Buscar

Resumo - Desconcentração e descentralização

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Estado presta o seu serviço público de forma:
· Centralizada, quando executa as tarefas atribuídas diretamente por intermédio de órgãos e agentes da Administração Direta;
· Descentralizada, quando desempenha algumas das suas atribuições por meio de outra pessoa jurídica e não pela Administração Direta;
· Desconcentrada, quando a execução das funções é dívida em órgãos, de modo que a distribuição das atribuições se dá internamente, ou seja, dentro da mesma pessoa jurídica.
DESCENTRALIZAÇÃO
Conceito: uma pessoa jurídica de direito público interno (União, Estados, Municípios ou Distrito Federal) transfere determinada (s) atribuição (ões) a uma pessoa jurídica diversa, através de uma lei editada especialmente para esse fim, na qual também haverá a previsão da capacidade administrativa específica, isto é, da competência para atuar numa área determinada.
A descentralização pode ser analisada sob o ponto de vista político ou administrativo:
Descentralização política: ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a situação dos Estados-membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios. Cada um desses entes locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As atividades jurídicas que exercem não constituem delegação ou concessão do governo central, pois delas são titulares de maneira originária.
Descentralização administrativa: ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor jurídico que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força própria, da Constituição, mas do poder central. É o tipo de descentralização própria dos Estados unitários, em que há um centro único de poder, do qual se destacam, com relação de subordinação, os poderes das pessoas jurídicas locais. Modalidades de descentralização administrativa:
· Outorga: Descentralização por serviços, funcional ou técnica
Transferência da titularidade do serviço público ao novo ente criado. De toda forma, é certo que o serviço público outorgado será prestado, em regra, por prazo indeterminado pela pessoa jurídica criada para esta finalidade ou até que uma nova lei determine a retomada de tal serviço pelo ente federado, o que pode ocasionar até mesmo a extinção da entidade da Administração Indireta. 
Exemplo: ECT (Correios)
· Delegação: Descentralização por colaboração
Pode ser concretizada através de contrato, como ocorre na concessão e na permissão de serviços públicos, ou mediante ato unilateral da Administração, a exemplo da autorização de serviço público.
Na concessão e na permissão, a prestação do serviço público pelo concessionário ou permissionário se dá por prazo determinado, ao passo que a autorização tem caráter precário, ou seja, pode ser revogado a qualquer tempo pela Administração.
Importante notar que, em qualquer dos casos de descentralização por colaboração, a Administração se relaciona com um particular, seja ele pessoa física, que pode se beneficiar da autorização e da permissão, ou pessoa jurídica, que pode ser favorecida tanto pela autorização quanto pela permissão ou ainda pela concessão. Logo, não há uma criação de um ente jurídico como ocorre na outorga.
Exemplo: contratos de concessão firmados entre a União e empresas como Vivo, Oi, Tim, Claro, entre outras, no âmbito dos serviços públicos de telecomunicação cuja exploração representa uma competência inicialmente atribuída à União, conforme enfatiza a CF:
Art. 21, CF. Compete à União:
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais.
A marca distintiva da delegação negocial em relação à delegação legal é que não ocorre a transferência da titularidade do serviço público, mas tão somente da sua execução.
Por outro lado, ambas as espécies de descentralização guardam um ponto em comum: não existe vínculo de hierarquia e subordinação entre o poder delegante/outorgante e o delegatário/outorgado. Entre o ente federado e uma entidade administrativa descentralizada por ele criada afirma-se que há vinculação, de modo que o primeiro exerce sobre a segunda um controle finalístico (supervisão ou tutela administrativa), que, em suma, busca fiscalizar, apurar se os fins para os quais a pessoa administrativa foi instituída estão sendo de fato atingidos.
Entre o poder delegante e o particular delegatário, se comparado ao caso da descentralização por outorga, há um controle ainda mais amplo e rígido do primeiro sobre o segundo, mas ainda assim não se pode falar em subordinação.
 
· Territorial: Geográfica
É a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa genérica.
Sua aplicação prática é quase inexistente. Tal espécie se aplica para a hipótese remota de a União, por meio de lei complementar, tal como disposto no art. 18, § 2º, da Constituição de 1988⁴, criar um Território Federal, também chamado de autarquia territorial ou geográfica, com competências administrativas amplas, genéricas e heterogêneas.
Exemplo: Estados unitários, como França, Portugal, Itália, Espanha, Bélgica, constituídos por Departamentos, Regiões, Províncias, Comunas, e é o que se verificava no Brasil, à época do Império.
DESCONCENTRAÇÃO
Conceito: ocorre quando uma pessoa jurídica desconcentra a sua atuação ao criar órgãos dentro da sua própria estrutura. Assim, há a divisão de funções e prestações de serviço dentro da própria pessoa jurídica. Contudo, os órgãos criados não possuem personalidade jurídica própria.
A desconcentração consiste em uma distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídica; sabe-se que a Administração Pública é organizada hierarquicamente, como se fosse uma pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do Poder Executivo. As atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros. Isso é feito para descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um volume grande de atribuições, para permitir seu mais adequado e racional desempenho. A desconcentração liga-se à hierarquia.
Questões desafio sagah:
a) Quando há a criação de órgãos.
Neste caso ocorre a desconcentração, a qual consiste em uma distribuição interna de competências e atribuições administrativas dentro da mesma pessoa jurídica, as quais são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia da Administração Pública. Ou seja, a Administração Pública direta é constituída por um conjunto de órgãos administrativos ligado diretamente ao Poder Executivo de cada ente federativo. A desconcentração como forma de prestar um serviço público, se visualiza a partir de uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, com o objetivo de desconcentrar grandes volumes de atribuições, permitindo desta forma, um desempenho mais adequado e racional dessas atividades.
b) Quando há criação de pessoa jurídica. 
Aqui visualizamos um caso de descentralização da Administração Pública direta por serviços, funcional ou técnica. A descentralização por serviço ocorre quando há transferência da titularidade do serviço público a um novo ente criado. Neste caso o serviço público outorgado será prestado, em regra, por prazo indeterminado pela pessoa jurídica criada para esta finalidade, ou até que uma nova lei determine a retomada de tal serviço pelo ente federado. Aqui visualizamos a Administração Pública indireta, que por sua vez compreende as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas, as quais restaram criadas pela Administração Pública direta através do instituto da descentralização, com o objetivo de prestarem os serviços públicos de forma indireta. Um exemplo a sercitado é a ECT (Correios).
Quais são os fundamentos constitucionais para que a criação de pessoa jurídica ocorra dentro da Administração Pública?
O fundamento constitucional para a descentralização da Administração Pública direta encontra-se no art. 37, XIX, da CF, o qual determina que somente poderão ser criadas pessoas jurídicas da Administração Pública indireta por lei específica, ou seja, decorre de lei a criação de autarquias e autorização a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
Partindo do pressuposto que a descentralização pode ser analisada sob o ponto de vista político ou administrativo, insta salientar que quanto a descentralização política, esta ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a situação dos Estados-membros da federação e os Municípios. Cada um desses entes locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As atividades jurídicas que exercem não constituem delegação ou concessão do governo central, pois delas são titulares de maneira originária. 
Todavia, quando falamos em descentralização administrativa, entende-se que esta ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor jurídico que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força própria, da Constituição, mas do poder central. É o tipo de descentralização própria dos Estados unitários, em que há um centro único de poder, do qual se destacam, com relação de subordinação, os poderes das pessoas jurídicas locais.

Continue navegando