atua a Tensão Tangencial (σ1), a área (Ap), na qual atua o fluido 
sob pressão, o diâmetro interno (d), o comprimento (L) e a espessura (t) do reser-
vatório cilíndrico.
Figura 4 – Dimensões e áreas de um reservatório cilíndrico submetido a um corte no sentido longitudinal
Na Figura 5 é possível visualizar a área (Ap), que é representada pelo retângulo 
maior, na qual atua a pressão (P), que causa uma Força Normal (FN) sobre essa 
área (Ap).
Ainda na Figura 5, é possível visualizar que a ação dessa Força Normal (FN) 
causa uma força de reação (F1) de igual intensidade e sentido oposto na parede do 
reservatório, representada por 2 retângulos menores, que representam a Área (A1), 
causando a Tensão Tangencial (σ1) na parede desse reservatório.
Figura 5 – Forças, pressão e tensão atuante na parede do vaso de pressão cilíndrico na direção tangencial
11
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Determinação da Área (Ap) onde atua a pressão P
Na Figura 6 foi colocada uma vista planificada do corte longitudinal, de for-
ma a visualizarem-se as dimensões e as áreas nas quais atuam a pressão e a 
tensão tangencial.
Figura 6 – Vista planificada do corte longitudinal no vaso de pressão cilíndrico
Na Figura 7, é possível visualizar em destaque, a área (Ap), onde atua a pressão (P).
Figura 7 – Área (Ap), onde atua a pres são (P) que causa a tensão tangencial (σ1)
Como a área é retangular, o valor dessa área (Ap) será dado pela equação 5.2:
 Ap = d ∙ L (Equação 5.2)
Onde:
• Ap: Área onde atua a pressão P;
• L: Comprimento do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico;
• d: Diâmetro interno do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico.
Determinação da Área (A1) onde atua a Tensão Tangencial (σ1)
Na Figura 8, é possível visualizar em destaque a área (A1), onde atua a Tensão 
Tangencial (σ1).
12
13
Figura 8 – Área (A1), onde atua a Tensão Tangencial (σ1)
Como a área é formada por 2 retângulos, o valor total dessa área (A1) será dado 
pela equação 5.3:
 A1 = 2 ∙ t ∙ L (Equação 5.2)
Onde:
• A1: Área onde atua a Tensão Tangencial (σ1);
• L: Comprimento do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico;
• t: Espessura do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico.
Determinação da Tensão Tangencial (σ1)
De acordo com a Segunda Lei de Newton da Mecânica, a intensidade da Soma 
das Forças atuantes em um corpo será dada pela equação 1.1:
 F ma� � . (Equação 1.1)
Considerando que o objetivo do dimensionamento de um reservatório ou vaso 
de pressão seja que ele fique estático, isto é, que não ocorra deslocamento ou 
deformação significativa do reservatório,é possível afirmar que a aceleração (a) 
deve ser igual a zero, ou seja:
F m F� �� � �. ��� ���0 0
Essa condição é conhecida como equilíbrio estático e será imposta nas forças FN 
e F1, que atuam no vaso de pressão da seguinte forma:
F� � 0
 F1 – FN = 0 (Equação 5.3)
Sabendo-se que a tensão tangencial atuante é dada por:
� �1
1
1
1 1 1� � � �� �
���� ���� � �
F
A
F A
13
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
E que a pressão atuante é dada por:
P
F
A
F P AN
p
N p� � � �                 
Substituindo-se F1 e FN na equação 5.3, tem-se:
F1 – FN = 0
σ1 ∙ A1 – P ∙ Ap = 0
σ1 ∙ A1 = P ∙ Ap
Finalmente, substituindo-se as áreas A1 e Ap e isolando-se a Tensão tangencial 
(σ1), é possível obter o valor da tensão tangencial atuante em um vaso de pressão 
cilíndrico por meio da equação 5.4:
σ1 ∙ A1 = P ∙ Ap
σ1 ∙ 2 ∙ t ∙ L = P ∙ d ∙ L
�1 2
�
� �
� �
�
t L
� �P d L
 �1 2
�
�
�
P d
t (Equação 5.4)
Onde:
• σ1: Tensão Tangencial;
• P: Pressão Manométrica ou Pressão Efetiva;
• d: Diâmetro interno;
• t: Espessura da parede.
Unidades de medida
�2� �� ��� ²��
N
m
Pa
P
N
m
Pa� �� ���
²
��
[d] = m
[t] = m
ou seja, a Tensão Tangencial não depende do comprimento do reservatório ou 
do vaso de pressão cilíndrico.
Tensão longitudinal em vasos de pressão cilíndricos
Na Figura 9, é possível visualizar um vaso de pressão cilíndrico que foi submetido 
a um corte no sentido transversal, de forma que fosse possível visualizar a área A1, 
14
15
na qual atua a Tensão Longitudinal (σ2), a área (Ap), em que atua o fluido sob 
pressão, o diâmetro interno (d) e a espessura (t) do reservatório cilíndrico.
Figura 9 – Dimensões e áreas de um reservatório cilíndrico submetido a um corte no sentido transversal
Na Figura 5.10, é possível visualizar a área (Ap), representada pelo círculo me-
nor maior, onde atua a pressão (P), que causa uma Força Normal (FN) sobre essa 
área (Ap).
Ainda na Figura10, é possível visualizar que a ação dessa Força Normal (FN) 
causa uma força de reação (F2) de igual intensidade e sentido oposto na parede do 
reservatório, que é representada por uma coroa circular (anel que envolve a área 
Ap), que representa a Área (A2), causando a Tensão Longitudinal (σ2) na parede 
desse reservatório.
Figura 10 – Forças, pressão e tensão atuante na parede do vaso de pressão cilíndrico na direção longitudinal
Determinação da Área (Ap) onde atua a pressão P
Na Figura11, foi colocada uma vista planificada do corte transversal, de forma 
a visualizar-se as dimensões e as áreas nas quais atuam a pressão e a tensão 
longitudinal.
Figura 11 – Vista planificada do corte transversal no vaso de pressão cilíndrico
15
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Na Figura 12, é possível visualizar em destaque a área (Ap), na qual atua a 
pressão (P).
Figura 12 – Área (Ap), onde atua a pressão (P) que causa a tensão longitudinal (σ2)
Como a área é um círculo, o valor dessa área (Ap) será dado pela equação 5.5:
 A
d
p �
� 2
4
 (Equação 5.5)
Onde:
• Ap: Área onde atua a pressão P;
• d: Diâmetro interno do vaso de pressão cilíndrico;
• p: Constante cujo valor é 3,14159...
Determinação da Área (A2) onde atua a Tensão Longitudinal (σ2)
Na Figura 13, é possível visualizar em destaque a área (A2), onde atua a Tensão 
Longitudinal (σ2).
Figura 13 – Área (A2), onde atua a Tensão Longitudinal (σ2)
Como essa área é formada por uma coroa circular (anel), será proposta aqui 
uma alternativa para determinar o valor aproximado dessa área.
Em primeiro lugar, será efetuado um corte imaginário na parte do anel e, em 
seguida, será realizada uma simulação da abertura desse anel, esticando-o até que 
se obtenha uma Figura retangular, com a mesma área da coroa circular inicial, 
conforme pode ser visualizado na Figura 14.
16
17
Figura 14 – Transformação da Área (A2) em um retângulo
Observe que o comprimento do retângulo obtido é, na verdade, o perímetro da 
circunferência, que pode ser obtido multiplicando-se a constante p pelo diâmetro 
interno (d).
Como a área é formada por 1 retângulo, o valor dessa área (A2) será dado pela 
equação 5.6:
 A2 = p ∙ d ∙ t (Equação 5.6)
Onde:
• A2: Área onde atua a Tensão Longitudinal (σ2);
• d: Diâmetro interno do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico;
• t: Espessura do reservatório ou vaso de pressão cilíndrico;
• p: Constante cujo valor é 3,14159...
Determinação da Tensão Longitudinal (σ2)
De acordo com a Segunda Lei de Newton da Mecânica, a intensidade da Soma 
das Forças atuantes em um corpo será dado pela equação 1.1:
 F ma� � . (Equação 1.1)
Para que ocorra na direção longitudinal também o equilíbrio estático, será 
imposta nas forças FN e F2, que atuam no vaso de pressão, a seguinte condição 
(Equação 5.7):
F� � 0
 F2 – FN = 0 (Equação 5.7)
Sabendo-se que a tensão longitudinal atuante é dada por:
� �2
2
2
2 2 2� � � �� �
���� ����� � �
F
A
F A
17
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
E que a pressão atuante é dada por:
P
F
A
F P AN
p
N p� � � �                   
Substituindo-se F2 e FN na equação 5.7, tem-se:
F2 – FN = 0
σ2 ∙ A2 – P ∙ Ap = 0
σ2 ∙ A2 = P ∙ Ap
Finalmente, substituindo-se as áreas A2 e Ap e isolando-se a Tensão Longitudinal 
(σ2), é possível obter o valor da tensão longitudinal atuante em um vaso de pressão 
cilíndrico por meio da equação 5.8:
σ2 ∙ A2 = P ∙ Ap
�
�
2
2
4
� � � � ��� d t P
d
�
�
�
�
�
�2
2
2
2
4
4
1
�
�
�
� �
� � �
�
�
� �
�
t t
� �
�� � � � �
P
d
d
P
d
d
 �2 4
�
�
�
�
P d
t
 (Equação 5.8)
Onde:
• σ2: Tensão Longitudinal;
• P: Pressão Manométrica ou Pressão Efetiva;
• d: Diâmetro interno;
• t: Espessura da parede.
Unidades de medida:
�2� �� ��� ²��
N
m
Pa
P
N
m
Pa� �� ���
²
��
[d] = m
[t] = m
ou seja, o valor da Tensão Longitudinal atuante em um vaso de pressão cilíndrico 
será sempre a metade do valor da Tensão Tangencial atuante nesse mesmo vaso 
de pressão cilíndrico.
18
19
Vasos de Pressão Esféricos
Nos vasos de pressão esféricos de parede fina, em qualquer direção na qual 
fizermos o corte nesse reservatório, sempre se obterá o formato da área na qual 
atua a pressão e da área na qual atua a tensão na parede do reservatório, equivalente 
às áreas obtidas na análise da Tensão Longitudinal (σ2).
Sendo assim, para se determinar, por exemplo, qual deve ser a espessura mínima 
de um reservatório, ou ainda, qual a máxima pressão que esse vaso de pressão de 
parede fina esférico suporta, deve-se considerar a ação da Tensão Longitudinal 
(σ2), conforme pode ser visualizado na Figura 15; porém, como uma esfera não 
possui direção longitudinal, a tensão longitudinal (σ2) poderá também ser chamada 
de Tensão normal (σ2).
Figura 15 – Dimensões e áreas de um reservatório cilíndrico submetido a um corte no sentido transversal
Na Figura 16, é possível visualizar a área (Ap), representada pelo círculo menor 
maior, onde atua a pressão (P), que causa uma Força Normal (FN) sobre essa área (Ap).
Ainda na Figura 16, é possível visualizar que a ação dessa Força Normal (FN) 
causa uma força de reação (F2) de igual intensidade e sentido oposto na parede 
do reservatório, representada por uma coroa circular (anel que envolve a área 
Ap), que representa a Área (A2), causando a Tensão Longitudinal (σ2) na parede 
desse reservatório.
Figura 16 – Forças, pressão e tensão atuante na parede do vaso de pressão esférico
19
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Dessa forma, a Tensão Normal atuante em um reservatório esférico será dada 
pela equação 5.9:
 �2 4
�
�
�
�
P d
t
 (Equação 5.9)
Onde:
• σ2: Tensão Longitudinal ou Tensão Normal Atuante no Reservatório ou vaso 
de pressão esférico;
• P: Pressão Manométrica;
• d: Diâmetro interno;
• t: Espessura da parede.
Unidades de medida:
�2� �� ��� ²��
N
m
Pa
P
N
m
Pa� �� ���
²
��
[d] = m
[t] = m
Como já foi visto que o valor da intensidade da Tensão Longitudinal (σ2) será 
sempre a metade do valor da Tensão Tangencial (σ1), é esperado que, para uma 
mesma capacidade de armazenamento,um reservatório esférico deve suportar 
mais pressão ou, ainda, ser construído com uma espessura menor do que um 
reservatório cilíndrico.
Qual tipo de vaso de pressão pode ser construído com uma parede mais fina: o cilíndrico ou 
o esférico?Ex
pl
or
Exemplos de Aplicação
Exemplo 1
Um vaso de pressão cilíndrico tem diâmetro interno de 3m. O compri-
mento desse reservatório é 10m. Sabe-se que ele é feito de Aço ABNT 1020 
(σe = 400MPa e E = 210GPa). Esse reservatório deve suportar uma pressão de 
1,2 Mpa. Considerando-se um coeficiente de segurança igual a 5, determinar: 
1. Qual é a Tensão Normal Admissível no projeto?;
2. Qual a espessura mínima desse reservatório, para suportar essa pressão?;
20
21
3. Se substituirmos esse reservatório cilíndrico por um reservatório esféri-
co de mesmo volume, qual será a espessura mínima para esse novo 
reservatório?
Item (a)
Tensão Normal Admissível no Projeto
�
�
� e
sC
� �
400
5
MPa
� � � �80 80 106MPa Pa
Item (b)
Espessura mínima do Reservatório Cilíndrico
b.1) Pela Tensão Tangencial
�1 2
�
�
�
P d
t
Isolando-se a espessura t, tem-se:
t
P d
�
�
�
�
2 1�
t
MPa m
MPa
�
�
�
�
,1 2 3
2 80
t = 0,0225m = 22,5mm
b.2) Pela Tensão Longitudinal
�2 4
�
�
�
P d
t
Isolando-se a espessura t, tem-se:
t
P d
�
�
�
�
4 2�
t
MPa m
MPa
�
�
�
�
,1 2 3
4 80
t = 0,01125m = 11,25mm
Será adotada sempre a maior espessura calculada.
Nesse caso, a espessura mínima será de 0,0225m ou 22,5mm.
21
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Item (c)
Espessura mínima do Reservatório Esférico
Vcil
d
L���
�
�
� 2
4
Vcil
m
m��
,
�
� � �
�
3 14 3
4
10
2
Vcil m�� ,=70 65 3
Como os 2 reservatórios devem ter a mesma capacidade:
Vcil = Vesf = 70,65m3
Raio do Reservatório Esférico
Vesf
r
���
� �4
3
3�
Isolando-se o Raio r, tem-se:
3
4
3
4
�
�
� � �
�
�
Vesf
r r
Vesf
� �
���� ����
r
Vesf
esf ���
�
�
3
4 �
r
m
esf ��
,
,
�
�
�
3 70 65
4 3 14
3
resf = 2,565 m
O diâmetro, então, será dado por:
Desf =2 ∙ resf = 2 ∙ 2,565 m
Desf =5,13m
Como no reservatório esférico somente age a Tensão Longitudinal
�2 4
�
�
�
�
P d
t
Isolando-se a espessura t, tem-se:
t
P d
�
�
�
�
4 2�
t
MPa m
MPa
�
�
�
�
, ,1 2 5 13
4 80
t = 0,01923m = 19,23mm
ou seja, ficará um pouco mais fino do que o reservatório cilíndrico.
22
23
Qual tipo de vaso de pressão suporta uma pressão maior: o cilíndrico ou o esférico?
Ex
pl
or
Exemplo 2
Um vaso de pressão cilíndrico tem diâmetro interno de 4m. O compri-
mento desse reservatório é 10m. Sabe-se que ele é feito de Aço ABNT 1020 
(σe = 400MPa e E = 210GPa). Esse reservatório foi construído com uma espessura 
de 8mm. Considerando-se um coeficiente de segurança igual a 4, determinar:
1. Qual é a Tensão Normal Admissível no projeto?;
2. Qual a pressão máxima que esse reservatório pode suportar?;
3. Se substituirmos esse reservatório cilíndrico por um reservatório esférico de 
mesmo volume, qual será a pressão máxima que esse novo reservatório 
vai suportar?
Item (a)
Tensão Normal Admissível no Projeto
�
�
� e
sC
� �
400
4
MPa
� � � �100 100 106MPa Pa
Item (b)
Pressão máxima suportada pelo Reservatório Cilíndrico
b.1) Pela Tensão Tangencial
�1 2
�
�
�
�
P d
t
Isolando-se a pressão P, tem-se:
P
t
d
�
� �
�
�1 2
P
MPa mm
mm
�
� �
�
100 2 8
4000
P = 0,4 MPa = 400000Pa
b.2) Pela Tensão Longitudinal
�2 4
�
�
�
�
P d
t
23
UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Isolando-se a pressão P, tem-se:
P
t
d
�
� �
�
�1 4
P
MPa mm
mm
�
� �
�
100 4 8
4000
P = 0,8 MPa = 800000Pa
Será adotada sempre, por questões de segurança, a menor pressão calculada.
Nesse caso, a pressão máxima será de 0,4MPa.
Item (c)
Pressão máxima suportada pelo Reservatório Esférico
Vcil
d
L���
�
�
� 2
4
Vcil
m
m��
,
�
� � �
�
3 14 4
4
10
2
Vcil = 125,6m3
Como os 2 reservatórios devem ter a mesma capacidade:
Vcil = Vesf = 125,6m3
Raio do Reservatório Esférico
Vesf
r
���
� �4
3
3�
Isolando-se o Raio r, tem-se:
3
4
3
4
�
�
� � �
�
�
Vesf
r r
Vesf
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���� ����
r
Vesf
esf ���
�
�
3
4 �
r
m
esf ��
,
,
�
�
�
3 125 6
4 3 14
3
resf = 5,477 m
O diâmetro então será dado por:
Desf = 2 ∙ resf = 2 ∙ 5,477 m
Desf = 10,954m = 10954mm
24
25
Como no reservatório esférico somente age a Tensão Longitudinal 
(σ2)
�2 4
�
�
�
�
P d
t
Isolando-se a pressão P, tem-se:
P
t
d
�
� �
�
�2 4
P
MPa mm
mm
�
� �
�
100 4 8
10954
P = 0,29213 MPa = 292130Pa
ou seja, suportará um pouco mais de pressão do que o reservatório cilíndrico.
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UNIDADE Vasos de Pressão de Paredes Finas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Mecânica dos Fluidos
Como Material Complementar, leia o capítulo 2 (p 18-29) da obra de Franco Brunetti, 
intitulada Mecânica dos Fluidos, disponível na Biblioteca Virtual da Universidade, no 
item “E-books – Bib. Virtual Universitária”. Nesse texto, também serão abordados os 
conceitos e unidades de pressão.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua “área do aluno”, no menu à esquerda da tela, clique em 
“Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “E-books - Bib. 
Virtual Universitária”. No topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca para 
autor, título, assunto etc. Nesse espaço, digite “Brunetti” e clique na capa abaixo, que 
aparecerá como resultado.
Resistência dos Materiais
Ainda como Material Complementar, leia também o Capítulo 8 (p 320-4) da obra de 
R. C. Hibbeler, intitulada “Resistência dos Materiais”, disponível na Biblioteca Virtual 
da Universidade, no item “E-books – Bib. Virtual Universitária”. Nesse texto, também 
serão abordados os vasos de pressão de parede fina.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho: após entrar em sua “área do 
aluno”, no menu à esquerda da tela, clique em “Serviços”, depois em “Biblioteca” e, 
no centro da tela, clique em “E-books - Bib. Virtual Universitária”. No topo da tela que 
abrirá, haverá um campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse espaço, digite 
“Resistência dos Materiais” e clique na capa a seguir, que aparecerá como resultado.
 Vídeos
Práticas para o Ensino de Física I - Aula 10 - Pressão
Nesse endereço eletrônico, está disponível um vídeo bem interessante que trata dos 
conceitos de pressão;
https://youtu.be/H_Z97fjSUVo
Processos de Tecnologia Industrial 2 (Mecânica) - Caldeiras e Vasos de Pressão
Nesse endereço eletrônico, está disponível um vídeo que trata de caldeiras e vasos 
de pressão.
https://youtu.be/kyxYcOmUtUA
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Referências
BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluidos. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2008.
HIBBELER, Russell C. Resistência dos materiais. 5.ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2006.
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