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Lei_e_Graça

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Prévia do material em texto

FACETEN Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil 
 
Teologia 
 
 
 
 
Lei e Graça 
 
 
 
 
 
 
 
 
André Meneghel de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Americana 
2013 
André Meneghel de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
Lei e Graça 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência 
para obtenção do grau de Bacharelado 
em Teologia da FACETEN Faculdade de 
Ciências, Educação e Teologia do Norte 
do Brasil. 
Orientador: Adriana dos Santos da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Americana 
2013 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho primeiramente ao meu Deus por me conceder esta 
oportunidade de cursar Teologia, também aos meus filhos João Pedro, Ana Raquel 
e Daniel Lucas; aos professores que colaboraram para que eu pudesse concluir este 
curso com êxito para o aprimoramento de minha vida ministerial e espiritual. 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus, em primeiro lugar por poder conceder-me a oportunidade de 
estudar e conhecer melhor as suas palavras que encontram se na Bíblia. Agradeço 
também aos professores que tanto me ajudaram no transcorrer do curso assim como 
aos meus filhos por serem tão dedicados e compreensíveis. 
EPÍGRAFE 
 
―Dou Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o 
entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado‖ 
Romanos 7: 25 
 
RESUMO 
 
 
 
Este trabalho tem como objetivo levar a um melhor entendimento da questão: 
Estamos sob a Lei ou sob a Graça? Observamos assim alguns pontos de vista, 
como alguns católicos e reformados e como aplicaram este conceito em seus dias. 
 
 
 
Palavras-chave: Lei - Graça - Catolicismo - Reformadores - Judaísmo Messiânico 
ABSTRACT 
 
 
 
This paper aims to lead to a better understanding of the question: Are we under Law 
or under Grace? Observed so some points of view, as some Catholics and Reformed 
applied this concept and how in his day. 
 
Keywords: Law - Grace - Catholicism - Reformers - Messianic Judaism 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8 
2 LEI E GRAÇA: UMA VISÃO REFORMADA ..................................................................... 9 
3 O PENSAMENTO DE CALVINO NA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER ....12 
4 A LEI E A GRAÇA SEGUNDO LUTERO........................................................................15 
5 QUESTÕES CONFLITANTES ENTRE LEI E GRAÇA NO ADVENTISMO DO 
SÉTIMO DIA...............................................................................................................18 
6 ESTAMOS SOB A LEI OU SOB A GRAÇA DE DEUS? UM PONTO DE VISTA 
JUDAICO MESSIÂNICO SOBRE O ASSUNTO ........................................................26 
7 CONCLUSÃO..........................................................................................................31 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................32 
8 
INTRODUÇÃO 
Lei ou Graça – um dilema que desde séculos causa problemas com o 
entendimento de ambos. Quando se fala em Lei, o que se vem à mente é: legalismo, 
cumprir regras à risca, farisaísmo. Já quando o assunto é Graça, alguns entendem 
como somente viver pela fé. Este desequilíbrio teológico atual tem raízes profundas, 
mas devemos avaliar ao máximo esta questão para extrair algo de proveitoso para a 
Igreja e também para nós individualmente. 
9 
LEI E GRAÇA: UMA VISÃO REFORMADA 
 
1. Um pouco da História 
 
Tal questão nos mostra como hoje em dia existe um mau entendimento do ensino 
bíblico sobre a Lei e a Graça. Existe uma associação com a Lei como um elemento 
exclusivamente do período do Antigo Testamento e a Graça 
como um elemento do período do Novo Testamento. Uma leitura isolada de 
alguns textos pode levar o leitor a entender Lei e Graça como sendo algo oposto um 
ao outro. 
 
1.1 O Antinomismo 
 O Antinomismo significa "oposição à Lei". Conceitos antinomianos são os que 
negam que a Lei de Deus deva controlar diretamente a vida dos cristãos. 
Nas heresias gnósticas o antinomismo dualístico surgiu cedo. Era um 
ensinamento gnóstico que a salvação pertencia só a alma, tornando irrelevante o 
comportamento do corpo, tanto para o interesse de Deus quanto para a saúde da 
alma. A conclusão disso era que você poderia fazer o que quisesse através do corpo 
que isto não afetaria sua alma. 
Tem-se assim uma confiança exagerada à atuação do Espírito Santo no interior 
que nega a necessidade de termos que ser ensinados pela Lei em nosso modo de 
viver. Foi muito comum nos primeiros 150 anos da Era da Reforma. A igreja de 
Corinto pode ter errado assim, uma vez que o apóstolo Paulo adverte os crentes de 
lá dizendo que uma pessoa verdadeiramente espiritual reconhece a autoridade da 
Palavra de Deus. 
Igualmente, temos outra espécie de antinomismo que é aquele em que Deus não 
vê o pecado nos crentes, porque os crentes estão em Cristo, que cumpriu a Lei por 
eles. Por sinal, prevalecente agora neste século, concluem que o comportamento 
dos crentes não faz diferença desde que eles continuem crendo. Porém ao 
observarmos 1Jo 1.8—2.1 e 3.4-10, chegamos a uma conclusão diferente. Não é 
possível estar em Cristo e ao mesmo tempo viver pecando. 
 
10 
1.2 O Legalismo 
 
O Legalismo é uma ideia de que se pode por força própria ou através do poder 
do Espírito Santo em sua vida, fazer alguma obra para obter sua salvação eterna. 
Este tipo de legalismo aceita que um pecador pode crer no Evangelho por conta 
própria. Isto é o que faz deles legalistas: eles compartilham de uma crença na 
insuficiência da obra de Cristo, sem a parte deles. Eles podem diferenciar sobre o 
que são as boas obras; eles podem também diferenciar sobre se somente a Lei de 
Deus deve ser obedecida, ou se a Lei evangélica também; mas eles concordam que 
a obra de Cristo somente é insuficiente para a sua salvação final. Esse tipo de 
pensamento foi muito comum no primeiro século na Igreja Cristã e era disseminado 
pelos chamados judaizantes, isto é, aqueles que praticavam publicamente ritos e 
cerimônias do Judaísmo. 
 
1.3 Os Católicos 
Segundo encontramos no Catecismo Católico, Deus escolheu Israel como seu 
povo e revelou-lhe a sua Lei, preparando assim a vinda de Cristo. A Lei de Moisés 
mostra verdades naturalmente acessíveis à razão. 
Temos assim os Dez Mandamentos com suas prescrições morais. Seus preceitos 
são à base da vocação do homem feito à imagem de Deus. Eles proíbem o que é 
contrário ao amor de Deus e do próximo e recomendam o que lhe é essencial. Os 
Dez Mandamentos são uma luz que se oferece à consciência de todo ser humano, 
para lhe manifestar o apelo e os caminhos de Deus e o proteger contra o mal: 
Deus escreveu neles o que humanidade não fiava nos seus corações. Segundo o 
Apóstolo Paulo, a Lei é santa, espiritual e boa. Como um pedagogo ela mostra o que 
se deve fazer mas, por si mesma, não dá a força ou a graça do Espírito para ser 
cumprida. Por causa do pecado, não deixa de ser uma lei que escraviza. Segundo o 
Apóstolo Paulo, ela tem por função principalmente apresentar o pecado que vem a 
ser uma lei de concupiscência no coração humano. No entanto, a Lei permanece 
como a primeira etapa no caminho do Reino. Prepara e dispõe o povo eleito e cada 
cristão para a conversão e para a fé no Salvador. Deixa um ensinamento que 
prevalece perenemente como Palavra de Deus. 
Já a Graça é a Lei nova ou também chamada Lei evangélica que, por sua vez, é 
a perfeição na terra da Lei divina, natural e revelada. É obra de Cristo e manifesta-se 
11 
de modo particular no Sermão da Montanha. É também obra do Espírito Santo e, por 
Ele, torna-se a lei interior do amor: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que 
estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto. Não 
segundo o pacto que fiz com seus pais nodia em que os tomei pela mão, para tirá-
los da terra do Egito; pois não permaneceram naquele meu pacto, e eu para eles 
não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois 
daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu 
coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo; (Hb 8, 8-10). 
A Lei nova é a graça do Espírito Santo, dada aos fiéis pela fé em Cristo. Opera 
pelo amor e serve-se do sermão do Senhor para nos ensinar o que devemos fazer, e 
dos sacramentos para nos comunicar a graça de fazê-lo: 
A Lei evangélica cumpre, ultrapassando assim e levando à perfeição a Lei Antiga. 
Santo Agostinho define desta forma o assunto: “A Lei é dada para que a Graça 
possa ser exigida: a Graça é concedida para que a Lei possa ser cumprida” 
 
12 
O PENSAMENTO DE CALVINO NA CONFISSÃO DE FÉ DE 
WESTMINSTER 
3.1. O Uso da Lei 
Para termos uma melhor compreensão do uso da Lei precisamos entender o que 
são o pacto das Obras e o pacto da Graça. 
 
A Confissão de Fé de Westminster usa a terminologia Pacto das Obras e Pacto 
da Graça para demonstrar o relacionamento adotado por Deus em relação aos seres 
humanos. De forma bem resumida, podemos dizer que o pacto das obras é o pacto 
operante antes da Queda e do Pecado. Já o pacto da graça é a manifestação 
graciosa e misericordiosa de Deus, aplicando a maldição do pacto das obras à 
pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, fazendo com que parte da sua criação, 
primeiramente representada em Adão, e agora representada por Cristo, pudesse ser 
redimida. 
 
O relacionamento de Adão para com Deus estava vinculado à obediência. No 
entanto, não se limitava só a ela. Esse relacionamento, acompanhado de 
obediência, deveria expandir-se de maneira que nele Deus fosse glorificado e o ser 
humano pudesse ter plena alegria em servi-lo. A Confissão de Fé nos fala da Lei de 
Deus gravada no coração do homem (CFW 4.2). Essa Lei reflete o tipo de intimidade 
reservada por Deus para as suas criaturas. 
 
Podemos perceber então que a Lei tinha um papel orientador para 
o ser humano. Para que o seu relacionamento com Deus se mantivesse, 
o homem deveria ser obediente e assim cumprir o seu papel. A Lei tinha uma 
função orientadora. O ser humano, desde o princípio, conheceu os propósitos de 
Deus através da Lei. Tendo-a quebrado, ele tornou-se réu da mesma e recebeu a 
clara condenação proclamada por Deus que era a morte. 
 
 
O que acontece com essa Lei depois da queda e da desobediência? Ela tem 
o mesmo papel? Ela possui diferentes categorias? Por que Deus continuou 
13 
a revelar a sua Lei ao ser humano caído? 
 
 
3.2. O Uso da Graça 
Qual o propósito da Lei ao nos ser dada? Ela entrou em cena a fim de que o 
pecado pudesse sobressair. A fim de estabelecer a Graça de Deus, ele afirma que 
era indispensável que a destruição dos homens fosse-lhes mais nitidamente 
revelada. Em verdade, os homens já se achavam naufragados antes mesmo que a 
Lei fosse promulgada; porém, visto que eles aparentemente sobreviviam, mesmo em 
sua destruição, achavam-se submersos nas profundezas, a fim de que seu 
livramento parecesse ainda mais extraordinário quando, ao contrário da expectativa 
humana, emergissem dos dilúvios que os subvertiam. 
 
Onde o pecado transbordou. Nota-se o método geral de interpretar esta 
passagem desde os tempos de Santo Agostinho. Quando a concupiscência é 
reprimida pelas restrições da Lei a mesma é intensamente estimulada. Há no 
homem uma tendência de esforçar-se por fazer aquilo que lhe é proibido. Assim o 
pecado, que de outra forma seria por eles completamente desdenhado, toma posse 
de suas consciências. Agora que a Lei já foi promulgada e a vontade de Deus que 
brutalmente pisoteavam sob a planta de seus pés se torna conhecida, aqueles que 
antes simplesmente desrespeitavam as fronteiras da justiça agora chegam ao 
cúmulo de desdenhar da autoridade divina. Segue-se disto que o pecado é 
intensificado pela Lei, visto que a autoridade do Legislador é então menosprezada e 
sua majestade, degradada. 
 
A Graça se plenificou infinitamente. A Graça veio em auxílio do gênero humano 
depois que o pecado subjugou a todos, e a todos manteve sob seu domínio. Paulo, 
pois, nos ensina que a extensão da Graça é ainda mais admiravelmente revelada, 
visto ser derramada mui copiosamente à medida que o pecado pervade tudo, não só 
para conter a avalanche do pecado, mas também para que ela o destrua 
completamente. Aprendemos deste fato que nossa condenação não nos é exibida 
pela Lei com o propósito de fazer-nos continuar nele, mas com o fim de familiarizar-
nos intimamente com nossa própria miséria, bem como para guiar-nos a Cristo, o 
qual nos foi enviado como Médico ao encontro de nossa enfermidade, como 
14 
Libertador ao encontro de cativos, como Consolador ao encontro de aflitos e como 
Defensor ao encontro de oprimidos [Is 61.1]. 
 
Para que, como o pecado reinou para a morte, assim também reinasse a Graça 
através da justiça. Como o pecado é descrito em termos de aguilhão da morte, visto 
que esta não tem poder algum sobre os homens exceto em decorrência do pecado, 
assim ele executa seu domínio por meio da morte. E por isso que se nos diz que ele 
exerce seu domínio por meio da morte. Na última cláusula, a ordem das palavras é 
confusa, porém não involuntariamente. Se Paulo houvera dito "a fim de que a justiça 
viesse a reinar por meio de Cristo", seu contraste teria sido direto. Entretanto, ele 
não se sentia satisfeito em comparar os opostos, e então acrescenta a palavra 
Graça, de modo a imprimir ainda mais profundamente em nossa memória a verdade 
de que toda a nossa justiça não tem sua procedência em nossos próprios méritos, e, 
sim, na divina munificência. Ele previamente dissera que a morte mesma havia 
reinado. Ele agora atribui ao pecado o conceito de reinado. Mas o fim ou efeito do 
pecado é a morte. Afirma que ele reinou no passado, não porque cessou de reinar 
naqueles que são nascidos somente da carne, senão que distingue entre Adão e 
Cristo de tal forma como a designar a cada um o seu próprio tempo. Portanto, tão 
logo a Graça de Cristo começa a prevalecer nos indivíduos, o reinado do pecado e 
da morte também cessa. 
 
15 
A LEI E A GRAÇA SEGUNDO LUTERO 
Se fosse possível perguntar a Lutero o que ele entende por Palavra de Deus, ele 
responderia que a Palavra de Deus é Lei e Graça. Quem não fizer essa distinção 
não poderá explicar corretamente as Escrituras. Ambas as coisas devem continuar, 
a Lei e a Graça, mas cada qual deve permanecer em seu devido lugar. 
 
Para Lutero a Graça é o que dá ao homem a força para cumprir as exigências de 
Deus, as quais não consegue cumprir por seu próprio esforço. 
 
Cristo seria então aquele presente de Deus, que coloca o homem em condições 
de atingir seu alvo, não por esforço próprio, mas pelo poder de Deus. Graça é 
presente de Deus para nós. 
 
Segundo Lutero, a Lei exige a obrigatoriedade de termos o amor e Jesus, mas a 
Graça nos oferece ambos e os traz até nós. 
 
Para ele, Lei e Graça têm o mesmo conteúdo; lá ele é exigido, aqui ele é 
presenteado. Lá é dito: „tu tens que ter Cristo e seu espírito‟ – e em toda a parte, 
onde isso é o conteúdo da Palavra de Deus, há Lei, quer sejamos colocados diante 
desse postulado no Antigo ou no Novo Testamento, quer nas palavras dos profetas 
ou do próprio Jesus. 
 
Outro fator importante a analisarmos é que Lutero não era antinomiano. Sua 
doutrina não ab-roga a Lei, mas ao contrário a ensina de uma maneira nova e 
positiva. Sabe-se que Lutero combateu a disputa antinomiana com veemência. 
 
Abordamos neste ponto a questão do antinomianismo em si, a qual até hoje 
constitui um problema interno do Protestantismo em geral. Todo o combate moderno 
contra o Antigo Testamento tem aí sua raiz. 
 
Lutero enxerga o grande perigo de que em seus próprios discípulosseja 
desconsiderado o mandamento máximo de sua teologia, a saber, a correlação e o 
16 
inter-relacionamento de Lei e Graça. 
 
Lutero luta em favor do “e”: Lei e Graça. Peleja para que não se invertam ambas 
as grandezas excluindo-se totalmente a Lei. Pois a verdade é que a Lei só é 
compreensível a partir da Graça. A sequência deve ser Lei e Graça. 
 
 Temos visto acima que Lutero rejeita a Graça como postulado, porque todas as 
exigências estão determinadas na Lei. Pois pela Lei Deus mostra aos homens que 
temos necessidade de Cristo e de sua Graça. Lutero citou toda uma série de 
argumentos em favor da Lei, dos quais queremos anotar os mais importantes. Em 
primeiro lugar, Lutero concede que todos os homens têm por natureza um saber a 
respeito do bem e do mal, mas diz que esse saber está obscurecido, sendo por isso 
necessário auxiliar o homem, através do mandamento e da palavra de Deus, à 
verdadeira clareza e ao conhecimento da vontade divina. A Lei não diz novidade ao 
homem; mas pelo contrário, aborda-o sempre naquilo que já conhece, ou seja, no 
que é bom e no que o Senhor exige dele. 
 
Lutero enfatiza que a Lei deve ser anunciada tanto aos descrentes como aos 
crentes. Aos descrentes para que se convertam. Aos crentes por ainda carregarem 
vestígios do pecado. Eles ainda não são perfeitos, mas estão caminhando até ela. 
 
Enquanto vivermos, segundo Lutero, estamos em formação. Por isso a Lei torna-
se necessária. A disciplina externa e interna de nossa vida é ainda – sua obra. 
Declara ele que a Lei coloca freios em nossas inclinações e desejos. Somente anjos 
não têm necessidade da Lei, mas homens de carne e sangue precisam, enquanto 
viverem, da Lei. 
 
Por que ainda Lei, se assevera que a mesma não é necessária para a 
justificação? Não aparenta contradizer a frase tão destacada por Lutero que o 
homem se torna justo sem as obras da Lei, somente pela fé? Devemos, portanto, 
questionar se queremos compreender não somente sua imprescindibilidade prática, 
mas sua determinação e necessidade divinas. Por que é ela necessária a partir de 
Deus? 
 
17 
 Lutero conclui suas asseverações sabre o valor da Lei sintetizando: “Ambas as 
doutrinas, da Lei e da Graça, devem ser mantidas na Igreja.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
Questões Conflitantes Entre Lei e Graça no Adventismo do Sétimo Dia 
 
Como podemos explicar as declarações conflitantes entre Paulo e Tiago sobre Lei e 
Graça, Fé e Obras, Justificação e Santificação? 
Nestes sete itens propomos um estudo racional e objetivo desta questão da Lei 
Divina em face da mensagem da salvação pela Graça. 
O apóstolo Paulo enfatiza que a salvação é tão somente pela fé, sem qualquer 
mérito humano (Ef 2: 8 e 9). O profeta Isaías já dissera que até nossas obras de 
justiça são meros ―trapos de imundície‖ (Is 64:6). Nenhuma obra que o homem 
possa realizar é aceitável a Deus—cuja Lei é ―perfeita‖ (Sl 19:7)—no que tange a 
obter méritos para a salvação. Até mesmo nossas orações, um ato tão santo de 
fervor religioso, só se fazem ouvidas pela intercessão do Espírito Santo (Rm 8:26). 
Mas após falar sobre salvação em nada dever-se às obras em Efésios 2:8-9, Paulo 
ainda acrescenta no versículo 10: ―Somos feituras dele, criados em Cristo Jesus 
para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas‖. 
Tiago declara que ―a fé, se não tiver obras, é morta‖ (2:17) e Jesus também disse: 
―Se me amais, guardareis os Meus mandamentos‖ (João 14:15). 
Assim, vemos uma clara tensão entre o salvar-se pela fé, independentemente das 
obras da Lei, mas a necessidade de demonstrar essa fé pela fiel obediência à Lei. 
Como entender isso? 
Introdução 
Este tema da Lei Divina em aparente confronto com o da Graça não poderia deixar 
de surgir em matérias teológicas. Todavia, temos que primeiramente levantar esta 
indagação pertinente e abrangente do que será tratado neste estudo: 
• As Leis do Antigo Testamento são, de fato, obsoletas e não mais aplicáveis aos 
cristãos sob a Nova Aliança? 
1) A resposta é—sim e não. Há leis que cumpriram-se em sua função prefigurativa, 
como as sobre ofertas de cordeiros e manjares, os sacrifícios e normas várias para 
http://setimodia.wordpress.com/2012/05/10/questoes-conflitantes-entre-lei-e-graca/
19 
sacerdotes e para o povo. Quando João Batista apontou a Cristo como ―o Cordeiro 
de Deus que tira o pecado do mundo‖ (João 1:29) lembrava aos seus ouvintes o 
significado dos muitos cordeiros sacrificados pelos israelitas como expiação dos 
pecados. Era o antítipo do grande Tipo, Jesus Cristo. 
Contudo, se existem leis de caráter temporário, também existem as de caráter 
perene, que se tornassem obsoletas trariam somente o caos a nível público e 
privado: ―Honra o teu pai e a tua mãe‖, ―não matarás‖, ―não furtarás‖, ―não 
adulterarás‖. . . 
Essas regras são lembradas pelos vários autores neotestamentários como 
normativos aos cristãos (ver Ef 6:1 e 2; Tg 2:8-10). Paulo enfatiza mostrando a 
validade de algumas regras e também a nulidade de outras para os cristãos, como 
veremos mais adiante. 
As leis bíblicas dividem-se em algumas categorias claras quanto a seus objetivos e 
vigência. Através dos séculos documentos e autores cristãos têm definido essas leis 
como sendo Moral (expressa nos Dez Mandamentos), cerimoniais, civis, higiênicas, 
etc. 
As mais representativas Confissões de Fé do Cristianismo, tanto protestante quanto 
católico, sempre ensinaram essa ―divisão‖ das leis nesse sentido, como é 
claramente apresentada na Confissão de Fé de Westminster e nos 39 Artigos de 
Religião da Igreja da Inglaterra. 
Há quem diga que a Bíblia trata sobre ―Lei‖ indicando uma unidade, indivisível, mas 
a ―divisão‖ das leis é óbvia pelo fato de que o próprio Deus proclamou, sobre o Sinai, 
aos ouvidos do povo, somente os Dez Mandamentos, posteriormente os 
transcrevendo nas tábuas de pedra, e ―nada acrescentou‖ (D t 5:22). Todas as 
demais regras cerimoniais, civis, higiênicas, etc., foram ditadas para que Moisés 
transcrevesse-as nos rolos da Lei. 
Conclui-se que há mandamentos que eram importantes, mas não devem mais ser 
cumpridos hoje, e mandamentos que é necessário obedecer, como o apóstolo Paulo 
mostra numa clara ―divisão‖ da leis bíblicas ao dizer em 1 Co 7:19: ―A circuncisão 
nada é, e também a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos 
20 
de Deus‖. 
2) Alguns eruditos evangélicos modernos e antigos, bem como confissões de fé 
históricas têm os Dez Mandamentos como norma válida de conduta cristã. 
Nelas (nas suas confissões de fé) eles jamais dizem que a Lei Divina foi abolida, 
substituída por uma ―Lei de Cristo‖ nem abordam que observar esses mandamentos 
seria estar apegando-se à ―letra da Lei‖ em lugar de inspirar-se apenas em seu 
―espírito‖. Antes, eles a definem como tendo preceitos cerimoniais, civis e morais, 
estes últimos sintetizados nos Dez Mandamentos. 
Dentre as declarações eruditas e credos do Cristianismo com essas posições 
citamos o popular Dicionário da Bíblia de John Davis, a Segunda Confissão 
Helvética da Igreja Reformada, de 1566; os 39 Artigos de Religião da Igreja da 
Inglaterra (de 1571) em seu Artigo VII; os Artigos de Religião Irlandeses (1615); a 
Confissão de Fé de Westminster (1647); a Declaração de Savóia das Igrejas 
Congregacionais (1658); a Confissão Batista de 1688 (Filadélfia) com base na 
confissão de 1677 de Londres; os Artigos Metodistas de Religião (1784); o Pequeno 
Catecismo presbiteriano, etc. e autores tais como Spurgeon, Wesley, e mais 
modernamente Billy Graham, Orlando S. Boyer, Harold Brokke, Antônio Neves 
Mesquita, Pr. Myer Pearlman , Pr. Nilson do Amaral Fanini e vários outros. 
Em seus hinários (batistas, presbiterianos, congregacionais, metodistas, etc.), como 
o Salmos e Hinos, Cantor Cristão, Harpa Cristã, acham-se hinos de louvor a Deus 
falando daLei de Deus como norma vigente para todos. 
A conclusão é que grandes eruditos cristãos e Credos do Cristianismo sempre 
reconheceram os diversos tipos e objetivos das Leis Divinas segundo seus aspectos 
civis, cerimoniais, higiênicos. São leis regidas pela Lei Moral básica. 
3) Torna-se então necessário que os cristãos entendam melhor os conceitos de 
justificação e santificação. A justificação é inteiramente pela fé e por ela é que se 
estabelece a ―paz com Deus‖ (Rm 5:1). Significa a obra de Deus por nós para a 
salvação, centralizada na cruz de Cristo. Em seguimento da aceitação desse fato, 
ocorre a regeneração, ou seja, o novo nascimento, começando assim o processo de 
santificação, que é a obra de Deus em nós ao conceder-nos o Seu Espírito e 
derramar o Seu amor em nossos corações (Rm 5:5). Trata-se de uma obra contínua 
21 
de crescimento gradativo na Graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador 
Jesus Cristo (2 Pe 3:18)—consequência, não base, da experiência de salvação. 
Concluímos que a obediência aos mandamentos da Lei de Deus situa-se no campo 
da santificação, e não da justificação. Significa a aceitação de Cristo como Senhor 
após tê-Lo aceito como Salvador. 
4) O princípio da verdadeira obediência é o amor. Assim Jesus resumiu (não 
substituiu) os mandamentos em amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao 
próximo como a nós mesmos. Ele está citando do Antigo Testamento (Mt 22: 34-36, 
cf. Dt 6:5; Lv 19:18). O mesmo princípio básico de amor é também o do Seu ―novo‖ 
mandamento: João 13:24. 
Sobre esse princípio moral do amor é que se alicerçam as alianças, tanto a nova 
quanto a antiga (ver também Rm 13:8-10). As Leis Divinas sempre, em todos os 
tempos, se basearam no amor. 
5) Alguns expositores bíblicos fazem grande confusão em púlpitos quanto ao tema 
da Lei nas epístolas paulinas. Essa incompreensão é perigosa, à luz de 2 Pe 3: 15 e 
16, pois os que assim fazem são chamados de ―ignorantes‖, ―instáveis‖ e 
―insubordinados‖. 
Não observam o sentido que o apóstolo Paulo trata negativamente sobre a Lei em 
alguns textos, falando, porém, dela noutros lugares em termos positivos e citando 
seus mandamentos como válidos. Isso se deve entender à luz dos conceitos de 
justificação pela fé e santificação. Vejamos estes paradoxos bíblicos: 
a) Textos em que Paulo fala ―negativamente‖ da Lei: Rm 3:20-24; 5:20; 6:14, 15; 7:6; 
8:3; Gl 2:16-19; 3:10-13; 5:4; Ef 2:7, 8; 15. 
b) Textos em que Paulo aceita a validade da Lei como norma de conduta para os 
cristãos e a exalta: Rm 3:31; 7: 7, 14, 22; 8: 4; 13:9-10; 7:19; Gl 5:14; Ef 6:1, 2. 
Como entender isso? —aqueles que aceitam a Lei como fonte ou meio de salvação, 
obedecendo-a na área da justificação, só podem estar sob a sua maldição pois ―pela 
Lei vem o pleno conhecimento do pecado‖ (Rm 7:7). Podem até vir a perder a 
salvação se antes estivessem firmados na Graça: ―De Cristo vos desligastes vós que 
procurais justificar-vos na Lei, da Graça decaístes‖ (Gl 5:4). Deixando de crer nos 
méritos de Cristo por incluir suas obras como meio de salvação, negam sua 
experiência de genuína fé na obra completa, perfeita e meritória de Cristo para a 
salvação de todo aquele que crê. 
6) Dois fatos mostram a harmonia entre a Lei e a Graça tanto no Antigo quanto no 
22 
Novo Testamento: 
a) No Antigo Testamento: Ao proclamar a Lei dos Dez Mandamentos no Sinai, Deus 
declarou antes mesmo de pronunciar o primeiro mandamento: ―Eu sou o Senhor teu 
Deus que te tirei da terra do Egito‖ (Êx 20:2). Esta é uma revelação de Sua Graça. 
Segue-se a enunciação da Lei nos vs. 3 a 17. 
b) No Novo Testamento: Ante a mulher pecadora Cristo primeiro apresentou-lhe Sua 
Graça perdoadora—―Nem eu tão pouco te condeno‖. A seguir, apresenta-lhe a Lei: 
―vai e não peques mais‖ (Jo 8:10, 11). 
Dessa forma, a obediência aos mandamentos de Deus (obras) não contraria o 
princípio de justificação pela fé, antes é sua consequência, situando-se no campo da 
santificação. Donde conclui o apóstolo Tiago: ―A fé, se não tiver obras, por si só está 
morta‖ (Tg 2:17, Ef 2:10). 
Da mesma forma como dois trilhos de uma ferrovia correm paralelamente e dão o 
equilíbrio necessário para o avanço da locomotiva, assim se dá com a Graça e a Lei, 
a fé e as obras, a ação de Deus e a resposta do homem no processo de justificação, 
santificação até a glorificação final. 
7) Um tema que gera incompreensão das leis bíblicas é o que Paulo diz em 2 
Coríntios 3 sobre o ―o ministério da morte, gravado com letras em pedras‖ em 
contrário com o ―ministério da justiça‖, pelo qual os cristãos se apresentam como 
cartas escritas ―não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de 
pedra, mas em tábuas de carne do coração‖ (vs. 9 e 3). 
Paulo exemplifica os que vivem sob o regime da ―condenação‖, por não terem 
experimentado a salvação em Cristo, com os que aceitaram a nova aliança, portanto 
tendo a Lei Divina, não meramente como letra gravada em pedras, mas escrita em 
seus corações e mentes pelo Espírito de Deus, segundo a promessa desse novo 
concerto (Hb 8:6-10). O salmista fala de tal experiência (Sl 40:8). 
Os que viviam ainda sob a ―antiga aliança‖ eram aqueles mesmos que Cristo tanto 
criticou, por se preocuparem mais com a letra ―que mata‖ do que com o espírito da 
Lei. Foi o caso de Suas críticas à prática do dizimar (Mt 23:23). 
Cristo não os condenava por dizimarem, mas por se preocuparem somente com as 
tecnicalidades do ato, no dividir o endro, a hortelã e o cominho, que perdiam de vista 
23 
os aspectos espirituais da ordenança. 
Paulo praticamente era contemporâneo de Cristo, e ele mesmo havia sido fariseu, 
portanto conhecedor da mentalidade de seus antigos companheiros de fé. Confundir 
a Lei, que ele considerava ―santa, justa, boa‖ (Rm 7:12, 14, 22, 25) com um 
―ministério da condenação‖ não faz sentido, sobretudo quando ele confirma que ―a 
Lei é boa se alguém dela usar legitimamente‖ (1 Tim. 1:8). Iria Deus mandar reunir 
Seu povo para o solene evento da entrega da Lei, e oferecer-lhe uma Lei de morte?! 
Ademais o problema deste ―ministério de morte‖ não estava na Lei, que é perfeita (Sl 
19:7), e sim no povo, que não percebia o caráter mais profundo e espiritual da 
mesma. 
Por não entenderem a diferença entre ―Lei‖, ―Aliança‖ e ―ministério do Espírito‖ e 
―ministério da condenação‖ muitos não percebem que Paulo não está diminuindo a 
importância da Lei como norma de conduta cristã, em II Coríntios 3, e sim 
contrastando atitudes quanto à Lei. 
Ele mostra o que significa viver sob o regime da antiga aliança, mais preocupados 
com a letra, com a vida dos cristãos que compara com cartas escritas com o Espírito 
divino, tendo a Lei, não como letras nas frias tábuas de pedra, mas registrada em 
seus corações aquecidos pela Divina Graça (ver Rm 8:3 e 4 e Sl 40:8). 
8) Longe de ensinar que a Nova Aliança representa um novo concerto sem a Lei 
moral básica expressa nos Dez Mandamentos, o autor da Epístola aos Hebreus 
mostra que aos que aceitarem os termos do Novo Concerto o próprio Deus 
escreveria a Sua Lei em seus corações e a imprimiria em suas mentes (Hb 8:6-10; 
10:16). 
Já temos visto como Paulo compara o cristão que está sob o novo concerto com 
uma ―carta, escrita em nossos corações, conhecida por todos os homens . . . escrita 
não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em 
tábuas de carne, isto é, nos corações‖ (2 Cor. 3:1-11). 
Na Nova Aliança, firmada sobre ―superiores promessas‖, Deus escreve a Sua lei nos 
corações dos que aceitarem os seus termos, tirando-a das frias tábuas de pedra 
para gravá-la nos corações (ver Hb 8:6). 
24 
Observe que essa ―Lei de Deus‖ é a mesma que constava em Jeremias 31:31-33 e 
não outra. O ônus da prova fica com quem negue este fato, claramente estabelecido 
nestes textos. Hebreus 10:16 confirma: Deus escreve a Sua lei nos corações de 
Seus filhos sob a nova aliança. 
Os leitorescristãos que são hebreus entenderiam isto perfeitamente. E a promessa 
de assistência divina para obediência a essa lei acha-se também em Ez 36:26, 27. 
O contexto destes versículos (capítulos 8 e 10 de Hebreus) claramente define que se 
aplicam ao novo ―Israel‖ de Deus, aqueles da dispensação cristã. Afinal, a nova 
aliança é agora disponível a todos, judeus e gentios, pois o muro de separação foi 
desfeito com a abolição da ―lei cerimonial‖—não da ―lei moral‖ (Ef 2:11 a 22). 
Portanto, a Lei Divina não é coisa do Antigo Testamento. Pelo contrário, é 
componente fundamental do próprio Novo Testamento, por certo em seus aspectos 
morais, não cerimoniais. 
9) Há quem ensine que a ―lei de Cristo‖, ou Seus mandamentos (como em João 
14:15), nada tem a ver com os Dez Mandamentos sendo tal ―lei de Cristo‖ a nova 
regra para os cristãos que traz somente nove dos dez mandamentos da lei ―antiga‖, 
―obsoleta‖, etc. Embora fale repetidamente da ―lei de Cristo‖, Paulo também fala da 
―lei de Deus‖ com igual força de validade (comparar Rm 7:22, 25; 13:8-10; com Gl 
6:2 e 1 Co 9:21). 
Tiago fala da lei como baseada no amor, e a chama de ―lei da liberdade‖ (Tg 2:8-12). 
João fala da lei de Deus e de Cristo como se fossem uma só e a mesma, sem 
distinção, ao longo de suas epístolas, 1 e 2 João (ver, por exemplo, 1 João 2:7; 3:2-
4; 21-24; 4: 7-11, 19-21; 5:1-3 e 2 João vs. 5 e 6). 
No Apocalipse, o povo remanescente de Deus é mostrado como os que ―guardam os 
mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus‖ (Ap 12:17 e 14:12). João descreve uma 
visão que teve onde contemplou ―a arca da aliança‖ (Ap 11:19). Aqueles que 
conhecem sua Bíblia sabem que nessa arca foram guardados os Dez Mandamentos 
(Dt 10:1-5). Por que a João foi mostrada essa ―arca da aliança‖ num contexto 
claramente escatológico? É que ela representa o trono de Deus que se assenta 
sobre a justiça (a lei) e a misericórdia (o propiciatório). 
Não há diferenças entre a lei de Cristo e a lei de Deus, pois são uma só e a mesma. 
Jesus declarou: ―Eu e o Pai somos um‖ (João 10:30). Ele acentuou o princípio do 
amor a Deus e amor ao próximo como base de Seus mandamentos segundo os 
25 
mesmos princípios básicos da lei de Deus desde o princípio (Dt 6:5; Lev. 19:18, cf. 
Mt 22:37-40). Para Paulo, estar ―sob a lei de Cristo‖ é comparável a estar em 
harmonia com a lei de Deus (1 Co 9:21). 
10) Ocorre às vezes um debate quanto ao conteúdo dos diálogos de Cristo com os 
líderes judaicos sobre a validade de suas curas no sábado. Jesus defende-se da 
acusação de fariseus e saduceus de que violava o sábado esclarecendo ser lícito 
(em harmonia com a Lei) curar no sábado (Mt 12:12). 
O que Cristo condenava não era a prática do sábado por eles, pois Ele próprio era 
um observador desse mandamento (Lc 4:16), mas a intenção errada em que o 
praticavam. Por isso disse que ―o sábado foi feito por causa do homem e não o 
homem por causa do sábado‖ (Mc 2:27), além de declarar-Se ―Senhor do sábado‖ 
(Mt 12:8). 
Os líderes judaicos não pervertiam somente o sentido do mandamento do sábado, 
mas também do quinto mandamento (Mc 7:8-10), como a prática do dizimar (Mt 
23:23), como visto acima. Cristo disse ao povo de Seu tempo que era para praticar o 
que eles diziam, embora sem seguir o mau exemplo deles de ―faça o que eu digo, 
mas não o que faço‖ (ver Mt 23:2 e 3). Entre as coisas certas que eles diziam estava 
a insistência na fiel observância do sábado (Lc 13:14). 
 
 
 
26 
ESTAMOS SOB A LEI OU SOB A GRAÇA DE DEUS? UM PONTO DE 
VISTA JUDAICO MESSIÂNICO SOBRE O ASSUNTO 
Podemos encontrar este versículo na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos (Rm 
6:14). Mas, interpreta-se erroneamente desde os Pais da Igreja até os dias de hoje. 
Alguns creem que o Antigo Testamento é um livro de fábulas de Israel. 
 
Pensamentos do tipo, se estamos debaixo da graça não há limites que nos cercam. 
Afinal, podemos fazer o que quisermos, participar e envolver-se intensivamente na 
sociedade e com as coisas mundanas, criar filhos e educá-los sem ensinar-lhes os 
limites e punições, enfim, estamos na Graça e livres de qualquer Lei que nos oprime, 
incomoda ou nos aborrece. Uma coisa é entender o legalismo da Lei, a outra é viver 
sob os princípios da Lei. Se este versículo continua sendo entendido erroneamente 
pelos cristãos, então é melhor que estes cristãos reavaliem toda a Bíblia, pois 
encontramos nela os benefícios da Lei. Aqui está o erro: - devemos reavaliar o papel 
da Lei e conhecer Jesus, a maior Graça de Deus. São conceitos mal interpretados 
que nos afastarão cada dia mais do verdadeiro propósito, distanciando-nos ainda 
mais de nossas raízes bíblicas, principalmente, de Israel e de seu povo que ainda 
precisam ser salvos, reconhecendo Jesus como o seu esperado Messias. 
 
Em II Tm 3: 16,17 lemos: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa 
para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça...”. Paulo se 
refere a qual Escritura aqui? Naquela época não existia ainda o Novo Testamento. 
Assim, a expressão “Toda Escritura” se refere ao Antigo Testamento. Há um 
maneira errada de chamar as Escrituras Hebraicas de Velho ou Antigo Testamento, 
dando a entender que existe um Novo e que o Velho se tornou obsoleto. Mas, 
sabemos que isto não é verdadeiro, pois as palavras de Deus duram para sempre. 
 
Mas, o que é então a Graça de Deus? 
 
Esta palavra no hebraico bíblico é “Chessed”, que também pode ser traduzida 
como amor divino, misericórdia e até mesmo perdão divino. A palavra graça no 
conceito hebraico ainda inclui o conceito de perdão de uma dívida, onde o credor 
27 
usa de uma favor para abater parte de uma dívida. Por exemplo, se uma pessoa 
deve R$100,00 a alguém e este resolve perdoar R$80,00 a dívida passa a ser 
somente de R$20,00. A parcela perdoada é que se chama de “graça”. 
 
Qual seria o maior favor de Deus? Esse favor é acreditar em Jesus como Filho de 
Deus, para ser salvo e alcançar a vida eterna através Dele. Mas, o fato de ser salvo 
pela fé no sangue de Jesus não invalida a Lei. Pois, se a nego, nego também o 
pecado. Não é o pecado a transgressão da Lei? Se eu nego o pecado, eu nego a 
morte e, como consequência, a necessidade da morte de Jesus que traz vida, e vida 
em abundância. Lemos em Mt. 5:17 – “não pensais que vim revogar a Lei ou os 
profetas, não vim para revogar, vim para cumprir”. Se a intenção destas palavras era 
anular a Lei, estaria elas negando a si mesmas. 
 
Muitos cristãos também acham que a graça foi inventada no Novo Testamento. 
Mas, esta palavra, Chessed (Graça) já aparece nos primeiros livros da Bíblia. Não 
seria a criação do homem a manifestação dela? Quando da queda do homem em 
Gn.2:15, vemos a manifestação desta graça de Deus ao prover, ainda no jardim, a 
promessa da vitória sobre o mal, através de Jesus? 
 
Se olharmos a Natureza ao redor, não seria a manifestação da mesma graça 
divina? Isso é maravilhoso e profundo! 
 
É interessante notar no hebraico a palavra usada para expressar o trabalho. A 
palavra “abad” significando trabalhar (produzir algo) para louvar a Deus. Nota-se que 
trabalhar deveria ser uma forma agradável de produzir alguma coisa. Mas, pode 
haver pessoas que trabalham sob pressão, ou até mesmo amaldiçoando. Neste 
caso, a palavra empregada é a mesma grafia, mas com pronúncia diferente. Diz-se 
“ebed” significando trabalhar sob pressão, trabalho penoso ou trabalho escravo. Isto 
nos faz pensar que o conceito de graça de Deus nos conduz a sabedoria de viver no 
livre-arbítrio. 
 
A graça de Deus sempre atuou em toda a história judaica. Livrando os hebreus 
das pragas do Egito, abrindo o Mar Vermelho, escolhendo um simples pastor para 
ser vitorioso guerreiro que derrotava gigantes. No livro dos Salmos vemos em várias 
28 
passagens que reconhecem a graça de Deus sobre sua vida e de seu povo (Sl. 
90:17). 
 
Quando entendemos a graça de Deus derramada no AntigoTestamento 
podemos entender At. 15:11. A graça de Deus enviou Seu Filho Jesus, para morrer 
como pecador, para pagar todas as nossas dívidas. Mas pela graça de Deus nossas 
dívidas são quitadas por Jesus. Isto não significa que a Lei não é mais válida. Toda 
a graça de Deus converge para a pessoa de Jesus. 
 
Acima relacionamos a palavra graça com a Lei e com a palavra trabalho, mas 
vamos encontrar na Bíblia a correlação com a glória de Deus. Em Romanos 
(3:23,24) diz: – “Pois todos pecaram e estão destituídos da Glória de Deus, sendo 
justificados gratuitamente, por sua Graça, mediante a redenção que há em Cristo 
Jesus”. 
 
A palavra glória no hebraico é “Kavod" significando peso. O peso de Deus é Ele 
mesmo, sua essência, Seu Espírito. Então, o pecado tira de mim a essência de 
Deus, e me coloca “pesado de mim mesmo”. Para poder desfrutar da maravilhosa 
glória de Deus tenho que despir-me de minha própria glória. O meu ego tem que ser 
colocado no altar, que é lugar de morte da velha natureza ou do pecado. No altar de 
sacrifício é que posso despojar do velho homem e encher-me da essência de Deus. 
Só aí, então, vou ser cheio da glória de Deus. 
 
Agora sim podemos notar algo muito importante, é que apesar de termos sido 
salvos pela graça que foi o sacrifício de Jesus, precisamos da Lei para nos conduzir, 
capacitar, orientar, nos ensinar, nos adestrar, nos corrigir. Por quê? Porque Jesus é 
a Palavra, a Lei que fala e trata do pecado. 
 
Vamos imaginar que o Governo Brasileiro quer dar a graça aos seus adultos de 
todos possuírem a carteira de habilitação. O fato de possuir a carteira não isenta 
ninguém de observar as leis de trânsito. Da mesma maneira, uma vez remido pelo 
sangue de Jesus, não podemos esquecer a Lei. Ao contrário, a redenção em Jesus 
traz-nos maior responsabilidade ou melhor dizendo peso, na observância da vontade 
de Deus. Só valorizamos a graça divina se conhecemos a Sua Lei e suas 
29 
consequências. Na Lei de Moisés era pecado o adultério, mas que diz a graça em 
Jesus? – “Se olhar para uma mulher com uma intenção impura, no coração, já 
adulterou com ela”. Na graça, o ódio ao irmão é semelhante ao homicídio. Vemos, 
então que ela, embora seja recebida e dada pela fé e de graça, nos exige que 
andemos num nível e numa qualidade de vida muito mais alta que a Lei. 
 
Atualmente há uma avalanche de cristãos que passam por cima de muitos 
mandamentos de Deus, alegando estar debaixo da graça e não sob o jugo da Lei. 
Mas, se a Lei não foi anulada como foi dito! Há uma única maneira de ser salvo: – 
crer no sacrifício e no sangue de Jesus. Nada mais que façamos nos reconecta com 
Deus. Mas a Lei existe para nos direcionar em nossa caminhada, nos alertando que 
devemos guardar e permanecermos na plena graça e misericórdia divina. Na carta 
do Apóstolo Paulo aos Gálatas (3:24) diz que a Lei nos serviu de aio para nos 
conduzir a Cristo. O aio é o pedagogo, aquele que instrui, que direciona. Somente 
quando entendemos a Lei temos o entendimento do que é a graça. Muitos dos 
chamados “crentes desviados” estão nessa situação porque não deram a devida 
importância à graça. A graça disponível em Jesus não pode ser usada como um 
pretexto para o pecado. A liberdade em Jesus é plena da responsabilidade de 
obedecer aos mandamentos, estatutos e ordenanças de Deus, que são tipos de Lei. 
 
No Salmo 19:7 a lemos “A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. Assim, 
podemos entender que a Lei também é válida para as áreas afetadas de nossa 
alma. O salmista diz: “Agrada-me fazer a tua vontade, oh! Deus meu; a tua Lei está 
dentro do meu coração”. A vontade de Deus está expressa na sua palavra. A Lei é 
muito mais prática do que pensamos. Um outro bom exemplo é entender a lei do 
dízimo. É ela uma lei para os judeus? Sim. Ela é citada como estatuto no Antigo ou 
no Novo Testamento? No Antigo Testamento. E por qual razão a Igreja pratica a Lei 
do dízimo se é uma lei do Antigo Testamento? A razão é óbvia, é porque dízimo é 
uma benção. Nela encontramos o princípio da semeadura e da colheita. Se 
entendermos o dízimo como benção, por que não observamos e buscamos outras 
leis que abençoam nossa saúde, nossa vida familiar, nossa vida profissional, 
sentimental, o relacionamento com nosso próximo e tantas e tantas outras leis que 
foram criadas com o propósito de nos abençoar? Os crentes não devem se esquecer 
de que em Cristo foram enxertados na Oliveira que é o Israel salvo de Deus. Assim, 
30 
como enxertados eles podem livremente participar de todas as bênçãos e 
promessas dadas por Deus ao povo de Israel. Paulo diz que os gentios podem 
participar da mesma seiva da oliveira (Rm 11;17) 
 
No livro de Provérbios encontramos: “Filho meu, atenta para as minhas palavras, 
aos meus ensinamentos inclina os ouvidos, não os deixe apartar-se dos teus olhos, 
guarda-os no mais íntimo do teu coração, porque são vida para quem os acha e 
saúde para o corpo”.(Pv 4:20-22). Estas palavras não estão todas na Lei? A Lei nos 
traz saúde para nosso corpo, nos ensina a controlar, por exemplo, a alimentação 
para uma melhor qualidade de vida. 
 
Provérbios 28:7 diz: “O que guarda a Lei é filho prudente, mas o companheiro de 
libertinos (comilões) envergonha a seu pai”. É falta de sabedoria comer de modo 
desenfreado. Também em 29:18b : “o que guarda a Lei é bem aventurado”. Se 
guardo o que Deus me ordena sou muito mais que feliz e preservo ainda mais a 
graça de crer em Jesus. 
 
Tudo isto torna o homem perfeito e perfeitamente capacitado para toda boa obra. 
Esse é o padrão de Deus para nossas vidas! 
 
Provérbios 28:9 diz: “o que desvia os ouvidos de ouvir a Lei, até sua oração será 
abominável”. Ao atendermos a Lei de Deus, isto nos faz aptos a ter a oração 
respondida. 
 
Percebemos com isso a carência que a Igreja tem de voltar sua atenção para a 
Lei e instruir-se novamente com ela. 
 
Evidentemente, leis morais e éticas, familiares e de qualidade de vida, por 
exemplo, estão mais do que vivas e válidas para os dias de hoje. 
 
Mais uma vez queremos frisar: a Lei em si não salva, a salvação é pela Graça, 
mas a Lei me capacita a viver no padrão de Deus, mostrando a todos os limites e 
delimitações até onde podemos chegar dentro da justiça e misericórdia de Deus. 
 
31 
CONCLUSÃO 
Concluímos que o assunto referente à Lei e Graça passou por várias 
interpretações dentro de variadas escolas. Porém o importante é compreender como 
as Escrituras tratam o assunto e assim praticarmos conforme elas mesmas nos 
ensinam. Devemos, como salvos em Jesus, vivermos em Espírito, e assim 
cumprindo a Lei. Quem vive em Espírito, já está vivendo na Graça. Através das 
várias interpretações expostas pelos mais variados expositores de diferentes 
confissões teológicas, podemos averiguar a importância do assunto assim como 
suas discrepâncias. A sua urgência nos remete a refletir sobre nossas posições 
teológicas atuais, sobre nossos costumes atuais e sobremodo sobre a nossa moral 
atual. 
O quanto temos perdido em termos de compreensão e vivência pelo fato de 
muitas das vezes desprezarmos as divinas palavras encontradas no Antigo 
Testamento? 
Temos entendido muitas das vezes de maneira errônea que ―uma vez salvo, 
salvo para sempre‖ e demais jargões que afrouxam ainda mais nossas vidas e assim 
deixamos a cada dia de sermos luz para este mundo e acabamos por nos misturar 
com o mesmo mundo que aprendemos a condenar, no caso, condenar suas obras 
que são infrutuosas. 
Deixamos de lado uma vida mais santificada por não querermos encarar um 
compromisso mais sério com a Palavra, com seus princípios e sobretudo com o seu 
Autor. 
Vivemos dias sombrios. Mas temos fé que o Autor da mesma está conosco, nos 
auxiliando a cada passo, a cada decisão tomada e a cada posicionamento teológico, 
moral, etc. que temos. Graças rendemos ao Eterno por sua enorme compaixão para 
conosco! 
 
 
32REFERÊNCIAS 
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<http://www.monergismo.com/textos/legalismo/legalismo_robbins.htm> Acesso em: 
13 ago. 2012 
 
 
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<http://setimodia.wordpress.com/2008/04/20/a-lei-e-o-evangelho-segundo-lutero/> 
Acesso em: 13 ago. 2012 
 
 
A relação entre a Lei e a Graça. Disponível em: 
<http://espacokoinonia.blogspot.com.br/2010/05/relacao-entre-lei-e-graca.html> 
Acesso em: 12 ago. 2012 
 
 
A Vocação do Homem: A Vida no Espírito. Disponível em: 
<http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s1cap3_1949-
2051_po.html> Acesso em: 13 ago. 2012 
 
 
Antinomismo. Disponível em: <http://www.ipbalfenas.com.br/?q=estudo123> 
Acesso em: 15 ago. 2012 
 
 
Estamos debaixo da graça ou debaixo da lei?. Disponível em: 
<http://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/estamos-debaixo-da-graca-ou-
debaixo-da-lei/> Acesso em: 12 ago. 2012 
 
 
Lei e Graça: Uma Visão Reformada. Disponível em: 
<http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_IV__1999
__2/Mauro.pdf> Acesso em: 13 ago. 2012 
33 
 
 
Onde o Pecado Transbordou – João Calvino. Disponível em: 
<http://www.ocalvinista.com/2010/10/onde-o-pecado-transbordou-joao-calvino.html> 
Acesso em: 12 ago. 2012 
 
Questões Conflitantes Entre Lei E Graça. Disponível em: 
<http://setimodia.wordpress.com/2012/05/10/questoes-conflitantes-entre-Lei-e-
graca/> Acesso em 13 ago. 2012 
 
http://setimodia.wordpress.com/2012/05/10/questoes-conflitantes-entre-lei-e-graca/
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