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08 - Introdução ao Controle de Constitucionalide (PARTE 02)

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Introdução ao Controle de Constitucionalidade 
Introdução 
Estão institucionalizadas variadas fórmulas para o 
controle de constitucionalidade se efetivar. São 
formas que a fiscalização das leis e dos atos 
normativos podem assumir, a depender dos órgãos 
competentes para a tarefa e do momento em que ela 
pode se realizar. 
 
Quanto à NATUREZA do órgão 
O controle poderá ser: político, jurídico ou, ainda, 
misto. 
Politico: são políticas todas as modalidades de 
controle realizadas por órgãos públicos desprovidas 
de natureza jurisdicional. 
Júridico: Ocorre quando é efetivado por órgãos 
integrantes do Poder Judiciário e detentores de 
poderes jurisdicionais. 
 O sistema brasileiro é jurisdicional. 
Misto: Neste as Constituições sujeitam certos atos ao 
controle político (realizado por órgãos estranhos ao 
Poder Judiciário) e outros ao controle jurídico 
(realizado por órgãos componentes do Poder 
Judiciário) 
 
Quanto à MOMENTO do controle 
Há duas formas de controle quanto ao momento: o 
preventivo e o repressivo. 
Preventivo: quando atinge a norma ainda em fase de 
elaboração, no curso do trâmite legislativo, recaindo 
sobre projetos de lei e propostas de emenda 
constitucional. 
Repressivo: depois que o processo legislativo já está 
finalizado, temos o controle repressivo, que alcança as 
espécies normativas já prontas e acabadas, que 
estejam produzindo (ou ao menos aptas a produzir) 
seus efeitos. 
 
A relação entre o ÓRGÃO e o MOMENTO de 
controle no direito brasileiro 
No Brasil o controle realiza-se, via de regra, pelo 
Poder Judiciário é de modo repressivo. Contudo, há a 
possibilidade de o controle se desenrolar na 
modalidade judicial-preventiva, político-preventiva e, 
ainda, político-repressiva. 
Controle judicial-repressivo: o Poder Judiciário é o 
principal ator do controle repressivo de 
constitucionalidade, fiscalizando as leis e demais atas 
normativos com tramitação procedimental 
devidamente concluída, isto é, que já tenham sido, ao 
menos, promulgados. 
Controle judicial-preventivo: esta modalidade de 
controle é excepcional, somente pode ser exercida 
pelo Poder Judiciário quando um parlamentar, por 
meio da interposição de um mandado de segurança, 
argumentar o desrespeito ao devido processo 
legislativo. 
Controle político-preventivo: nesta modalidade o 
controle é político porque exercido por órgão não 
integrante do Poder Judiciário, e preventivo porque 
alcança as proposições em fase de tramitação 
legislativa. No direito pátrio se realiza tanto pelo 
Poder Legislativo quanto pelo Poder Executivo. 
Controle político-repressivo: modalidade excepcional 
de controle, se desenvolve tanto no Poder Legislativo 
quanto no Poder Executivo. 
 
Quanto à NÚMERO de órgãos competentes para 
realização do controle 
No que se refere ao número (ou quantidade) de 
órgãos competentes para processar o controle, temos 
o controle difuso e o concentrado: 
Controle difuso: Exercido por uma pluralidade de 
órgãos, é realizado por qualquer juiz ou Tribunal. No 
Brasil referido controle foi inaugurado pela 
Constituição de 1891 e mantido em todas as 
subsequentes. 
Controle concentrado: Também intitulado reservado, 
O que o caracteriza é a circunstância de somente 
poder ser realizado por um único órgão (ou por 
poucos, e previamente determinados, órgãos). Existe 
no direito pátrio desde que a EC nº 16/1965 
introduziu, na Constituição de 1946, a representação 
de inconstitucionalidade. 
 
Quanto à FINALIDADE do controle 
Controle concreto: Quando a constitucionalidade de 
uma norma é arguida de modo incidental, no curso de 
uma demanda que possui como intuito principal 
solucionar uma controvérsia envolvendo direitos 
subjetivos, tem-se o controle concreto, realizado na 
via incidental. 
 A constitucionalidade da norma não é, no 
controle concreto, a questão principal da ação, 
mas sim uma questão prejudicial que, como 
antecedente lógico à solução da pretensão 
deduzida em juízo, deve ser resolvida antes pelo 
Judiciário. 
Controle abstrato: Quando o controle é instaurado 
com a finalidade principal de promover a defesa 
objetiva da Constituição, verificando-se a 
constitucionalidade do ato em tese, isto é, 
desvinculada de qualquer ocorrência fática.

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