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Introdução ao Controle de Constitucionalidade Introdução Estão institucionalizadas variadas fórmulas para o controle de constitucionalidade se efetivar. São formas que a fiscalização das leis e dos atos normativos podem assumir, a depender dos órgãos competentes para a tarefa e do momento em que ela pode se realizar. Quanto à NATUREZA do órgão O controle poderá ser: político, jurídico ou, ainda, misto. Politico: são políticas todas as modalidades de controle realizadas por órgãos públicos desprovidas de natureza jurisdicional. Júridico: Ocorre quando é efetivado por órgãos integrantes do Poder Judiciário e detentores de poderes jurisdicionais. O sistema brasileiro é jurisdicional. Misto: Neste as Constituições sujeitam certos atos ao controle político (realizado por órgãos estranhos ao Poder Judiciário) e outros ao controle jurídico (realizado por órgãos componentes do Poder Judiciário) Quanto à MOMENTO do controle Há duas formas de controle quanto ao momento: o preventivo e o repressivo. Preventivo: quando atinge a norma ainda em fase de elaboração, no curso do trâmite legislativo, recaindo sobre projetos de lei e propostas de emenda constitucional. Repressivo: depois que o processo legislativo já está finalizado, temos o controle repressivo, que alcança as espécies normativas já prontas e acabadas, que estejam produzindo (ou ao menos aptas a produzir) seus efeitos. A relação entre o ÓRGÃO e o MOMENTO de controle no direito brasileiro No Brasil o controle realiza-se, via de regra, pelo Poder Judiciário é de modo repressivo. Contudo, há a possibilidade de o controle se desenrolar na modalidade judicial-preventiva, político-preventiva e, ainda, político-repressiva. Controle judicial-repressivo: o Poder Judiciário é o principal ator do controle repressivo de constitucionalidade, fiscalizando as leis e demais atas normativos com tramitação procedimental devidamente concluída, isto é, que já tenham sido, ao menos, promulgados. Controle judicial-preventivo: esta modalidade de controle é excepcional, somente pode ser exercida pelo Poder Judiciário quando um parlamentar, por meio da interposição de um mandado de segurança, argumentar o desrespeito ao devido processo legislativo. Controle político-preventivo: nesta modalidade o controle é político porque exercido por órgão não integrante do Poder Judiciário, e preventivo porque alcança as proposições em fase de tramitação legislativa. No direito pátrio se realiza tanto pelo Poder Legislativo quanto pelo Poder Executivo. Controle político-repressivo: modalidade excepcional de controle, se desenvolve tanto no Poder Legislativo quanto no Poder Executivo. Quanto à NÚMERO de órgãos competentes para realização do controle No que se refere ao número (ou quantidade) de órgãos competentes para processar o controle, temos o controle difuso e o concentrado: Controle difuso: Exercido por uma pluralidade de órgãos, é realizado por qualquer juiz ou Tribunal. No Brasil referido controle foi inaugurado pela Constituição de 1891 e mantido em todas as subsequentes. Controle concentrado: Também intitulado reservado, O que o caracteriza é a circunstância de somente poder ser realizado por um único órgão (ou por poucos, e previamente determinados, órgãos). Existe no direito pátrio desde que a EC nº 16/1965 introduziu, na Constituição de 1946, a representação de inconstitucionalidade. Quanto à FINALIDADE do controle Controle concreto: Quando a constitucionalidade de uma norma é arguida de modo incidental, no curso de uma demanda que possui como intuito principal solucionar uma controvérsia envolvendo direitos subjetivos, tem-se o controle concreto, realizado na via incidental. A constitucionalidade da norma não é, no controle concreto, a questão principal da ação, mas sim uma questão prejudicial que, como antecedente lógico à solução da pretensão deduzida em juízo, deve ser resolvida antes pelo Judiciário. Controle abstrato: Quando o controle é instaurado com a finalidade principal de promover a defesa objetiva da Constituição, verificando-se a constitucionalidade do ato em tese, isto é, desvinculada de qualquer ocorrência fática.
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