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1 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DISCIPLINA: PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES - CEL0381 TÍTULO: INSTITUTO NATURA E SUA RESPONNSABELIDADE SOCIAL ALUNA: SIMONE PEREIRA DA SILVA MATRÍCULA: 20200285318 DATA: 31/05/2021 PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES INSTITUTO NATURA 2 INTRODUÇÃO A educação não se limita apenas a pólos educacionais, a mesma pode ser encontrada em qualquer âmbito, e deve ser trabalhada em todos os lugares, pois dessa forma, garantir-se-á um melhor desempenho de um maior número de indivíduos. Nessa perspectiva, este trabalho tem o objetivo geral de discutir como funciona a Pedagogia em diferentes espaços, enquanto os específicos visam mostrar como surgiram estes espaços, quais são e que importância eles acrescem à sociedade. A metodologia aqui abordada foi a de revisão bibliográfica embasadas em teorias relevantes ao tema aqui proposto. Depreende-se que é de suma importância entender que a Pedagogia não acontece somente nos ambientes escolares, ela está em constante evolução, e independente do campo de atuação, ela tem sua importância na sociedade. A Empresa o qual foi referência para o trabalho proposto foi o instituto A NATURA, Fundada em 1969, a Natura é uma empresa multinacional brasileira de cosméticos, produtos de higiene e beleza. Para além do Brasil, a empresa está também implantada em países como a Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia, Estados-Unidos e França. 3 2- DESENVOLVIMENTO PARCEIROS DO CONVIVA EDUCAÇÃO O Projeto Conviva Educação é uma plataforma de apoio às secretarias municipais de educação. Ele é uma iniciativa da UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação); além do Instituto Natura, o Conviva também conta com a parce ria da Fundação Itaú Social, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Roberto Marinho, Fundação SM, Fundação Telefônica Vivo, Fundação Victor Civita, Instituto C&A, Itaú BBA e Movimento Todos Pela Educação, e conta com o apoio do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e da Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação). A plataforma surgiu no dia 30 de janeiro de 2013 e, desde então, disponibiliza, em um ambiente virtual gratuito, um conjunto de informações, ferramentas e indicadores relacionados aos temas da gestão (Orçamento, Alimentação, Transporte, etc.), que colaboram para a otimização dos processos administrativos e aprimoramento da prática das secretarias. O objetivo do projeto é contribuir para a equidade de acesso à informação, formar os dirigentes e equipes técnicas e estimular uma rede de troca de experiências. As Ferramentas do Conviva são instrumentos de uso cotidiano que apoiam as Secretarias Municipais de Educação e escolas em diferentes áreas da gestão. A área está dividida em duas partes. Ferramentas de trabalho para a equipe da secretaria: Agenda da Secretaria e compromissos indicados pelo Conviva Arquivos da secretaria Importação do Educacenso Gerenciamento da equipe: acesso e permissões de uso Planejamento anual Programas e projetos de adesão gratuita Vinte ferramentas para apoiar a gestão da educação. Entre elas, estão: Calendário escolar Elaboração de cardápio 4 Contratos e Convênios Receitas e despesas Diagnóstico da Gestão Democrática Registro de matrículas, escolas e estudantes Infraestrutura dos prédios e Organização da rede Cadastro de profissionais Rota do transporte escolar Plano Municipal de Educação Para utilizar a plataforma, é necessário trabalhar em uma Secretaria Municipal de Educação ou escola. Na área de Rede do Conviva há ambientes de discussão e troca de experiências que apoiam as Secretarias Municipais de Educação nas diferentes áreas da gestão. 2.1 COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM É uma proposta de transformação educacional que busca melhorar a aprendizagem e a convivência de todas e todos os estudantes. Baseado nos Princípios da Aprendizagem Dialógica e em um conjunto de Atuações Educativas de Êxito, o projeto leva práticas comprovadamente eficazes para a sala de aula e para a gestão escolar. O PROJETO Um mundo melhor -construído por e para todas e todos! É um projeto baseado em um conjunto de Atuações Educativas de Êxito voltadas para a transformação educacional e social, que começa na escola, mas integra tudo o que está ao seu redor. A partir de Aprendizagem Dialógica, da Participação Educativa da Comunidade e de Práticas Inclusivas, queremos atingir uma educação de êxito para todas as crianças e jovens que consigo ao mesmo tempo eficiência, equidade e coesão social. Combinando ciência e esperança, o projeto visa a uma melhora relevante na para aprendizagem escolar em todas níveis, e também o desenvolvimento da convivência e de atitudes solidárias. 5 Origem Uma das principais causas pelas quais as escolas da atualidade não estão respondendo às necessidades reais dos alunos e aos desafios da sociedade atual é, precisamente, o fato de que muitas das práticas e estratégias utilizadas não são certificadas por teorias e ações reconhecidas cientificamente como eficazes e equitativas. Para mudar essa situação, a educação precisa basear-se no conhecimento acumulado pela comunidade científica internacional acerca das atuações educativas que asseguram o êxito dos alunos. Nos anos 1990, o Centro de Investigação em Teorias e Práticas de Superação de Desigualdades (CREA), da Universidade de Barcelona, com base no conhecimento acumulado pela comunidade científica internacional e em colaboração com os principais autores e autoras de diferentes disciplinas de todo o mundo, promoveu a implementação de Comunidades de Aprendizagem em escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Base Científica Toda a estruturação e conceito das Comunidades de Aprendizagem contam com uma base científica muito sólida, desenvolvida ao longo de mais de 30 anos de pesquisa – e envolvendo uma equipe com cerca de 70 estudiosos de diferentes países e diversos campos do conhecimento. Seu alicerce conceitual está referendado pelas conclusões do Projeto Includ-ed - desenvolvido pela Comissão Europeia - justamente para identificar e analisar estratégias educacionais que superem desigualdades e melhorem os resultados de aprendizagem. A FILOSOFIA É DE QUE TODAS ETODOS TÊM ODIREITO DE APRENDER E DEAPRENDER MUITO. A igualdade de oportunidades deve levar, consequentemente, à igualdade de resultados. A Comunidade de Aprendizagem é assim: cria um clima de altas expectativas por parte de todos os envolvidos, transforma o contexto da aprendizagem e obtém os seguintes resultados: o Melhora do desempenho acadêmico de todos os alunos. Melhora dos resultados acadêmicos dos alunos em todas as matérias. Um alto nível de aprendizagem é necessário para enfrentar as constantes mudanças características da sociedade do século 21. o Diminuição radical nos índices de repetência e de abandono escolar. o Melhora do clima e da convivência, minimizando a ocorrência de conflitos. 6 o Aumento do sentido e da qualidade da aprendizagem para toda a comunidade. o Aumento da participação de todos: alunos, pais, professores, diretores de escola, fundações e entidades, órgãos públicos. o Melhora das condições de vida: ampliando a inserção no mercado de trabalho, melhorando os níveis de saúde e a qualidade de moradia da comunidade. Para se tornar uma Comunidade de Aprendizagem, a escola precisa passar por um processo de transformação e aplicar as Atuações Educativas de Êxito, que estão ancoradas nos princípios da Aprendizagem Dialógica. Os resultados, claro, não surgem da noite para o dia é preciso que a escola e a comunidade passem por uma série de etapas para que a Comunidade de Aprendizagem atinja seu objetivomaior: o da transformação educacional e social. Essas fases são as seguintes: Fases de transformação; Sensibilização Tudo começa com a formação científica de toda a comunidade envolvida no processo educacional – uma preparação que deve acontecer de forma intensiva. É o momento de realizar uma reflexão profunda sobre as práticas que dão mais resultado. Também é a hora de fazer uma análise detalhada sobre as condições atuais da escola – de identificar forças e deficiências para determinar as ações necessárias para a inclusão social e o sucesso acadêmico. Tomada de decisão É quando se toma a decisão definitiva: a escola vai se transformar em uma Comunidade de Aprendizagem. Uma decisão que exige diálogo constante com toda a comunidade envolvida, consenso e o compromisso de todos. O próprio processo de decisão é um exercício de formação para uma prática mais democrática e comunitária. Sonhos Chega a hora em que toda a comunidade educativa (estudantes, professorado, familiares, equipe gestora, agentes sociais) sonha com a escola que desejam para o futuro. É um processo apaixonante e criativo, que cada escola realiza e representa de maneira diferente. Um momento importante, porque pressupõe o início da transformação. 7 Seleção de Prioridades É quando se decidem quais são as prioridades mais urgentes, os sonhos mais relevantes e compartilhados por toda a comunidade. Esta fase vai acompanhada de uma reflexão sobre a realidade social da escola e seu entorno: quais são os recursos que existem à disposição? Planejamento É o momento de desenhar o caminho a percorrer entre a realidade e o sonho. Também de formar as comissões mistas de trabalho que tornarão isto possível através da implementação das Atuações Educativas de Êxito. Tudo a partir de uma assembleia da qual devem participar pessoas e representantes de toda a comunidade Aprendizagem dialógica É a concepção de aprendizagem que fundamenta as Comunidades de Aprendizagem e que se baseia em sete princípios corroborados por contribuições de alguns dos autores mais relevantes na área da educação, como por exemplo, Vygotsky, Bruner, Wells, Paulo Freire, Habermas, Chomsky, Scribner e Mead. A Aprendizagem Dialógica acontece em interações que aumentam a aprendizagem instrumental, favorecendo a criação de sentido pessoal e social, e que são guiadas pelo sentimento de solidariedade, em que a igualdade e a diferença são valores compatíveis e mutuamente enriquecedores.” (Aubert et al., 2008:167) Transformação A educação não deve se restringir a uma acomodação à realidade social de cada um. E, sim, atuar como agente transformador dessa realidade. Uma Comunidade de Aprendizagem deve estimular interações que possibilitem mudanças na vida das pessoas. Criação de sentido Um dos maiores problemas nas escolas atuais é a desmotivação de muitos estudantes, que não encontram sentido para participar das aulas. Freire, por exemplo, reconhece que o ensino é distanciado das experiências que os alunos vivem fora da escola; os professores criam um ambiente hostil e não se interessam pelo que meninos e meninas vivenciam. Solidariedade, Para superar o abandono escolar e a exclusão social, é preciso contar com práticas educativas democráticas, das quais todos devem participar. E isso envolve também o entorno da escola. Quando toda a comunidade está envolvida solidariamente num mesmo projeto, https://www.comunidadedeaprendizagem.com/aprendizagem-dialogica#dimensaoinstrumental https://www.comunidadedeaprendizagem.com/aprendizagem-dialogica#criacaodesentido https://www.comunidadedeaprendizagem.com/aprendizagem-dialogica#criacaodesentido https://www.comunidadedeaprendizagem.com/aprendizagem-dialogica#solidariedade https://www.comunidadedeaprendizagem.com/aprendizagem-dialogica#igualdadediferencas 8 fica muito mais fácil transformar as dificuldades em possibilidades, melhorando assim as condições culturais e sociais de todas as pessoas. Dimensão instrumental O acesso ao conhecimento instrumental, advindo da ciência e da escolaridade, é essencial para operar transformações e agir no mundo atual. Vários autores contribuíram para a fundamentação desse princípio. Para Freire, existe um interesse universal pelo conhecimento, que ele chama de curiosidade epistemológica; todas as pessoas são capazes falar, ouvir, explicar, compreender, aprender, etc. Igualdade de diferenças. Segundo Freire, não será possível conceber as diferenças de maneira tolerante e igualitária enquanto estas estiverem associadas à ideia de que uma cultura é superior a outra. As escolas são o reflexo de uma sociedade diversa e plural. O grande desafio é entender que não basta apenas reconhecer as diferenças para ter uma educação igualitária, mas é fundamental que todas as pessoas, independentemente de sua origem, cultura, crença, etc., estejam incluídas e que suas vozes sejam levadas em consideração. 3. CONCLUSÃO A partir dos anos 90, as organizações começaram perceber que o índice de produtividade unido a um projeto de capacitação estratégica através de sua gestão de pessoas é possível haver resultados satisfatórios nas produções, investindo no treinamento e desenvolvimento. As organizações começam a ter uma demanda grande de conhecimento alcançando seus colaboradores, assim exigindo mais eficiência, praticidade e qualidade, mas para que essas potencialidades tornem-se evidentes tem haver um projeto de capacitação estratégica formulado por uma pedagogo. A atuação do pedagogo neste sentido levará subsídios metodológicos onde ainda é pouco desenvolvido, levando ainda com transmissão de valores, missões e culturas da organização. Considerando-se, ainda, os vínculos entre educação e economia, as mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas transformações tecnológicas em vários campos como a informática, a microeletrônica, a bioenergética e hoje o covid 19. Essas transformações tecnológicas e científicas levam à introdução, no processo produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudanças no perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores, que acabam afetando os sistemas de ensino (LIBÂNEO 2005, p.28): Assim, o pedagogo auxilia nas competências dos 9 colaboradores formando alunos aprendizes, pesquisadores e cidadão ajudando a formação de opiniões e no seu desenvolvimento social. Na sociedade do conhecimento, da tecnologia, da aprendizagem a atuação do pedagogo nas organizações é fundamental para o crescimento da organização e dos colaboradores. É um momento delicado de trabalho que se está passando, onde em alguns casos o trabalhador é substituído por máquina tendo que encarar o mundo tecnológico e desenvolvido, buscando cada dia mais conhecimento. É imprescindível haver o convencimento dos representantes das instituições operárias de que é necessária a busca pelo aprendizado, pela educação continuada, que só trará benefícios e produtividade para as organizações. A ação educativa está presente em todos os setores de nossa sociedade, e desta forma se confirma o caráter de “formadora de força de trabalho”, previsto inclusive em nossa Constituição Federal: Art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” O Pedagogo que, através de conceitos libertadores, pode estimular o trabalhador ou o aluno a realizar sempre uma reflexão crítica acerca da realidade. Paulo Freire (2002) em “Pedagogia do Oprimido” reforça uma educação problematizadora e reflexiva, indispensável para o desvelamento da realidade e é, a nosso ver, a educação que o Pedagogo deve contemplar com os princípios de educaçãopopular; ter competência e habilidade para planejar, organizar, liderar, monitorar, empreender. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo ampliou muito minha visão de pedagogo, salutar a importância do pedagogo em qualquer esfera de educação social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n° 9.394/96 e o Plano Nacional de Educação direcionam as políticas públicas brasileiras no campo educacional na direção de mudanças significativas em relação aos profissionais de educação já que no capitulo I artigo 1º referente a Educação diz que: o Pedagogo está a atuar no processo de formação que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais, e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A atuação do Pedagogo em ambientes não escolares é fato e 10 agora embasado em lei, desta forma foi dada mais uma atribuição a este profissional que deverá agir dentro de suas habilidades pedagógicas no âmbito da capacitação de empresas, metodologias de disseminação de informações de ONGs, empresas e Meios de comunicação em geral. Enfim, pretendemos que todos os esforços empreendidos venham a se constituir, neste momento histórico de transição da Pedagogia, contribuindo expressivamente com os processos de construção social e educacional e, também, colaborando para estabelecer uma integração maior da pedagogia visando a uma sociedade sustentável, humana e de natureza realmente transformadora. 5. REFERENCIA https://www.institutonatura.org/iniciativa/outras- https://www.comunidadedeaprendizagem.com/ PIMENTA, Selma Garrido. (Org.). Pedagogia e Pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2001. https://www.institutonatura.org/iniciativa/outras- https://www.comunidadedeaprendizagem.com/ INTRODUÇÃO 2- DESENVOLVIMENTO PARCEIROS DO CONVIVA EDUCAÇÃO 2.1 COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM Origem Uma das principais causas pelas quais as escolas da atualidade não estão respondendo às necessidades reais dos alunos e aos desafios da sociedade atual é, precisamente, o fato de que muitas das práticas e estratégias utilizadas não são certific... Base Científica Toda a estruturação e conceito das Comunidades de Aprendizagem contam com uma base científica muito sólida, desenvolvida ao longo de mais de 30 anos de pesquisa – e envolvendo uma equipe com cerca de 70 estudiosos de diferentes países ... Seleção de Prioridades É quando se decidem quais são as prioridades mais urgentes, os sonhos mais relevantes e compartilhados por toda a comunidade. Esta fase vai acompanhada de uma reflexão sobre a realidade social da escola e seu entorno: quais sã... Planejamento É o momento de desenhar o caminho a percorrer entre a realidade e o sonho. Também de formar as comissões mistas de trabalho que tornarão isto possível através da implementação das Atuações Educativas de Êxito. Tudo a partir de uma assem... Aprendizagem dialógica É a concepção de aprendizagem que fundamenta as Comunidades de Aprendizagem e que se baseia em sete princípios corroborados por contribuições de alguns dos autores mais relevantes na área da educação, como por exemplo, Vygotsk...