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Acionamentos Eletroeletrônicos Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Alexandre Leite Nunes Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico • Introdução à Eletrônica de Potência; • Exemplos de Aplicações dos Circuitos Retificadores; • Retificadores Monofásicos de Meia Onda com Cargas R, RL e RLE. • Estudar os principais aspectos da eletrônica industrial. OBJETIVO DE APRENDIZADO Retifi cador CA-CC Monofásico e Retifi cador Polifásico Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Introdução à Eletrônica de Potência A forma mais simples de se definir a eletrônica de potência seria a seguinte: Ciência que trata da aplicação de dispositivos semicondutores de potên- cia, tais como tiristores e transistores, na conversão e no controle de energia elétrica em níveis altos de potência, visando à máxima eficiência e qualidade nos processos de transformação da energia elétrica. Com o surgimento da eletrônica de potência, por volta de 1920, e junto aos novos processos de chaveamento elétrico – através das chaves estáticas – houve melhora na diminuição da necessidade de manutenções sucessivas dos chaveado- res, devido à substituição destes por semicondutores e menor perda de energia por aquecimento – que ocorria nesse tipo de chaveamento. Exemplos de Aplicações dos Circuitos Retificadores A eletrônica de potência utiliza sistemas semicondutores para processar e contro- lar o fluxo da energia elétrica; assim, semicondutores como, por exemplo, diodos, transistores bipolares, GTO, SCR, IGBT, Triac, Mosfet e MCT são os componentes principais dentro de chaveadores, retificadores, inversores etc. Diodos Semicondutores de Potência Quando juntamos dois tipos de cristais, sendo um do tipo P – onde as lacunas, os portadores majoritários e os minoritários são os elétrons – a um cristal do tipo N – neste tipo de cristal os elétrons serão denominados portadores majoritários e os minoritários chamados de lacunas –, constituem um cristal único, associação chamada de junção PN, ou diodo. Durante o processo de funcionamento do diodo um acúmulo de íons positivos de um dos lados da junção e negativos do outro surge, estabelecendo uma região de cargas; como não existe grande fluxo de cargas nessa região, é chamada de região de deplexão. As cargas que se formaram na região de deplexão originam uma diferença de potencial ou Vo, enquanto as cargas existentes na região de deplexão têm carga positiva no lado de tipo N e carga negativa no lado do P, dando origem à barreira de potencial. 8 9 + + + + + + + + + _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ NP Barreira de Potencial Junção Figura 1 – Representação interna do diodo Ânodo (A) + Cátodo (K) - Figura 2 – Simbologia eletrônica do diodo Diodo Polarizado Inversamente O diodo tem propriedades de semicondutor, ou seja, se conectamos o diodo a uma fonte de tensão, observaremos tal comportamento imediatamente; na Fi- gura 3 temos uma bateria conectada aos terminais do diodo, de modo que se conectarmos o positivo da fonte ao negativo do diodo (K) e o negativo da fonte ao positivo do diodo (A) observaremos que as impurezas com carga negativa presente no material P se deslocarão ao centro da junção, enquanto as cargas positivas presentes no material N também se deslocarão ao centro, fazendo com que a barreira de potencial aumente sensivelmente, impossibilitando a passagem de corrente – por este motivo dizemos que o diodo semicondutor não conduz corrente elétrica quando polarizado inversamente. 9 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico + + _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ + + + + + + + + + + + +_ Barreira de Potencial P N Junção Figura 3 – Diodo semicondutor polarizado inversamente Diodo Polarizado Diretamente A polarização direta ocorre quando o positivo da bateria é ligado ao positivo do diodo (A) P e o negativo da fonte ao negativo (K), de modo que com essa polariza- ção do diodo a maioria das impurezas negativas presentes no material positivo é atraída para a extremidade positiva do diodo, enquanto as impurezas positivas são atraídas à extremidade negativa do diodo (K). Desta forma, a barreira de potência perde proporção e inicia a condução de corrente elétrica através do diodo. Na Figura 4 podemos observar que mesmo polarizado diretamente ainda per- manecem algumas impurezas na região de deplexão, as quais fazem com que, por exemplo, o diodo fabricado com silício comece a conduzir apenas quando a tensão da fonte ultrapasse 0,7 V; então, podemos afirmar que quando polarizado diretamente o diodo semicondutor conduz corrente elétrica, e quando polarizado inversamente não conduz corrente elétrica – justamente esta característica é que lhe nomeia como diodo semicondutor. 10 11 + + + + + + + + + + + + + + + + + + +_ Barreira de Potencial P N Junção Figura 4 – Diodo semicondutor polarizado diretamente Após esta pequena revisão sobre os diodos semicondutores trataremos dos dio- dos mais utilizados na eletrônica industrial. Diodos Schottky O diodo Schottky possui uma queda de tensão direta baixa e alta velocidade, sendo comumente empregado em conversores com pequenas tensões de saída, tais como fontes chaveadas e conversores DC-DC, podendo trabalhar com tensões de até 100 V e correntes entre alguns ampères a até centenas de ampères. Figura 5 – Símbolo eletrônico do diodo Schottky 11 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Diodos de Frequência de Linha Os diodos de linha possuem uma queda de tensão direta pequena, mas esta ca- racterística lhes confere considerável lentidão de chaveamento. Conhecidos como standard recovery, são projetados para trabalhar com frequências entre 50 e 60 Hz – por este motivo, o tempo de comutação não é crítico. Este tipo de diodo opera com valores de tensão e corrente na casa dos quilovolts e quiloampères. Diodos Rápidos Este tipo de diodo opera em altas frequências, possuindo reduzidos tempos de recuperação entre corte e saturação, ou soft-recovery. A seguinte Tabela mostra alguns modelos dos diodos já abordados:Tabela 1 – Características dos diodos Código VRRM Ifav VF TRR Diodos de linha 1 N 5408 SKN100/12 SKN6000/06 800 V 1.200 V 600 V 3 A 125 A 6.000 A 1,2 V 1,55 V 1,3 V – – – Diodos rápidos SKN3F20/8 SKN340F/18 BY359-1500 800 V 1.800 V 1.500 V 20 A 400 A 6,5 A 2,15 V 1,9 V 2,6 V 250 ns 2.200 ns 600 ns Diodos ultrarrápidos UF4007 MUR840 BYT16P-400 RHRG30120 1.000 V 400 V 400 V 1.200 V 1 A 8 A 16 A 30 A 1,7 V 1,25 V 1,5 V 2,25 V 50 ns 50 ns 35 ns 70 ns Diodos Schottky MBRD835L IN5822 STPS12045TV 35 V 40 V 45 V 8 A 3 A 60 A 0,41 V 0.52 V 0,67 V – – – A seguir estão os significados dos parâmetros mais importantes mostrados na Tabela 1: • VRRM: tensão reversa repetitiva; • VRSM: tensão reversa não repetitiva; • VR ou PIV: tensão reversa contínua; • VF: queda de tensão direta com o diodo em condução; • IFSM: corrente de surto direta não repetitiva – único; • IFM ou IFRM: corrente de surto direta repetitiva; • IF ou Ifav: valor médio da corrente direta; • IFRMS: valor eficaz da corrente direta; 12 13 • i2 t: este valor é utilizado para selecionar o fusível de proteção, devendo possuir um i2 t menor ao do diodo; • IR: corrente reversa máxima – corrente de fuga; • TRR: tempo de recuperação reversa; • IRM: pico da corrente de recuperação reversa; é dado para valores de tempe- ratura, IF e diF/dt específicos; • QRR: carga que flui para o circuito durante o intervalo TRR; • PTOT: dissipação de potência no diodo; • TJ: faixa de temperatura de operação da junção; • RTHJC ou RJC: resistência térmica entre a junção – encapsulamento em ºC/W; • RT: resistência ôhmica do diodo; • CT: capacitância de junção; • LS: indutância série. Retificadores Monofásicos de Meia Onda com Cargas R, RL e RLE Retificador Monofásico de Meia Onda com Carga Resistiva Na Figura 6 apresentamos a estrutura do retificador monofásico de meia onda que alimenta uma carga resistiva: Figura 6 – Retifi cador monofásico de meia onda com carga resistiva Fonte: Acervo do conteudista Na retificação monofásica com carga resistiva o diodo apenas conduz os picos positivos da tensão alternada VO, de modo que a parte negativa da senoide é cor- tada pelo retificador, conforme podemos observar na Figura 7: 13 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Figura 7 – Formas de onda a partir do circuito da Figura 6 Fonte: Acervo do conteudista Retificador Monofásico de Meia Onda com Carga Resistiva/Indutiva (R-L) Já na Figura 8 temos a estrutura do retificador monofásico de meia onda que alimenta uma carga resistiva/indutiva: Figura 8 – Retificador monofásico alimentando carga R-L Fonte: Acervo do conteudista 14 15 E na Figura 9 podemos observar as formas de onda da carga R-L: 0 0 V 0 V L i L � � +2 �� 2 � 3 � 4 � 2 � 3 � 4 � �t �t �t � D Figura 9 – Formas de onda na carga R-L Como estamos alimentando uma carga indutiva, além da resistiva, o diodo não se bloqueia; desta forma, o bloqueio só ocorre no ângulo de extinção – devemos lembrar que quando alimentamos um indutor, ao cortarmos a sua alimentação através do princípio da força contra eletromotriz (FCEM), devolve-se ao circuito que o alimentou uma corrente de polaridade invertida a que o alimentou –, com um tempo que é su- perior. Enquanto a corrente de carga (FCEM) não se anula, o diodo D continua em condução – por este motivo a tensão de carga fica instantaneamente negativa. Podemos inicialmente descrever a corrente que circula no circuito como: ( ) ( ) ( )m di t V sen t Ri t L dt ω = + Para solucionarmos esta equação podemos utilizar a soma da resposta forçada com a resposta normal, por exemplo: ( ) ( ) ( )f ni t i t i t= + 15 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Quando nos referimos a “resposta forçada”, trata-se da corrente senoidal no estado estável que poderia aparecer no circuito se o diodo não estivesse ativo no circuito, de modo que para encontrarmos a corrente no estado estável devemos fazer uma análise fasorial, utilizando a seguinte expressão: ( ) ( )Vmif t sen t Z = ω − θ Onde: ( )22 1 Z R L Ltg R − = + ω ω θ = Comumente teríamos um transiente que aparece logo que a carga é alimentada – conforme comentado no início deste Material Teórico. Logo, se considerarmos o circuito sem a fonte, teremos: ( ) ( ) 0di tR i t L dt + = Sendo um circuito de primeira ordem, teremos: in(t) = Ae–t/τ Onde: • τ = constante de tempo L R • A = constante inicial do indutor. Importante! Lembre-se de que o indutor atrasa a corrente em relação à tensão, ou seja, primeiro temos a tensão e depois a corrente, de modo que a corrente inicial é 0. Importante! ( ) ( ) ( ) 00 0 0Vmi sen Ae Z Vm VmA sen sen Z Z = − θ + = = − −θ = θ Substituindo A, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0 0 t tVm Vm Vmi t sen t sen e sen t sen e Z Z Z − − τ τ= ω − + θ = ω − + θ 16 17 Escrevendo a função em termos do ângulo, temos: ( ) ( ) ( ) /tVmi t sen t sen e Z −ω ωτ ω = ω − θ + θ Em resumo, a corrente no circuito de fonte com retificação de meia onda e ali- mentando uma carga RL é: ( ) ( ) ( ) ( )/ 0 0 2 tVmi t sen t sen e para t FCEM Z para t −ω ωτ ω = ω − θ + θ ≤ ω ≤ β β ≤ ω ≤ π Onde: ( )22 1 Z R L ttg R L R − = + ω ω θ = τ = A corrente RMS é dada por: ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 0 2 0 1 2 1 2 t d t t d t Irms i i π ω ω β ω ω = π = π ∫ ∫ A corrente média é dada por: ( ) ( ) 0 1 2 t d tIo i β ω ω= π ∫ A solução completa para a determinação da corrente é a soma da resposta for- çada com a resposta normal: ( ) ( ) ( ) ( ) /tVmi t if t in t sen t Ae Z − τ= + = ω − θ + Pratiquemos para que seja possível deixar claro alguns conceitos e determina- das formulações: 17 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Exemplo 1 Em um equipamento industrial temos uma fonte retificada em meia onda como a da Figura 9, a qual alimenta um resistor de 100 Ω ligado em série com um in- dutor de 100 mH (0,1H) e ω = 377 rad/s, com uma tensão Vm = 100 V; logo, precisamos saber a expressão para a corrente, a corrente RMS, a corrente média, a potência absorvida pela carga e o fator de potência. Com o que foi apresentado podemos extrair os seguintes dados: ( ) 0,522 1 106,9 20,7º 0,361 0,307 Z R L Ltg rad R Lt rad R − = + ω = ω θ = = = ω ω = = A equação para corrente será: i(ωt) = 0,936 sen (ωt – 0,361) + 0,331 e–ωt/0,377 Para determinar o valor de β: sen(β – 0,361) + sen(0,361) e–β/0,377 = 0 Se fizermos a busca da raiz utilizando um programa matemático entenderemos que β = 3,50 rad, ou 201°. A corrente média é determinada utilizando esta equação: ( ) ( ) 3,5 0,377 0 1 0,936 0,361 0,331 0,308 2 t Io sen t e d t A ω − = ω − + ω = π ∫ A corrente RMS é determinada utilizando a equação: ( ) ( ) 23,5 0,377 0 1 0,936 0,361 0,331 0,407 2 t Irms sen t e d t A ω − = ω − + ω = π ∫ A potência do resistor é determinada utilizando a seguinte equação: ( ) ( )2 1002 0, 407 22,4rmsP I R W= = = 18 19 O fator de potência é determinado utilizando esta equação: , 22, 4 0,67 100 0,407 2 s rms P Pfp S V = = = = Retificador Trifásico com Ponto Médio com Cargas Resistivas No circuito da Figura 10 podemos observar um retificador trifásico de meia onda, de modo que para cada fase temos um diodo e utiliza-se o neutro como nega- tivo. Podemos também lembrar que as fases de um sistema trifásico estão defasadas uma da outra em 120º; desta forma, as fases são retificadas uma vez e respeitando os 120º. + _ R R N T S R D3 D2 D1i i i i 3 2 1 v Figura 10 – Retifi cador trifásico de meia onda, com carga resistiva Já na figura a seguir podemos observar as formas de ondas encontradas no cir- cuito retificador trifásico: Formas de onda do circuito retificador trifásico: http://bit.ly/380v8qW Ex pl or Quando operamos com uma carga resistiva, podemos dizer que a resposta da carga ao retificador será linear,sem causar interferência à tensão fornecida; assim, para determinarmos os valores de tensão e corrente do circuito temos as seguintes equações. 19 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Tensão média sobre a carga – resistência: ( ) ( )0 0 0 2 3 3 2 1,17 2Lmed v t V sen t VV V ω = ⋅ ⋅ ω ⋅ ⋅ ⋅ = ≅ ⋅ π Corrente média sobre a carga – resistência: 01,17 Lmed Lmed V VI R R ⋅ ≅ = Corrente média nos diodos – importante quando se especificar o componente: 01,17 3Dmed VI R ⋅ ≅ Corrente média nos diodos – importante quando se especificar o componente: 02 Dp VI R ⋅ ≅ Corrente eficaz nos diodos: IDef = 0,59 · ILmed Retificador trifásico com ponto médio com cargas Resistivas/Indutivas (RL): R IR S T N R VS D3 D2 D1 L Figura 11 – Retificador trifásico com carga RL 20 21 Quando operamos com uma carga resistiva em série e com uma carga indutiva, podemos dizer que a resposta da carga ao retificador será complexa, causando “interferências” à tensão fornecida, pois devemos lembrar do comportamento do indutor quando submetido a uma tensão DC. Assim, para determinarmos os valo- res de tensão e corrente do circuito temos estas equações: Tensão média sobre a carga: ( ) ( )0 0 0 2 3 3 2 1,17 2Lmed v t V sen t VV V ω = ⋅ ⋅ ω ⋅ ⋅ ⋅ = ≅ ⋅ π Corrente média sobre a carga – resistência: 01,17 Lmed Lmed V VI R R ⋅ ≅ = Corrente média nos diodos – importante quando se especificar o componente: 01,17 3Dmed VI R ⋅ ≅ Corrente média nos diodos: 3 Lmed Dmed II = Corrente eficaz nos diodos: 3 Lmed Def II = Corrente eficaz na carga. Inicialmente, encontramos I3ef: ( ) ( ) 2 2 2 0 3 9 2 2 0,3 2 3 ef L Lef VI R I Ilmed I ef + ⋅ω ⋅ ⋅ = ⋅ = + Retificador Trifásico com Ponto Médio com Transformador, Delta-Estrela O retificador de meia onda é um dos mais básicos e simples sistemas de retifica- ção que podemos construir e aplicar nos equipamentos industriais, mesmo que uti- lizemos um transformador trifásico. Neste caso, empregaremos um transformador 21 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico trifásico com enrolamentos do primário fechado em delta e do secundário em es- trela (Figura 12). Sabemos que o grande problema dos retificadores de meia onda é a característi- ca de retificação de apenas um semiciclo da senoide, deixando um vale na retifica- ção – que chamamos de ripple –; na retificação trifásica temos três fases que, como vimos, revezam-se: inicialmente, o diodo D1 ligado à siada 1 conduz, na sequência, D2 e por último D3, respeitando um intervalo de 120º, diminuindo sensivelmente o ripple (Figura 13, tensão na carga) e, por consequência, aumentando o valor médio da tensão. Para que possamos determinar a corrente RMS nos diodos temos: 3rms ILI = Como podemos observar na Figura 13, nas formas de onda da tensão os diodos são iguais entre si e tais ondas são defasadas em 120º uma da outra. O cálculo do valor médio da tensão na carga pode ser calculado pela equação: 5 6 max 6 1 3 3 2 2 3 médioV V sen d Vmáx π π= θ θ =π π∫ Secundário Primário R S RL D1 D2 D 3 T N Figura 12 – Retificador trifásico com primário delta e secundário estrela 22 23 Tensão na carga médioV V1 V2 V3 Corrente na carga Corrente nos diodos Tensão no diodo D1 i 3 i 2 i 1 i L i L vL Vmax θ θ θ θ θ θ = ωf 3 V√ max V VD1 = V1 – VL Figura 13 – Formas de onda do retifi cador 23 UNIDADE Retificador CA-CC Monofásico e Retificador Polifásico Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Robótica CRAIG, J. J. Robótica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. Eletrotécnica geral: teoria e exercícios resolvidos FRANCISCO, F. Eletrotécnica geral: teoria e exercícios resolvidos. 2. ed. [S.l.]: Manole, 2006. Projetos de circuitos analógicos FRANCO, S. Projetos de circuitos analógicos. [S.l.]: McGraw Hill, 2016. Matlab com aplicações em Engenharia GILAT, A. Matlab com aplicações em Engenharia. 4. ed. [S.l.]: Bookman, 2006. Análise de circuitos elétricos MARIOTTO, P. A. Análise de circuitos elétricos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. Vídeos Retificadores monofásicos de meia onda com cargas RLE https://youtu.be/pK6emqaP6ds Retificadores monofásicos de meia onda com cargas RL https://youtu.be/aq2KL6h_E50 Leitura Retificador monofásico de meia onda http://bit.ly/2OxpxAQ 24 25 Referências AHMED, A. Eletrônica de potência. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. JOHNSON. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. [S.l.]: LTC, [20--?]. MOHAN, N. Eletrônica de potência – curso introdutório. [S.l.: s.n., 20--?]. RASHID, M. H. Eletrônica de potência: circuitos, dispositivos e aplicações. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1999. SOLOMON. Fundamentos de processamento digital de imagens – uma abordagem prática com exemplos em Matlab. [S.l.]: LTC, [20--?]. 25
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