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AD1 - História dos Movimentos Sociais Aluna: Amanda Silva Ferreira Matrícula: 171160900185 Polo: Cantagalo O texto “As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate”, de Angela Alonso, aborda as famílias de explicação para os movimentos sociais criadas pelos sociólogos apontando, em seguida, as adaptações que sofreram frente à contemporaneidade. No primeiro tópico: “A era clássica das teorias dos movimentos sociais”, Alonso explica que entre 1930 e 1960 as teorias da revolução foram refutadas. Desse modo, surgiram teorias da desmobilização política pautadas na cultura e na estrutura da sociedade. No entanto, nos anos 60, a ideia de desmobilização perde espaço para movimentos de luta por causas como os direitos civis, o feminismo, o pacifismo e o ambientalismo. Logo, não se encaixavam no marxismo nem no funcionalismo, sendo, portanto, movimentos sociais. Nos anos 70, surgem as três famílias de teorias dos movimentos sociais, sendo a primeira a “Teoria de Mobilização de Recursos”, ideal contrário ao funcionalismo e ao marxismo, defendendo que explicar o processo de mobilização seria mais importante do que os interesses de classe ou as privações materiais. A segunda corrente explicativa é a “Teoria dos Processos Políticos”. Contrária às explicações economicistas e deterministas, tal visão apresenta a política e a cultura como causas dos movimentos sociais, investindo, portanto, em uma teoria da mobilização política. A terceira família explicativa é a Teoria dos Novos Movimentos Sociais. Esta tese também se opõe aos debates marxistas, enxergando a cultura e a política como chaves dos movimentos sociais em detrimento da economia, porém, a corrente se estrutura em uma teoria da mudança cultural. No segundo tópico: “Polêmica e conciliação”, o texto explana que na década de 1980 as três teorias supracitadas perderam força. Neste sentido, alguns autores passaram a defender que a ênfase economicista anterior impedia que os analistas atentassem para os atores e os aspectos culturais e simbólicos salientes. Além disso, a Teoria dos Novos Movimentos Sociais foi bastante criticada por teóricos por acreditarem que a mesma se restringia ao plano societário, deixando de lado a relação estabelecida entre os movimentos sociais e a chamada dinâmica político-institucional. A Teoria dos Processos Políticos também foi questionada por pesquisadores como Cohen. Esta nova linha de pensamento acredita que a teoria em tela é excessivamente estruturalista e determinista, fazendo com que a sociedade política se sobreponha à sociedade civil. Em cooperação, McAdam, McCarthy e Zald, buscaram a centralização da cultura. Assim, entendeu-se que os movimentos sociais não surgem simplesmente devido às desigualdades ou por causa dos cálculos de interesses, mas sim pela ação estratégica combinada à formação de identidades coletivas. O último tópico: “Reelaborações teóricas” apresenta a mudança do ativismo no século XXI, dispondo que os protestos tomaram uma proporção transnacional, de modo que o Estado deixou de ser o principal antagonista dos movimentos sociais, tendo em vista que o ativismo, agora, alcança uma opinião global. Diante das transformações, as teorias precisaram ser alteradas, assim, a mobilização passou a visar não mais o Estado, mas a produção e a circulação do conhecimento, a fim de se alcançar a democratização do mesmo, o que foi impulsionado pelo avanço tecnológico e pela globalização. Uma outra perspectiva traz a cultura como terreno de litígio, perpassando por relações de poder. Esta seria composta por símbolos, rituais e visões de mundo que só fariam sentido quando mobilizados para orientar ações. A cultura estaria diretamente ligada à política. Noutro giro, foram postas em tela a retórica e narrativa dos ativistas, defendendo que a construção e a propagação de histórias seriam necessárias para o surgimento dos movimentos sociais. Foi defendida, ainda, a inclusão de memórias coletivas e normas culturais como elementos políticos estruturais. A noção de cultura como moralidade e rituais de ação coletiva também veio à tona, deste modo, as mobilizações políticas consistiriam em ritos de encenação e atualização de significados socialmente compartilhados. A partir daí, se dá o retorno das emoções coletivas ao debate sobre os movimentos sociais. Pelo exposto, pode-se perceber que o conceito de cultura proporcionou diversas discussões e elaborações teóricas a respeito dos movimentos sociais. Além disso, a globalização do ativismo também foi responsável por mudanças neste campo, devido à proporção das mobilizações e à falta de consenso global. Referência Bibliográfica ALONSO, Angela. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova [online]. 2009, n.76, pp.49-86. ISSN 0102-6445.
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