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- -1 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA I CAPÍTULO 3 - COMO REALIZAR A APURAÇÃO DE TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE A COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS? Douglas Almeida Lima - -2 Introdução As questões de ordem tributária atingem diretamente as entidades. As espécies tributárias são parte do ônus das entidades e fazem parte tanto da gestão de tributos e planejamento tributário, como da própria contabilidade tributária, visando sempre o atendimento às obrigações fiscais e à garantia do provimento de informações úteis ao usuário da informação. Quando falamos de tributos estamos falando de gênero tributário, ou seja, estamos falando de um conjunto de outros elementos. Em tributos temos impostos, taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. A incidência e competência, se da União, Estados ou Municípios, são reguladas por um Sistema Tributário Nacional rotulado como complexo por muitos autores da área. Contabilidade e tributos são indissociáveis, pois onde há patrimônio há tributos (IPTU, ITR, ITMD, IPVA), onde há receitas há tributos (ICMS, ISS, PIS, COFINS), na compra de mercadorias há tributos (ÌCMS, PIS, COFINS), no lucro há tributos (IRPJ e CSLL), na folha de pagamentos há tributos (INSS, PIS sobre folha), nas operações financeiras há tributos (IOF). Você se impressionou com a quantidade de siglas? Mas a quem devemos recolher cada um deles? Qual a base de incidência? Existe alguma forma de se pagar menos tributos de forma legal? Neste capítulo veremos apenas uma parte da incidência tributária. Veremos como os processos de compra e vendas de mercadorias afetam o trabalho da contabilidade, por meio de registros de tributos. Vamos nos aprofundar nesse conteúdo a partir de agora. 3.1 Contribuições e os Impostos – PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS – associados às compras e vendas de mercadorias, produtos e serviços Sobre a comercialização de mercadorias e prestação de serviços incidem diversos tributos. É necessário chamar a atenção a um fato: usamos o termo tributos e não impostos. Tributos, pois temos sobre o comércio de mercadorias e prestação de serviços a incidência de impostos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN ou ISS) e Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e contribuições: Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Veremos cada um desses tributos neste tópico. Acompanhe! 3.1.1 Sistema Tributário Nacional (STN) e os Princípios do Direito Tributário O Sistema Tributário Nacional é regulamentado pela Constituição Federal, pelo Código Tributário Nacional (CNT), por Instruções Normativas, Decretos e Leis complementares, além de diversas outras fontes secundárias que visam auxiliar o seu entendimento. Não é nosso objetivo aqui estudar o Sistema Tributário como um todo, mas precisamos compreender suas definições principais como forma de dar embasamento e relacionarmos o nosso aprendizado contábil à base jurídica. Precisamos, antes de tudo, definir o que é tributo. Neste sentido, o conceito de tributo está presente no art. 3 do Código Tributário Nacional de 1966 (BRASIL, 1966). Pêgas (2017) esmiúça a definição de tributo em etapas, como nos mostra o quadro a seguir: - -3 Quadro 1 - Explicação do conceito de tributo. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em PÊGAS, 2017. Assim como na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), o Código Tributário Nacional (CTN) segue princípios que regem todo o complexo de normas tributárias, como vemos a seguir. • Princípio da legalidade. • Princípio da irretroatividade tributária. • Princípio da anterioridade. • Princípio da isonomia tributária. • Princípio da competência tributária. • Princípio da capacidade contributiva. Todos esses princípios constituem a base das fontes do Direito Tributário e interferem diretamente no trabalho contábil, por isso a importância em conhecê-los, como veremos. 3.1.2 Gênero e espécie tributária Quando falamos em gênero e espécie de tributária estamos falando da especificidade dos tributos. Ao falarmos tributos estamos agregando em uma única definição diversas espécies tributárias, por exemplo, impostos, taxas e contribuições. Sendo assim, ao falarmos de gênero, nos referimos aos tributos como um todo. Ao falar de espécies tributárias estamos nos referindo a uma classificação mais precisa do tributo. Como isso afeta a contabilidade? Lembre-se de que, na contabilidade, o nome das contas deve representar exatamente aquilo a que se propõe • • • • • • VOCÊ QUER LER? O Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966) dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Nele é possível encontrar todos os princípios norteadores da matéria tributária, incluindo as limitações ao poder do Estado de tributar. Acesse-o aqui: < >.https://goo.gl/ZpP1 https://goo.gl/ZpP1 - -4 Lembre-se de que, na contabilidade, o nome das contas deve representar exatamente aquilo a que se propõe apresentar. Isso significa que não podemos ter uma conta chamada “impostos a pagar” e nela ter valores referentes a COFINS, por exemplo, pois já vimos se tratar de contribuição. Assim compreendida a diferença entre gênero e espécie tributária, passaremos a nos aprofundar agora na competência tributária. 3.1.3 Competência Tributária A competência tributária está intrinsecamente ligada ao poder de tributar pelos entes políticos. Essa limitação é definida pela Constituição Federal (BRASIL, 1988) e é segregada entre União, Estados e Municípios. Veja abaixo a competência tributária para os impostos. • União (7 impostos) – IR, IPI, II, IOF, ITR, IE e IGF (este último ainda não está regulamentado em lei). • Estados (3 impostos) – ICMS, ITD e IPVA. • Municípios (3 impostos) – ISS, ITBI e IPTU. Neste sentido, ter o conhecimento da competência tributária de cada ente político é fundamental para o exercício das atividades contábil-tributárias. Nos aprofundaremos ainda mais nesse mundo a partir do próximo tópico. Acompanhe. 3.2 Sistemas de cumulatividade e não cumulatividade de impostos e contribuições sobre vendas, serviços e produtos industrializados A reforma tributária de que tanto se fala tem como premissa a simplificação da legislação, permitindo a compreensão do que se está pagando de tributo. É muito comum ouvirmos empresários se queixando da quantidade de tributos que são pagos na venda de mercadorias e serviços, tributos estes que também incidiram sobre a compra dessas mesmas mercadorias quando adquiridas do fornecedor. E não é para menos! Estamos falando de IPI, ICMS, ISS, PIS e COFINS, enfim, os tributos são muitos. Esses tributos são pagos por quem? Será mesmo que toda essa carga tributária é paga pelo empresário? Existe mesmo a cobrança duplicada de impostos? Paguei imposto quando comprei e terei de pagar tudo de novo e mais um pouco quando vender? VOCÊ QUER VER? Os intocáveis (1987), dirigido por Brian de Palma, revela a história de como a sonegação de tributos levou à prisão de um dos maiores criminosos da história dos EUA. A história se passa na cidade de Chicago dos anos 1930 e revela histórias de crime e corrupção de um reinado instaurado por Al Capone. • • • - -5 Figura 1 - Seja comprador ou vendedor, nas operações de compra e venda de mercadorias, os tributos estão presentes. Conhecê-los e registrá-los de forma adequada faz parte das atividades contábeis. Fonte: Shutterstock, 2018. Você terá todas as suas respostas neste tópico, quando explicaremos os sistemas de cumulatividade e não cumulatividade de tributos, além de compreender quem é o sujeito ativo e passivo na tributação. 3.2.1 Princípio da não cumulatividade de tributos A não cumulatividade de tributos existe para garantir que a tributação seja feita apenas sobre o valor agregado dos produtos, evitando assim que o contribuinte, de fato, seja onerado por uma tributação dupla. Veja o exemplo a seguir. A empresa comercial GBHMóveis compra móveis da fábrica e os revende no varejo. Um de seus produtos de maior sucesso de vendas é um sofá de 2 e 3 lugares que é vendido por R$ 1.200,00, com incidência de 18% de ICMS. Esse produto é comprado diretamente da fábrica, onde a empresa o adquire por R$ 800,00 e neste valor está incluído o ICMS no valor de R$ 144,00. Desconsidere aqui a incidência de IPI. Neste caso, na venda do produto, há a incidência de R$ 216,00 referentes aos 18% de ICMS, mas note que a empresa já havia pago ICMS na compra do produto, no valor de R$ 144,00. O ICMS é um imposto cobrado sobre o valor agregado diretamente no preço de venda, pago efetivamente pelo consumidor final. De fato, no momento da venda, o valor do ICMS será de R$ 216,00, porém, no pagamento do tributo, a empresa realizará uma compensação, recolhendo, assim, apenas o tributo referente à diferença de valores. Entre o valor de compra, que foi de R$ 800,00, e o valor cobrado do consumidor final, temos uma diferença de R$ - -6 Entre o valor de compra, que foi de R$ 800,00, e o valor cobrado do consumidor final, temos uma diferença de R$ 400,00. Estes R$ 400,00 representam o valor agregado ao produto, sendo assim, devem incidir apenas 18% sobre o valor de R$ 400,00, resultando em um ICMS a pagar no valor de R$ 72,00. Podemos obter o mesmo resultado através da subtração, entre o imposto incidente sobre a venda e o imposto incidido sobre a compra. Vejamos: Imposto sobre a venda - Imposto a recuperar = Imposto a recolher 216,00 - 144,00 = R$ 72,00 Pêgas (2017, p. 168) complementa que “o Princípio da não cumulatividade tem por objetivo evitar o ‘efeito cascata’ do tributo, isto é, que ele venha a onerar cada etapa do processo econômico, onerando demasiadamente o consumidor final, a rigor, o verdadeiro contribuinte do imposto.” Sendo assim, é incorreto afirmar que pagamos impostos na compra e na venda. O correto seria: pagamos tributos na compra e na venda cobramos do consumidor o valor total do tributo e compensamos com os valores já pagos na compra. Isso acontece porque o contribuinte, de fato, é o consumidor final e não a empresa vendedora. Veja alguns exemplos no quadro abaixo: Quadro 2 - O contribuinte, de fato, é o sujeito passivo da obrigação de pagar o tributo, já o contribuinte responsável é aquele incumbido de fazer o recolhimento dos tributos aos entes políticos. Fonte: PÊGAS, 2017, p. 34. Desse modo, podemos compreender que quando uma entidade paga um tributo ela pode estar agindo como arrecadadora do estado, repassando o valor do tributo pago pelo contribuinte de fato. 3.2.2 Formas de tributação no Brasil No Brasil, as entidades podem aderir às formas de tributação de acordo com o enquadramento das suas atividades e limites de faturamento. É importante compreender que a forma de tributação escolhida pela empresa pode alterar completamente a forma como realizamos sua contabilização, assim como as alíquotas e possibilidade de recuperação do tributo já pago na compra de produtos. As entidades podem optar pela apuração de tributos pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional. A forma de tributação influencia a forma como contabilizaremos o custo de mercadorias na aquisição. Isso ocorre porque uma empresa optante do Simples Nacional, por exemplo, não poderá aproveitar-se da não cumulatividade de impostos, ou seja, ela é uma exceção à regra, paga tributos na aquisição e paga tributos na venda também. A impossibilidade de aproveitamento dos tributos já pagos se dá pela simplificação dos tributos que esse tipo de empresa possui na venda dos produtos. A tributação de uma empresa do Simples Nacional ocorre de forma diferenciada. O valor dos tributos pagos é calculado com base em uma alíquota única, que compreende IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, Contribuição Previdenciária Patronal e ICMS. As alíquotas de tributação são definidas com base no faturamento anual da empresa disponível no Anexo I da Lei 123/2006 (BRASIL, 2006). - -7 Quadro 3 - Anexo I do Simples Nacional apresentando as alíquotas por faixa de faturamento para empresas comerciais. Fonte: BRASIL, 2006. Perceba que temos uma alíquota única para todos os tributos. A discriminação que indica o destino do dinheiro para cada ente político também é encontrada na mesma lei. Se pegarmos a alíquota de 4%, referente a primeira faixa de faturamento, temos que destes 4% um total de 34% refere-se ao ICMS. Ou seja, a alíquota de ICMS cobrada de empresas optantes pelo Simples Nacional, que exercem atividades comerciais e estejam na primeira faixa de faturamento, é de 34% x 4% = 1,36%. Quadro 4 - Repartição dos tributos das empresas comerciais optantes pelo Simples Nacional. Fonte: BRASIL, 2006. Ora, se uma empresa optante pelo Simples Nacional adquire mercadorias com ICMS de 18% e os revende com ICMS menor que 2%, ela se aproveitaria de créditos tributários, ou seja, receberia de volta praticamente todo o ICMS pago na aquisição. Veja um exemplo prático por meio do qual podemos dimensionar o impacto disso. A padaria Nossa Senhora, uma microempresa optante pelo Simples Nacional, adquire mercadorias para revenda em sua loja. Na nota fiscal (NF) de compra o valor total dos produtos registra R$ 800,00 e embutidos neste valor estão R$ 144,00 referentes ao ICMS. Suponha que estas mesmas mercadorias sejam vendidas por R$ 1.000 e que sobre essa venda a empresa tenha uma alíquota de 4% sobre seu faturamento. Neste caso, como a empresa é optante pelo Simples Nacional, ela não poderá se beneficiar da não cumulatividade do ICMS, devendo recolher normalmente o tributo incidente sobre a venda. Isso acontece porque, como já discutimos antes, caso fosse se aproveitar da não cumulatividade de ICMS, a empresa teria direito a receber tributos ao invés de pagá-los. - -8 Vejamos um comparativo de como seria com o aproveitamento de tributos e sem o aproveitamento dos tributos: Quadro 5 - Comparativo de apuração do ICMS sobre vendas em empresas optantes e não optantes pelo Simples Nacional. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. No próximo tópico daremos continuidade ao processo de aprendizagem sobre tributos e sua relação com a contabilidade. Você passará a compreender onde as contas de tributos se localizam no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). VOCÊ O CONHECE? Paulo Henrique Pêgas é professor, contador e autor de diversos livros na área tributária. Há mais de 30 anos atua como Contador Tributarista de diversas empresas do setor financeiro. Atualmente, Pêgas é Chefe do Departamento de Tributos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e professor titular da disciplina de Contabilidade e Planejamento Tributário em uma instituição carioca. - -9 3.3 Evidenciação na DRE e no BP sobre as contas contábeis que envolvem não cumulatividade de impostos e contribuições Os registros contábeis de tributos ocorrem, inicialmente, na DRE por meio do reconhecimento de tributos sobre vendas ou então tributos sobre o lucro, mas e quando esses valores são transferidos para o Balanço Patrimonial? Neste tópico, entenderemos onde são registrados no BP e na DRE os valores de tributos. 3.3.1 Tributos no Balanço Patrimonial Os tributos a recuperar são aqueles sujeitos a não cumulatividade. No momento do registro de uma compra de mercadorias, em que há a incidência de ICMS, por exemplo, com o direito de lançamento de crédito tributário, temos o registro de uma conta chamada “ICMS a recuperar”. Vejamos agora onde esta conta deve ser registrada de fato: Figura 2 - Balanço patrimonial ilustrando a localização das contas de tributos a recolher e tributos a recuperar. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Na apresentação deste Balanço Patrimonial, as contas foram apresentadas sobre a rubrica de Tributos a recuperar e Tributos a recolher. Ambas compreendem todos os impostos, taxas e contribuições que possam incidir sobre as operações da empresa. Na realização do pagamento dos tributos realizamos a compensação entre tributos a recolher e tributos a compensar. O registrocontábil deve ser feito da seguinte forma: histórico: Recolhimento de tributos; débito: tributos a recolher; a Crédito de: tributos a recuperar; - -10 a Crédito de: tributos a recuperar; a Crédito de: disponível. Caso o saldo da conta de tributos a recuperar não seja suficiente para o pagamento dos tributos, realizamos então a retirada de dinheiro das contas do Disponível da entidade. Os tributos que impactam o patrimônio das entidades como um passivo, ou seja, uma obrigação, podem decorrer do resultado da empresa. É o caso de tributos incidentes sobre o lucro e tributos incidentes sobre o faturamento. A seguir, você será apresentado aos tributos na Demonstração do Resultado do Exercício. Acompanhe! 3.3.2 Tributos na DRE Ao realizarmos a apuração do resultado do exercício e elaboração da DRE, devemos ter em mente que nela teremos a apresentação de tributos sobre o faturamento da empresa e tributos sobre o lucro. Em sua estrutura podemos identificar que os tributos sobre o faturamento são colocados dentro do grupamento de Deduções da Receita. Vejamos o exemplo na estrutura de DRE abaixo que apresenta o cálculo da Receita operacional líquida: Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita bruta (-) IPI faturado (-) ICMS sobre vendas (-) Imposto sobre a prestação de serviços (=) Receita Operacional Líquida Agora que você já compreende onde as contas de tributos aparecem na DRE e no Balanço Patrimonial, aprofundaremos mais os nossos estudos e passaremos a realizar a contabilização dos tributos nas operações de compra e venda de mercadorias. 3.4 Escrituração entre operações com mercadorias, custo das mercadorias vendidas Todos os fatos que envolvem operações com mercadorias, como compra e venda de mercadorias, exige da contabilidade o controle, a mensuração e o registro de todas essas modificações. As principais questões que envolvem o registro dessas operações são a entrada de mercadorias, o reconhecimento de tributos a recuperar e a fonte do recurso que permitiu à entidade a compra da mercadoria. Já na venda das mercadorias, a contabilidade deve observar os tributos incidentes sobre a venda, o registro do custo da mercadoria vendida, que impactará o resultado, a saída do estoque de mercadorias e o registro VOCÊ SABIA? O reconhecimento de receitas passou por grandes mudanças com o CPC 47 (CPC, 2016), porém a contabilidade precisa atender tanto a aspectos contábeis quanto tributários, realizando o registro da receita de acordo com o determinado pelo CPC 47, mas também observando o cumprimento de obrigações tributárias conforme Instrução Normativa 1.753 (BRASIL, 2017a) e 1.771 (BRASIL, 2017b) da Receita Federal do Brasil. Fonte: Receita Federal do Brasil, 2017. - -11 custo da mercadoria vendida, que impactará o resultado, a saída do estoque de mercadorias e o registro adequado da receita. Veremos os requisitos para a realização destes registros neste tópico. 3.4.1 Contabilização de tributos na aquisição de mercadorias Como vimos, a incidência de tributos ocorre tanto na compra como também na venda de produtos. Essa incidência de tributos é registrada pela contabilidade e o registro correto dessas informações servem tanto ao cumprimento de uma obrigação acessória, como também ao gerenciamento de informações tributárias para evitar a oneração da carga tributária da empresa. Neste tópico nos ateremos ao cumprimento das obrigações fiscais pertinentes ao registro de tributos na compra de mercadorias. Segundo o CPC 16 (CPC, 2009), os valores de tributos não recuperáveis devem ser embutidos dentro do valor do estoque de mercadorias. Mas e os tributos recuperáveis? Aqueles tributos que são recuperados por meio da compensação no momento da venda precisam ser reconhecidos no Balanço Patrimonial da entidade, afinal, representam valores que a empresa tem o direito de reaver. Antes de vermos sua presença no Balanço Patrimonial, veremos sua contabilização. Veja no exemplo a seguir. Resolução do problema do Caso Antes de realizarmos o registro, analise as informações, veja quais destes valores devem fazer parte do custo real da Cia. São Joaquim, analise também os tributos que incidiram sobre a compra e os tributos que incidirão sobre a venda dessas mercadorias. Ao comprar um produto industrializado para poder revendê-lo ao consumidor final, no varejo, a Cia. São Joaquim arcou com o valor de R$ 100,00 referentes ao IPI, mas quando a Cia. for realizar a venda dessa mercadoria terá a incidência apenas de ICMS. Mas e o IPI? O IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, é um tributo que tem como contribuinte responsável as empresas industriais e como contribuinte, de fato, o consumidor daquela mercadoria. Como vimos, a Cia. São Joaquim é uma empresa comercial, então, ela não é contribuinte do IPI. Desse modo, ela CASO A Cia. São Joaquim é uma empresa comercial e não optante pelo Simples Nacional. Em uma determinada operação de compra de mercadorias, realizada à vista, com o objetivo de revenda, ela recebe Nota Fiscal do fornecedor Indústrias ABC, de onde podemos extrair as informações apresentadas abaixo. Para simplificação do exemplo, considere a incidência de ICMS e IPI. Informações extraídas da Nota Fiscal de Compra Valor total dos produtos no valor de R$ 2.000,00; ICMS embutido no valor dos produtos no valor de R$ 360,00; IPI no valor de R$ 100,00; Frete sobre compras (por conta do comprador) no valor de R$ 50,00; Seguro (por conta do comprador) no valor de R$ 15,00. A alíquota de ICMS é de 18% sobre o valor de venda embutidos no valor total dos produtos e a de IPI é de 5% sobre o valor total dos produtos. No ato da compra, a Cia. São Joaquim acorda o pagamento do frete e realiza a contratação de um seguro para a entrega da mercadoria. Diante dessas informações, qual seria o valor registrado pela contabilidade? Como se dariam esses registros? - -12 Como vimos, a Cia. São Joaquim é uma empresa comercial, então, ela não é contribuinte do IPI. Desse modo, ela deverá considerar os valores pagos de IPI como parte do custo de aquisição da mercadoria. No entanto, o ICMS que foi cobrado na compra deverá ser compensado contra os valores de ICMS a pagar ocasionados pela venda de mercadorias. Gelbke et al. (2018, p. 79) complementam afirmando que “o ICMS é um imposto diferencial, isto é, provoca um valor a recolher que é calculado pelo valor obtido pela diferença entre os preços de venda e de compra dos itens.” Porém, ainda segundo os autores, “a sistemática fiscal de recolhimento permite que o imposto sobre as compras de um período seja recuperado em função das vendas no mesmo período, mesmo que as mercadorias vendidas não sejam as mesmas que foram compradas nesse período” (GELBCK et al., 2018, p. 79). Obedecendo às premissas do CPC 16 (CPC, 2009) e da NBC TG 16 R2 (CFC, 2017), um tributo que pode ser recuperado não pode fazer parte do custo do estoque. O registro de compra dessas mercadorias seria feito da seguinte forma: histórico: aquisição de mercadorias para revenda; débito: estoque de Mercadorias para revenda no valor de R$ 1.805,00; débito: ICMS a recuperar no valor de R$ 360,00; a Crédito de: disponível no valor de R$ 2.165,00. Note que ao realizarmos o lançamento em conta de estoque, subtraímos do valor total de R$ 2.165,00 referentes à compra, o valor de R$ 360,00 de ICMS, mas mantivemos frete e seguros pagos pela compra e ainda o valor de IPI, uma vez que, como vimos, ele não é recuperável por uma empresa comercial. Talvez a conta que possa chamar a atenção neste momento é a conta do ICMS a recuperar. Esta é uma conta de Ativo Circulante, tem natureza devedora e seu saldo é utilizado na compensação do ICMS a pagar. Vamos supor agora outra situação. Suponha que a Cia. São Joaquim seja uma empresa industrial e que a mercadoria comprada não seja para revenda, mas sim para utilização em seu processo produtivo. Ou seja, a mercadoria comprada será utilizada como matéria-prima na fabricação de outro produto. Neste caso, por se tratar de uma empresaindustrial, sobre a venda incidirão ICMS e IPI. Entra em ação, então, a recuperação de IPI, pois a Cia. São Joaquim não será a contribuinte, de fato, do IPI e, sim, o consumidor final. Se usarmos os mesmos valores dados no caso anterior, teremos os seguintes registros contábeis: histórico: aquisição de matérias-primas para fabricação de produtos; débito: estoque de Mercadorias para revenda no valor de R$ 1.705,00; débito: IPI a recuperar no valor de R$ 100,00; débito: ICMS a recuperar no valor de R$ 360,00; a Crédito de: disponível no valor de R$ 2.165,00. Observe que, diferente do registro contábil realizado em empresa comercial, neste registro o IPI, assim como o valor de ICMS, aparece como valor a recuperar. Podemos usar a mesma interpretação dada ao ICMS a recuperar. Os valores de IPI a recuperar representam direitos que a empresa possui, os chamados créditos tributários. Esses créditos tributários serão compensados contra os valores de impostos a pagar. Desta forma, assim como na compra de mercadorias, precisamos registrar os tributos sobre a venda. Na contabilização de tributos sobre a venda de mercadorias e serviços cabe destacar, de forma antecipada, que ao falarmos de tributos sobre venda estamos falando de ICMS, IPI e ISS. Veremos a contabilização desses tributos a seguir. 3.4.2 Contabilização de tributos sobre a venda de mercadorias e serviços Trabalharemos agora com foco em basicamente três tributos: IPI, ICMS e ISS. Os três são impostos cobrados sobre a venda de mercadorias e serviços, porém, cada um tem uma hipótese de incidência diferente do outro. A hipótese de incidência é fundamental para o exercício contábil adequado à legislação e o correto cumprimento das obrigações acessórias. - -13 O art. 2º, do Decreto n. 7.212/2010 (BRASIL, 2010), define que o IPI incide sobre produtos industrializados nacionais e estrangeiros. O ICMS, ao contrário do que se pensa no senso comum, não incide apenas sobre a comercialização de mercadorias, uma vez que sua base de incidência está definida no art. 2º da Lei Complementar nº 87/96, a Lei Kandir, que determina: sua incidência sobre operações relativas à circulação de mercadorias, prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, prestações onerosas de serviços de comunicação, fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios e fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios. (BRASIL, 1996) Há ainda na mesma lei outras hipóteses de incidência que se referem às mercadorias que vêm do exterior ou aos serviços que são prestados no exterior. VOCÊ SABIA? Segundo Raicoski (2017), o Brasil edita cerca de 800 normas por dia, somando 5,4 milhões desde a Constituição Federal de 1988. Dentre as normas editadas, mais de 350.000 delas se referem à matérias tributárias. O número de normas surpreende e não é para menos. Isso indica mais de 1,88 normas tributárias por hora em um dia útil. - -14 Figura 3 - ICMS incide tanto sobre a circulação de mercadorias no Brasil, como sobre a entrada de mercadorias advindas do exterior. Fonte: Shutterstock, 2018. O ICMS talvez seja o tributo com regulamento mais complexo do Sistema Tributário Nacional, pois apesar de ser regulado por lei válida em todo o território brasileiro, cada Estado pode definir o seu próprio regulamento de ICMS. Pêgas (2017, p. 9) esclarece que “o ICMS possui uma Lei Complementar com 36 artigos apresentando sua diretriz básica. Mas existem 27 legislações específicas, uma em cada unidade da Federação.” Na prática isso significa que o estado de São Paulo, por exemplo, emite um regulamento de ICMS baseado na Lei Complementar, mas se estamos lidando com operações de mercadorias no estado de Pernambuco devemos observar o seu regulamento próprio. Restando apenas o esclarecimento do ISS, ressaltamos que este tributo tem como base de incidência os serviços prestados constantes na Lei Complementar n. 116/2003 (BRASIL, 2003). Vele lembrar que este tributo é de competência dos Municípios e do Distrito Federal. - -15 Compreendida a diferença entre esses três tributos, vejamos sua contabilização e cada caso separadamente. Exemplo 1 Empresa Comercial Suponha que uma empresa comercialize produtos que estão sujeitos à incidência de 18% de ICMS. Em determinado período ela realizou um total de vendas à vista que somaram R$ 200.000,00, mercadorias que lhe custaram R$ 120.000. Desse modo, o valor de ICMS será de 200.000 x 18% = R$ 36.000. A contabilização deste fato ocorre da seguinte forma: histórico: venda de mercadorias; débito: disponível no valor de R$ 200.000,00; a Crédito de: Receita de vendas no valor de R$ 200.000,00. Este é o lançamento necessário ao reconhecimento da receita de venda. Reconhecemos a entrada de dinheiro no Disponível da empresa e, em contrapartida, uma receita de vendas. A primeira conta é uma conta de ativo e a segunda uma conta de resultado. Também se faz necessário reconhecer os custos com a mercadoria vendida: histórico: custos das mercadorias vendidas; débito: custo da mercadoria vendida no valor de R$ 120.000,00; a Crédito de: estoque de Mercadorias no valor de R$ 120.000,00. Note que ainda não reconhecemos os valores de tributos incidentes sobre a venda. Veja o seu registro contábil: histórico: apuração de ICMS sobre vendas; débito: ICMS sobre vendas no valor de R$ 36.000,00; a Crédito de: ICMS a recolher no valor de R$ 36.000,00. Os valores de ICMS sobre vendas são aqueles que aparecem na DRE da empresa, já os valores de ICMS a recolher são aqueles que aparecerão no Balanço Patrimonial da entidade. Se considerarmos apenas as informações de receitas e o custo da mercadoria vendida podemos montar parcialmente uma DRE, até seu Resultado Operacional Bruto. Veja: Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta no valor de R$ 200.000,00; (-) Deduções da Receita bruta no valor de R$ (36.000,00); (-) ICMS sobre vendas no valor de R$ (36.000,00); (=) Receita Operacional Líquida no valor de R$ 164.000,00; (-) Custo da mercadoria vendida no valor de (R$ 120.000,00); (=) Resultado Operacional bruto no valor de R$ 44.000,00. Note que aprofundamos nossos conhecimentos em registro de vendas de mercadoria. Agora temos mais um elemento em nossa DRE: as Deduções da Receita Bruta. Os tributos sobre venda representam apenas uma parcela das deduções da receita bruta. Exemplo 2 Empresa prestadora de serviços Em uma empresa prestadora de serviços há a incidência de ICMS. Considere para este exemplo uma empresa VOCÊ QUER LER? Em 2018, a contabilidade foi tomada por uma mudança que gerou dúvidas não apenas de âmbito contábil, mas também fiscal e trouxe insegurança jurídica. O CPC 47 (CPC, 2006) muda a forma como as receitas de contratos com os clientes devem ser reconhecidas. Saiba mais em: < >.https://goo.gl/KVu7ZV https://goo.gl/KVu7ZV - -16 Em uma empresa prestadora de serviços há a incidência de ICMS. Considere para este exemplo uma empresa prestadora de serviços de locação de equipamentos para . A alíquota de ISS do município é de 5%. Ashows prestação de serviço foi acordada pelo valor total de R$ 8.000 para pagamento à vista, no entanto, a empresa prestadora do serviço tem gastos com insumos utilizados na prestação do serviço conforme informações a seguir: Descrição do gasto / Valor em R$ Papel picado para chuva de prata no valor de R$ 150,00; Gelo seco no valor de R$ 200,00; Outros materiais no valor de R$ 250,00; Total de gastos no valor de R$ 600,00. Diante dessas informações, podemos elaborar os registros contábeis destes fatos: histórico: Receita de prestação de serviços; débito: disponível no valor de R$ 8.000,00; a Crédito de: receita de prestação de serviços no valor de R$ 8.000,00. Observe que ao realizarmos este lançamento o fazemos utilizando uma nomenclatura diferente, adequada às atividades de prestação de serviços. Devemos também registrar o custo do serviço prestado, assim uma empresa comercialrealiza o registro do Custo da Mercadoria vendida: histórico: custos dos serviços prestados; débito: custo dos serviços prestados no valor de R$ 600,00; a Crédito de: estoque de Materiais de uso no valor de R$ 600,00. Note que a terminologia adotada também deve ser diferente, pois cada conta deve representar fidedignamente os valores a que se propõe representar. Se estamos falando de serviços prestados, devemos adotar uma nomenclatura que represente esta atividade (PADOVEZE, 2017). Por fim, devemos ainda registrar a apuração dos tributos sobre a prestação de serviços: histórico: apuração de ISS sobre prestação de serviços; débito: ISS sobre prestação de serviços no valor de R$ 400,00; a Crédito de: ISS a recolher no valor de R$ 400,00. Com o encerramento do exercício, considerando que este foi o único serviço prestado, podemos realizar a apuração do resultado apresentando uma DRE. Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta no valor de R$ 8.000,00; (-) Deduções da Receita bruta no valor de (R$ 400,00); (-) ISS sobre vendas no valor de (R$ 400,00); (=) Receita Operacional Líquida no valor de R$ 7.600,00; (-) Custo do serviço prestado no valor de (R$ 600,00); (=) Resultado Operacional bruto no valor de R$ 7.000,00. Finalizando o nosso tópico, realizaremos a seguir a contabilização de tributos incidentes sobre as vendas de mercadoria por uma empresa industrial, acompanhe. Exemplo 3 Empresa industrial Em operações de vendas de mercadorias fabricadas por uma empresa industrial temos a possibilidade de incidência de dois impostos: ICMS e IPI. Para este exemplo, considere uma alíquota de 18% e de 5%, respectivamente. Diferentemente do ISS e do ICMS, o IPI é um tributo que não está embutido no valor de venda dos produtos. Seu cálculo é feito por fora do valor do produto e aparece destacado na Nota Fiscal. Por exemplo, em uma venda de R$ 100,00 teremos embutidos neste valor R$ 18,00 referentes ao ICMS e, além deste, R$ 5,00 referentes ao IPI. Nesta situação, o valor total da Nota Fiscal seria o de R$ 105,00. Vejamos a contabilização desse exemplo na prática. Suponha que o Custo deste produto vendido tenha sido de R$ 60,00: histórico: receita de venda de produtos; débito: disponível no valor de R$ 105,00; - -17 débito: disponível no valor de R$ 105,00; a Crédito de: receita de venda no valor de R$ 105,00. Note que, realizando o registro dessa forma, estamos reconhecendo uma receita de R$ 105,00, no entanto, apresentaremos outra forma de contabilização desse valor de IPI: histórico: reconhecimento de IPI faturado; débito: IPI faturado no valor de R$ 5,00; a Crédito de: IPI a Recolher no valor de R$ 5,00. Reconhecido o valor de IPI temos uma conta de resultado, representando uma dedução da receita operacional bruta, o IPI faturado e uma conta de Passivo, representando a obrigação da empresa em realizar o recolhimento deste tributo, o IPI a recolher. Além disso, também precisamos realizar o registro do ICMS. Note que o lançamento é o mesmo realizado nas situações de empresas comerciais: histórico: ICMS sobre vendas; débito: ICMS sobre vendas no valor de R$ 18,00; a Crédito de: ICMS a Recolher no valor de R$ 18,00. Também precisamos registrar o custo do produto vendido. O lançamento contábil deste fato é muito semelhante ao registro do custo da mercadoria vendida. A única diferença está na nomenclatura utilizada, mais uma vez. Temos aqui o termo produto em substituição à mercadoria e estoque de produtos acabados ao invés de estoque de mercadorias para revenda. Isso acontece porque estamos falando de uma entidade industrial, que fabrica seus produtos (MARTINS, 2010): histórico: custos do produto vendido; débito: custo do produto vendido no valor de R$ 60,00; a Crédito de: Estoque de Produtos acabados no valor de R$ 60,00. Desta forma, com estas informações podemos apresentar parcialmente a nossa DRE: Demonstração do Resultado do Exercício Receita Operacional Bruta no valor de R$ 105,00; (-) Deduções da Receita bruta no valor de (R$ 23,00); (-) IPI faturado no valor de (R$ 5,00); (-) ICMS sobre vendas no valor de (R$ 18,00); (=) Receita Operacional Líquida no valor de R$ 88,00; (-) Custo do produto vendido no valor de (R$ 60,00); (=) Resultado Operacional bruto no valor de R$ 28,00. Síntese Neste capítulo aprofundamos os nossos conhecimentos sobre a dinâmica patrimonial por meio do registro de tributos incidentes sobre a compra e venda de mercadorias. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • classificar um conjunto de espécies tributárias, como impostos, taxas e contribuições, por exemplo; • distinguir os tributos por meio da competência de União, Estados e Munícipios na competência de tributar; • calcular os valores de tributos recuperáveis de IPI e ICMS, pois estes estão sujeito ao regime de não cumulatividade, ou seja, devem ser registrados como impostos a recuperar e compensados com os impostos a pagar; • reconhecer as operações de compras de mercadorias pelo custo de aquisição, conforme preconiza o CPC 16; • listar diferentes formas de tributação no Brasil; • reconhecer que a opção pelo Simples Nacional impede que as empresas se aproveitem de créditos • • • • • • - -18 • reconhecer que a opção pelo Simples Nacional impede que as empresas se aproveitem de créditos tributários; • examinar o custo de aquisição e aplicar o conhecimento contábil na contabilização de compras de mercadorias que envolvem gastos com frete, seguro, tributos não recuperáveis etc.; • apontar a localização dos tributos tanto na DRE, como no Balanço Patrimonial; • reconhecer, na contabilização de compras de mercadorias, os valores de impostos a recuperar são registrados de forma separada dos valores de estoques; • calcular impostos sobre a prestação de serviços (ISS), sobre a circulação de mercadorias (ICMS) e sobre a venda de produtos industrializados incide (IPI). Bibliografia ADORO CINEMA. , 1987 Sinopse e detalhes, [201-?]. Disponível em: <Os intocáveis . http://www.adorocinema. >. Acesso: 14/06/2018.com/filmes/filme-2770/ BRASIL. . Código Tributário Nacional. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília, 1996. Disponível em: <https://goo.gl/ZpP1>. Acesso em: 14/06/2018. ______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <https://goo.gl /HwJ1Q>. Acesso: 14/06/2018. ______. Lei Complementar n. 87, de 13 de setembro de 1996. Lei Kandir. Brasília, 1996. Disponível em: < https://goo.gl/wcB1J3>. Acesso em: 14/06/2018. ______. Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências. Brasília, 2003. Disponível em: <https://goo.gl/fJCe>. 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Acesso em: 16/05/2018.https://goo.gl/MwxbFi ______. - Receita de Contrato com Cliente, 2016. Disponível em: <Pronunciamento Técnico CPC 47 https://goo.gl >. Acesso em: 16/05/2018./Nq6THhCFC - CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. ______. 2017. Disponível em: <NBC TG 16 (R2), https://goo.gl >. Acesso em: 16/05/2018./24oY8m GELBCKE, E. R. et al. aplicável a todas as sociedades de acordo com asManual de Contabilidade Societária: normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2018. KPMG. Disponível em: < >. Acesso: 16/05Mudanças em Receitas de Contratos, 2016. https://goo.gl/KVu7ZV /2018. MARTINS, E. São Paulo: Atlas, 2010.Contabilidade de Custos. PADOVEZE, C. L. São Paulo: Atlas, 2017.Manual de Contabilidade Básica. PÊGAS, P. H. São Paulo: Atlas, 2017.Manual de Contabilidade Tributária. RAICOSKI, B. Brasil edita cerca de 800 normas por dia, somando 5,4 milhões desde a Constituição de 1988. 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Acesso:– Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, 2017. https://goo.gl/R1GJEn 14/06/2018. https://goo.gl/R1GJEn Introdução 3.1 Contribuições e os Impostos – PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS – associados às compras e vendas de mercadorias, produtos e serviços 3.1.1 Sistema Tributário Nacional (STN) e os Princípios do Direito Tributário 3.1.2 Gênero e espécie tributária 3.1.3 Competência Tributária 3.2 Sistemas de cumulatividade e não cumulatividade de impostos e contribuições sobre vendas, serviços e produtos industrializados 3.2.1 Princípio da não cumulatividade de tributos 3.2.2 Formas de tributação no Brasil 3.3 Evidenciação na DRE e no BP sobre as contas contábeis que envolvem não cumulatividade de impostos e contribuições 3.3.1 Tributos no Balanço Patrimonial 3.3.2 Tributos na DRE 3.4 Escrituração entre operações com mercadorias, custo das mercadorias vendidas 3.4.1 Contabilização de tributos na aquisição de mercadorias 3.4.2 Contabilização de tributos sobre a venda de mercadorias e serviços Síntese Bibliografia
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