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Cinesiologia do Tornozelo e pé

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Cinesiologia e biomecânica 
 Tornozelo e pé 
 
Osteologia 
O termo tornozelo refere-se principalmente à 
articulação talocrural: a articulação entre a tíbia, a 
fíbula e o tálus. O termo pé refere-se a todos os 
ossos tarsais e às articulações distais ao tornozelo. 
Dentro do pé, existem três regiões, cada uma 
consistindo em um conjunto de ossos e uma ou 
mais articulações. O retropé consiste no tálus, no 
calcâneo e na articulação subtalar; 
o mediopé consiste nos ossos tarsais restantes, 
incluindo a articulação transversa do tarso e as 
articulações intertársicas distais menores; e 
o antepé consiste nos metatarsos e nas falanges, 
incluindo todas as articulações distais às e as 
articulações tarsometatársicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fíbula 
A longa e fina fíbula está localizada paralela e 
lateralmente à tíbia 
A cabeça da fíbula pode ser palpada 
imediatamente na posição lateral ao côndilo lateral 
da tíbia. A fina diáfise da fíbula transfere apenas 
cerca de 10% do peso corporal para a perna; a 
maior parte do peso é transferida pela tíbia, que é 
mais grossa. 
 
Tíbia distal 
A extremidade distal da tíbia é ampla para permitir 
maior área de contato para a transferência de 
cargas pelo tornozelo. No seu lado medial, está 
localizado o proeminente maléolo medial. Na 
superfície lateral do maléolo medial, está a faceta 
articular do tálus 
Ossos do tarso 
Ao todo são sete ossos do tarso: Tálus, calcâneo, 
navicular, cuneiformes medial, intermediário e 
lateral e cuboide. 
Tornozelo Pé 
Tíbia 
Retropé: Calcâneo 
e tálus 
 
Fíbula 
Mediopé: Navicular, 
cuboide e 
cuneiformes 
Tálus 
Antepé: Metatarsos 
e falanges 
Metatarsos 
Os cinco ossos metatarsos ligam a linha distal de 
ossos do tarso com as falanges proximais. 
Falanges 
Como na mão, o pé tem 14 falanges. Cada um dos 
quatro dedos laterais do pé contém uma falange 
proximal, média e distal. 
Artrologia 
Dependendo da nomenclatura escolhida, pode-se 
argumentar que até 14 articulações nomeadas ou 
complexos articulares estão estrutural ou 
funcionalmente associados ao tornozelo e ao pé. 
Embora todas essas articulações contribuam para 
a função cinesiológica da região, é necessário 
considerável atenção à interação de três principais 
articulações: talocrural, subtalar e transversa do 
tarso 
A terminologia utilizada para descrever 
movimentos do tornozelo e do pé incorpora dois 
conjuntos de definições: um conjunto fundamental 
e um aplicado. A terminologia fundamental define 
os movimentos do pé ou tornozelo como 
ocorrem perpendicularmente aos três eixos-
padrão de rotação. A dorsiflexão (extensão) e 
a flexão plantar descrevem o movimento paralelo 
ao plano sagital e ao redor de um eixo medial-
lateral de rotação. A eversão e 
a inversão descrevem o movimento paralelo ao 
plano frontal e ao redor de um eixo 
anteroposterior da rotação. A abdução e 
a adução descrevem o movimento paralelo ao 
plano horizontal (tranverso) e ao redor de um eixo 
de rotação vertical (craniocaudal). Pelo menos em 
relação a três grandes articulações do tornozelo e 
do pé, estas definições fundamentais são 
insuficientes porque a maioria dos movimentos 
dessas articulações ocorre sobre um eixo 
oblíquo, e não sobre os três eixos-padrão de 
rotação e ortogonais 
 
Articulação tibiofibular proximal 
A articulação tibiofibular proximal (ou superior) é 
uma articulação sinovial localizada lateral e 
imediatamente inferior ao joelho. Ela se forma 
entre a cabeça da fíbula e a face posterolateral do 
côndilo lateral da tíbia 
Embora a articulação tibiofibular proximal seja 
funcionalmente independente da articulação do 
joelho (tibiofemoral), existem conexões anatômicas 
entre as cápsulas das duas articulações. 
Articulação tibiofibular distal 
A articulação tibiofibular distal é formada pela 
articulação entre a superfície medial da fíbula distal 
e a incisura fibular da tíbia. Os anatomistas 
frequentemente se referem à articulação 
tibiofibular distal como uma sindesmose, que é um 
tipo de articulação fibrosa que é intimamente 
ligada por uma membrana interóssea 
 
O ligamento interósseo fornece a ligação mais 
forte entre as extremidades distais da tíbia e da 
fíbula. Este ligamento é uma extensão 
da membrana interóssea entre a tíbia e a fíbula. 
Os ligamentos tibiofibulares anterior e posterior 
(distais) também estabilizam a articulação. Uma 
união estável entre a tíbia e a fíbula distais é 
essencial para a estabilidade e o funcionamento da 
articulação talocrural. 
 
Articulação talocrural 
A articulação talocrural, ou tornozelo, é a 
articulação da tróclea (cúpula) com as bordas do 
tálus com a cavidade retangular formada pela 
extremidade distal da tíbia e os dois maléolos. A 
articulação talocrural é frequentemente referida 
como “encaixe” ou pinça maleolar devido à sua 
semelhança com a junção de madeira usada pelos 
carpinteiros. A forma côncava do lado proximal do 
encaixe é mantida pelos ligamentos que ligam a 
tíbia à fíbula. A forma confinante da articulação 
talocrural fornece uma importante fonte de 
estabilidade natural ao tornozelo. 
 
Articulação subtalar 
A articulação subtalar, como seu nome indica, 
reside sob o tálus. 
Para compreender a extensão do movimento de 
articulação subtalar, é preciso apenas apertar 
firmemente o calcâneo descarregado (calcanhar) 
torcendo lado a lado e de forma giratória. Durante 
este movimento, o tálus deve permanecer 
praticamente fixo dentro da articulação talocrural 
com encaixe rígido. 
Ligamentos 
A cápsula articular da articulação talocrural é 
reforçada pelos ligamentos colaterais que auxiliam 
a manter a estabilidade entre o tálus e o “soquete” 
retangular de encaixe. Além de adicionar 
resistência mecânica ao encaixe, os ligamentos 
possuem mecanorreceptores 
(principalmente terminações nervosas livres e de 
Ruffini) que, em última análise, aumentam a 
capacidade dos músculos para 
subconscientemente estabilizar a região. 
 
O ligamento colateral medial da articulação 
talocrural é frequentemente 
denominado ligamento deltoide por causa de sua 
forma triangular. A função primária do ligamento 
deltoide é reforçar a face medial do tornozelo. 
Os ligamentos colaterais laterais do tornozelo 
incluem os ligamentos talofibulares anterior e 
posterior mais o calcaneofibular.. A característica 
mecânica de “entorse do tornozelo” geralmente 
envolve um componente de inversão excessiva. 
Portanto, não é surpreendente que cerca de 80% 
de todas as entorses do tornozelo estão 
associados a um ou mais ligamentos colaterais 
laterais. 
 
O ligamento talofibular anterior une-se à face 
anterior do maléolo lateral; em seguida, dirige-se 
anteromedialmente para o colo da cabeça do tálus. 
Este ligamento é o mais frequentemente lesionado 
dos ligamentos laterais 
 O ligamento calcaneofibular segue 
posteroinferiormente do ápice do maléolo lateral 
para a superfície lateral do calcâneo. 
Primariamente, este ligamento resiste à inversão 
por meio da articulação talocrural (particularmente 
durante a dorsiflexão total) e da articulação 
subtalar. 
O ligamento talofibular posterior origina-se 
posteromedialmente do maléolo lateral e está 
inserido no tubérculo lateral do tálus. Suas fibras 
correm quase horizontalmente pela face posterior 
da articulação talocrural no sentido anterolateral 
oblíquo para posteromedial. A função primária do 
ligamento talofibular posterior é estabilizar o tálus 
dentro do encaixe. Em particular, limita a abdução 
excessiva (rotação externa) do tálus, 
principalmente quando o tornozelo está 
dorsifletido. 
O ligamento transverso inferior é uma pequena fita 
espessa de fibras considerada parte do ligamento 
talofibular posterior. As fibras se ligam medialmente 
à face posterior do maléolo medial, formando 
parte da porção posterior da articulação talocrural. 
Osteocinemática 
A articulaçãotalocrural possui um grau primário 
de liberdade.. 
A rotação na articulação talocrural ocorre 
principalmente em torno de um eixo que passa 
através do corpo do tálus e da parte superior de 
ambos os maléolos. Como o maléolo lateral 
encontra-se inferior e posterior ao maléolo medial 
(que pode ser verificado por palpação), o eixo de 
rotação se afasta ligeiramente de um eixo medial-
lateral simples. Por causa do campo do eixo de 
rotação, a dorsiflexão está associada à ligeira 
abdução e eversão, além da flexão plantar com 
leve adução e inversão. 
 
Artrocinemática 
Durante a dorsiflexão, o tálus rola para frente em 
relação à perna enquanto simultaneamente 
desliza posteriormente 
O deslizamento posterior simultâneo permite que 
o tálus gire para frente com apenas uma limitada 
translação anterior. 
Geralmente, qualquer ligamento colateral que se 
torna cada vez mais tenso a partir da translação 
posterior do tálus também se torna 
progressivamente mais tenso durante a 
dorsiflexão. 
 
Durante a flexão plantar, o tálus rola 
posteriormente enquanto o osso simultaneamente 
desliza anteriormente. 
 
A artrocinemática na articulação subtalar envolve 
um movimento de deslizamento entre os três 
conjuntos de facetas, o que produz um arco 
curvilíneo de movimento entre o calcâneo e o 
tálus 
 
A pronação e supinação da articulação subtalar 
ocorrem enquanto o calcâneo se move em 
relação ao tálus (ou vice-versa quando o pé está 
plantado) em um arco que é perpendicular ao eixo 
de rotação. 
A pronação tem componentes principais 
de eversão e abdução; a supinação tem 
componentes principais de inversão e adução. O 
calcâneo realiza a dorsiflexão e a flexão plantar 
ligeiramente relacionada ao tálus; contudo, este 
movimento é pequeno e geralmente ignorado 
clinicamente. 
Arco Longitudinal Medial do Pé 
A localização dos arcos transverso e longitudinal 
medial do pé: Ambos os arcos oferecem 
elementos essenciais de estabilidade e resiliência 
ao pé com carga. 
 
O arco longitudinal medial segue o côncavo 
característico na borda medial do pé. Este arco é 
a estrutura principal de descarga de peso e 
absorção de choque do pé.

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