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APS - 12 HOMENS E UMA SENTENÇA

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Amanda Onório da Silva Aparecida Nogueira Santos Honorato
Cristiane Maria da Silva Santos Daniela Aparecida Silva Neves Lucas Santana do Nascimento Talita Domingos Lopes
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PROCESSOS GRUPAIS
Análise do filme “12 homens e uma sentença” com a aplicação dos conceitos da teoria de ENRIQUE PICHON-RIVIÉRE.
SÃO PAULO 2021
UNIVERSIDADE PAULISTA
Amanda Onório da Silva RA:N3500G4 Aparecida Nogueira Santos Honorato RA: T955025
Cristiane Maria da Silva	RA:D80BCI1 Daniela Aparecida Silva Neves RA:D837DC0 Lucas Santana do Nascimento RA:T377IJ4 Talita Domingos Lopes RA:N3641C0
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PROCESSOS GRUPAIS
Análise do filme “12 homens e uma sentença” com a aplicação dos conceitos da teoria de ENRIQUE PICHON-RIVIÉRE.
Trabalho apresentado à disciplina de Processos Grupais, do Curso de Psicologia, da Universidade Paulista, para Atividades Práticas Supervisionadas.
Orientadora: Prof.ª Me. Adriana Pavarina
.
SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................
2. EMBASAMENTOTEÓRICO:O Grupo Operativo de Pichon Riviére.............
3. FILME “12 HOMENS E UMA SENTENÇA” .....................................................
4. ANÁLISE, DISCUSSÃO....................................................................................
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................
7. ANEXOS.............................................................................................................
TRABALHO DE APS, 2021.
ANÁLISSE DO FILME: 12 HOMENS E UMA SENTENÇA.
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho objetiva discutir os processos e barreiras comunicacionais que podem ocorrer em uma atividade grupal, expressando os conflitos existentes, bem como as possibilidades de abertura e ressignificação dos fatos e da própria realidade, por meio de recursos de comunicação.
O filme norte-americano “12 homens e uma sentença”, originalmente de 1957, se passa inteiramente no interior de um tribunal americano, na cidade de Nova York, com apenas uma cena inicial ainda na sala de audiências, quando o juiz orienta os doze jurados quanto a regra básica, a ser por eles utilizadas para o veredicto. Regra essa que consiste em: condenar ou absolver o réu com um veredicto unânime. Por isso se faz necessário a responsabilidade do júri, e que observem atentamente todas as provas e que sejam analisadas criteriosamente todos os fatos e testemunhos, de modo que não se cometa injustiças, já que a absolvição indevida seria injustiça para a sociedade libertando um sujeito perigoso ao convívio social, e a condenação indevida, custaria a vida do réu, pois este seria sentenciado à morte.
O caso constitui-se dá seguinte forma: um jovem de 18 anos é acusado de assassinar o próprio pai, e as evidências indicam sua condenação. Porém, na primeira votação entre os jurados, Davis o jurado número oito, vota para sua inocência, mas ele não tem certeza da culpa do rapaz, colocando entre os jurados a dúvida.
A despeito dos atritos acorridos pelo júri, o oitavo jurado buscou conduzir a investigação para a apuração das provas e indícios que comprovassem a possibilidade de culpa ou inocência.
A análise do filme será feita a partir da teoria de Pichon -Riveri (1980), no que diz respeito à dinâmica e aos mecanismos existentes em relações grupais, evidenciando como se dá os Grupos Operativos. Sempre há uma ação, podendo ser vista de outra maneira, de um ponto de vista terapêutico ou da execução de tarefa comum, e isso é identificado no filme, na medida em que são apresentados os personagens que assumem papéis, podendo ser: líder, bode expiatório, sabotador, porta-voz e expectador.
2. EMBASAMENTO TEÓRICO: O Grupo Operativo de Pichon Riviére
Apresentaremos o desenvolvimento e análise do filme a partir da teoria do psiquiatra e psicanalista Enrique Pichon -Rivière, que nasceu em 1907 em Genebra na Suíça e foi naturalizado Argentino.
A técnica de Grupo Operativo que foi sistematizada por Pichon -Rivière, começou por uma experiência no hospital de Las Mercedes em Buenos Aires, quando houve uma greve onde os pacientes ficaram sem os cuidados devidos em situação de abandono. Diante da falta de profissionais adequados, Pichon-Rivière propôs para os pacientes mais comprometidos que prestassem assistência aos pacientes menos comprometidos. A experiência foi muito produtiva para todos, obtiveram resultados e surgiu o que foi nomeado de Grupo Operativo, que consiste em propor um modo de compreender a estrutura e o funcionamento do grupo, como também o modo de intervenção com o objetivo de instrumentá-los para a aprendizagem e transformação.
Pichon Rivière define Grupo Operativo como “ Todo conjunto de pessoas ligadas entre si por constante de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe explicitamente uma tarefa que constitui sua finalidade.
Na base teórica do Grupo Operativo estão articulações com a psicanálise, teoria de comunicação em psicologia familiar e social e estudos da sociologia americana sobre os pequenos grupos como o de Lewin, com influência da dialética materialista, que vê o mundo como processo, matéria submetida a u m desenvolvimento histórico. A matéria é inerente ao desenvolvimento.
O vínculo tem papel central, sendo realimentado pelo sujeitoe objeto em relação linear, onde ambos afetam e são afetados numa forma espiral contínua, onde o que se diz causa certa reação que é assimilada por quem disse anteriormente, o qual reintroduz tal reação numa nova interpretação. Constitui um aprendizado do ponto de vista teórico e objetivo, pois à medida que se conhece, se conhece, ou a medida que se ensina, se aprende. A interação, o vínculo, o grupo, as instituições, a ordem social são causas internas
A interação, o vínculo, o grupo, as instituições, a ordem social são causas internas e condições externas não só na constituição do sujeito, mas também noutro processo dialético, o de saúde e enfermidade. O mundo é reconstrução da
realidade externa, da rede de relações, de vínculos dos quais o sujeito emerge, assim sendo, abandona-se a noção de instinto ou qualquer princípio “pré- existencial” como fonte de interpretação da experiência, Pichon-Rivière afirma que “todo comportamento tem um caráter de estrutura significativa e que o estudo positivo de todo comportamento humano consiste no esforço por fazer acessível esta significação”.
As estruturas constitutivas do comportamento não são universais, mas fatos específicos nascidos de uma gênese passada em situação de sofrer transformação que perfila uma evolução futura. O sujeito é sadio na medida em que apreende a realidade numa perspectiva integradora, em sucessivas tentativas de totalização, e tem capacidade para transformá-la, também modificando a si mesmo. O sujeito é sadio quando mantém um inter-jogo dialético com o meio e não uma relação passiva, rígida e estereotipada. Logo, a saúde mental é uma aprendizagem da realidade através do enfrentamento, manejo e solução integradora dos conflitos, pode-se considerá- la ainda como aptidão sintetizadora e totalizante na resolução de antinomias (ou supostos paradoxos) que surgem na relação com a realidade. É nesta forma de ver o mundo, a qual compreende uma visão abrangente e integradora do homem e suas relações, que a dinâmica do Grupo Operativo encontra sua base. Essa modalidade de processo grupal requer características que o tornem dinâmico, reflexivo e democrático quanto à tarefa.
Todo grupo opeerativo possui um coordenador que ajuda, como parte desse processo de aprendizagem, a interpretar as fantasias e transferências que surgem tanto em relação aos integrantes do grupo, como em relaçao á tarefa e ao contexto em que se desenvolve a operação grupal. O coordenador tem a função de facilitara comunicação entre os integrantes, afim de que o grupo seja operativo, isto é, que ultrapasse os obstáculos na resolução da tarefa e fará o uso do ECRO para decifrar as dificuldades. O coordenador está no grupo para formular questões que permitam o enfrentamento dos medos básicos, e ajuda os membros a pensar abordando os desafios que surgem. É no momento da tarefa que se aborda e elabora as ansiedades, o grupo que expressa consciência de finitude, sendo possível incluir a ideia da própria morte, a partir de onde pode estruturar a tarefa possível em termos de tempo e espaço.
Cada membro do grupo constrói seu papel em relação aos outros, tem uma articulação entre o papel prescrito e o papel assumido, o que resulta na atuação característica de cada sujeito, num processo contínuo. Em nossas experiências práticas com grupos percebemos como esses papéis sobressaem no processo, sobretudo durante as rodas de conversa. A princípio o comportamento sabotador é evidente, o qual vai perdendo força com o decorrer da comunicação e consequente aprendizado. Além disso, os membros identificam a quem elegem
como bode expiatório, e esta descoberta os levam a entender o porquê e a mudar tal situação. Um conceito importante por parte de Pichon é o “Esquema Conceitual, Referencial e Operativo”, ECRO grupal que:
Está baseado na ideia de uma inter-disciplina que compreenda o estudo geral da problemática abordada. [...] Este ECRO é instrumental e operativo no sentido que a aprendizagem do grupo se estrutura como um processo contínuo e com oscilações, articulando os momentos do ensinar e do aprender que se dá no aluno e professor como um todo estrutural e dinâmico. [...] Cada integrante leva ao grupo um esquema de referência e sobre a base do denominador comum destes sistemas se configurará, em sucessivas voltas espirais, um ECRO grupal (BAREMBLITT, 1994, pg. 192).
ECRO é um conjunto de conceitos teóricos (conceitual), que se referem a um grupo e a uma situação concreta (referencial) para traçar instrumentalmente (operativo), sobre essas bases, uma estratégia de mudança que se constitui como a tarefa de um grupo operativo. O ECRO é, antes de tudo, instrumento que deve ser construído no contexto das atividades de um grupo operativo, por isso, é um ECRO grupal.
Outro esquema merece ser apresentado, trata-se do cone invertido, constituído por vetores na base dos quais se fundamenta a operação grupal. A análise interrelacionada destes vetores resulta numa avaliação da tarefa que o grupo realiza. Os vetores são pertenencia, pertinência, comunicação, aprendizagem, tele e cooperação. Tele refere-se ao clima afetivo preponderante no grupo em variados momentos. Compreende o grau de empatia positiva ou negativa entre os membros. A cooperação está na possibilidade de o grupo tornar consciente sua estratégia geral, evolvendo a todos os membros com justiça nos atos e exatidão, nisso é notória a capacidade de colocar-se no lugar do outro. A apendizagem e comunicaçãosão intrínsecos, pois toda alteração da comunicação se deve a uma dificuldade na aprendizagem, e vice-versa. Aprendizagem inclui o moldar na prática os objetivos do grupo, a arte para levar a tarefa adiante, a avaliação dos elementos que se opõem à realização da tarefa, a fim de a eles reagirem adequadamente. A comunicação implica na contínua operatividade do processo grupal, a qual envolve todos os membros e promovem a aprendizagem. Por fim, filiação e pertetencia primeira pode ser considerada como um passo antes da segunda, sendo uma aproximação não fixa com a tarefa, sendomais um interesse pelo trabalho grupal, mas sem uma prática efetiva, esta ocorre na pertenencia, onde os participantes se engajam. Em suma, o grupo operativo é aquele em que
os papéis são tomados, posicionados e dirigidos em prol de uma tarefa comum, e embora com um coordenador, sua incorporação de idéias é conjunta e crescente.
3. FILME “12 HOMENS E UMA SENTENÇA”
12 Homens e uma sentença / sinopse do filme
Diretor - Sidney Lumet
Elenco – E.G. Marchall, Edy Begley, Edward Binns, George voskovek, Henry Fonda, Jack Klugman, Jack Warden, John Robert Webber, Joseph Swineen, Lee J. Cobb, Martin Balsam
Estados Unidos, ano de 1957
O filme tem início a história com o julgamento de um jovem porto-riquenho, 
acusado de assassinar o próprio pai com uma facada no peito.
Há provas contudentes, e relatos de testemunhas acusando o moço de todas as formas.
O destino do jovem agora está nas mãos de 12 homens, no qual 11 deles estão convencidos de que o rapaz é culpado, onde os 12 homens se agrupam a cargo de uma importante decisão que aparentemente já estava decidida, mas no decorrer da história, um dos jurados poe em dúvida os relatos das supostas testemunhas, para desespero da maioria dos jurados que só queriam ir para casa o mais rápido possível antes da chuva que estava por vir, e ganhar tempo para assistir a um jogo.
Henry Fonda interpreta o único que questiona e leva o grupo a repensar a 
sentença imposta ao rapaz. 
No grupo há um observador, que recolhe as informações, são os votos para condenar ou não o garoto, e a cada rodada de votos há mudanças constantes que surgem a cada questionamento, ou possibilidade que o personagem de Henry Fonda impoe ao grupo para analisar as suposiçoes que levaram o rapaz ao julgamento.
Essa atitude traz á tona o grau de empatia positiva e negativa entre os membros, ele leva cada um dos jurados a luz de convicções pessoais a qual julgam o garoto culpado, e os estimula a examinar seus própios préconceitos. 
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO
Definimos por grupo, um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, se propõem de forma explícita ou implícita a realização de uma tarefa. Acerca da teoria de Pichon- Riviére sobre os Grupos Operativos, analisaremos e colocaremos em discussão a dinâmica apresentada pelo corpo de doze jurados da obra “12 homens e uma sentença”, que foram encarregados de sentenciar de forma unânime um garoto acusado de parricídio, ou seja, esta é a tarefa que os integram.
O Grupo Operativo é dinâmico, reflexivo e democrático, e o filme em questão, reafirma que em relações grupais independentemente de qual seja a tarefa, os indivíduos assumem papéis, como o porta voz, o sabotador, o bode expiatório e o líder, e é possível observar também os vínculos, o rompimento de estereótipos a partir de um enfrentamento, a aprendizagem, o reconhecimento de si no outro, entre outros.
Ao reconstruir o filme de forma cronológica, podemos mencionar sobre a necessidade de vínculos afetivos, que são mecanismos importantes para a dinâmica grupal, e os personagens cada um com sua singularidade e subjetividade, tentam ainda que de forma sútil consolidar isto à medida que se cumprimentam, oferecem coisas como um chiclete, perguntam sobre a ocupação profissional, para qual time torce, que são fatores determinantes para estabelecer uma aproximação ou não, entre eles.
No que diz respeito em assumir papéis, vemos o líder, aquele que apresenta uma escuta ativa e auxilia sobre como vão se organizar, sendo em ordem numérica, sugere uma votação, distribui os papéis, recolhe os votos, e faz um esforço para manter uma sequência de falas, sobre o que cada um acredita. Inesperadamente os votos não são unânimes, onze votaram pela condenação e apenas um, o jurado de número 8, vota pela inocência, mas deixa claro que não tem certeza, propondo então uma discussão para que cheguem a uma decisão justa, e analisem o discurso das testemunhas, as provas, as relações interpessoais do garoto, e o contexto social em que ele está inserido, sem precipitação, ocupando–se do papel de porta-voz, àquele que sintetiza e expõe ideias. Sequencialmente, os sabotadores se manifestam invalidando o que o jurado número 8 propôs, segregando os posicionamentos, e considerando apenas seu interesse pessoal, este é aquele que resiste a mudanças e desconsidera o interesse grupal.
Em um processo grupal, os papéis são flutuantes, e o jurado número8 exemplifica isso muito bem à medida que no início da discussão assumiu o papel de porta-voz e no decorrer da reunião elaborou discursos suficientemente convincentes para os demais jurados julgarem de forma unânime a inocência do garoto. Podemos interpretar essa atitude como um ECRO (“Esquema Conceitual, Referencial e Operativo”), que incita o
grupo a repensar a sentença, trazendo à tona o grau de empatia positiva e negativa entre os membros, usando o vetor de pertinência do cone invertido, que possibilita cada jurado refletir sobre suas próprias convicções pessoais em relação ao garoto, os estimulando a examinar seus próprios pré-conceitos. Ainda falando sobre os papéis assumidos pelo jurado número 8, quando ele se expôs sendo o único a votar diferente dos demais, ele ocupou-se da posição de bode-expiatório, àquele que é incumbido de culpa.
Contudo, entende-se que o filme leva a uma dinâmica conduzida pelo ECRO, e a cooperação leva todo o grupo a capacidade de se colocar no lugar do outro, engajando- os a reintroduzir novas interpretações, romper com estereótipos à medida que afetam os outros e são afetados em um espiral contínuo, além de reafirmar que em uma relação grupal os indivíduos são movidos pela gratificação ou frustração.
A essência do Grupo Operativo, é a capacidade de aprender e contribuir para o conhecimento do outro.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho discutimos sobre o filme 12 homens e uma sentença e um dos pontos mais importantes observados do filme está relacionado a questão da imparcialidade nos processos.
O grupo teve muitas dificuldades e uma delas estava em decidir, tomar uma decisão sensata e quanto mais se discutiam maior era insegurança de alguns quanto a decisão certa a ser tomada pois se tratava da vida de um jovem de 18 anos.
O grupo teve como roteiro uma visão jurídica, a qual deveriam exercer de maneira justa e imparcial.
O filme 12 homens e uma sentença mostra que devemos ser cautelosos, ter cuidado ao tomar decisões pois através do senso comum, os achismos começam a fazer parte porque passamos a cometer diversos erros ao aplicar falsas verdades.
A forma que a história vai sendo conduzida mostra que o preconceito e o julgamento de forma precipitada só levam o homem ao erro e que pode condenar um inocente por falta de clareza dos fatos.
A conclusão se dá a partir das ideias, das possibilidades, dos vínculos criados, vínculo esses que são mecanismos importantes para uma dinâmica em grupo. Ao se levantarem da mesa conseguiram construir e desconstruir uma bagagem tanto pessoal como grupal tendo como base a teoria de um grande pensador em processos grupais.
	
6. REFERÊNCIAS
CARVALHO, Tércio Santos Vieira. Grupo Operativo. Psicologia.PT, 2020.Disponível em:<https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?grupo- operativo&codigo=A1393&area=d9 >. Acesso em: 31, março de 2021.
PICHON-RIVIÉRE, Enrique. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BAREMBLITT, Gregório. Saúde e Loucura: Grupos e coletivos. 2ª edição. Hucitec, 30, junho de 2018.
7. ANEXOS

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