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E N G . M A R C E L O L U I Z C R U Z D E S O U Z A | F L C 0 1 9 7 E N M UNIDADE 3 - FÍSICO-QUÍMICA A partir desta unidade você será capaz de: • reconhecer uma reação química; • classificar as reações químicas; • identificar as condições de ocorrência de uma reação química; • reconhecer aplicações das reações químicas. • definir uma grandeza a partir da comparação de um padrão preestabelecido; • diferenciar o conceito de massa atômica de um átomo e de um elemento, bem como o conceito de massa molecular e volume molar; • entender o conceito de mol; • resolver problemas envolvendo cálculos estequiométricos; • diferenciar dispersões, coloides e soluções, e as principais diferenças entre elas; • classificar as soluções em diluídas, concentradas, saturadas, insaturadas e supersaturadas. • calcular as concentrações das soluções e interpretar suas unidades de medida; • relacionar os conhecimentos adquiridos com situações do seu cotidiano. » I m p o r t a n t e assistir os vídeos relacionados a esta unidade. » Fazer a leitura do livro didático e a resolução d a s autoatividades. » A m p l i a r o s conhecimentos com a leitura de m a t e r i a i s complementares. Plano de estudos • TÓPICO 1 – REAÇÕES QUÍMICAS • TÓPICO 2 – GRANDEZAS QUÍMICAS • TÓPICO 3 – DISPERSÕES • TÓPICO 4 – DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURA DE SOLUÇÕES » I m p o r t a n t e assistir os vídeos relacionados a esta unidade. » Fazer a leitura do livro didático e a resolução d a s autoatividades. » A m p l i a r o s conhecimentos com a leitura de m a t e r i a i s complementares. • O conceito de reação química está associado à ideia de transformação química, ou seja, à produção de novas substâncias em decorrência do rearranjo dos átomos que formavam as substâncias que deixaram de existir. Na vida diária formam-se constantemente novas substâncias, dizemos que ocorreu um fenômeno químico. • Fenômenos Físicos: são aqueles que não alteram a constituição íntima da matéria, como as mudanças de estados físicos. Exemplo: fusão da água, cortar uma folha de papel etc. • Fenômeno Químico: são aqueles que alteram a constituição íntima da matéria, como as reações químicas. Exemplo: queima do papel, cozimento de alimentos etc. REAÇÕES QUÍMICAS • FÓRMULA MOLECULAR: é a representação gráfica dos elementos químicos e de suas quantidades, que formam a molécula de uma determinada substância. • “A quantidade de átomos de um mesmo elemento químico deve ser a mesma no primeiro membro (reagente) e no segundo membro (produto) da reação química”. • Coeficientes estequiométricos são os números que antecedem as fórmulas moleculares dos reagentes e dos produtos, e que indicam as quantidades mínimas de moléculas das substâncias que reagem e são consumidas no início da reação, e que se formam ao final da reação química. • Ao igualar as quantidades de átomos de cada elemento químico presente nos reagentes e nos produtos, estamos realizando o balanceamento da reação química. • Há dois métodos para se realizar o balanceamento de uma reação química: o método das tentativas e o método da oxirredução. • I – Reações de análise ou decomposição: Reação em que uma substância composta se decompõe em outras substâncias simples ou compostas. Genericamente, temos: • II – Reação de síntese, composição, adição ou combinação: Reação em que duas ou mais substâncias simples ou compostas se associam, produzindo uma única substância produto. CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES QUÍMICAS • III – Reação de deslocamento, simples troca ou substituição simples: Reações em que uma substância simples reage com uma substância composta, produzindo outra substância simples e outra composta. • IV – Reação de dupla troca ou dupla substituição: Reações entre duas substâncias compostas, as quais, por permutação, produzem duas outras substâncias compostas. • Reação de deslocamento, simples troca ou substituição simples: • Para que essas reações ocorram é necessário que as substâncias simples sejam mais reativas do que o elemento da substância composta que será deslocado. • Analisando os exemplos, temos como resposta: • a) A reação ocorre porque o zinco é mais reativo do que o hidrogênio. • b) A reação ocorre porque o cloro é mais reativo do que o iodo. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DE REAÇÕES DE SIMPLES TROCA E DUPLA TROCA • Reação de dupla troca ou dupla substituição: Para que ocorra uma reação de dupla troca é necessária a formação de: • um produto insolúvel (ocorre formação de um precipitado, substância que se deposita no fundo do frasco). um produto gasoso. um produto pouco ionizado. • Formação de um produto gasoso: • Formação de um produto insolúvel: • Formação de um p r o d u t o p o u c o ionizado • Quando desejamos medir uma grandeza, usamos um instrumento aferido em uma unidade de medida adequada a essa grandeza. Assim, com o metro articulado ou a trena mede-se o comprimento; com o termômetro, a temperatura; com o manômetro, a pressão, e assim por diante. • Muitas vezes, para uma mesma grandeza, usam-se várias unidades de medida. É o caso do comprimento, que é medido em metro, jarda, polegada, milha, angströns etc., ou da temperatura, que é medida em graus Celsius, Reaumur, Fahrenheit etc. GRANDEZAS QUÍMICAS • A unidade de massa atômica é uma unidade de medida aplicada para expressar a massa de partículas atômicas. A unidade de massa atômica é definida como 1/12 da massa de um átomo do Carbono 12 (C12) em seu estado fundamental. • O símbolo da unidade de massa atômica é u, uma ou Da. Obs.: UNIDADE DE MASSA ATÔMICA • “É um número que nos indica quantas vezes a massa desse átomo é maior que 1/12 da massa do carbono-12”. • Logo, quando dizemos que a massa atômica do átomo de sódio é 23 u, significa que um átomo do elemento sódio tem sua massa 23 vezes maior que 1/12 da massa do átomo de Carbono-12. MASSA ATÔMICA DE UM ÁTOMO • A massa atômica de um elemento químico é um número que nos informa quantas vezes a massa de cada átomo desse elemento é, em média, maior que 1/12 da massa do Carbono-12. • Então, para o elemento químico cloro (Cl) temos: MASSA ATÔMICA DE UM ELEMENTO QUÍMICO • A massa molecular ou massa molar de uma substância é determinada pela soma das massas atômicas (MA) de todos os átomos que a compõem. Portanto, Massa Molecular (MM) é o número que indica quantas vezes a massa da molécula é maior que 1/12 da massa atômica do carbono-12. MASSA MOLECULAR OU MASSA MOLAR (MM ou M) • Para os compostos iônicos, formados por íons-fórmula, usamos a expressão “massa fórmula” (MF). • Para a prática cotidiana da Química não há necessidade em se trabalhar com a massa em unidade de massa atômica (u), com relação ao mundo microscópico. • Utiliza-se, então, uma grandeza chamada quantidade de matéria, cuja unidade é o mol, assim definido: • O Mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quantos são os átomos contidos em 0,012 Kg de Carbono-12. • Sabe-se que a massa de 1 g equivale à massa de 6,02 x 1023 unidades de massa atômica. • Portanto: “Um mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém 6,02 x 1023 entidades elementares”. MOL: QUANTIDADE DE MATÉRIA • Alíquotas de elementos diferentes, cujas massas são dadas pelas respectivas massas atômicas expressas em gramas, possuem sempre o mesmo número de átomos. • Logo, a constante de Avogadro é o número de átomos de C12, contidos em 0,012 Kg de Carbono-12. NÚMERO DE AVOGADRO OU CONSTANTE DE AVOGADRO • É a massa que contém 6,02 x 1023 entidades representadas pela respectiva fórmula. A unidade mais usada para a massa molar é g/mol. Exemplo: 1 mol do elemento Cloro, ou seja, 6,02 x 1023 átomos do elemento Cl “pesam” 35,5 g. MASSA MOLAR OU MASSA MOLECULAR MASSA MOLAR OU MASSA MOLECULAR DE UMA SUBSTÂNCIA • É a massa de um mol de entidades representadapela sua fórmula molecular. A massa molar de uma substância é numericamente igual à sua massa molecular no caso de ser iônica. Exemplos: 1 mol de molécula, ou seja, 6,02 x 1023 moléculas de água, pesa 18g. VOLUME MOLAR • Volume molar é o volume ocupado por um mol de moléculas de substância. Experimentalmente, verificou-se que um mol de moléculas de qualquer substância no estado gasoso ocupa o volume de 22,4 litros, nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP). • Estequiometria é a parte da química que trata da relação quantitativa dos constituintes de uma espécie química e da relação quantitativa entre duas ou mais espécies químicas presentes numa transformação química. • Esse tipo de cálculo estequiométrico segue, normalmente, a seguinte ordem: • 1a) Montar a equação química mencionada no problema. • 2a) Ajustar os coeficientes estequiométricos da equação química. • 3a) Montar uma regra de três entre os dados e a pergunta do problema, obedecendo aos coeficientes estequiométricos da equação, e que poderá ser escrita em massa, em volume, em mols etc., conforme as conveniências do problema. • Solução Saturada – É aquela cuja quantidade de soluto dissolvida for igual à especificada pela solubilidade. Uma solução que contenha 31,6 g de KNO 3 dissolvidos em 100 g de água a 20 oC é classificada como saturada. CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO • As Dispersões são misturas, de dois ou mais componentes, nas quais uma substância está disseminada sob a forma de pequenas partículas no interior de outra substância (dispersantes ou dispergentes). • Exemplos: A dispersão de açúcar comum (sacarose) em água. A dispersão de uma porção de gelatina sólida em água quente. A dispersão de uma porção de enxofre em água. DISPERSÕES • Uma Solução pode ser definida como uma mistura homogênea, entre dois ou mais componentes. • Numa solução, o disperso é chamado de soluto e o dispersante é chamado de solvente. ESTUDO DAS SOLUÇÕES • MISTURAS HETEROGÊNEAS: Não apresentam as mesmas propriedades em toda sua extensão, ou seja, apresentam porções com propriedades diferentes. São constituídas de duas ou mais fases, dois ou mais aspectos visuais. Exemplo: água e óleo, água e areia etc. • MISTURAS HOMOGÊNEAS: Apresentam as mesmas propriedades em todos os seus pontos. São constituídas de uma única fase, um único aspecto visual. As misturas homogêneas também são chamadas soluções. Exemplo: água e sal, água e açúcar etc. • DE ACORDO COM O ESTADO FÍSICO DA SOLUÇÃO • Solução sólida – Liga metálica formada por ouro (75%) e cobre (25%). • Solução líquida – Solução aquosa de sacarose (água e açúcar). • Solução gasosa - Ar atmosférico isento de partículas sólidas. • DE ACORDO COM A NATUREZA DO SOLUTO • Solução molecular – As partículas do soluto são moléculas. Exemplo: sacarose C6H12O6 em água. • Solução iônica – As partículas do soluto são íons. Exemplo: cloreto de sódio (NaCl) em água. • DE ACORDO COM A SOLUBILIDADE DO SOLUTO • A solubilidade do KNO3 em água é de 31,6 g do sal em 100 g de água. • Representação: 31,6 g de KNO3/100 g de água a 20 oC. CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES • Com base na solubilidade, uma solução pode ser classificada em: • Solução Saturada – É aquela cuja quantidade de soluto dissolvida for igual à especificada pela solubilidade. Uma solução que contenha 31,6 g de KNO 3 dissolvidos em 100 g de água a 20 oC é classificada como saturada. • Solução insaturada – É aquela cuja quantidade de soluto dissolvida é inferior àquela especificada pela solubilidade. Uma solução que contenha menos de 31,6 g de KNO 3 dissolvidos em 100 g de água a 20 oC é classificada como insaturada. • Solução Supersaturada – É aquela cuja quantidade de soluto dissolvida é superior àquela especificada pela solubilidade. Uma solução que contenha mais de 31,6 g de KNO 3 em 100 g de água a 20 oC é classificada como supersaturada. • Para descobrirmos a relação entre a quantidade de soluto presente em uma solução, ou seja, a sua concentração, será necessário realizarmos alguns cálculos matemáticos, e estes serão resolvidos através de algumas fórmulas. E para facilitar a interpretação dos dados, segue uma Convenção: • Índice 1 – Refere-se ao soluto; • Índice 2 – Refere-se ao solvente; • Sem índice – Refere-se à solução. CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES • a) CONCENTRAÇÃO COMUM (C) • Concentração Comum (C) de uma solução é razão (relação) estabelecida entre a massa do soluto (m 1 ) e o volume dessa solução. • Onde: m 1 = massa do soluto V = volume da solução C = concentração comum Unidade: g/Litro ou g/mL ou g/cm3 • • b) DENSIDADE ABSOLUTA • Densidade absoluta (d) de uma solução é a razão (relação) estabelecida entre a massa e o volume dessa solução: • Onde: m = massa da solução; V = volume da solução; d = densidade absoluta da solução; Unidade: g / litro; g/ml ou g/cm3 • Chamamos de título de uma solução a razão (relação) estabelecida entre a massa do soluto (m 1 ) e a massa dessa solução (m), ambas medidas na mesma unidade. Assim: • Onde: • m1 = massa do soluto; m2 = massa do solvente; • m = m1 + m2 = massa da solução; • T = título (número puro, isto é, sem unidade). • Podemos conhecer a porcentagem em massa do soluto na solução fazendo: p 1 = 100 T TÍTULO EM MASSA (T) • Podemos estabelecer uma relação entre concentração comum, densidade e título. • Como título é um número puro e a densidade é dada, em geral, em gramas por mililitro, resultará concentração comum também em gramas por mililitro. Se quisermos obter a concentração comum nas unidades usuais (g/L), teremos que multiplicar o resultado da fórmula anterior por 1000: • RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO COMUM, DENSIDADE E TÍTULO • Concentração molar (M) de uma solução é a razão (relação) estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto e o volume, em litros, da solução. • Onde: • n1 = número de mols de moléculas do soluto; • V = volume, em litros, da solução; • M = concentração molar; • Unidades: mols/litro ou molar. • Como o número de mols é dado pela razão massa por mol, podemos estabelecer: CONCENTRAÇÃO MOLAR • Podemos ainda estabelecer uma relação importante entre a concentração comum, em g/L, a concentração molar e a densidade, em g/L: RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO COMUM E CONCENTRAÇÃO MOLAR • Para uma solução, são consideradas duas frações molares: a fração molar do soluto e a fração molar do solvente. • Fração molar do soluto (x1) é a razão (relação) entre o número de mols de moléculas do soluto e o número total de mols de moléculas da solução. • Fração molar do solvente (x2) é a razão (relação) entre o número de mols de moléculas do solvente e o número total de mols de moléculas da solução. • Onde: • n1 = número de mols do soluto; • n2 = número de mols do solvente; • x1 = fração molar do soluto; • x2 = fração molar do solvente. • Pode-se provar que para qualquer solução a soma das frações molares (soluto e solvente) é sempre igual a 1. FRAÇÃO MOLAR • Concentração molal (W) de uma solução é a razão (relação) estabelecida entre o número de mols do soluto e a massa do solvente, em quilogramas. • Onde: • n1 = número de mols de moléculas do soluto; • m2 = massa, em quilogramas, do solvente; • W = concentração molal. • A concentração molal foi denominada como molalidade, contudo o termo utilizado atualmente é Concentração Molal. CONCENTRAÇÃO MOLAL (W) • O processo da diluição é muito comum no nosso dia a dia. Xaropes de groselha ou suco de frutas concentrados, por exemplo, não são consumidos da maneira como são comercializados, ou seja, é necessário misturá-los com água. • Outro exemplo em que se usa a diluição ocorre quando uma criança, depois de usar xampu em excesso e para que a mãe não perceba isso, acrescenta água no frasco com xampu. • Nesses exemplos de diluição mencionados, o procedimento foi o mesmo, ou seja, adiciona-se certaquantidade de água (solvente) à solução inicial, obtendo-se uma nova solução menos concentrada ou mais diluída. DILUIÇÃO E MISTURA DE SOLUÇÕES MISTURA DE SOLUÇÕES QUE APRESENTAM O MESMO SOLUTO E O MESMO SOLVENTE • Nessa análise faz-se reagir um volume conhecido de uma solução, chamada solução-problema, com outra solução conveniente, chamada solução-padrão, e determina-se com o maior rigor possível o volume da solução-padrão, que deve ser exatamente o necessário para reagir com o volume conhecido da solução-problema. • Para se determinar a concentração da solução-problema, é necessário saber quando a reação termina. Isto é possível pela adição de indicadores que determinam o término da reação pela mudança de coloração. • Os principais indicadores utilizados em laboratórios, nesse processo, são a fenolftaleína e metil orange. ANÁLISE VOLUMÉTRICA: TITULOMETRIA OU TITULAÇÃO • Os processos volumétricos constituem a análise química quantitativa denominada volumetria ou análise volumétrica. • Em laboratório, para determinar o volume da solução-problema e o volume gasto da solução-padrão, são utilizados frascos especiais. • Nesta análise, deve reagir um volume conhecido da solução-problema que é colocado no erlenmeyer juntamente com a substância indicadora, que é responsável para detectar o ponto final da reação, e na bureta é colocada a solução- padrão conveniente. • O Ponto Final - Em uma reação ácido-base, um íon H+ da solução ácida reage com um íon OH- da solução básica para formar uma molécula de água: • Para que ocorra a neutralização completa entre a solução ácida e a solução básica, é necessário que a quantidade de mols de H+ adicionados do ácido seja igual à quantidade de mols de OH- presentes na base. MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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