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SÍNDROMES GLOMERULARES ANATOMIA Rim recebe sangue da artéria renal manda vários ramos menores (artérias interlobares) da parte mais interna (medula renal) dos rins para parte mais externa (córtex renal) emitem artérias que margeiam o limite entre córtex e medula, com formato arqueado (artérias arciforme) esta manda uma artéria interlobular (menor ainda) desta vai sair um vaso chamado arteríola aferente, sofre enovelamento até formar uma estrutura capilar chamada de glomérulo! ele emite a arteríola eferente que vai se fundir com outras até dar origem aos vasos retos (responsáveis pela maior parte da vasculatura da medula renal) Principal função renal é filtração renal. É no glomérulo que acontece o processo. O glomérulo está em volta de uma capsula chamada de Bowman (CORPUSCULO DE MALPIGHE = GLOMERULO + CAPSULA DE BOWMAN). Tudo o que estiver filtrado vai para a capsula de bowman, chamado de ultrafiltrado! É o resultado da primeira e mais imediata filtração sanguinea. Este ultrafiltrado passa por um processo ao longo de um sistema tubular. 1)túbulo contorcildo proximal 2)Alça de Henle 3) túbulo contorcido distal 4)túbulos coletores 5) Papila renal formam os cálices menores e maiores que formam o ureter. Cápsula de Bowman tem o folheto parietal (externo) e folheto visceral (interno) podócitos possuem prolongramentos primários e secundários para abraçar o glomérulo Membrana basal glomerular (+ processos podocitários = barreira de filtração) controlam o que está sendo filtrado. Capilares glomerulares frenestrados para ficarem juntos ao redor das capsulas = mesangio (mantem arquitetura glomerular) COMPARTIMENTOS Glomerulares(Nefrítica, GNRP, nefrótica, Assintomáticas, Trombose glomerular), Túbulo- intersticiais, Vasos Renais Caso clínico 1: avermelhamento da urina Hematúria Outros: mioglobinúria, hemoglobinúria, porfiria, pigmentos (beterraba, rifampicina) Qual a definição de hematúria: 2 a 5 hemácias /campo de grande aumento (400x) Qual a abordagem inicial: “De onde vem essa hemácia presente na urina?” Capilares glomerulares: mesângio (sustentação)/ membrana basal/ prolongamentos podocitários (célula podocitária) – formam as fendas de filtração (são essas fendas que irão definir o que irá ou não passar para a urina) – se uma hemácia sair de dentro do capilar, ela terá de passar por essa fenda, porém, como a hemácia é grande, ao passar por esse espaço ela irá sofrer certa deformação (dismorfismo eritrocitário) EAS: para confirmação da hematúria Análise da morfologia: glomerular (dismórfica) x não glomerular Não glomerular: Cistoscopia/urografia/ TC Glomerular: Biópsia renal SÍNDROMES GLOMERULARES SÍNDROME NEFRÍTICA Inflamação do glomérulo com sinais e sintomas conseqüentes a essa inflamação dos glomérulos. Inflamação é a entrada de leucócitos no parênquima do órgão CLÍNICA Inflamação Glomerular = Impede a filtração glomerular (a fenda de filtração fica cheia de neutrófilos) e não chega nada nos túbulos contorcidos proximais OLIGÚRIA CONGESTÃO VOLÊMICA (continua tomando agua, com urina presa, como se tivesse intoxicado) hipervolemia HIPERTENSÃO ARTERIAL / EDEMA aumenta a pressão hidrostática no vaso, com saída para o subcutâneo levando ao edema Toda a estrutura se perde e a hemácia que não era pra passar pelo glomérulo, passa se contorcendo levando a HEMATÚRIA TRÍADE CLÁSSICA DA GLOMERULONEFRITE = HEMATÚRIA + HAS + EDEMA LABORATÓRIO Hematúria dismórfica = hematuria de origem glomerular (a hemácia se contorceu para poder passar) Piúria = leucócitos caindo na urina Cilindrúria Hemáticos/Leucocitários = Proteína de Tamm-Horsfall se grudam e formam estruturas cilíndricas junto as hemácias ou leucocitários CILINDROS HEMÁTICOS = GLOMERULONEFRITE Proteinúria de 150mg a 3,5g/24h Aumento da Ureia e Creatinina (Azotemia – acúmulo de estruturas nitrogenadas que leva a síndrome urêmica/Insuficiência Renal ) ETIOLOGIA Primária: Doença de Berger e GN mesangiocapilar (sinônimo de GN membranoploriferativa) Secundária: Pós infecciosa (GNPE, HBV, HCV, Abcessos) e Sistêmicas (Lúpus, Crioglobulinemia) GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA inflamação glomerular após uma infecção estreptocócica DEFINIÇÃO BETA HEMOLITICO DO GRUPO A = Pyogenes pode causar SEQUELAS renais PATOGÊNESE Faringoamigdalite ou Piodermite muito pus, ou seja, intensa interação com o sistema imune Duas cepas que tem proteínas/antígenos que geram resposta imune: M12(garganta) e M49(piodermite) normalmente atacaria o pyogenes mas como a proteína é parecida com a do glomérulo vai terminar atacando ele (resposta imune cruzada) Outra possibilidade: Quando a bactéria morre, solta antígenos e alguns se grudam nos glomérulos (exotoxina pirogênica tipo B do s.) Antígenos circulantes bacterianos e gruda no glomerulo e o corpo inicia uma resposta imune Período de incubação: via faríngea 1-3 semanas, via cutânea 2-6 semanas Na garganta tem um contato muito mais íntimo, por isso o período de incubação é menor. Ativação do sistema complemento = proteínas circulantes que servem como exército de vigilância procurando bactéria para destruir. Quando existe resposta imune ao glomérulo, o complemento começa a se depositar lá e vai ver consumo de proteínas no SANGUE. Normlamente, o que se ativa numa glomerulonefrite é a via alternada. Por isso, haja queda do C3 (proteína C3) e assim a CH50 (total) também cai. CLÍNICA = GLOMERULITE. Forma mais isolada da GNDA, mais pura e simples da GN, sem outros comemorativos sistêmicos 60% HAS 10% destes vão desenvolver encefalopatia hipertensiva (Congestão volêmica/edema tão intensa vai ter edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva) Mal-estar, febre, dor no flanco (distensão da cápsula renal) 5% Proteinúria nefrótica FAZER AS QUATRO PERGUNTAS 1)História recente de faringite ou piodermite? 2)Período de incubação é compatível? 3)Essa infecção foi estreptocócica? Dosar Anticorpos contra algumas partes dele, Anti- estreptolisina O (ASLO >300 = diagnóstico faringite) e Anti-DNAase B (piodermite ou uso de atb) 4)Houve queda transitória de C3? = Se todas forem SIM, diagnóstico SELADO HISTÓRIA NATURAL Oligúria < 7 dias Queda do complemento até 8 semanas Hematúria que pode perdurar 12-24 meses Proteinúria de 2 a 5 anos QUANDO BIOPSIAR? Insuficiência Renal ou Doença fora do padrão Oliguria >7 dias, Proteinúria Nefrótica, Sinais de doença sistêmica, Anúria ou evolução rápida de insuficiência renal ANÚRIA / IR ACELERADA OLIGÚRIA > 1 SEMANA (Pela SBP: > 72HORAS) HIPOCOMPLEMENTEMIA > 8 SEMANAS PROTEINÚRIA NEFRÓTICA HAS ou HEMATÚRIA MACRO > 6 SEMANAS (SBP) EVIDÊNCIA DE DOENÇA SISTEMA BIÓPSIA RENAL Microscopia óptica = Padrão ploriferativo difuso (células novas que não tinha) Microscopia eletrônica = DEPÓSITO DE IG SUB EPITELIAL (cai muito em prova) CONDUTA Repouso relativo Restrição Hidrossalina Diuretico de alça (furosemida): Eliminar excesso de volemia Vasodilatadores (Hidralazina): para agüentar mais volume e diminuir a RVP Diálise: quando necessária ANTIBIÓTICOS : 1) Adianta fazer antes para diminuir o risco? NÃO 2) Existe beneficio em relação a nefrite? NÃO 3) Está indicado o uso? SIM 4) Por que usa? Porque ele teve nefrite pela cepa ser uma cepa que causa nefrite (nefritogênica) após a resposta imune. Faz antibiótico para acabar com esta cepa. 5) Deve fazer atb profilático para evitar? NÃO (Febre reumática sim, por causa da morbidade) 6) Todo doente com GNPE: Penicilina g benzatina ou eritromicina GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA Evolução em semanas a meses para rins em estágio terminal. PATOGÊNESE Surge uma estrutura chamada crescente glomerular. O fator inicial é lesão a membrana basal glomerular, que causa inflamação local com recrutamento de macrófagos. Eles vão destruindo tudo, se multiplicando quevão chamando fibrina. Arcabouço molecular = fibrina. Com o tempo, vai fibrosar a lesão (fibroblastos), crescendo e matando os capilares glomerulares, deixando de filtrar (função principal) e assim evolui para doença terminal TÃO RÁPIDA. Lesão imune a membrana basal glomerular CLASSIFICAÇÃO Tipo 1: Formação de anticorpos contra a membrana basal glomerular (ANTI-MBG 10%) Se manifestam como Síndrome de Goodpasture Tipo 2: Imunocomplexos 45% GNDA (GNPE, Lupus, Crioglobulinemia...) Tipo 3: Pouca participação do sistema imune PAUCI-IMUNE 45% Granulomatose de Wegener e PAN microscópica. São doenças autoimunes que tem como marcado o anticorpo anticitoplasma de neutrófilo (ANCA). Dois padrões principais C-ANCA – WEGENER – e o P-ANCA – PAN microscópica. SÍNDROME DE GOODPASTURE É rara na prática. Formação de autoanticorpos contra MBG. Quando os autoanticorpos agridem os rins e o pulmão dão origem a síndrome de goodpasture. Se for só acometimento renal vai ser GN Antimembranobasalglomerular. Anticorpos contar colágeno tipo IV da MBG. Dentro dele existe uma porção específica : domínio NC1 da cadeia alfa3 da MBG. Vão inflamar o rim e formar o crescente glomerular levando a GNRP Colágeno tipo IV também tem nos pulmões (na membrana basal alveolar) – alveolite hemorrágica. Cursa com HEMOPTISE. Causa mais clássica de SD PULMÃO RIM = GOODPASTURE. Apesar de não ser a mais comum. Detectar os anticorpos por meio de IMUNOFLUORESCÊNCIA. A imunglobulina produzida contra os anticorpos ANTI MBG. Eles vão se grudar nos anticorpos formando o padrão especifico de fluorescência na luz polarizada toda a MBG vai estar pintadinha, chamada de PADRÃO LINEAR = CARACTERISTICO DE DOENÇA ANTI MBG NA GNPE: IMUNOFLUORESCÊNCIA = PADRÃO GRANULAR Manejo: Diagnostico com exame de triagem: Dosagem dos anticorpos ANTIMBG = 90% Diagnostico de certeza = biopsia com imunofluorescência com padrão linear CONDUTA: Plasmaférese = retirar da circulação as imunoglobulinas diariamente Imunossupressoras (CICLOFOSFAMIDA + CTC - pulsoterapia) = Impedir a formação de novos SÍNDROME NEFRÓTICA Definição: resultado de um exame laboratorial (proteinúria de 24h – PADRÃO OURO). Proteinúria acima de 3,5gramas em 24h (ADULTO). Na criança, é 50mg/kg/d ou 40mg/m²/h Entendendo o SPOT Urinário: Correlação excelente. Normalmente, o rim 1g de creatinina em 24h. Ele é obsessivo em relação a isso. Creatinúria 24h. Dosar na primeira medida, creatinina e proteína. Disso, vai ter que fazer uma relação PTN/Cr imaginando como se fosse pra ter em 24h. Se o valor foi >3-3,5g VAI SER PROTEINÚRIA NEFRÓTICA. CLÍNICA Inicialmente tem alteração da permeabilidade. A barreira de filtração fisiologicamente não permite essa saída grande de proteína. MBG tem carga negativa e repele proteína (ALBUMINA – principal proteína plasmática) que não deve ser filtrada para o fluxo urinário. A segunda barreira é a barreira de tamanho, não permite a saída de macromolélucas. Quando perde a barreira de carga(MBG perde negativa), perde proteínas de carga elétrica que não era pra sair e assim a albumina vai sair. As outras proteínas maiores não passam porque a barreira de tamanho ainda está funcionante proteinúria seletiva Quando há desestruturação da barreira de tamanho, todas vão sair PROTEINURIA NÃO SELETIVA. Como está perdendo muita proteína do sangue, hipoproteinemia vai ser responsável por todas as outras alterações. Se tem pouca albumina no plasma, vai ter pouca pressão oncótica, o individuo vai ter EDEMA GENERALIZADO – perda de plasma para o 3 espaço, derrame pleural, pericárdico, mmii, levando a SÍNDROME EDEMIGENICA. matutino, periorbital e com tendência à hipovolemia (cuidado com diuréticos) Vai perder também imunoglobulinas e sistema complemento, ficando suscetível a INFECÇÕES. Vai perder proteínas que mantem o equilíbrio entre agentes pro e anti coagulantes levando a um estado de maior coagulabilidade levando a eventos trombóticos. LABORATÓ RIO Hipoalbuminemia Perde Lipoproteinas (vai perdendo. O fígado quando percebe que tá reduzido começa a produzir) HIPERLIPIDEMIA Como não ta catalisando o VLDL HIPERTRIGLICIREDEMIA Pode ir parar na urina como cilindros e corpos ovalados graxos (CHEIOS DE GORDURA) Elevação de alfa2-globulina TROMBOSE COMPLICAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Perde o mecanismo anticoagulante na síndrome nefrotica (heparina), já que ela precisa da antitrombina 3 para funcionar e ela foge pela urina. A balança vai pender para o fator pro- coagulante levando a fatores trombóticos. Trombose de veias renais (mais marcante): Assimetria renal, Hematúria, Aumento da proteinúria e Varicocele à E (veia testicular esquerda drena para a veia renal, como ela está trombosa, não vai conseguir drenar e isso desencadeia uma varicocele) Causas na SD nefrotica: GN Membranosa, GN MembranoPloriferativa e Amiloidose Pode ocorrer de veia femoral, ilíaca. INFECÇÕES OUTRA COMPLICAÇÃO!!!!!!1 Não tem imunoglobulina para atuar contra encapsulados. Principalmente o pneumoco. Em crianças, causa a PBE – criança com dor abdominal + sd nefrotica tem que investigar. Vai ter perda de IgG e perda de complemento PADRÕES HISTOLÓGI COS 5 padrões quando é primária (surge porque surge) - idiopática 1) Doença por lesão mínima 2) GESF 3) Ploriferativa mesangial 4) Membranosa 5) Mesangiocapilar ou Membranoploriferativa Doenças secundarias na maioria das vezes vai levar aos padroes histológicos idiopáticos DOENÇA POR LESÃO MÍNIMA Glomérulos não possuem nada alterado, é tao mínima que so consegue ser vista através da microscopia eletrônica(existe processos podocitários que sofreram uma fusão entre si e apagamento). O que causa a síndrome nefrótica que algumas células T soltem citocinas que neutralizam a carga elétrica da MBG LOGO é uma proteinuria SELETIVA, especialmente albumina. PRINCIPAL CAUSA DE SÍNDROME NEFRÓTICA EM CRIANÇAS (1-8anos - 80-90%) Pode ser Idiopatica ou associada a doenças: Hodgkin’s ou AINE CLÍNICA: Síndrome edemigênica com complicações. Na maioria das vezes, a criança relata picada de inseto/atopia ou infecção. Depois disso que surge a síndrome nefrotica. Do NADA pode desaparecer e depois voltar. O curso é atividade-remissão (proteinuria nada proteinuria nada). Tem uma resposta dramática a corticoide! COMPLICAÇÕES: Infecção por pneumococo, trombose de veia renal, trombose quaisquer. A MAIS FREQUENTE É A INSTABILIDADE HEMODINAMICA PELO USO EXCESSIVO DE DIURÉTICO (a criança já perdeu muita albumina, já deve ter um derrame grande, muita perda para o 3 espaço e se abusar do diurético, vai entrar em choque hipovolêmico) CONDUTA: 1) Não deve ser biopsiada (entre 1 e 8 anos, porque tem 80-90% de chance de ser DLM) 2) Corticoterapia 3) Imunossupressores – casos resistentes 4) IECA - Reduzir a excreção de proteína (maciça) através da diminuição da pressão dentro do glomérulo. Vai fazer uso da inibidora da enzima conversora de angiotensina. Diminuir a angiotensina 2 que fecha a arteríola eferente, levando ela a abrir e deixar passar o fluxo, diminuindo a filtração. GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR – GEFS Definição: GEFS é a PRINCIPAL CAUSA DE SÍNDROME NEFROTICA EM ADULTOS! Ocorre cicatrização no glomérulo (fibrose) focal (acomete menos de metade dos glomérulos) e segmentar (Não são todas as alças glomerulares acometidas. É o contrário de global) Mecanismo 1: Lesão direta sobre as alças glomerulares (vasculite necrosante) Mecanismo 2: Sobrecarga (refluxo vesicoureteral, destrói parte dos glomérulos do individuo) (nefroesclerose hipertensiva, os outros vão ter que dar conta) Mecanismo 3: hiperfluxo (obesidade, aumento da volemia com hiperfluxo que desencadeia gefs) Mecanismo 4: desconhecido (heroína e HIV) CLÍNICA: Sd edemigenica + Complicações EVOLUI PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA Ocorre principalmente em negros, proteinuria muito alta ou com IRA Diagnostico = biópsia histopatológico CONDUTA:1) Corticoterapia mais prolongada 2) Ciclosporina (imunossupressor) 3) IECA + Estatinas (reduzir a circulação de lipídios) GLOMERULONEFRITE PLORIFERATIVA MESANGIAL NÃO CAI EM PROVA! NÃO TEM DETALHE IMPORTANTE NISSO GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA – Espessamento da MBG Sd Edemigenica + Complicações Dentre as complicações, a principal é a TROMBOSE DE VEIA RENAL!!!!! Curso Clínico: Síndrome nefrotica todo adulto deve ser biopsiado diagnostico sai pela biopsia Com o diagnostico, vai ter que investigar as causas graves. PASSO-A-PASSO Anamnese: CAPTOPRIL/ SAIS DE OURO / D-penilcilamina NEO sólida (CA de mama/colon) – rastreamento obrigatório com RX de tórax, US de abdome e pesquisa de sangue oculto nas fezes. Se >50anos, solicita colonoscopia e mamografia! OBRIGATÓRIA HBV e HCV Lúpus (FAN, Anticorpos como antidna) Sílifis (VDRL) Esquistossomose e Malária Se tudo for negativo = GM IDIOPÁTICA (50% vai evoluir com doença crônica e a outra metade não vai ter) CONDUTA Proteinuria persistente, HAS, Sexo masculino, Idade Avançada, Fenomeno trombótico 1) CORTICOTERAPIA 2) IMUNOSSUPRESSORES 3) IECA 4) ESTATINA Sem esses fatores vai ser EXPECTANTE GLOMERULONEFRITE MESANGIOCAPILAR Existe proliferação mesangial e espessamento da MBG – MEMBRANOPLORIFERATIVA (SINÔNIMOS) O mesângio se plorifera tanto que se infiltra por trás da MBG, levando a um ASPECTO DE DUPLO CONTORNO NA MBG Quadro Clínico: Semelhante a “GNPE” + Proteinuria nefrótica, pode até cair complemento diferente das outras TIPO I VÍRUS C (Hepatite C) Biopsia: duplo contorno das alças capilares glomerulares CONDUTA CORTICOIDE ou Tratar a doença de base ALTERAÇÕES URINÁRIAS ASSINTOMÁTICAS DOENÇA DE BERGER Na maioria das vezes, pode ter hematuria microscópica (normalmente não é sintomática) Definição: Disturbio imunomediado com deposição mesangial de IgA PRINCIPAL GLOMERULOPATIA PRIMÁRIA DO MUNDO PRINCIPAL CAUSA DE HEMATÚRIA RECORRENTE DE ORIGEM GLOMERULAR MAIS COMUM EM HOMENS, 20-50anos, ASIÁTICOS E SUDESTE EUROPEU Vasculite sistêmica Purpura de Henoch-Schonlein (vasculite mediada por IgA caracterizada por púrpura sem plaquetopenia; Insuficiência renal (isquemia glomerular); Dor abdominal; Artrite) DOENÇA DE BERGER É Considerada uma forma monosintomática DA PHS Quadro Clínico: Ao diagnostico: Hematuria macroscópica de origem glomerular recorrente (na maioria das vezes, muitas vezes no curso de IVAS hematuria sin-faringítica) ou hematuria microscópica persistente (não se faz para rastrear Berger) RARAMENTE evolui como síndrome nefritica. Depois que o cara tem hematura macroscópica, cura e fica bem. CURSO HEMATURIA NADA HEMATURIA NADA. EVOLUÇAO 1) Hematuria microscópica recorrente (>90%) – na maioria não causa maleficios 2) <5% evoluem com DRC em menos de 4 anos 3) <5% remissão completa, sem complicações DIANGOSTICA: Hematuria dismórfica, Proteinuria subnefrótica e IgA sérica não relacionada a atividade de doença Pode até pensar que é GNPE, mas não tem CONSUMO DO COMPLEMENTO. COMPLEMENTO NORMAL! Conduta: NADA ou corticóide em alguns casos (PTN>1g/dia + IECA; HAS moderada; Cr>1,5; Crescentes na biopsia glomerular) MAL DE APORT Causa rara de hematúria assintomática em crianças Nefrite hereditária, autossômica dominante ligada ao cromossomo X (codifica a cadeia 4 do colágeno) HEMATÚRIA MICROSCÓPICA PERSISTENTE, com hematúria macroscópica e progressão para IRC. Manifestações extrarrenais: surdez neurossensorial e alterações oculares. Complemento sérico normal. Pode se exteriorizar como Sd nefrótica. Historia familiar de IRC. VÍNCULO MENTAL = Acometimento renal + surdez DOENÇA DA MEMBRANA BASAL FINAL = Hematúria Familiar Benigna Variante do mal de Aport. À ME, redução da espessura da MBG. Pacientes normotensos, proteinuria discreta e raramente progridem para IR. SÍNDROME UNHA-PATELA Proteinúria ou Hematúria isolada, chifres ilíacos na pelve e displasia na porção dorsal da patela, cotovelos e unhas. Pode ter surdez neurossensorial e glaucoma. Mais comum no sexo feminino. Biópsia: aumento nas fibrilas de colágeno tipo III ao longo de capilares glomerulares e no mesângio TROMBOSE GLOMERULAR SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA (SHU) Definição: Doença trombótica dos pequenos vasos glomerulares. Epidemiologia: Principal causa de IRA em crianças jovens, menores de 4 anos, mas pode ocorrer em + velhos Patogenia: Lesão endotelial hiperativação plaquetária e trombose trombocitopenia anemia microangiopática obstrução e insuficiência renal Etiologia: 80% dos casos precedidos por gastroenterite por E. Coli entero-hemorrágica (principalmente a cepa O157:H7 produtora da verotoxina Shigella dysenteriae tipo 1 e mais raramente Salmonella, Campylobacter, S. Pneumoniae e Bartonella. Quando não associada a infecções pode aparecer relacionada a uso de ACO, mitomicina e ciclosporina, LES, hipertensão maligna, pré-eclâmpsia, IR pos parto e nefrite actínica Manifestação clínica: Anemia Hemolítica Microangiopática (esquizóide na periferia) + Trombocitopenia + IRA Diagnóstico: História Típica+ Achados laboratoriais Tratamento: Suporte (Correção DHE, controle hipertensivo, nutrição e diálise); Evitar antibióticos no caso da E.coli O157:H7. Mais de 90% sobrevivem PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA Prevalecem em mulheres e achados sobre o SNC Pêntade: (1)Anemia hemolítica microangiopática; (2) IRA; (3) plaquetopenia; (4) distúrbio neurológico; (5) febre AMILOIDOSE Definição: Grupo de Doenças causadas pela deposição de fibrilas (polímeros insolúveis de subunidades protéicas) no espaço extracelular de vários tecidos e órgãos Classificação: De acordo com a natureza protéica das fibrilas, comportamento (sistêmico ou localizado), padrões clínicos e origem. Diagnóstico: Quando pensar? Nefropatia inexplicada, cardiomiopatia, neuropatia, enteropatia ou achados patognomônicos como macroglossia e equimose periorbital Qual é o teste inicial? Aspirado de gordura subcutânea e fixação do material com vermelho de CONGO. Outros testes? Biópsia da mucosa retal, de glândulas salivares, renal, endomiocárdica e hepática ACHADO: material hialino amorfo na microscopia comum, com birrefringência esverdeada pela microscopia de luz polarizada quando corada com vermelho CONGO AMILOIDOSE PRIMÁRIA (AL) – L=light chains=cadeias leves Etiologia: Idiopática ou mieloma múltiplo. Principa tipo de amiloidose nos EUA Relação Importante: Ocorre em 15% dos pacientes com mieloma. 20% dos pcts com AL tem mieloma Manifestações: Depósitos generalizados e podem ocorrer em qualquer tecido, exceto o SNC. Doença é rapidamente progressiva sendo os rins o órgão mais acometido. Geralmente Síndrome Nefrótica. Sintomas cardíacos em 40% e disfunção cardíaca(principalmente diastólica) está associada ao óbito em 75%. Alterações neurológicas neuropatia sensitiva periférica, sd do túnel do carpo e disfunção autonômica Macroglossia é um ACHADO PATOGNOMÔNICO da AL DRGE, sd disabsortiva e osbtrução intestinal. Hepatomegalia com padrão colestático. Ainda pode aparecer esplenomegalia, equimoses por deficiência de fator X (sinal do guaxinim), distrofia ungeal, alopecia e artropatia amilóide. Tratamento: Voltada para o mieloma múltiplo. Suporte com diuréticos, IECA e midodrina. Contra-indicados por gerar bloqueios graves: digitálicos, antagonistas do cálcio e betabloq Formas localizadas = cirurgia/radioterapia AMILOIDOSE SECUNDÁRIA (AA) – A=serum amyloid=proteína amilóide sérica A Etiologia:Estado inflamatório crônico (AR, LES, Crohn,febre familiar do mediterrâneo) ou infecções crônicas. Citocinas inflamatórias (IL1 IL6) estimulam fígado produção amilóide sérico A Manifestações: geralmente começa no rim com achados mais limitados. NÃO HÁ MACROGLOSSIA. Tratamento: foco na doença de base. Colchicina pode ser associada no caso de FFM. AMIOLOIDOSE FAMILIAR OU HEREDITÁRIA (AF) Etiologia: Distúrbios autossômicos dominantes, snedo o mais comum mutaçãona transretinia (préalbumina). Em portugal é chamada de polineuropatia amilóide familiar ou doença dos pezinhos Manifestações: Fígado produz uma proteína com propriedades amioloidogênicas que se deposita nos nervos periféricos polineuropatia e disautonomia. Deposito lento = manifestação tardia Tratamento: transplante hepático em dominó Caso 1: HD = Doença de Berger Jovem asiática, hematúria glomerular assintomática, sem infecção estreptocócica e complemento NORMAL Caso clínico 2: Lesão renal (= Berger) + púrpura/ artralgias/ dor abdominal (= vasculite) “Berger sistêmica” = púrpura de Henoch Schonlein Obs.: diferentemente das telangiectasias, as púrpuras não desaparecem à digitopressão. TROMBOSE GLOMERULAR SHU (Síndrome hemolítico urêmica): hemólise + uremia + plaquetopenia TROMBOSE DE VEIA RENAL CLÍNICA: DOR LOMBAR, HEMATÚRIA, PIORA DA PROTEINÚRIA, CREATININA SOLICITAR: DOPPLER/ ANGIO-T/ ANGIO RM DICA: VARICOCELE SÚBITA ESQUERDA SÍNDROME NEFRÓTICA = BIÓPSIA RENAL (*2 exceções: crianças e diabéticos). LESÃO MÍNIMA Mais comum em Crianças Achado histológico Fusão e retração podocitária Clínica Proteinúria – e nada Associada com Linfoma Hodgkin / AINEs O tratamento Resposta dramática ao corticóide Complica com Peritonite (pneumococo) Há consumo de complemento? NÃO GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GESF) É a principal causa em adultos – principalmente em negros. Existem algumas condições associadas à GESF – a lista de causas de GESF é muito grande. Não há consumo de complemento. GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL Até hoje existe uma discussão se ela deveria ser colocada de forma separada ou como um subtipo. Lesão mesangial -> hematúria LES está associada à GN proliferativa mesangial (embora possa estar associado às outras formas também). NEFROPATIA MEMBRANOSA Mais comum em Adultos Achado histológico Espessamento da membrana basal Clínica Sinal inicial do LES Associada com Neoplasias/ hepatite B/ IECA/ sais de ouro/ penicilamina O tratamento Nada (quadros mais brandos) ou corticóide Complica com Trombose da veia renal Há consumo de complemento? NÃO GLOMERULONEFRITE MESANGIOCAPILAR (MEMBRANOPROLIFERATIVA) Mais comum em Criança/ adulto jovem Achado histológico Expansão mesangial e duplo contorno Clínica Diferencial com GNPE: Proteinúria nefrótica Queda do complemento > 8 semanas Associada com Hepatite C O tratamento Depende da causa Complica com Trombose da veia renal Há consumo de complemento? SIM
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