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APS Psicologia UNIP 12 HOMENS E UMA SENTENÇA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH
CURSO DE PSICOLOGIA
12 HOMENS E UMA SENTENÇA:
Análise do filme à luz da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos.
César Augusto Baziqueto
Cloé Siqueira Maschietto
Marcella Barbosa Mannarelli
Nivaldo Gomes Batista Júnior
Araçatuba
2017
CLOÉ SIQUEIRA MASCHIETTO
CÉSAR AUGUSTO BAZIQUETO BEZERRA
MARCELLA BARBOSA MANNARELLI
NIVALDO GOMES BATISTA JÚNIOR
12 HOMENS E UMA SENTENÇA:
Análise do filme à luz da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos.
Trabalho referente ao 1º Semestre, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas, no curso de Psicologia, na Universidade Paulista - UNIP.
Prof.ª Ana Paula C. Branco.
Araçatuba
2017
RESUMO
O presente trabalho consiste de uma introdução a respeito da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos e como essa teoria se relaciona com o filme “Doze homens e uma sentença”, de Sidney Lumet. A partir de uma análise, usando como referência bibliográfica o livro “Dinâmica e Gênese dos Grupos” (MAILHIOT, 1970), conclui-se a importância do consenso nas relações grupais e intergrupais estabelecidas na nossa sociedade.
Palavras chave: Dinâmica. Grupos. Relações. Análise. Lewin.
INTRODUÇÃO
Kurt Lewin (1890-1947) foi um renomado psicólogo polonês que dedicou boa parte de sua vida acadêmica à exploração e ao estudo psicológico das relações grupais, contribuindo para a transformação da Psicologia Social numa ciência experimental e autônoma.
De acordo com o autor, a dinâmica de grupo tem como principal objetivo de estudo as condições em que se estabelecem as relações grupais, a força regente dos comportamentos desses grupos, suas origens, suas consequências, o que possibilita modificações de tais comportamentos, etc.
Em seus estudos, o autor demonstra que toda dinâmica de grupo é resultado do conjunto de interações existentes em um espaço psicossocial, deixando de lado os aspectos singulares, mostrando-se de forma mais ampla nas interações múltiplas produzidas nessas situações sociais conforme vão sendo observadas e interpretadas pelos indivíduos. O ambiente social é o que contribui para a formação e transformação das atitudes coletivas, favorecendo ou inibindo tendências sociais previamente adquiridas.
A formação de um grupo é fundamentada a partir de consensos nas relações interpessoais, havendo concordância comum sobre determinados conceitos, objetivos e ideologias como, por exemplo a igualdade religiosa, socioeconômica, de cor, raça e etc. São as concordâncias existentes, os objetivos em comum, aliados ao sentindo de pertença e importância que influenciam diretamente no êxito ou fracasso na formação e relação de um grupo.
Alguns conflitos são inevitáveis durante essa interação ente os indivíduos pertencentes de um grupo. Cada conviveu socialmente de forma singular, possuindo uma visão pessoal de mundo. Com isso, o grupo possuir uma maturidade mostra-se essencial, sendo fator determinante para garantir que os indivíduos se mantenham nas posições que ocupam no grupo que fazem parte, evitando maiores conflitos. Todo indivíduo sente a necessidade de interagir e busca a convivência com grupos onde se sinta acolhido, protegido e compreendido socialmente.
ANÁLISE
A um júri composto por 12 homens é designado decidirem se um jovem, acusado de matar o próprio pai, pode ser julgado como culpado pelo crime. De acordo com o que é solicitado pelo juiz da corte, a decisão deve ser unânime e sem opções de recurso, exigindo-se cautela, pois trata-se da vida de um garoto.
Em uma sala separada da corte, os jurados discutem. Numa votação, onze dos jurados consideram o réu culpado, e apenas um alega que não há evidências suficientes que possam acusar o réu como culpado. Para que se chegue a um consenso e se alcance a unanimidade, todos os jurados são obrigados a analisar novamente todas as evidências.
Todos os argumentos utilizados pelos que julgam o réu culpado são repletos de preconceito e estigmas, onde se misturam também apelos de cunho pessoal. Através de um debate, os jurados se convencem de que não existem evidências suficientes para que possam julgar o réu como culpado pelo assassinato e somente a existência dessa dúvida que essa falta de evidências causa já mostra-se suficiente para que ele não seja sentenciado à morte.
O jurado que se negou a decidir cegamente a culpa do réu foi o único que pensou esse réu como um ser igual a si, praticando um gesto de empatia, esforçando-se a discutir com todos os outros jurados se a culpa pode ser, de fato, comprovada.
O desfecho do filme se dá após todas as argumentações críticas e empáticas e o reconhecimento da falta de evidências concretas, que acabam por convencer os jurados a mudarem seus votos, deixando de lado opiniões e conflitos pessoais, o preconceito e os estigmas impostos pela sociedade, inocentando o réu, livrando-o da pena.
Levando em conta o que é mostrado no filme, a relação que se pode estabelecer com a teoria das dinâmicas de grupo de Kurt Lewin é a de sempre haver a necessidade de um consenso para que se atinjam os objetivos do grupo.
No caso do filme, enquanto todos não entraram em um consenso, não se pode entrar em acordo a respeito do julgamento do réu. Mesmo a maioria dos jurados, num primeiro momento, considerarem o réu como culpado, nada pode ser feito a respeito enquanto houve discordância por parte de um deles, pois o juiz da corte exigia unanimidade no caso.
Cada integrante de um grupo traz consigo o fardo de suas vivências individuais pois possuem, desde seu nascimento, convívios diferentes, tanto em relação a sociedade de um modo geral quanto no próprio contexto familiar. São essas diferenças, sejam elas éticas, morais ou ideais, as principais causadoras de conflitos nas relações grupais, trazendo uma necessidade de superação através de diálogos, por exemplo, para que se alcance um consenso e os conflitos se findem.
Em “Doze homens e uma sentença” a unanimidade no julgamento do réu só pode ser alcançada após um diálogo, sendo preciso deixar julgamentos de cunho pessoal e estigmas completamente de lado, trazendo à luz também a questão da empatia. Só assim, após a concordância de todos, pode-se chegar no consenso que inocentou o réu em seu julgamento, encerrando o caso.
CONCLUSÃO
O extenso e importante trabalho do autor Kurt Lewin, se mostra essencial para o aprofundamento da compreensão da dinâmica interacional que ocorre dentro dos grupos humanos, bem como a interação entre grupos humanos diferentes.
A construção do ser humano esta inerentemente ligada a sua propensão ao ser social. Ao observamos a forma com que a construção do individuo humano se desenvolve, é possível perceber que há dependência deste para com o grupo no qual esta inserido e, ao mesmo tempo em que esta inserido nele, também ajuda a compô-lo, dando ao grupo um pouco de si e absorvendo um pouco do grupo.
Fica inegável essa intercomunicação quando se percebe que um desenvolvimento completo do individuo se dá através da interação: nasce, se desenvolve, absorve conhecimento, compreende e apreende as relações, porque esta, e somente por isso, em constante relacionamento com outros, seja um relacionamento em que prevaleça a concordância, união, afeto, ou em que impere o atrito, a dificuldade, a impossibilidade. 
Somente quando reunidas em grupos relacionais, os indivíduos ganham a possibilidade de apresentar maior riqueza e complexidade das qualidades humanas, como, por exemplo, a comunicação e a cooperação.
Limitar um grupo de indivíduos descrevendo-o como sendo somente uma soma de pessoas seria demasiadamente leviano e improdutivo. Esta forma de interação social possui uma estrutura totalmente nova, com características próprias, objetivos definidos e ações concretas para alcança-los, e considera, inclusive, em suas ações, os outros indivíduos e grupos. O que mantêm a coesão estruturalde um grupo não é a diferença ou semelhança dos componentes individuais dele, ou seja, as pessoas, mas sim a interdependência que eles possuem entre si, bem como a divergência de interesses que possui com outros indivíduos e os grupos formados por estes. 
Lewin ainda aponta uma caracteriza de suma importância para um grupo, que deve ser considerada ao estuda-lo: ele é sempre dinâmico, não cristalizado, implicando que alterações no estado de um de seus componentes provoca mudança em todo o grupo. Desta forma é possível compreender a extensa contribuição que Lewin trouxe as humanidades, ou seja, o conjunto de ciências que estudam a produção de conhecimento humano.
Assim sendo, ao realizarem os objetivos grupais, aqueles que mantêm cada individuo unido em grupo, criam-se processos que alteram a própria estrutura do grupo e a interação entre os membros do mesmo, uma vez que se influenciam reciprocamente, podendo haver, como resultado de tal mutação, a produção de novos significados e metas.
Embora existam diversas perspectivas teóricas, é nítido que a compreensão das interações humanas, possibilitada pelos estudos de Lewin, é amplamente aceita nos ambientes de pesquisas e acadêmicos, uma vez que esta embasada em ampla pesquisa e dados.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. São Paulo: Duas Cidades, 1970.

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