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Prévia do material em texto

SÉRIE LOGÍSTICA
COMUNICAÇÃO
ORAL E ESCRITA
Série logíStica
comunicação 
oral e escrita
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série logíStica
comunicação 
oral e escrita
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional da Bahia
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Área de Meio Ambiente em parceria com o 
Núcleo de Educação à Distância do SENAI Bahia, com a coordenação do SENAI Departa-
mento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos 
cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional da Bahia 
Núcleo de Educação à Distância - NEAD
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Comunicação oral e escrita / Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem 
 
 Industrial. Departamento Regional da Bahia. -- Brasília : SENAI/DN, 2012. 
 129 p. : il. (Série Logística). 
ISBN 978-85-7519-515-4 
1. Comunicação I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Regional da Bahia II. Título III. Série 
CDU: 811.134.3
lista de ilustrações
Figura 1 - Comunicação .................................................................................................................................................15
Figura 2 - Escrita egípcia ................................................................................................................................................17
Figura 3 - Código de barras ..........................................................................................................................................17
Figura 4 - Palete ................................................................................................................................................................18
Figura 5 - Manifestações culturais ..............................................................................................................................18
Figura 6 - Linguagem. .....................................................................................................................................................19
Figura 7 - Movimentos culturais .................................................................................................................................20
Figura 8 - Transpaleteira ................................................................................................................................................22
Figura 9 - Esquema de comunicação ........................................................................................................................23
Figura 10 - Elementos de comunicação ...................................................................................................................23
Figura 11 - Libras e braile ..............................................................................................................................................25
Figura 12 - Processo da comunicação humana .....................................................................................................26
Figura 13 - Falha de comunicação .............................................................................................................................26
Figura 14 - Coesão textual ............................................................................................................................................37
Figura 15 - Etapas do parágrafo ..................................................................................................................................38
Figura 16 - Interrogações ..............................................................................................................................................41
Figura 17 - Sprinkler ........................................................................................................................................................42
Figura 18 - Leitura do mundo ......................................................................................................................................43
Figura 19 - Produtos de beleza....................................................................................................................................45
Figura 20 - Refletir criticamente .................................................................................................................................47
Figura 21 - Transporte de cargas ................................................................................................................................49
Figura 22 - Apólice ...........................................................................................................................................................50
Figura 23 - Contrato ........................................................................................................................................................54
Figura 24 - Catálogo eletrônico .................................................................................................................................55
Figura 25 - Modelo planejamento estratégico ......................................................................................................58
Figura 26 - Modelo procedimento .............................................................................................................................59
Figura 27 - Caminhão .....................................................................................................................................................69
Figura 28 - Mapa do brasil ............................................................................................................................................71
Figura 29 - Dados descritivos .......................................................................................................................................73
Figura 30 - Empilhadeira ...............................................................................................................................................76
Figura 31 - Diálogo ..........................................................................................................................................................82
Figura 32 - Características dos textos argumentativos ......................................................................................83
Figura 33 - Modelo de reportagem ...........................................................................................................................84
Figura 34 - Gênero textual ............................................................................................................................................85
Figura 35 - Tipos de argumento ..................................................................................................................................85
Figura 36 - Reflexo ...........................................................................................................................................................95Figura 37 - Perguntas para elaboração de relatório. ...........................................................................................96
Figura 38 - Plágio ..............................................................................................................................................................97
Figura 39 - Relatório de pesquisa científica ............................................................................................................98
Figura 40 - Relatório de atividades escolares. ........................................................................................................99
Figura 41 - Relatório comercial ................................................................................................................................ 100
Figura 42 - Relatório administrativo ....................................................................................................................... 102
Figura 43 - Palestra ....................................................................................................................................................... 108
Figura 44 - Apresentação ........................................................................................................................................... 110
Figura 45 - Recursos multimídias ............................................................................................................................ 111
Figura 46 - Ampulheta ................................................................................................................................................ 112
Figura 47 - Topofobia ................................................................................................................................................... 113
Figura 48 - Orador ......................................................................................................................................................... 116
Figura 49 - Apresentação ........................................................................................................................................... 117
Figura 50 - Boa aparência ........................................................................................................................................... 118
Figura 51 - Orador ......................................................................................................................................................... 119
Quadro 1 - Matriz curricular ...........................................................................................................................................12
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados .....................................................................................................................20
Quadro 3 - Características dos textos.........................................................................................................................34
Quadro 4 - Características de um texto .....................................................................................................................36
Quadro 5 - Recursos linguísticos para um texto ....................................................................................................37
Quadro 6 - Modelo de manual .....................................................................................................................................55
Tabela 1 - Exemplo de tabela clientes ........................................................................................................................56
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................11
Objetivos de aprendizagem ...........................................................................................................................15
2 Comunicação...................................................................................................................................................................15
2.1 Níveis de fala .................................................................................................................................................16
2.2 Processo .........................................................................................................................................................22
3 Parágrafo ...........................................................................................................................................................................31
3.1 Estrutura interna dos parágrafos ...........................................................................................................32
3.2 Unidade interna ...........................................................................................................................................35
4 Interpretações de Texto ...............................................................................................................................................41
5 Descrição ..........................................................................................................................................................................67
5. 1 Conceituação ...............................................................................................................................................68
5.2 Descrição de objeto, processo e ambiente .......................................................................................73
6 Dissertação .......................................................................................................................................................................81
6.1 Estrutura .........................................................................................................................................................82
6.2 Argumentação ..............................................................................................................................................85
7 Relatório ............................................................................................................................................................................93
8 Técnicas de apresentação ........................................................................................................................................ 107
Referências
Minicurrículo da autora
Índice
introdução
1
Prezado aluno,
Este é seu contato inicial com o curso de logística. Este livro faz parte do módulo básico que 
contempla também as disciplinas que tratam de Matemática Aplicada (livro 2), Tecnologia da 
Informação e Comunicação (livro 3) e finalmente o livro 4, que apresenta os Fundamentos dos 
Processos Logísticos. Ao final do módulo básico, você iniciará os módulos específicos, que está 
dividido em dez livros, todos de fundamental importância em sua capacitação. 
Este livro tem como objetivos levá-lo à:
a) Conhecer os processos da comunicação humana e os aspectos que interferem ou impac-
tam na linguagem;
b) Comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos;
c) Caracterizar e Identificar os tipos de parágrafos existentes, como também suas estruturas 
internas;
d) Identificar, quais aspectos interferem na unidade interna de um parágrafo;
e) Ler, compreender e interpretar textos, documentos, relatórios, planilhas, relatórios e grá-
ficos adequadamente, sobretudo os técnicos;
f) Identificar os fundamentos e as características de um texto descritivo;
g) Elaborar descrições técnicas por meio de textos e imagens;
h) Compreender a estrutura de uma dissertação;
i) Identificar os tipos de argumentação para produzir textos dissertativos com qualidade;
j) Elaborar um relatório ou documento técnico;
k) Identificar os tipos de relatórios mais comuns adotados pela logística.
Segue abaixo a matriz curricular do seu curso.Em destaque, a unidade
curricular (ou livro) em que você está.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA12
Quadro 1 - Matriz curricular.
Fonte: SENAI, 2012.
Durante o estudo deste livro, serão abordados tópicos que lhe permitirão 
desenvolver as seguintes capacidades:
CAPACIDADES TÉCNICAS:
a) Planejar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos, 
produção e distribuição de bens e serviços.
b) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos 
de bens e serviços.
c) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo à produção de 
bens e serviços.
d) Executar as operações dos processos logísticos, atendendo à distribuição de 
bens e serviços.
e) Controlar as operações dos processos logísticos
CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS
a) Ter comprometimento
b) Ter visão sistêmica
c) Ter proatividade
d) Ter disciplina
e) Ter organização
f) Ter atenção
 1 iNtrUDUÇÃo 13
g) Ter raciocínio lógico
h) Tomar decisões
i) Trabalhar em equipe
j) Manter relacionamento interpessoal
k) Ter capacidade de negociação
l) Ter dinamismo
m) Ter iniciativa
n) Ter empatia
Este livro está dividido em oito capítulos. O capítulo 1 apresenta o objetivo e as 
capacidades propostas por esta disciplina. A partir do capítulo 2, aprenderemos 
questões inerentes comunicação, parágrafo, interpretação de texto, descrição, 
dissertação, relatório, encerrando com técnicas de apresentações.
Construiremos um conhecimento que o habilitará a desenvolver-se tanto 
como pessoa, mas, sobretudo, como profissional especializado em logística, obje-
tivo principal deste e de todos os outros materiais que você verá ao longo do 
curso. Esperamos que consiga atingir este objetivo ao passo que se empenhe em 
dar o seu melhor.
Não esqueça que você é o principal responsável por:
a) Sua formação.
b) Estabelecer e cumprir um cronograma de estudo realista.
c) Separar um tempo para descansar.
d) Não deixar as dúvidas para depois. 
e) Consultar seu professor/tutor sempre que tiver dúvida.
Sucesso e bons estudos!
comunicação
2
objetivoS De apreNDizagem
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) Conhecer o processo de comunicação humana e os aspectos que interferem ou impac-
tam na linguagem; 
b) Comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos.
A linguagem humana é dinâmica, pois envolve troca de informações, utiliza sistemas de 
símbolos para a comunicação e tem um papel importante na evolução do ser humano; sem ela, 
não podemos nos comunicar. Assim, o ser humano pode transmitir todo conhecimento adqui-
rido por meio da linguagem, uma vez que, a partir do seu uso, observamos, compreendemos e 
interagimos com o mundo. (Vide figura 1).
canon
japan
Figura 1 - Comunicação.
Fonte: SENAI, 2012.
Neste capítulo, vamos trabalhar com o processo de comunicação. Dentro de uma empresa, 
existem obstáculos para se alcançar uma comunicação com sucesso. Imagine você contratando 
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA16
1 CóDIGO DE BARRAS:
É o conjunto de barras 
e espaços verticais de 
espessura variada, cuja 
combinação entre si 
resultará na codificação 
de dígitos numéricos ou 
caracteres alfanuméricos, 
legíveis por equipamentos 
ópticos eletrônicos. 
uma nova empresa, em substituição da atual, para transportar produtos entre 
sua fábrica e seu cliente. Seu gerente percebe que a proposta da transportadora 
futura apresenta diversas vantagens em relação à atual, porém estas vantagens 
não estão claras na minuta contratual. Ele diz que são necessários termos muito 
bem claros e acordados todos os itens contratuais, para que não tenhamos pro-
blemas futuros entre o acordado e o realizado.
Assim sendo, este capítulo lhe dará subsídios necessários para uma comu-
nicação mais eficiente e eficaz ao longo de sua atividade como profissional de 
logística. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Segundo Pinker (2002), os bebês humanos nascem an-
tes de seus cérebros estarem completamente formados.
 
2.1 NíveiS De fala
No início da história da evolução do homem, não havia muita diferença entre 
as espécies que habitavam o planeta terra, porém o ser humano desenvolveu a 
capacidade de expressar suas ideias, fruto da análise e reflexão sobre as coisas. 
Então, o que diferenciou o homem das demais espécies foi a comunicação?
Isso mesmo! Para que a comunicação ocorresse, fez-se necessário desenvolver 
a linguagem oral e escrita. 
Os primeiros sinais de comunicação feitos pelos homens pré-históricos foram 
as pinturas rupestres, que podem ser encontradas ainda hoje nas paredes das 
cavernas. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Que pinturas rupestres são desenhos nas paredes 
das cavernas, representando cenas do cotidiano dos 
homens pré-históricos? As pinturas eram feitas com 
extrato de plantas, carvão, rochas e até com sangue de 
animais.
Essas pinturas tinham o objetivo de reforçar as histórias contadas oralmente 
pelos homens pré-históricos. Após essa fase, o ser humano passou a combinar 
elementos a fim de comunicar suas ideias. (Vide figura 2).
 2 comUNicaÇÃo 17
Figura 2 - Escrita egípcia.
Fonte: STOCK XCHNG, 2003
O homem desenvolveu um sistema de sinais que representava sons e, com 
isso, construíram palavras, nomeando os seres e tudo o que nos cerca. Dessa 
forma, pode-se dizer que o homem criou a linguagem e, por meio dela, passou a 
sua cultura para as gerações posteriores.
Segundo Ferreira (1986, p. 508), cultura é um “complexo dos padrões de com-
portamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais 
transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”.
A comunicação humana tem o objetivo de transferir algum tipo de conheci-
mento para outrem. A transmissão do conhecimento ocorre porque o homem 
tem a capacidade de criar formas de linguagem. É a linguagem falada e escrita 
que possibilita a comunicação, portanto “[...] o homem é um ser que se criou ao 
criar uma linguagem” (PAZ, 1982, p. 42).
A comunicação humana pode ser realizada de inúmeras formas. Não se dá 
apenas por meio das palavras, mas também pelos símbolos. Um exemplo é o 
código de barras 1 que, assim como qualquer outro sistema de escrita, possui seu 
próprio conjunto de símbolos. (Vide figura 3).
Figura 3 - Código de barras.
Fonte: SENAI, 2012
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA18
Desta forma, os dados capturados, nessa leitura ótica, são compreendidos 
pelo computador e este os converte em letras ou números, para ler esse símbolo. 
Para comunicar uma ideia, conforme figura 4, o homem usa a língua, que é um 
sistema de signos, “[...] é o elemento utilizado para representar o objeto. É com-
posto de duas partes: o significante 2 e o significado”3 (GRIFFI, 1991, p. 9). 
Figura 4 - Palete.
Fonte: SENAI, 2012.
A língua é “[...] o conjunto de palavras e expressões usadas por um povo” (FER-
REIRA, 1986, p. 1034) ou “[...] é um conjunto de signos e de regras de combinação 
desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade” 
(MAIA, 2005, p. 22). 
A língua é dinâmica e está sempre se modificando, pois algumas palavras são 
inseridas, outras entram em desuso e outras, ainda, mudam de significado, con-
forme sua utilização.
A escrita tem a função de relatar fatos históricos e manifestações culturais, ao 
longo da história. Ao relatar, o homem cria e produz a cultura. Portanto, a linguagem 
é a base da cultura. (Vide figura 5).
Figura 5 - Manifestações culturais.
Fonte: SENAI, 2012.
2 SIGNIFICANTE
Parte material ou objeto ou 
representação gráfica. 
3 SIGNIFICADO
Significado: ideia que 
desejamos representar 
(conceito). Ex: Palete - 
estrado, geralmente, de 
madeira ou plástico, usado 
para empilhar e transportar 
materiais, que pode ser 
movimentado por uma 
empilhadeira.
 2 comUNicaÇÃo 19
 VOCÊ 
 SABIA?
Que manifestações culturais são as formas encontradas 
pelo homem para expressar o que ele pensa, deseja fa-
zer ou modificar? Ex: pinturas, esculturas, música, teatro, 
dança, literatura etc.
A língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a línguafalada no estado 
Lácio, região onde atualmente fica a cidade de Roma, na Itália. Em prol da expan-
são do Império Romano, o latim se espalhou por grande parte da Europa, dando 
origem ao português, espanhol, catalão, francês, italiano e ao romeno. Naquela 
época, havia dois níveis de expressão do latim: 
a) latim clássico; 
b) latim vulgar.
Atualmente, existem duas formas de expressão: linguagem culta e a lingua-
gem coloquial. Conheça as particularidades de cada expressão. (Vide figura 6).
Linguagem
Culta
Coloquial
segue a norma culta
é usada em situações formais
é polida
há seleção cuidadosa das palavras
é ensinada nas escolas
é empregada no cotidiano
não obedece, necessariamente, a norma culta
é solta, com construções mais simples
permite abreviaturas, diminutivos, gírias, etc
Figura 6 - Linguagem.
Fonte: SENAI, 2012.
Outras culturas também exercem influência sobre a nossa e podem ser per-
cebidas no vestuário, na culinária, na música, no comportamento e na própria 
língua. (Vide figura 7).
Alguns autores citam que o termo Logística, por exemplo, vem do grego 
“LOGÍSTIKOS”, do qual derivou o latim “LOGISTUCUS”, ambos significando cálculo 
e raciocínio no sentido matemático. Outros autores citam que vem do francês 
“LOGISTIQUE”, que deriva do verbo “LOGER” que significa colocar, alojar ou habitar. 
Originalmente significava o transporte, abastecimento e alojamento de tropas.
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA20
Figura 7 - Movimentos culturais
Fonte: EVERY STOCK PHOTO
 VOCÊ 
 SABIA?
Neologismos, são influências que a língua sofre de ou-
tras línguas, de grupos sociais e até mesmo na criação 
de novas palavras.
 
O assunto não para por aqui. Vamos em frente? Aproveite todos os caminhos 
que levam ao conhecimento.
Estrangeirismos
Existem palavras que foram incorporadas à língua portuguesa sem modificar 
a sua forma original ou a pronúncia, e outros vocábulos foram aportuguesados.
Do francês alojar, carga
Do Japão kanban
Do inglês contêiner
Do espanhol bagagem
Do árabe aduana, armazém
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados.
Fonte: SENAI, 2012.
 2 comUNicaÇÃo 21
Neologismos
Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não 
encontra uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma 
palavra com sentido novo, diferente do original e, após algum tempo, é incorpo-
rado ao dicionário. Temos como neologismo na logística o termo “logística fiscal” 
(Vantine).
 FIQUE 
 ALERTA
A palavra Intralogística é um neologismo e em uma em-
presa, refere-se à logística interna de movimentação e 
armazenagem. 
Gírias
As gírias nascem em um determinado grupo social ou uma profissão na qual 
se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da 
língua com intuito de fazer segredo ou distinguir o grupo dos demais, criando 
uma linguagem própria (jargão). Dentro da logística, utilizamos muitos jargões.
Regionalismo
A influência de várias culturas deixou no Brasil muitas marcas que acentuaram 
a riqueza do vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta diferen-
ças no sotaque e na pronúncia das palavras sem, necessariamente, constituir-se 
num erro. Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um com-
pletamente diferente.
Para compreender melhor o assunto, veja o exemplo da figura 8, tem vários 
nomes, a depender da região. 
a) paleteira
b) burrinha
c) patinha
Qual deles é mais usado na sua região?
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA22
Figura 8 - Transpaleteira.
Fonte: SENAI, 2012.
Pode-se perceber que a comunicação se dá por diversas formas de linguagem. 
A cultura de um povo é um fator que contribui muito para as transformações da 
língua.
Agora se prepare para dar continuidade a mais um novo percurso de apren-
dizagem.
2.2 proceSSo 
Na etapa anterior, você viu que a comunicação humana foi o que diferenciou o 
homem das demais espécies. Em função da capacidade de analisar e expressar os 
pensamentos de forma oral ou escrita, o homem conseguiu, ao longo da história, 
repassar às outras pessoas aquilo que aprendeu e viveu.
A comunicação é fundamental para o ser humano e confunde-se com a própria 
vida. Ao ler um texto, assistir à TV, conversar com alguém ou interpretar os sinais 
de trânsito, realizam-se atos comunicativos. Em cada um desses atos, encontra-
mos os elementos: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto.(Vide 
figura 9).
 2 comUNicaÇÃo 23
Figura 9 - Esquema de comunicação.
Fonte: SENAI, 2012.
a) Vamos conhecer cada um desses elementos?
b) Emissor: emite a mensagem.
c) Receptor: recebe a mensagem.
d) Mensagem: conteúdo transmitido.
e) Canal: meio usado para transmitir a mensagem.
f) Código: conjunto de signos usados para elaborar a mensagem.
g) Contexto (referente): objeto, fato/situação, imagem, juízo ou raciocínio a 
que a mensagem se refere.
Figura 10 - Elementos de Comunicação.
Fonte: SENAI, 2012.
Pode-se fazer uma análise da figura número 10 acima, com uma atividade 
logística:
a) O emissor – a indústria
b) Mensagem – consumo
c) Receptor – o distribuidor
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA24
d) Código – verbal e não verbal (palavras/figuras)
e) Referente/contexto – coleta de resíduos
f) Canal – transporte 
Nessa figura, temos a enfatizar o assunto (referente) que é a etapa “coleta de 
resíduos”. Neste processo de comunicação, a mensagem passada é a de que, após 
consumido o produto, ele deve retornar para a indústria, que atua como emissor.
Pode-se verificar que, o distribuidor funciona como receptor, o meio (canal) 
utilizado no processo foi o transporte do produto e, por fim, o código utilizado 
para comunicar-se é tanto o verbal (palavras) quanto o não verbal (figuras).
 Agora, é preciso entender melhor os elementos da comunicação: o emissor, 
o receptor, a mensagem, o referente, o código, o canal, e os signos. Lembra que 
você estudou esse assunto anteriormente?
a) O emissor é quem elabora e transmite uma mensagem, por isso deve procu-
rar ser claro e objetivo. 
b) O receptor é quem ouve (recebe) a mensagem. Para ser efetivo na comu-
nicação, é necessário que o emissor conheça o receptor. Quanto mais 
informações o emissor tiver sobre o receptor, mais chances ele terá para 
alcançar seu objetivo. Se o emissor souber qual é a idade, o nível de conhe-
cimento sobre o assunto e a cultura do receptor, é mais fácil escolher as 
palavras certas para transmitir a mensagem e ser efetivo. 
c) A mensagem é a ideia, intenção ou informação que se pretende comunicar e 
o maior desafio é transmiti-las com clareza. A mensagem pode usar diversos 
signos.
d) O referente é o objeto, o assunto abordado em uma mensagem. Está inse-
rido no contexto da informação e, assim sendo, o emissor deve ser preciso, 
objetivo, procurando transmitir a informação de forma imparcial, direta, sem 
suscitar dúvidas sobre o assunto que está sendo tratado naquele contexto. 
e) O código é quando usamos a própria língua para explicar ou definir elemen-
tos. Um exemplo claro de código, é o dicionário. A língua portuguesa é o 
código que utilizamos para nos comunicar.
f) O canal é o meio físico que utilizamos para manter contato entre emissor e 
receptor. É pelo canal que a mensagem “caminha” e, por isso, ele deve ser 
escolhido de forma objetiva, com o intuito de facilitar a comunicação.
Conheça melhor a função dos signos!
Os signos podem ser verbais e não verbais. Todas as línguas são compostas 
por um sistema de signos e um conjunto de regras que determinam como esses 
signos deverão ser utilizados. 
 2 comUNicaÇÃo 25
Provavelmente, quando criança, você e seus amigos criaram algum sistema de 
comunicação secreto para transmitir mensagens que deveriam ficar restritas a um 
pequeno grupo de pessoas, certo? Vocês criaram um código para se comunicar.
As pessoas ao redor do planeta também criaram códigos para se comunicar. 
O código é a linguagem escolhida para transmitir uma determinada mensagem 
(Vide figura 11). Existem vários códigos que foram desenvolvidos para que as pes-
soas pudessemse entender. Assim sendo, toda comunicação deve ter objetivos 
claros: informar, provocar, encantar, cativar, educar ou persuadir.
R SIL A
Figura 11 - Libras e Braile.
Fonte: SENAI, 2012.
 SAIBA 
 MAIS
Conheça a história do cometa Halley. Você vai achar diverti-
do e interessante perceber como as comunicações entre os 
vários personagens sofrem alterações que comprometem a 
mensagem. Pesquise em site de busca pelas palavras-chave: 
cometa Halley, comunicação, cellphones, educational, educa-
ção, cometa, Halley, língua, portuguesa.
A mensagem precisa ser transmitida em um determinado formato para que 
possa ser interpretada pelo receptor (Vide figura 12). O emissor deve escolher 
um código conhecido pelo receptor, caso contrário, a comunicação não se dará. 
Outro aspecto importante no processo de comunicação humana é o canal uti-
lizado para transmitir a mensagem. O canal é o instrumento utilizado para levar a 
mensagem do emissor ao receptor. 
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA26
Figura 12 - Processo da comunicação humana
Fonte: SENAI, 2012.
 É preciso compreender esse processo, porque, ao saber qual é a mensagem, 
para quem ela se destina, que tipo de canal será usado, qual é o contexto em que 
a mensagem se dará e qual o código a ser usado, têm-se mais chances de ser efe-
tivo na comunicação. 
Você percebeu que existem diversas formas de comunicação facilitando, assim, 
o envio da mensagem. Todos os dias, a todo momento, estamos nos comuni-
cando por diversos canais. Muitas vezes, há erros na comunicação que nos levam 
a situações desagradáveis. Mas podemos evitar alguns problemas, conhecendo 
melhor como acontece o processo de comunicação. Confira a seguir um exemplo 
de falhas na comunicação e perceba como estas falhas podem ocasionar diversos 
transtornos na vida pessoal, profissional e social de uma pessoa. (Vide figura 13).
Figura 13 - Falha de comunicação
Fonte: SENAI, 2012.
 2 comUNicaÇÃo 27
Comunicar-se melhor é, também, um constante aprendizado. Você será sem-
pre desafiado a vivenciar ótimos momentos de aprendizagem que enriquecerá 
sua prática pessoal e profissional de comunicação.
 SAIBA 
 MAIS
Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre os assuntos 
abordados? Leia: CENARO, Katia Flores; LAMÔNICA, Dionísia 
Aparecida Cusin; BEVILACQUA, Maria Cecília. O Processo de 
Comunicação. São José dos Campos, SP: Pulso, 2007.
caSoS e relatoS
Gestão da informação na empresa Natura
A Natura sempre mantém um processo dinâmico e constante de comu-
nicação em diversas áreas, e está empenhada em transmitir e expressar 
informações, conhecimentos, ideias, emoções, planos, objetivos e resulta-
dos de forma clara e transparente. 
É compromisso da empresa, garantir o alinhamento e comprometimento 
de todos em relação aos desafios do trabalho, manter um nível de relacio-
namento positivo e transparente entre a empresa e seus colaboradores, 
clientes e fornecedores, evitar o retrabalho e garantir a disseminação do 
conhecimento.
Os processos internos da empresa valorizam a diversidade como forma de 
estimular as contribuições dadas por pessoas de diferentes culturas, raças, 
religiões, sexo e experiências anteriores, sejam elas pessoais ou profissio-
nais.
Fonte: www.natura.net
 recapitUlaNDo
cOMUNIcAÇÃO ORAL E EScRITA28
Neste capítulo, você descobriu que a comunicação foi o que diferenciou 
o homem das demais espécies e, para que ela ocorresse, fez-se necessário 
desenvolver a linguagem oral e a escrita. Os primeiros sinais de comuni-
cação humana são desenhos encontrados nas paredes das cavernas feitos 
pelos homens pré-históricos. Para transferir algum tipo de conhecimento 
à outra pessoa, o homem desenvolveu um sistema de signos formando a 
língua, que é um conjunto de palavras usadas por um determinado povo.
Você identificou que existem duas formas de expressão: a linguagem culta 
e a coloquial. A língua é dinâmica e está sempre se modificando porque 
sofre influência de outras culturas. Para que o processo de comunicação 
ocorra, alguns elementos são necessários: emissor, receptor, mensagem, 
canal, código e o contexto. O grande desafio do ser humano é ser efetivo 
na transmissão de suas intenções.
Na próxima etapa, você terá a oportunidade de identificar a estrutura 
interna do parágrafo, além de aprender a diferenciar os tipos de parágrafo 
existentes.
Anotações:
 2 comUNicaÇÃo 29
parágrafo
3
objetivoS De apreNDizagem
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar a estrutura interna de parágrafo;
b) diferenciar os tipos de parágrafos;
c) identificar quais são os aspectos necessários para que um parágrafo tenha uma boa uni-
dade interna.
O parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma 
unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em 
um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. 
Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo 
de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, 
um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza. 
Por exemplo, em um texto descritivo da função de um comprador, você pode ter a introdu-
ção, o desenvolvimento e a conclusão:
a) um parágrafo formado por uma introdução: por exemplo - “Os compradores são pro-
fissionais que compram pequenas e grandes quantidades de materiais, suprimentos e 
equipamentos”, este parágrafo, cujo tópico frasal tem o objetivo de definir qual a função 
do comprador; 
b) o desenvolvimento, por exemplo - “Também fazem acordos, contratos de suprimentos 
e organizam estratégias de suprimento”, ou seja - aborda a finalidade dele (o comprador) 
na empresa; e 
c) a conclusão: por exemplo - “os materiais ou serviços são comprados para o próprio uso 
da empresa ou para que sejam revendidos”, ou seja, explica o porquê da compra dos 
materiais.
A seguir, convido você para mergulhar no estudo mais detalhado do assunto com muita 
dedicação e autonomia. 
comunicação oral e escrita32
3.1 eStrUtUra iNterNa DoS parágrafoS
Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda 
alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por 
vários períodos que apresentam uma única ideia. O período é composto por uma 
ou mais orações com sentido completo e termina com um sinal de pontuação - 
ponto final, exclamação ou outro equivalente.
 A frase é um enunciado com sentido completo, que pode ou não conter um 
verbo. Por exemplo:
Proibida a entrada no almoxarifado (frase nominal).
É proibida a entrada no almoxarifado (frase verbal ou oração).
Já a oração sempre contém a presença de verbo e pode vir com sentido 
completo ou incompleto, observe: É necessário que se proíba a entrada no almo-
xarifado (É necessário), é uma oração e não está com sentido completo porque 
depende da 2ª oração, (que se proíba a entrada no almoxarifado), para ter sentido 
completo.
 FIQUE 
 ALERTA
O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente, com-
posto por uma sequência de frases organizadas em um ou 
mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma 
ideia básica.
caSoS e relatoS
Problemas na construção de parágrafos
A gestora Aparecida trabalhava na comunicação da empresa Logística & 
Empregos LTDA. Certo dia pediu para que seu colaborador redigisse um 
parágrafo sobre o tema que foi tratado na palestra a que assistiram na 
semana do meio ambiente.
Ricardo estava empolgado para escrever um pequeno parágrafo sobre 
aquele assunto que havia despertado tanto interesse. Na palestra, ele ouviu 
falar que, para certificação ISO 9000, os funcionários teriam de conhecer 
o funcionamento da cadeia produtiva, por isso esse programa teve como 
objetivo explicar detalhadamente o processo.
Quando Aparecida começou a ler sua produção, deparou-se com o seguinte 
texto:
 3 parágrafo 33
“Com a preservação do meio ambiente, a empresa não sabe mais definir 
a filosofiaque envolve a empresa, com o tempo essa filosofia ultrapassou 
os muros da empresa, um dia financiava os projetos assistenciais, outro a 
resolução de problemas internos e isso prejudica muito a comunidade.”
A colaboradora não entendeu nada e compreendeu que seu colega tinha 
problemas para estruturar um parágrafo e que sem unidade interna qual-
quer produção perde seu sentido. Ela retomou o conteúdo e orientou 
novamente o colaborador para que ele desenvolvesse esta competência. 
Veja como ficou o parágrafo.
“Com a preservação do meio ambiente, a empresa precisa definir que 
filosofia envolve suas ações. Com o passar do tempo, essa nova filosofia 
ultrapassou os muros da empresa e se manifestou no financiamento de 
projetos assistenciais junto à comunidade.”
Fonte: SENAI, 2012.
A partir do exemplo citado anteriormente, podemos considerar o parágrafo 
como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um obje-
tivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e 
deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que não se devem usar parágrafos demasiadamente 
longos, pois dificultam a transmissão de uma ideia de 
forma clara e objetiva? Os parágrafos longos podem 
confundir ou dispersar a atenção do leitor.
Os parágrafos, geralmente, são formados por vários tipos de texto. Os tipos 
mais conhecidos são os narrativos, os descritivos e os dissertativos, que podem 
ser classificados como argumentativos ou expositivos.
Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente, 
para deixar sua ideia clara e objetiva.
Confira, no quadro a seguir, características que podem auxiliar você na identi-
ficação de cada tipo de texto.
comunicação oral e escrita34
Narração
• Relato de fatos.
• Presença de narrador, personagens, enredo, 
cenário, tempo.
• Apresentação de um conflito.
• Predomínio da linguagem subjetiva.
• Uso de verbos de ação.
• Mescla de descrições para visualização do 
ambiente, do contexto.
• Uso frequente do diálogo direto e o indireto 
• Prevalência da conotação.
Descrição (argumento / exposição)
• Relato de pessoas, ambientes, objetos.
• Predomínio de atributos.
• Uso de verbos de ligação.
• Emprego frequente de metáforas, 
comparações e outras figuras de linguagem.
• Resulta em uma imagem física ou 
psicológica.
Dissertação
• Defesa de um argumento.
• Apresentação de uma tese que será defendida.
• Desenvolvimento ou argumentação.
• Fechamento.
• Predomínio da linguagem objetiva.
• Prevalece a denotação.
Quadro 3 - Características dos textos
Fonte: CAMPEDELLI; SOUZA, 2000 (adaptado).
Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, 
organizada numa determinada sequência de tempo e lugar. O principal elemento 
é a história, que deve ter começo, meio (conflito) e fim.
Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, 
lugares etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou 
dissertativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local.
Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. 
A descrição é utilizada, principalmente, em relatórios. 
 3 parágrafo 35
Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que 
ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto 
de vista com o objetivo de convencer o leitor.
Mais adiante, você terá oportunidade de estudar com mais detalhe a descrição 
e a dissertação. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Que os escritos antigos não tinham pontuação, parágra-
fos, capítulos, versículos, divisões, títulos? Eram escritos 
mais ou menos assim: portantoidefazeidiscipulosdeto-
dasasnacoesbatizandoosem nomedopaiedofilhoedoes-
piritosanto.
 
3.2 UNiDaDe iNterNa
Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido. 
Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo, não se muda 
de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada 
parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma 
que o leitor compreenda o texto.
 FIQUE 
 ALERTA
Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e 
clareza. 
 
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem cons-
truída que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: 
trata-se de um particípio – o mesmo que tecido. Assim, um texto é um tecido de 
palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13). Um texto claro e conciso contém 
palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambiguidades, redundân-
cias, modismos e emprego excessivo da voz passiva.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que coerência é também resultante da adequação do 
que se diz ao contexto extra verbal? Ou seja, aquilo a 
que o texto faz referência, que precisa ser conhecido 
pelo receptor.
 
comunicação oral e escrita36
A coerência textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias 
apresentadas no texto. Refere-se à unidade do tema. Um texto coerente deve 
apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, com início, meio e fim. Seus 
fatos também devem ser apresentados de forma coerente e sem contradições, e 
a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.
É comum encontrar-se textos confusos e difíceis de ser entendidos. Isso ocorre 
porque tanto a coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas. Observe a 
frase a seguir: “O chefe Sr. Josué perdeu todo seu controle de compras. O quê? O 
meu controle de compras?” 
Quem perdeu o controle de compras? O mau uso do pronome “seu” dificulta 
a interpretação do texto.
Podemos dizer: O chefe Sr. Josué perdeu todo o controle de compras dele.
A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a construção 
das ideias de maneira bem elaborada.
 “A maneira como são articuladas as ideias por meio das pala-
vras e das frases é que determina se há uma unidade de sentido 
ou apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO 
e TUFANO, 2004, p. 371). 
Segundo Cegalla (2000, p. 590), um bom texto deve ter:
Correção gramatical respeitar às normas linguísticas.
Concisão informar com economia de palavras.
Clareza ter uma comunicação imediata, sem obscuridade.
Precisão empregar o termo adequado e de forma acertada.
Naturalidade evitar termos rebuscados e desconhecidos ao leitor.
Originalidade indicar dados concretos.
Nobreza usar palavras cultas e corretas.
Harmonia ser colorido e elegante (uso criterioso de �guras de linguagem).
Quadro 4 - Características de um texto.
Fonte: SENAI, 2012.
 3 parágrafo 37
A coesão textual, vide figura 14, exige que sejam empregados vários elemen-
tos de forma adequada:
Figura 14 - Coesão textual.
Fonte: SENAI, 2012.
Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a 
sua coesão textual:
a) regências incorretas;
b) concordâncias incorretas;
c) frases inacabadas;
d) inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.
Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários 
recursos linguísticos para unir orações e parágrafos. 
Os mais conhecidos são:
Conjunção e, mas, ou, portanto, pois, como, embora, desde que, se, etc.
Preposições a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo etc.
Pronomes eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
Advérbios sim, realmente, talvez, muito, abaixo, não, agora, hoje, etc.
Quadro 5 - Recursos linguísticos para um texto.
Fonte: SENAI, 2012.
Além desses fatores, também devem-se evitar os períodos muito longos, voca-
bulário rebuscado, pontuação inadequada, ambiguidade e redundância para 
que o texto tenha coesão e clareza textual. 
Coesão é a conexão entre os elementos ou as partes do texto. Se esses recur-
sos forem mal empregados, o texto tornar-se-á ambíguo e incoerente. Como um 
texto se torna ambíguo e incoerente?
comunicação oral e escrita38
A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o emprego 
de palavras de duplo sentido e por problemas de construçãodas frases. A redun-
dância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou desnecessária.
Lembre-se de que você é capaz de construir e reconstruir o significado de um 
texto por meio da integração das novas informações com os conhecimentos pré-
vios. Portanto, a análise textual depende também do conhecimento do mundo. 
Assunto que você estudará mais adiante. 
Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um 
desenvolvimento e uma conclusão. Conheça um pouco mais sobre cada uma 
dessas etapas. (Vide figura 15).
Apresentar, em 
uma ou duas 
frases curtas, a 
ideia principal do 
parágrafo 
deixando claro o 
seu objetivo.
Conclusão
Retorna-se a ideia 
central 
analisando-se os 
diversos aspectos 
apresentados no 
desenvolvimento, 
fazendo uma 
amarração entre 
todos os tópicos 
abordados no 
parágrafo.
Desenvolvimento
Amplia-se o tópico 
frasal 
apresentando as 
ideias que 
esclarecem ou 
embasam a ideia 
central do 
parágrafo
Introdução
ou tópico
frasal
Parágrafo
Figura 15 - Etapas do parágrafo.
Fonte: SENAI, 2012.
Nos parágrafos mais curtos, a conclusão sempre está presente. Passar de um 
parágrafo a outro carece de uma atenção especial por parte do autor do texto. 
Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta, pois é 
necessário fazer um encadeamento lógico e natural entre eles. Em alguns casos, 
é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias 
seja apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem argumentos diferentes sobre 
o tema para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto 
que precisa ser observado na elaboração de um texto e, principalmente dentro 
do parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras ou uso de termos rebusca-
dos com o objetivo único de impressionar o leitor. 
 3 parágrafo 39
 
 SAIBA 
 MAIS
Que tal fazer um teste para verificar como anda a sua comu-
nicação? 
Acesse: http://vocesa.abril.com.br/testes/carreira/Como-vai-
-sua-comunicacao.shtml 
 recapitUlaNDo
Você estudou que todos os parágrafos são compostos por vários períodos 
e apresentam uma única ideia. São unidades de discurso auto-suficientes 
compostas por uma sequência de frases organizadas em um ou mais perí-
odos e apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Um parágrafo 
tem introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo unidade, coe-
rência, concisão e clareza e pode ser curto ou longo.
Os parágrafos são minitextos e podem ser narrativos, descritivos ou dis-
sertativos, pois acompanham o tipo de texto que está sendo elaborado. 
O texto deve apresentar parágrafos com argumentos diferentes sobre o 
tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo.
Agora que você já sabe como elaborar um parágrafo, aprenda a seguir 
como analisar textos, inclusive os textos técnicos. 
interpretações de texto
4
objetivoS De apreNDizagem
 Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) Ler, compreender e interpretar textos adequadamente;
b) Interpretar textos, inclusive os técnicos.
Você já teve dificuldades para compreender um texto? (Figura 16).
Figura 16 - Interrogações.
Fonte: SENAI, 2012.
A grande maioria dos estudantes sente essa dificuldade, mas para compreender um texto, 
você deve seguir algumas dicas preciosas. 
Um texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que 
forma um todo significativo. Um bom texto deve ter coerência e coesão, sem ambiguidades 
ou redundâncias. Além de compreender um texto, é necessário interpretá-lo, ou seja, formar 
uma ideia própria para, posteriormente, desenvolver o próprio texto. Descubra como você 
pode fazer isso, observando informações constantes em manual de utilização de equipamento 
conhecido como sprinkler1.
comunicação oral e escrita42
1 SPRINKLER:
É um equipamento 
fundamental no primeiro 
combate ao fogo; fica 
instalado no teto e entra em 
funcionamento quando a 
temperatura local ultrapassa 
certo nível, passando a 
espalhar água. 
É bom instalar um sistema de proteção que seja acionado automaticamente 
e que atue diretamente sobre o foco do incêndio no exato momento em que 
ele inicie. A questão dos equipamentos do primeiro combate ao incêndio é 
muito importante em ambiente considerado de risco como em armazéns de uma 
empresa e deve ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros. (Vide figura 17)
Figura 17 - Sprinkler.
Fonte: SENAI, 2012.
 
Então, podemos interpretá-lo como um equipamento de fundamental importân-
cia tanto no combate ao incêndio como no processo logístico. É muito importante 
que o profissional de logística esteja habilitado a interpretar, de forma correta, 
todos os manuais, normas e procedimentos e demais informações inerentes à sua 
área. “Assim, ele estará plenamente habilitado a tirar o maior proveito possível 
dessas ferramentas na sua rotina de trabalho.”
Você está convidado a explorar todas as informações disponíveis sobre o 
assunto, fazendo do seu aprendizado um processo de construção do conheci-
mento.
Análise textual
O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos 
elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o 
julgamento crítico do mesmo.
Existe alguma diferença entre compreender e interpretar um texto?
Sim, existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. 
Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual é a regência verbal 
empregada - compreendendo, então, o significado exato das palavras - identificar 
as referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o 
texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis 
transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
A grande maioria das pessoas acredita que é muito difícil ler e interpretar um 
texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros. 
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 43
 FIQUE 
 ALERTA
Na hora de fazer a intelecção de um texto numa prova de 
concurso ou processo seletivo deve ser levado em conta 
apenas as informações nele contidas, ou seja, o que o au-
tor diz e nada mais.
Para que você interprete adequadamente um texto, siga algumas regras.
a) Fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto.
b) Identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado no dicio-
nário.
c) Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está ten-
tando transmitir.
d) Identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e 
eventuais malícias.
e) Ler cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central.
f) Procurar fundamentos lógicos ao analisar as ideias apresentadas pelo autor.
Você já tinha utilizado alguma dessas regras? É muito importante aplicá-las no 
seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios.
Análise temática 
A primeira leitura que o ser humano faz é a leitura do mundo que o rodeia.
(Vide figura 18).
Figura 18 - Leitura do mundo.
Fonte: SENAI, 2012.
O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais 
convive e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o desenvol-
comunicação oral e escrita44
vimento e aprimoramento da comunicação, ao longo dos anos, o ser humano 
chega até a leitura de textos escritos. 
A primeira leitura que se faz de qualquer texto é sensorial. O 
leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação, trata-a como 
um objeto em si, observando-a, apalpando-a, avaliando seu 
aspecto físico e a sensação tátil que desperta. (INFANTE, 1998, 
p. 49).
Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeira-
mente interessado e busque prazer nessa atividade; assim, o processo se torna 
mais fácil e produtivo. Muitas vezes, a compreensão de um texto vai além do que 
está escrito, é preciso buscar não só o que o autor disse, mas também a mensa-
gem que ele teve a intenção depassar.
Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem, 
que pode ser formal ou informal. 
O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas espe-
cificamente à escrita, enquanto a linguagem falada é mais flexível e se adapta 
livremente às diversas situações. 
Após a leitura de um texto, cabe ao leitor verificar se compreendeu a mensa-
gem do autor. Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser 
capaz de responder a algumas questões como:
a) qual é o assunto tratado? O texto trata de quê?
b) que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando respon-
der? 
c) qual é o gênero do texto: jornalístico, acadêmico, técnico?
d) qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta 
do autor à questão abordada no texto?
e) quais são as ideias secundárias ou argumentos que auxiliam a fundamentá-
-las? Os argumentos são convincentes?
Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise temá-
tica, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as 
ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam 
as ideias do autor.
Para tornar mais claro todo esse assunto, acompanhe um exemplo em que a 
comunicação foi mal interpretada gerando um grande problema.
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 45
caSoS e relatoS
Má interpretação da comunicação
A empresa Rimarol Logística, armazena e distribui produtos de beleza de 
um grande fabricante localizado na cidade de São Paulo. O sistema de dis-
tribuição dos produtos precisa ser eficiente e ágil para que os produtos 
cheguem rapidamente às mãos de suas promotoras de vendas para serem 
entregues aos clientes. 
A empresa implantou um sistema de controle de estoque informatizado 
e de acordo com os relatórios do primeiro semestre, 90 mil reais em mer-
cadorias haviam desaparecido. O gerente do armazém encontrou no lixo 
vários produtos embrulhados como se ali tivessem sido colocados para 
serem retirados mais tarde, então resolveu fazer uma carta para ser entre-
gue a todos os funcionários:
“O novo sistema de controle de estoque implantado em nossa empresa 
identificou que sumiram 90 mil reais em mercadorias. A partir de hoje, pes-
soas não autorizadas não poderão entrar no depósito central e todos os 
funcionários não poderão mais levar embrulhos para fora do depósito ao 
final do expediente. De forma nenhuma, os leais e fiéis empregados devem 
interpretar isso como insinuação de que são ladrões. Estamos tomando 
estas medidas para evitar que novos desaparecimentos aconteçam. Apre-
ciamos a sua cooperação e agradecemos a sua ajuda no passado.”
Figura 19 - Produtos de beleza.
Fonte: SENAI, 2012.
comunicação oral e escrita46
Este fato nos permite uma boa reflexão para compreender o assunto estudado 
até o momento.
Essa comunicação mal feita provocou uma série de problemas porque os 
funcionários se sentiram ofendidos e muitos levaram a carta ao sindicato da cate-
goria que entrou com um processo contra a empresa por injúria e difamação. Em 
vez de solucionar o problema, o clima no armazém ficou insustentável. O gerente 
foi demitido e o problema não foi solucionado. Comunicações mal feitas podem 
ter resultados inusitados.
Lembre-se de que, por meio da análise temática, você poderá avaliar o grau de 
compreensão e apreensão do texto. Porém você também precisa fazer sua pró-
pria interpretação. Quer saber como proceder, confira o próximo assunto. 
Análise interpretativa 
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, é 
preciso formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar 
toda riqueza dos argumentos expostos.
 
 VOCÊ 
 SABIA?
Que a análise interpretativa objetiva apresentar uma 
posição própria a respeito das ideias do texto?
Neste momento, o leitor deve refletir criticamente sobre as ideias apresenta-
das no texto, posicionando-se diante dele. Nessa fase, é importante identificar 
claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros autores 
que escreveram sobre o mesmo tema. 
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 47
Figura 20 - Refletir criticamente
Fonte: SENAI, 2012.
Para fazer isso, vide figura 20, é importante situar o texto no contexto da vida 
e da obra do autor, bem como no contexto de outros textos. 
 FIQUE 
 ALERTA
Um texto escrito no ano de 1800 tem um contexto bem 
diferente de hoje e, por essa razão, não pode ser interpre-
tado da mesma maneira, pois a cultura, os valores e a pró-
pria realidade eram outros. 
 
Na interpretação de um texto é necessário identificar as teorias, correntes, 
validade, originalidade, profundidade e amplitude do tema. Para fazer a análise 
interpretativa de um texto, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo 
tema em questão.
É preciso lembrar que o texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é 
uma mensagem construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto 
claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem 
ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. 
Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, 
com início, meio e fim. Já a análise temática, permite ao leitor elaborar esquemas 
coerentes e que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a 
elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor.
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, 
formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, além de explorar 
toda riqueza dos argumentos expostos.
comunicação oral e escrita48
Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter lido outras 
obras sobre o mesmo tema em questão.
Uma vez tendo realizado todas as etapas, você, como leitor, terá condições de 
produzir conhecimento, fazendo novas proposições.
 SAIBA 
 MAIS
Para explorar o assunto estudado neste capítulo, leia CERE-
JA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CLETO, 
Ciley. Interpretação de Textos: Construindo Competências e 
Habilidades em Leitura. Atual. 2009. 
A partir de agora, você está convidado a percorrer uma nova trajetória de 
aprendizagem. Nesta próxima etapa, você conhecerá diversos recursos para ana-
lisar textos técnicos.
Nada melhor do que unir teoria e prática para concretizar o aprendizado. 
Por isso, você terá a oportunidade de conhecer os gêneros textuais aplicados à 
logística. Utilize esse conhecimento para que, no decorrer dos seus estudos, você 
possa analisar um texto de acordo com as orientações disponíveis. Mas, antes de 
partir para a viagem do conhecimento, resgate suas habilidades de aluno a fim de 
que o trajeto seja prazeroso.
E o que isso tem a ver com Logística? 
Para um profissional técnico em logística, muitas vezes, é preciso desenvolver 
atividades que envolvem conhecimento em diversos gêneros textuais como apó-
lice, catálogo, contrato, dentre outros.
Como faço para entender esse assunto? 
Isso você deve estar se perguntando, após verificar que a diversidade de texto 
lhe oferece um mundo de informação. Pois bem, para estar apto a lidar com este 
contexto, você aprenderá a interpretar contratos de serviços, planos, manuais 
técnicos etc.
É exatamente com esse contexto que o curso técnico de logística quer atingir 
ainda mais as pessoas, auxiliando-as a realizar diversas tarefas, conforme a figura 
21: movimentação de materiais, transporte de cargas, armazenagem, processa-
mento de pedidos, realização de inventários.
2 BEM:
Mercadoria ou serviço 
que pode satisfazer uma 
necessidade humana.
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 49
Figura 21 - Transporte de cargas
Fonte: SENAI, 2012
Apólice
Uma apólice é um texto documental. Quem a emite é uma seguradora, forma-
lizando a aceitação do risco de objeto do contrato de seguro. Neste documento, 
discrimina-se o bem2 ou a pessoa segurada, as coberturas e modalidade das 
garantias contratadas, o valor e prazo de vigênciada cobertura da garantia.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que o bem só será coberto se o corretor de seguros 
aceitar o risco? A emissão da apólice não condiciona o 
início da cobertura do bem. 
Na apólice deverá constar um número oficial, a data de emissão, as condições 
gerais da garantia, os dados das partes envolvidas e ser assinada por represen-
tante legal, por determinação da normativa vigente da Superintendência de 
Seguros Privados – SUSEP. Veja o modelo a seguir. (Vide figura 22).
comunicação oral e escrita50
Figura 22 - Apólice
Fonte: SENAI, 2012.
 FIQUE 
 ALERTA
O que está sendo garantido no contrato deverá estar ex-
presso no objeto da apólice, bem como o n.º do contrato/
edital.
 
Norma Técnica
Uma norma técnica (ou padrão de fato) é um documento técnico, normal-
mente produzido por um órgão oficial, que estabelece regras, diretrizes, ou 
características acerca de um material, produto, processo ou serviço.
 VOCÊ 
 SABIA?
No Brasil, o órgão responsável pela normatização é a 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
A obediência a uma norma técnica, tal como norma ISO - International Stan-
dartization for Organization, ou ABNT, quando não referendada por uma norma 
jurídica, não é obrigatória.
Por que se utiliza Norma Técnica?
a) Fixa padrão regulador.
b) Realiza ganhos tanto para fornecedores quanto para os clientes. 
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 51
c) Formaliza os padrões de referência como, por exemplo, a indicação de carga 
máxima permitida nos equipamentos de transporte.
d) Elimina desperdícios.
Como a Norma Técnica contribui com a Logística?
a) Na qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e dese-
jos dos usuários. 
b) Na produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos. 
c) Na tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros 
consensuais entre produtores, consumidores e especialistas, colocando os 
resultados à disposição da sociedade. 
d) No marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e 
venda. 
As normas técnicas são estabelecidas por consenso entre os interessados e 
aprovadas por um organismo reconhecido e podem ser necessárias para o cum-
primento de Regulamentos Técnicos. 
Hoje é necessária, devido ao desenvolvimento tecnológico e padrão de quali-
dade, a produção de Normas Técnicas. Na logística, por exemplo, temos a:
a) NR5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A CIPA tem por 
objetivo a prevenção de doenças e acidentes do trabalho, através do con-
trole dos riscos presentes no ambiente de trabalho e na organização.
b) NR9: Riscos ambientais. São considerados riscos ambientais os agentes físi-
cos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho e capazes 
de causar danos à saúde do trabalhador em função da sua natureza, concen-
tração ou intensidade de exposição.
c) NR11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. 
Essa norma tem como finalidade a normalização das atividades de manuseio 
de cargas, especificamente no caso de sacarias.
d) NR15: Atividades e operações insalubres. São consideradas atividades e ope-
rações insalubres as que afetem a saúde do trabalhador durante o tempo de 
trabalho. No caso das atividades de manuseio de cargas, devem-se conside-
rar as taxas de metabolismo regulamentadas nesta norma.
Legislação
Legislação le.gis.la.ção sf (lat legislatione) 1 Parte do Direito que se ocupa espe-
cialmente do estudo dos atos legislativos. 2 Direito de fazer leis. 3 Ato de legislar, 
de fazer leis. 4 O conjunto das leis de um país. 5 O conjunto de leis sobre deter-
minada matéria. L. comparada: estudo feito sobre as leis dos diversos países, para 
comunicação oral e escrita52
se saber quais os seus pontos de contato e as bases sobre que assentam. L. do 
trabalho: o complexo de normas jurídicas impostas pelo Estado sobre a organiza-
ção geral do trabalho e a proteção do trabalhador em suas múltiplas relações de 
direito com o patrão.
Fonte: MICHAELIS UOL
LEI Nº 9.611, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 
Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras 
providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DO TRANSPORTE MULTIMODAL DE CARGAS 
Art. 1º O Transporte Multimodal de Cargas reger-se-á pelo 
disposto nesta Lei. 
Art. 2º Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido 
por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades 
de transporte, desde a origem até o destino, e é executado 
sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte 
Multimodal. 
Parágrafo único. O Transporte Multimodal de Cargas é: 
I - nacional, quando os pontos de embarque e de destino 
estiverem situados no território nacional; 
II - internacional, quando o ponto de embarque ou de destino 
estiver situado fora do território nacional. 
§ 1º O Operador de Transporte Multimodal, no ato do recebi-
mento da carga, deverá lançar ressalvas no Conhecimento se: 
a) julgar inexata a descrição da carga feita pelo expedidor; 
b) a carga ou sua embalagem não estiverem em perfeitas con-
dições físicas, de acordo com as necessidades peculiares ao 
transporte a ser realizado.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9611.htm, Adaptado.
Você compreendeu o texto?
Para se entender um texto jurídico, faz-se necessário o conhecimento de sua 
estrutura (artigos, parágrafo, alínea, incisos). 
Artigo. É a unidade básica da lei. Toda lei tem, no mínimo, um artigo, e eles 
constituem a forma mais prática de se localizar alguma informação dentro da lei, 
por maior que ela seja. Por exemplo: Art. 1º O Transporte Multimodal de Cargas 
reger-se-á pelo disposto nesta Lei.
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 53
Parágrafo. É um desdobramento da norma de um determinado artigo, podendo 
complementá-la, indicar alguma exceção, etc. é indicado pelo símbolo § e vem 
seguido de um número ordinal até o 9º; após, segue com números cardinais, da 
mesma forma que o artigo. Quando o artigo possui apenas um parágrafo, o cha-
mamos de parágrafo único. Exemplo: 
 Parágrafo único. O Transporte Multimodal de Cargas é:
 I - nacional, quando os pontos de embarque e de destino estiverem situados 
no território nacional;
 II - internacional, quando o ponto de embarque ou de destino estiver situado 
fora do território nacional.
Incisos. São enumerações ou subdivisões que podem ser feitas dentro de arti-
gos ou parágrafos, representados por algarismo romano. Por exemplo: 
 I - nacional, quando os pontos de embarque e de destino estiverem situados 
no território nacional
Alíneas. Representam o desdobramento dos incisos ou dos parágrafos. São 
representadas por letras minúsculas, acompanhadas de parênteses. Por exemplo:
a) unitização,
b) desunitização, 
c) movimentação, 
d) armazenagem. 
Contratos
Contrato é a combinação de interesses de pessoas sobre determinada coisa. 
É um vínculo jurídico capaz de criar, modificar ou extinguir direitos, ou seja, con-
trato, derivado do latim “contractu”, é um acordo entre duas ou mais pessoas. Um 
exemplo de contrato muito utilizado na área de logística é o Conhecimento de 
Transporte. (Vide figura 23).
comunicação oral e escrita54
Figura 23 - Contrato
Fonte: SENAI, 2012.
 FIQUE 
 ALERTA
No Brasil, cláusulas consideradas abusivas ou fraudulentas 
podem ser anuladas pelo juiz, sem que o contrato inteiro 
seja invalidado.
Catálogo
Catálogo do grego katálogos, pelo latim catalogo s.m. Relação ou lista sumária 
metódica, e geralmente alfabética de coisas ou pessoas. 
O Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CCN), por exemplo, 
coordenado pelo IBICT, é uma rede cooperativa de unidades de informação loca-
lizadas no Brasil com o objetivo de reunir, em um único Catálogo Nacional de 
acesso público, as informações sobre publicações periódicas técnico-científicas 
reunidas em centenas de catálogos distribuídos nas diversas bibliotecas do país. 
Nesse contexto, possibilita a otimização dos recursos disponíveis nas Bibliotecas.Dentro deste contexto, existe o catálogo eletrônico de produtos e serviços, 
que dispõe de todas as informações necessárias para a correta identificação de 
um determinado item. (Vide figura 24).
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 55
Furadeira WTD, re-
forçada. Furação de 
diversos
materiais. R$ 115,00
Martelo com cabo 
emborrachado, re-
forçado e resis-
tente. R$ 115,00
Figura 24 - Catálogo eletrônico 
Fonte: SENAI, 2012
Além disso, ele disponibiliza as informações sobre o material, seus similares, 
correlatos e substitutos, ajudando na identificação de itens pela sua descrição ou 
imagem.
Manuais técnicos
Livro ou documento que contém noções essenciais acerca de uma de uma téc-
nica, que contenha informações válidas e classificadas sobre uma determinada 
matéria de uma instituição ou empresa. 
Ex.: 
Modelo de Manual
O presente manual tem por �nalidade fornecer aos Coorde-
nadres da Empresa, os procedimentos essenciais e indispen-
sáveis que deverão ser adotados na aplicação das rotinas 
trabalhistas. A leitura deste Manual deve ser feita criteriosa-
mente. As orientações deverão ser seguidas com toda aten-
ção, de modo a possibilitar a uniformiza-
ção das atividades em todos os Setores.
Quadro 6 - Modelo de manual.
Fonte: SENAI, 2012.
Tabelas 
Quadro com cabeçalho e casas formadas por filetes que contêm linhas e colu-
nas de palavras e algarismos.
comunicação oral e escrita56
Basicamente, você irá dar nome aos campos (colunas), e definir o tipo de dados 
para estes campos. Isto depende da informação que deseja armazenar no campo; 
se for armazenar um dado que não fará parte de cálculos, um nome, por exemplo, 
o tipo pode ser texto; se for armazenar valores numéricos que farão parte de cál-
culos, o tipo será numérico (inteiro, simples...); se for armazenar datas, o tipo será 
data e assim por diante.
O tamanho do campo define a quantidade de informação relacionada ao item 
que você pode armazenar; assim, para um campo do tipo texto com tamanho 30 
você poderá armazenar textos com no máximo 30 caracteres; um campo numé-
rico de tamanho 2 armazena números com até dois dígitos.
Vejamos como exemplo a estrutura de uma tabela que chamaremos Clientes. 
Como o nome indica, ela deverá guardar informações sobre os clientes. De forma 
aleatória, decidimos que tais informações serão: Código, nome, endereço, CEP e 
idade:
EXEMPLO DE TABELA CLIENTES
Nome do Campo Tipo do Dado Armazenado Comprimento para o campo
Código Numérico 3
Nome Texto 40
Endereço Texto 40
CEP Texto 8
Idade Numérico 3
Tabela 1 - Exemplo de tabela clientes
Fonte: SENAI, 2012.
Embora não exista regra absoluta para os dados que devem ser colocados em 
cada tabela, damos abaixo diretrizes gerais para confecção de uma tabela:
a) Determine um tópico para cada tabela e certifique-se de que todos os dados 
contidos na tabela estão relacionados com o tópico.
b) Se uma série de registros em uma tabela apresenta campos intencional-
mente deixados em branco, divida a tabela em duas tabelas similares.
c) Se as informações se repetem em vários registros, desloque essas informa-
ções para outra tabela e defina um relacionamento entre elas.
d) Campos repetidos indicam a necessidade de uma tabela secundária.
e) Use tabelas de pesquisa para reduzir o volume de dados e aumentar a pre-
cisão da entrada de dados.
f) Não armazene informações em uma tabela se elas puderem ser calculadas a 
partir dos dados contidos em outra tabela.
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 57
plaNoS: operacioNal, eStratégico e De maNUteNÇÃo
Plano Operacional
Um plano operacional é um documento no qual os responsáveis de uma orga-
nização, seja esta uma empresa, uma instituição ou um gabinete governamental, 
estabelecem os objetivos que desejam ver atingido e estipulam os passos que 
deveram ser seguidos. Este tipo de plano está vinculado ao plano de ação, que 
prioriza as iniciativas mais importantes para conseguir diversos objetivos e supe-
rar desafios. A duração de um plano operacional é em média um ano.
Os procedimentos a tomar para a elaboração de um plano operacional são os 
seguintes:
a) Análise dos objetivos - Que objetivos pretendemos atingir com este plano 
operacional?
b) Planejamento do uso do tempo - Geralmente é elaborado um cronograma 
para facilmente se visualizar a evolução do plano.
c) Planejamento dos recursos  - Que recursos são necessários para realizar 
este plano? Devem ser incluídas todas as pessoas, informações, custos finan-
ceiros etc.
d) Avaliação dos riscos  - O que acontece se as coisas não correrem como 
planejado?
Plano estratégico
Plano estratégico   é um processo gerencial que diz respeito à formulação de 
objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em 
conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. 
Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o 
processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os 
objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. O 
objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produ-
tos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.
O planejamento estratégico visa antecipar o futuro da empresa, em relação 
ao longo prazo. De uma forma genérica, consiste em saber o que deve ser exe-
cutado e de que maneira deve ser executado. Este é crucial para o sucesso da 
organização, e a responsabilidade deste planejamento é do gestor responsável 
pelo projeto. (Vide figura 25).
comunicação oral e escrita58
Modelo de Planejamento Estratégico
Estrutura Global
Orientação
Missão Estratégias Balanço Ações
Vocação Objetivos Mutações
Índices
Cronograma
Aspectos 
Internos Demonstração 
de Resultados
Análise 
Ambiental
Campo de 
Atuação
Estratégia
Vigente
Diagnóstico Direção Viabilidade Operacional
Figura 25 - Modelo planejamento estratégico
Fonte: SENAI, 2012.
Plano de manutenção
O Plano de manutenção descreve as medidas de manutenção e controle a 
serem realizadas em objetos de manutenção. As datas e o escopo das medidas 
também são definidos no plano de manutenção.
Dependendo da utilização do plano de manutenção, encontram-se disponí-
veis os seguintes tipos de planos de manutenção:
Com estratégia de manutenção preventiva
a) Plano de manutenção periódica
b) Plano de manutenção por performance
Sem estratégia de manutenção preventiva
a) Plano de manutenção múltiplo
b) Plano de ciclo único (por tempo padrão)
c) Plano de ciclo único (por performance)
O plano de manutenção pode ser estruturado com relação ao tempo ou per-
formance, com base em uma estratégia de manutenção. Se não utilizar uma 
estratégia, é um plano de ciclo único; do contrário, é um plano de estratégia. 
Por outro lado, o plano de manutenção pode ser um plano de manutenção 
múltiplo, no qual são combinados ciclos de manutenção periódica e por perfor-
mance, possibilitando a derivação de datas de manutenção. (Vide figura 26).
 4 iNterpretaÇÕeS De teXto 59
proceDimeNto De carga perigoSa, SaúDe e higieNe Do trabalho 
e ambieNtal
Você sabe o que é procedimento?
Preenchimento do formulário e agendamento 
da data de audiência de renegociação 
Remessa de carta-convite a todos os credores
Audiência de renegociação
Acordo Inexitoso
Arquivamento
Acordo Exitoso com um 
ou mais credores
3 meses após entrevista de 
acompanhamento social
PROCEDIMENTO
Figura 26 - Modelo procedimento
Fonte: SENAI, 2012.
Segundo o dicionário Michaelis (2009), significa ação ou efeito de proceder; 
maneira de agir, de fazer alguma coisa; modo de alguém se portar na pratica de 
qualquer intento; ato, ação: procedimento inábil.
Na Logística, também encontramos alguns tipos de procedimentos:
a) de carga perigosa;
b) de saúde e higiene do trabalho; e
c) ambiental
Agora, vamos conhecer cada um deles.
Procedimento de carga perigosa
O transporte de produtos perigosos é um caso particular do transporte de 
mercadorias numa cadeia de fornecimento. Durante esta

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