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UNIVERSIDADE PAULISTA HIDRÁULICA E HIDROLOGIA II- ESCOAMENTOS Maria Alice Venturini 2018 Relembrando... Fluido é uma substância que tem a capacidade de escoar. Quando um fluido é submetido a uma força tangencial, deforma-se de modo contínuo, ou seja, quando colocado em um recipiente qualquer, o fluido adquire o seu formato. Podemos considerar como fluidos líquidos e gases. Particularmente, ao falarmos em fluidos líquidos, devemos falar em sua viscosidade, que é a atrito existente entre suas moléculas durante um movimento. Quanto menor a viscosidade, mais fácil o escoamento do fluido. Duas maneiras de ver o mundo dos fluidos Euleriano [Leonhard Euler, 1707 -1783] � Informações sobre o que acontece com a partícula ao longo do tempo. � Segue as partículas fluidas. � Especificação da partícula: Pressão (t) Massa específica (t), Velocidade (t), Posição (x,y,z) Lagrangeano [Joseph Louis Lagrange, 1736-1813] Informações sobre o escoamento em pontos fixos no espaço. � Usa o conceito de campo. � Especificação completa: Pressão (x,y,z,t), Massa específica (x,y,z,t) e a Velocidade (x,y,z,t). Equação da Continuidade A equação da continuidade estabelece que: O volume total de um fluido incompressível (fluido que mantém constante a densidade apesar das variações na pressão e na temperatura) que entra em um tubo será igual aquele que sai do tubo. A vazão medida num ponto ao longo do tubo será igual a vazão num outro ponto ao longo do tubo, apesar da área da seção transversal do tubo em cada ponto ser diferente. 1 2 1 1 2 2 Q Q A v v A = ⋅ = ⋅ Equação de Bernoulli para Fluido Ideal A equação de Bernoulli é um caso particular da equação da energia aplicada ao escoamento, onde adotam-se as seguintes hipóteses: � Escoamento em regime permanente � Escoamento incompressível ( é constante) � Escoamento de um fluido considerado ideal, ou seja, aquele onde a viscosidade é considerada nula, ou aquele que não apresenta dissipação de energia ao longo do escoamento � Escoamento apresentando distribuição uniforme das propriedades nas seções � Escoamento sem presença de máquina hidráulica, ou seja, sem a presença de um dispositivo que forneça, ou retira energia do fluido � Escoamento sem troca de calor ρ Equação de Bernoulli para Fluido Real Se o fluido é real, para se deslocar da seção 1 para a seção 2, o fluido irá consumir energia para vencer as resistências ao escoamento entre as seções 1 e 2. Energia Associada a um Fluido � Energia Potencial: É o estado de energia do sistema devido a sua posição no campo da gravidade em relação a um plano horizontal de referência. � Energia Cinética: É o estado de energia determinado pelo movimento do fluido. � Energia de Pressão: Corresponde ao trabalho potencial das forças de pressão que atuam no escoamento do fluido. Classificação segundo a pressão de funcionamento Condutos forçados: a pressão interna é diferente da pressão atmosférica. Nesse tipo de conduto, as seções transversais são sempre fechadas e o fluido circulante as enche completamente. O movimento pode se efetuar em qualquer sentido do conduto. Condutos livres: nestes, o líquido escoante apresenta superfície livre, na qual atua a pressão atmosférica. A seção não necessariamente apresenta perímetro fechado e quando isto ocorre, para satisfazer a condição de superfície livre, a seção transversal funciona parcialmente cheia. O movimento se faz no sentido decrescente das cotas topográficas. Sistema de distribuição de água fria e quente Estação elevatórias de água e esgoto Conduto Forçado Sistemas de irrigação Sistemas industriais Rios e canais artificiais Conduto livre Sistemas de águas pluviais Sistemas de micro e macrodrenagem 1.1 Um orifício lateral de um grande tanque, como é mostrado na figura abaixo descarrega água. Sua seção é circular, de 50 mm de diâmetro, sendo jato de igual dimensão. Mantêm-se o nível d'água no reservatório 3,80 m acima do centro do jato. Pede-se: a) Calcular a vazão desprezando a perda de carga. b) Calcular a vazão supondo 10% de h = 3,80 m. 1.2 Calcule a vazão na tubulação e a pressão no ponto A da figura abaixo supondo não haver perdas de carga e que o nível d'água no reservatório é mantido constante. 1.3 Desprezando-se as perdas de carga pede-se calcular o valor máximo de “H" na figura abaixo, para que a pressão absoluta no ponto 2 não seja menor que 0,25 Kgf/cm2, sabendo-se que a pressão barométrica local é de 10 m.c.a. 1.4 Calcular a vazão e a pressão no ponto 2 do sifão esquematizado abaixo. (fluido real considerar as perdas de energia) Dados: � Líquido em escoamento = óleo ( = 800 Kgf/m3) � H1-2 =1,0 m; � H2-3= 1,8 m e, � Diâmetro do sifão = 150 mm. γ ∆ ∆ 1.5 Calcular a vazão e a pressão nos pontos (A) e (B) do esquema abaixo: Dados: � Diâmetro do tubo 5 cm � Perda de carga do reservatório ao ponto A = 3,5 m � Perda de carga do ponto A ao ponto B = 4,5 m � Perda de carga do ponto B ao ponto C = 6,0 m 0bs.: Considerar o sistema em funcionamento 1.6 A água flui do reservatório (A) ao ponto (B) do conforme esquema apresentado. No ponto (B) encontra-se um aspersor funcionando com uma pressão de 3 kgf/cm2 e vazão de 5 m3/h. Sendo a tubulação de uma polegada de diâmetro (2,54 cm), qual a perda de carga que esta ocorrendo de (A) a (B)? Lembrete: 1, 033 kgf/cm2 = 10,33 mca “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” ... “Do mesmo modo que o metal enferruja com a ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a inércia esgota a energia da mente.” Leonardo da Vinci Bibliografia AZEVEDO NETO, J. M. “Manual de Hidráulica”, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2008. BAPTISTA, MARCIO BENEDITO; LARA, MARCIA, “Fundamentos de Engenharia Hidráulica”, Editora UFMG, Minas Gerais, 2003. PORTO, R. M. “ Hidráulica Básica”, Editora EESC- USP, São Carlos, 2ª Ed., 1998.
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