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Bioquímica Glória Mamédio Ciclo de Kr Visão geral É chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos. É a via final de oxidação de carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos, liberando CO2 e H2O Fornece energia para a maior parte do ATP Ocorre na mitocôndria e está próximo das reações de transporte dos elétrons, os quais oxidam as coenzimas reduzidas produzidas pelo ciclo. É uma via aeróbica pois o O2 é necessário como aceptor final de elétrons. Participa da síntese de glicose a partir de esqueletos carbonados de aminoácidos Fornece blocos constitutivos para formação de alguns aminoácidos Alguns intermediários do ciclo podem ser sintetizados pela quebra de alguns aminoácidos É um ciclo de trafego em que os compostos entram e saem de acordo com as necessidades do organismo Reações do ciclo do ácido cítrico O oxalacetato é condensado com uma acetila formando o acetil-CoA, e no final do ciclo o oxalacetato é regenerado Descarboxilação oxidativa do piruvato O piruvato, produto final da glicose aeróbica é levado para dentro da mitocôndria por um transportador, lá ele é convertido em Acetil-CoA pelo complexo da piruvato-desidrogenase Essa etapa é irreversível, por isso não pode ser formada glicose a partir de acetil-CoA na gliconeogênese A transformação do piruvato não é propriamente dita uma reação do ciclo de Krebs. O complexo da piruvato desidrogenase é formada por 3 enzimas: a piruvato-desidrogenase (E1), diidrolipoil- transacetilase (E2) e diidrolipoil-desidrogenase (E3). Tambem possui duas enzimas reguladoras, a proteína- cinase e fosfoproteína-fosfatase. (ativam e inativam a piruvato-cinase) A deficiência na piruvato-desidrogenase é uma das causas da acidose lática, o piruvato não convertido em acetil- CoA segue para formação de ácido lático via lactato- desidrogenase. Causa problemas principalmente para o encéfalo. No envenenamento por arsênio causa a inativação da piruvato-desidrogenase acarretando as mesmas consequências da deficiência nessa enzima. O complexo só atua na presença da vitamina B, a tiamina, o piruvato não convertido pode causar problemas no olho como ofatalmoplagia, que a pessoa não consegue focar em um ponto, causado pelo acumulo de piruvato no cérebro, causa taxia e problemas na coordenação motora. Síntese do citrato a partir de acetil-CoA e oxalacetato É catalisada pela citrato-sintase A citrato-sintase é controlada alostericamente por Ca2 e ADP e inibida po ATP, devirados de acetil-CoA graxos, NADH e succinil-CoA O citrato serve de fonte de Acetil-CoA para síntese cistólica de ácidos graxos. Isomerização do citrato A isomerização é catalisada pela aconitase, formando isocitrato A aconitase é inibida fluoracetato, ele é convertido em fluoracetil-CoA que se conecta com o oxalacetato formando fluorcitrato que inibe a aconitase. Oxidação e descarboxilação do isocitrato A isocritato-desidrogenase catalisa a descarboxilação oxidativa do isocitrato formando α-cetoglutarato É uma reação irreversível, forma a primeira molécula de NADH e libera CO2 A isocitrato-desidrogenase é ativada por ADP e CA2 e inibida por ATP e NADH Descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato É a conversão de α-cetoglutarato em succinil-CoA por um complexo da α-cetoglutarato-desidrogenase formado por 3 enzimas. Essa reação libera a segunda molécula de NADH e a segunda de CO2 Bioquímica Glória Mamédio O mecanismo é semelhante ao utilizado pela conversão de piruvato em acetil-CoA. Clivagem da succinil-CoA É a retirada do grupo tio éster do succinil-CoA pela enzima succinato-tiocinase ou succinil-CoA-sintase formando succinato Está acoplada a fosforilação do GDP formando GTP, o GTP pode ser convertido em ATP Oxidação do succinato O succinato é reduzido a fumarato pela enzima succinato-desidrogenase Produz a coenzima FADH O FAD é receptor de elétrons pois o poder do succinato não é suficiente para reduzir no NAD A succinato-desidrogenase é inibida pelo oxalacetato Hidratação do fumarato O fumarato hidratado da origem ao malato A reação é catalisada pela fumarase ou fumarato- hidrogenase Oxidação do malato A reação de oxidação do malato produz oxalacetato É catalisada pela enzima malato-desidrogenase Produz o último NADH do ciclo. Produção de energia pelo ciclo do ácido cítrico 4 pares de elétrons são transferidos durante o ciclo, 3 para reduzir os NAD e 1 para reduzir o FAD A oxidação de um NADH na cadeia transportadora de elétrons leva a formação de 3 ATP e o FAD a formação de 2 ATP. Regulação do ciclo do ácido cítrico Regulação por ativação e inibição da atividade enzimática É controlado pela regulação de diversas enzimas, as mais importantes são a citrato-cinase, isocitrato- desidrogenase e α-cetoglutarato-desidrogenase. Regulação pela disponibilidade de ADP O aumento na concentração de ADP leva a celeração das reações que utilizam ADP para formas ATP, sendo a mais importante a fosforilação oxidativa. Na falta de ADP diminui a produção de ATP e desacelera as reações de fosforilação oxidativa Também diminui a oxidação de NADH e FADH na cadeia transportadora de elétrons dificultando a oxidação deacetil-CoA. Bioquímica Glória Mamédio Mapa do ciclo do ácido cítrico
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