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Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM →Avaliação por Ressonância Magnética – protocolo de exame: • Sequência ponderada em T2 nos cortes axial e coronal • T2 sagital sem e com saturação de gordura (sequência T2: estruturas mais líquidas/gordura com hipersinal. Com saturação de gordura: hipossinal. Isso é importante para confirmar presença de gordura em algumas estruturas.) • T1 axiais com e sem saturação, pré e pós-GD (GD: contraste gadolínio). Gel vaginal – injeta gel pelo canal vaginal, para que haja hiperssinal. Imagem 1: vagina; 2: reto. →Relembrando a anatomia uterina: Vermelho: bexiga. Asterísco: quantidade de gel administrada via vaginal. Observar útero: miométrio, zona juncional (mais escura), cavidade endometrial (mais branca). →Afecções benignas Miomatose/leiomiomatose uterina: • Neoplasia benigna células musculares lisas • Tumor uterino mais frequente • 40% das mulheres com mais de 40 anos • Estrogênio dependentes • Maioria assintomático • Maioria no corpo (7% no colo) • Degeneração sarcomatosa em < 0,4 % Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM Os miomas podem ser: Submucosos: penetram miométrio, com uma pequena porção para fora; encostam um pouco na cavidade endometrial. Fica no limite de transição entre a cavidade endometrial e o miométrio. Subserosos: pouco mais protuso para fora, sai um pouco da serosa. Intramurais: no miométrio. Alguns podem ser pediculados: submucoso pediculado; subseroso séssil. Parido: sai do orifício do colo do útero. 1) Seta branca: subseroso. 2) Intramurais. (O menor pode ser classificado como submucoso). 3) Submucoso. Comportamento em RM: →T1: • Hipossinal • Se hipersinal indica hemorragia • Gordura – raro (alto sinal) →T2: • Marcado hipossinal (muito baixo sinal, escuro) • Halo hipersinal: dilatação venolinfática + edema • Focos hipersinal: degeneração cística →T1 GD: • Impregnação variável. Tipos de degeneração: • Hialina: a mais comum. Acúmulo de material protéico. Baixo sinal em T2. Não realça. • Cística: após degeneração hialina. Alto sinal em T2. • Rubra (hemorrágica): ocorre usualmente durante a gestação ou uso de ACO. • Sarcomatosa: rara. Miomatose uterina – US: Útero com várias imagens hiperecogênicas: focos hemorrágicos ou nódulos sólidos – miomas com degeneração rubra/hemorrágicas. Na terceira imagem: imagem hipoecóica circunscrita: degeneração cística/hialina. Empurra o endométrio: mioma submucoso. Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM RM: Miomatose uterina: marcado hipossinal em T2 (bexiga urinária branca, indica T2- líquidos têm hipersinal; líquor branco – indica sequência T2). RM em corte sagital: círculo com marcado hipossinal que também protui para cavidade endometrial. RM corte coronal: circulo com marcado hipossinal, que protui para interior da cavidade. MIOMA SUBMUCOSO. RM corte sagital: sequência T2 (liq.c/ hipersinal), gel vaginal. Imagens nodulares com marcado hipossinal dentro do útero. RM corte coronal Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM RM axial. RM corte sagital: injeção de contraste: hipersinal – útero capta bastante o contraste – áreas que não captaram: áreas de degeneração cística/hialina dos miomas. →Doença Inflamatória Pélvica: • Infecção do trato genital feminino frequente em mulheres de idade fértil • Patógenos: Chamydia trachomatis Neisseria gonorrhoeae • Fatores de risco: promiscuidade, DIU (dispositivo intra-uterino); biópsia de endométrio; histeroscopia; curetagem uterina. Achados iniciais – US: Estruturas preservadas; líquido livre. Porções mais ecogênicas: miométrio (mais cinza), endométrio (mais branca). Imagem anecoica: líquido livre. A: *:ovário D. Porção anecóica: hidrossalpinge – tromba distentida devido a líquido dentro da tuba uterina, associado Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM a DIP. B: hidrossalpinges têm fundo cego: roda o transdutor e tem imagem de tubo (para diferenciar de cisto de ovário). Cavidade pélvica: imagem sólida: pode indicar DIP. DIP, presença de vários cistos. →OVÁRIOS Relembrando anatomia: • Estroma: isointenso ao miométrio em T1 • Folículos: hiperintensos em T2 • Cortical hipointensa em relação à medula em T2 (antes da menopausa) • Volume aproximadamente 10ml (2 – 6 ml pós menopausa) →Torção ovariana • 2-3% das emergências cirúrgicas ginecológicas: aumento no seu tamanho, cistos periféricos. Outros sinais de torção ovariana: • Desvio do útero para o lado da torção • Ingurgitamento dos vasos sanguíneos ipsilaterais (Doppler s/resposta) • Pequena quantidade de ascite Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM →Tumores ovarianos: Epiteliais 65-70%: •Cistoadenoma/ carcinoma seroso •Cistoadenoma/ carcinoma mucinoso •Ca endometrióide •Ca células claras • Tumor de Brenner Cél. Germinativas 15 - 20% • Teratoma imaturo/maduro •Disgerminoma • Tu saco vitelínico Cél. Estromais 5-10% • Teratoma imaturo/maduro •Disgerminoma • Tu saco vitelínico Metástases 5-10% Critérios de malignidade: • Lesão maior que 4,0 cm • Massa sólida, com componentes sólidos, vegetações internas • Paredes/septos > 3mm • Necrose/liquefação • Extensão para omento, mesentério, peritôneo • Ascite, linfonodomegalias Estadiamento: I – Limitado aos ovários II – Extensão pélvica III – Implante peritoneal ou linfonodo retroperitoneal IV – Metástases a distância →Cistoadenoma seroso • 20 a 30 % das neoplasias benignas • 20 a 50 anos • Cística unilocular • Paredes finas • Sem septos (ou finos) • > 6 cm • Unilateral Lesão cística (contraste VO): lesão . hipodensa, sem realce. RM: T1: lesão com baixo sinal. T2: hipersinal. Pode-se ver a delimitação do útero e da lesão. Lesão cística serosa de conteúdo espesso (observar a diferença do líquido da bexiga que é de mais baixo sinal do que o líquido do conteúdo cístico). Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM →Cistoadenoma mucinoso • 20 a 25 % das neoplasias ovarianas benignas • Cística e multiloculada • > 10 cm • Septos finos • Tênues projeções papilares (raro) Vários septos realçantes, com . tênues projeções papilares Para diferenciar seroso e mucinoso: RM – T1 das lesões mucinosas é alto. Sequência T2: septos heterogêneos, irrelugares. →Cistoadenocarcinoma mucinoso: • 5% - 10% dos tumores malignos ovarianos • 4ª a 7ª décadas • Bilateralidade (15 a 20%) • Cística complexa volumosa • Septos espessos e projeções papilares •Podem romper na cavidade pélvica: pseudomixoma peritoneal Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM Ascite gelatinosa (observar ao redor do fígado) – componentes da ascite migram e se implantam no peritônio. Imagem hipodensa ao redor. →Teratomas • 5-25% de todas neoplasias ovarianas • Teratoma maduro: tumor ovariano benigno mais comum em mulheres com menos de 45 anos • Teratoma imaturo (1% de todos os teratomas) - comportamento agressivo • Pacientes jovens (20-30 anos) • Componentes derivados da endo/meso/ectoderme • Tipicamente uniloculares (88%) contendo epitélio queratinizadodescamativo e material lipídico, cabelo, dente, pele, osso. Imagem com periferia capsular, hipoatenuante em seu interior (densidade semelhante a gordura), com foco cálcico. →Tumor de Krukenberg • Tumor metastático para ovário: originado de adenocarcinomas (80% - gástrico). • Tumor rico em mucina • 1-2% dos tumores ovarianos • Massa sólida, lobulada, volumosa, 80% bilateral 1) TM: massa sólido-cística. 2) RM: conteúdo líquido e sólido (T2 – alto sinal de componente líquido; marcado hipossinal, com algumas áreas de hiperssinal dentro da lesão). Radiodiagnóstico II Prof. Dr. Marcus Valentin Pamela Barbieri – T23 – FMBM →Tumor de Brenner: • Tumor de células transicionais do epitélio e estroma • 2-3% de todos tumores de ovário • Maioria benigno • 60 anos • Pode estar associado a outros tumores (cistoadenoma mucinoso contralateral em até 30%) TM: densidade próxima ao do musculo. RM: marcado baixo sinal em T2 região ovariana. Tumor sólido de conteúdo fibroso.
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