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Profº Áislan Vivarini Núcleo, Retículo, Golgi e Lisossomos Núcleo Celular Núcleo: estático ou dinâmico? Procariotos x Eucariotos Domínios da Vida NÚCLEO Descoberto por Robert Brown (1773 – 1858) => “fundamental às células” Presente somente nas células eucarióticas FORMA e QUANTIDADE: Depende da célula em que se encontra. Membranas interligadas! �“Nucleoplasma” �Cromatina (DNA+proteína) �Envoltório nuclear (carioteca) �Retículo nucleoplasmático �Lamina nuclear �Nucléolo �Complexo do poro (transporte) Nucléolo Retículo nucleoplasmático NUCLEOPLASMA (CARIOLINFA) Colóide formado por: H20 + Íons, moléculas de ATP, nucleotídeos, enzimas, fatores de transcrição e Histonas). Histonas 5 tipos: H2A H2B H3 H4 H1 Cromatina Tipos de Cromatina Eucromatina Heterocromatina CROMOSSOMOS Telômeros TELÔMEROS – Ligados a duplicação do Cromossomo, ficam menores a cada divisão. TELOMERASE – Enzima que inibe a diminuição dos telômeros. Porém é ligada ao câncer. Envoltório nuclear �Carioteca �Dupla membrana (4 camadas de lipídeos = 2 bicamadas) �Continuidade com a membrana do Retículo endoplasmático �Regulam a passagem de moléculas entre núcleo/citoplasma �Presença de lâmina nuclear e complexo do poro Retículo Nucleoplasmático Estrutura existente no interior do núcleo, formada por uma rede de tubos, cuja função é o armazenamento de cálcio. Lamina nuclear �Laminas são filamentos intermediários (citoesqueleto). � Tipos: A, B e C. O heterodímero A/C é o mais comum. � Proteínas altamente tensíveis que protegem a membrana do núcleo � Mantém as estruturas e a estabilidade nuclear. �Sítio de ancoramento da cromatina. � Atua regulando alguns fatores transcricionais. � Durante a mitose ela se desfaz e se reestrutura ao longo do ciclo. Doenças causadas por defeitos na Lamina (Laminopatias) Síndrome de Hutchinson-Gilford �Envelhecimento acelerado �Doença dominante autossômica �Alteração na lamina A causa instabilidade na membrana nuclear (perda da heterocromatina periférica). �Danos progressivos no núcleo levam a morte celular prematuramente �Lamin A/C defeituosa. � Lamin A interage com um fator transcricional do adipócito levando a uma diferenciação e distribuição incompleta das células de gordura. � Acumulação de tecido adiposo na face e no pescoço. Lipodistrofia “Reverse Benjamin Button Syndrome.” Nucléolo • O nucléolo é subcompartimentalizado (regiões densas e fibrilares) • Ocorre o processamento (splicing) dos rRNAs • Toda a montagem do complexo ribossômico acontece no nucléolo �Região eletrodensa (não é heterocromatina) �Não apresenta membrana lipídica �Presença de genes que codificam para os RNAr e proteínas ribossômicas. Depende da fase do ciclo celular ....... e do tipo celular Outros subcompartimentos nucleares (DNA + proteínas + RNAs) �Corpúsculo de Cajal (Enzimas, RNA) �Grânulos de cromatina (speckles) Funções: Locais ativos de transcriçao de alguns genes Processamento de RNAs (splicing) Complexo do poro Nucleoplasmina (exemplo) Proteínas localizada no núcleo Possui em sua cauda uma seqüência de aminoácidos que indica para se direcionarem para o núcleo. NÃO! “Proteínas e RNAs podem sair para o citoplasma pelo mesmo complexo do poro que uma proteína que é importada pelo núcleo”. Entrou por uma porta, saiu pela outra? ATP x GTP Ran-GDP: tendência a entrar no núcleo Ran-GTP: tendência a sair no núcleo Ran-GEF: Troca GDP por GTP Ran-GAP: Retira um Pi do GTP, originando GDP. “Para formar GTP é necessário ter ATP”!SIM.... mas não era bem assim! Importinas x Exportinas (sempre associadas ao Ran- GDP/GTP) Importina Exportina Retículo Endoplasmático - Retículo Endoplasmático Rugoso (Granular) - Retículo Endoplasmático Liso (Agranular) Ocorrências: a) RE pequeno→ células embrionárias ou indiferenciadas. b) RER pouco diferenciado→ células não relacionadas à atividade protéica. c) RER desenvolvido→ células com ↑ síntese protéica. Ex.: célula pancreática→ produz ↑ enzimas. d) RE liso → ocorre no ápice das células do epitélio intestinal → absorção de gotículas de gorduras. e) RE Liso desenvolvido → células secretoras de esteróides. Ex.: células secretoras de hormônios do córtex da glândula supra-renal Polissomos/Polirribossomos→ Vários Ribossomos + RNAm a) Unidos à membrana (proteínas → RER) Ex.: células animais → secretam proteínas b) Livres no citoplasma (proteínas citoplasmáticas) Ex.: células com crescimento rápido - cancerosas - embrião - reticulócitos c) Unidos à membrana e livres no citoplasma Ex.: hepatócitos Constituição química das membranas do Retículo Endoplasmático Glicose-6-fosfatase Citocromo b5 e redutase Citocromo P450 NADPH-cit P450 redutasse Nucleosídeo difosfatase - Lipídeos - Proteínas estruturais - Enzimas: Citocromos e outras enzimas oxidativas (REL) Funções: RE Rugoso e Liso 1. Suporte mecânico - Associação com o sistema de microtúbulos e microfilamentos. 2. Gradientes iônicos e potenciais elétricos - Retículo sarcoplasmático (células musculares) 3. Fluidez da membrana - Síntese de fosfolipídios. 4. Armazenamento e estocagem (segregação) - O RE armazena e concentra substâncias provenientes do meio intra e extracelular. Ex: a segregação de enzimas pancreáticas (grânulos de zimogênio): Protrombina, Quimiotripsina, pepsina, tripsinogênio. 5. Transporte intracelular - A proteína sintetizada nas cisternas do RER é conduzida para o complexo de Golgi. 6. Síntese de proteínas - Ex.: célula pancreática → secreta enzimas digestivas. Biogênese do Retículo Endoplasmático “A origem do RE não é definitivamente conhecida”. Teorias: � RE → desenvolve-se pelas expansões do envoltório nuclear; � Divisão celular: fragmentos do RE + fragmentos do Envoltório Nuclear; Tem que existir previamente fragmentos da organela para sua biogênese! Retículo endoplasmático e a tolerância ao álcool O etanol, ou mesmo certas drogas, como sedativos, quando ingeridos em excesso ou com freqüência, induzem a proliferação do retículo liso e de suas enzimas. Isso aumenta a tolerância do organismo à droga, o que significa que doses cada vez mais altas são necessárias para que ela possa fazer efeito. Esse aumento de tolerância a uma substância pode trazer como conseqüência o aumento da tolerância a outras substâncias úteis ao organismo, como é o caso de antibióticos. 1 2 3 4Brotamento de vesícula de transporte Ribossomo Cadeia de açúcar Glicoproteína Vesícula transportadora de (glico-) proteína R.E. RUGOSO Polipeptídeo Retículo Endoplasmático Rugoso � A principal função do retículo endoplasmático rugoso é produzir e secretar proteínas destinadas à exportação ou para uso intracelular em organelas. �Outra função é a glicosilação inicial das glicoproteínas. Que tipo de proteínas são sintetizadas no retículo? • Proteínas da Membrana plasmática; • Complexo de Golgi (várias enzimas); • Proteínas específicas das demais organelas: mitocôndria, peroxissomos, lisossomos; • Proteínas que serão secretadas. Direcionamento da síntese de proteína para o RER 1. Os primeiros aminoácidos expostos fora do ribossomo apresentam uma seqüência de poucos aminoácidos (peptídio sinal). 1. Peptídio Sinal na proteína nascente; 2. A proteína SRP (Signal Recognition Particle) se liga a seqüência (peptídeo) sinal; 3. A membrana do RER possui um receptor para a SRP + peptídeo sinal; 4. A SRP interrompe a síntese protéica até que o ribossomo esteja acoplado ao translocon na membrana do RER; 5. Após o acoplamento, a síntese continua com o direcionamento da proteína nascente ao lúmen do retículo; 6. Após o término da síntese, o peptídeo sinal é cortado pela Peptidade sinal e todo o complexo é desfeito. Como uma proteína que está sendo sintetizada chega à luz do retículo? 1. O peptídeo sinal é rico em aminoácidos hidrofóbicos; 2. Conforme a proteína vai sendo sintetizada, o peptídeo sinalmantém a cadeia protéica ancorada à parte interna do translocon. 3. Após a síntese terminar, a Peptidase de Sinal corta o peptídeo sinal e a proteína fica livre no lúmen do RER para posteriormente sofrer o enovelamento e outras modificações. Como uma proteínas transmembrana atravessam a bicamada lipídica? 1. As proteínas transmembranas possuem seqüências ricas de aminoácidos hidrofóbicos. 2. Essa seqüência hidrofóbica impedirá que a cadeia crescente penetre integralmente através do translocon. 3. O peptídeo sinal será clivado e a proteína terá a parte citosólica e a parte dentro do RER. OBS: • O peptídeo sinal iniciará a transferência da síntese ao RER. • A seqüência hidrofóbica indicará a interrupção da transferência da cadeia nascente. E as proteínas transmembrana multipassos? 1. Essas proteínas apresentam mais de uma seqüência sinal e hidrofóbica (iniciação e interrupção), que se alternam na cadeia em crescimento. 2. O peptídeo sinal não se encontra na ponta da proteína. Tanto no lúmen do RE quanto presa a sua membrana, as proteínas terão de sofrer modificações para terem sua função definitiva, como dobramento da cadeia e adição de açúcares. Modificações da Cadeia de Polipeptídios no RER (Etapas de processamento na maturação de proteínas) a) Glicosilação → adição de glicídios → glicoproteínas (Inicia-se no RER e termina no Complexo de Golgi) b) Ligações dissulfídicas → essas ligações convertem o polipeptídeo linear em forma globular → impedindo sua saída do RER. R.E.Liso (REL) ou Agranular R.E.Rugoso (RER) ou Granular Retículo Endoplasmático Liso Funções do REL � Síntese de esteróides (células da glândula adrenal - Hormônios) � Conjugação, oxidação e metilação de proteínas (inativar certos hormônios e neutralizar substâncias nocivas e tóxicas) � Síntese de fosfolipídios para todas as membranas. � Participa da hidrólise do glicogênio, produzindo glicose para o metabolismo energético. � Acumula e libera íons cálcio nas células musculares estriadas (retículo sarcoplasmático). O retículo endoplasmático liso ou agranular é formado por sistemas de túbulos cilíndricos e sem ribossomos aderidos a membrana. O retículo liso e a síntese da bicamada lipídica • Todas as enzimas responsáveis por catalisar a síntese de fosfolipídios se localizam na membrana do retículo voltado para o citosol. • Inicialmente há um desequilíbrio entre as duas membranas Fosfatidilcolina: fosfolipídio sintetizado em maior quantidade pelo REL Síntese de Fosfolipídios 1. Dois ácido graxos são ligados a um glicerofosfato, produzindo um ácido fosfatídico no citoplasma através da enzima aciltransferase ligada a membrana do REL 2. Ocorre a inserção na cabeça polar de inositol, serina, colina, etanolamina etc. � A incorporação do COLESTEROL à membrana também ocorre no REL � Os fosfolipídios da membrana mitocondrial são incorporados através da proximidade entre as organelas e pela ação de distintas enzimas. Aproximação das membranas www.portaldasaulas.com.br Complexo de Golgi Vesículas do RE Vesículas brotando Complexo de Golgi Organização estrutural • Existe apenas 1 Complexo de Golgi por célula. • Formado por Lamelas (cisternas) não-contínuas. • Rede/Lamela Cis � rede/Lamela Trans Rede de comunicação entre as membranas em células eucarióticas Funções (4 principais) 1. Glicosilação as proteínas 2. Adicionar grupamentos sulfato a proteínas (proteoglicanas) 3. Armazenamento de proteínas e lipídios 4. Distribuição das macromoléculas provenientes do RE: � para membrana plasmática; � para vesículas de secreção; � para os lisossomos. Processamento (modificação pós- traducional) Glicosilação (adição de açúcares à proteínas e lipidios) 2 Tipos: • Glicosilação tipo N • Glicosilação tipo O Por que adicionar açúcar a proteínas? • Proteção contra proteases • Ajuda na conformação final da proteína. Glicosilação do tipo N Pré-montagem da árvore de açúcares fosfolipídio “Linha de montagem”: 1. A enzima acrescenta o primeiro açúcar 2. A próxima que coloca o açúcar seguinte reconhece o fosfolipídio + primeiro açúcar 3. A terceira enzima reconhece o fosfolipídio + primeiro + segundo açúcar 4. etc etc etc .... Onde na proteína é adicionada à árvore de açúcares? R: Na primeira ASPARAGINA da cadeia nascente no RER de uma vez só! ... e nas ASPARAGINAS seguintes ao longo da proteína. Se estiver tudo certo com a cadeia protéica e com as “árvores” glicídicas adicionadas, a glicoproteína poderá ir para o Complexo de Golgi. No Complexo de Golgi continua o processamento da glicoproteína Para que a proteína saia do RER, as 3 glicose terminais e 1 manose são retiradas (“controle de qualidade”). Todas as moléculas são armazenadas em vesículas que brotam do retículo em direção ao Complexo de Golgi. RER � GOLGI Golgi Glicosilação continua no Complexo de Golgi ..... RER Golgi A glicoproteína sairá da lamela cis por vesículas e levada até a lamela medial.... RER Golgi (lamela cis) Golgi (lamela medial) • Na lamela trans mais açúcares serão adicionados e até formar a “árvore” completa de açúcar. • Normalmente o último açúcar a ser adicionado é o Ácido siálico (NANA – N-acetil- neuramínico) “Na glicosilação do tipo O, todas as enzimas estão no Complexo de Golgi. A estrutura da árvore é um pouco diferente, mas os açúcares terminais são os mesmos”. Transporte de vesículas entre RE e Golgi (proteínas acessórias) Proteínas auxiliares no transporte e direcionamento das vesículas : COP-I e COP-II COP-I: Direciona as vesículas que contêm proteínas/glicoproteínas/lipídios para o RE. COP-II: Direciona as vesículas que contêm proteínas/glicoproteínas/lipídios para o Golgi. Transporte através do Golgi Compartimentalização funcional Resumo LISOSSOMOS LISOSSOMOS • Bolsas membranosas que contêm um conjunto de mais de 80 tipos de enzimas digestivas, capazes de digerir grande variedade de substâncias orgânicas. • Contém: nucleases (digerem DNA e RNA) Proteases (digerem proteínas); Fosfatases (removem fosfatos de fosfolipídios) Enzimas tem sua atividade em pH em torno de 5,0 (vesícula ácida) � FUNÇÃO HETEROFÁGICA Digerem material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose. � FUNÇÃO AUTOFÁGICA Digerindo partes desgastadas da própria célula. LISOSSOMOS Ciclo de ação dos lisossomos Por que os lisossomos não se autodigerem? � As proteínas de membrana voltadas para o lúmen são fortemente glicosiladas terminada em ácido siálico. � No lisossomo não encontramos a enzima SIALIDASE, capaz de retirar o ácido siálico da árvore glicídica das proteínas. .....portanto, elas não são degradadas!! � Artrite reumatóide Liberação de enzimas para o espaço extracelular, causando inflamações nas articulações. � Doença de Tay-Sachs Doença hereditária, ocorrendo o mal funcionamento de lisossomos de células nervosas Rede de comunicação entre as membranas em células eucarióticas
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