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TRABALHO : ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE CENTROS ESCOLARES Mariana Claudia Teixeira Araujo - Usuário: BRFPMME4914953 Mariele Rosa dos Santos - Usuário: BRFPMME5058228 Marielly da Silva Medeiros - Usuário: BRFPMME4936825 Orientador: Nívia Núñez Código: FP104 Curso: Mestrado em Educação Grupo:2022- 44 Data: 31/10/2023 2023 SUMÁRIO INTRODUÇÃO:................................................................................................... 3 1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA................... 4 2 - ORGANIZAÇÃO DO CENTRO EDUCATIVO................................................ 6 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS:........................................................................ 13 REFERÊNCIAS................................................................................................. 15 3 INTRODUÇÃO: As práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo do século XX, recebem críticas e definem particularidades que também permeiam seus espaços escolares, naturalizando as dinâmicas que neles acontecem. Partindo das leituras de Dussel e Caruso (1999 ), e Costa e Rodrigues (2015), encontramos algumas particularidades que instituem a escola como um mecanismo de governo. São aspectos observados no trajeto diário da escola a organização e gestão, entre eles, encontramos: O fato das crianças permanecerem sentadas e atentas durantes longo período de tempo, aspecto ligado à disciplina e o controle do professor em sua sala de sala, Visão da escola como espaço necessário de crescimento e integração a controle sociais diversos, escola como modelo e centro de transmissão massiva de cultura, Vínculo do Estado com o controle e direção da educação. O trabalho dos docentes, convertido em objeto de regulação, ganha força e pedagogia, criando-se um campo de estudo pedagógico. Assim, todos esses acontecimentos mais relevantes, que marcam as dinâmicas sociais, econômicas, culturais, políticas , ideológicas, dos novos tempos, têm impactado diretamente na educação, como trata Dussel e Caruso (1999). Contudo, nosso estudo de caso foi realizado na Escola Básica Vitor Miguel de Souza, centro educacional que oferece educação infantil, fundamental I e II, e nosso estudo visa informar sobre o tipo de gestão, organização escolar e ensino desempenho. Ao examinar esta questão, é sempre útil distinguir entre os aspectos racionais da ciência e os seus aspectos sociais e políticos críticos. Porque não é difícil para os futuros professores diferenciar estas duas perspectivas. Porque é um modelo de organização escolar relativamente comum. Outro aspecto é ver as organizações escolares principalmente como sistemas que unem as pessoas, independentemente das suas intenções e das interações sociais que ocorrem entre elas e o contexto social e político. A organização escolar não será algo completamente objetivo e funcional, um objeto obscuro digno de observação, mas será uma criação social de professores, alunos, pais e membros da instituição. A gestão escolar é muito importante para que as escolas possam atender às necessidades da sociedade atual. Um dos maiores desafios que os administradores enfrentam é 4 envolver a comunidade na consecução dos objetivos de uma educação de qualidade e motivar as pessoas a participarem no processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, observamos que as escolas seguem uma liderança democrática e se envolvem em ações participativas que visam envolver todos no processo democrático para atender às necessidades educacionais da comunidade escolar. 1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA O Espaço Escolar, é um campo democrático coletivo, onde se busca distribuir o conhecimento, com também contribuir de forma efetiva com desenvolvimento integral de todos os alunos. Com tudo a Organização escolar, não é um sistema totalmente objetivo e funcional , nem um elemento neutro a ser observado, mas uma construção social levada a sério por todos, que fazem parte do processo educativo; direção, equipe diretiva, coordenação, professores, alunos, pessoal administrativo, merendeiros, apoio pedagógico, apoio de serviços gerais, portaria, enfim todos que trabalham em cada instituição de ensino tem seu papel fundamental, para o bom andamento do Processo Educacional. A Escola Básica Vitor Miguel de Souza, está localizada no Bairro do Itacorubi, em Florianópolis/SC, que atende a várias comunidades. Conta com o apoio da associação de Moradores que visa melhoria para todos da comunidade, próximo a escola temos a Posto de saúde, vários pontos comerciais, igrejas de várias denominações, grupos culturais, étnicos e religiosos, trabalhamos no Regime Democrático, tendo em vista que a escola tem eleição para diretor de 3 em 3 anos , pois a gestão trabalha de forma coletiva, dentro do contexto ensino e aprendizagem, é feito com a colaboração, a participação e o apoio de todos os envolvidos no processo educacional, pensando para atender a comunidade local, como fala, André, (1991), A gestão escolar trabalha com a elaboração, execução e avaliação dos resultados. Um dos grandes desafios da gestão Democrática, é trabalhar envolvendo todos que fazem parte do processo, pois buscamos realizar metas, com uma educação de qualidade, com nível de aprovação favorável, incentivando a 5 participação de todos, respeitando as opiniões, sensibilizando a todos, a participar do processo educacional. Como trata Nogueira, (1999) A escola é um espaço privilegiado para efetivação de mudanças, ao envolver a comunidade nas questões educativas, ressaltando o importante papel dos gestores neste processo para a educação, pois, é através dos gestores que será observado a escola e seus problemas na resolução dele neste processo. Com a nossa vivência de gestão Democrática, a gestão da escola pública luta pela melhoria da qualidade do ensino, como também no desempenho dos nossos educandos, partindo da visão na busca de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais fraterna. Em nosso Município, temos estudos específicos para gestores, pois passamos por um Curso Específico para Formação de Gestores, é um curso muito importante para quem deseja ser Gestor é um desafio para o nosso sistema d e ensino da educação básica. Ao longo, deste processo de estudo saímos do curso com uma visão maior sobre gestão, melhoria curricular, desenvolvimento dos vários métodos pedagógicos de ensino, com novas técnicas n o trajeto da formação continuada para gestor, no período de 3 anos, em um trabalho em conjunto com todos da escola a equipe diretiva, agente administrativo, professores, coordenadores, apoio pedagógico, equipe técnica, assistente social, psicólogo e todos da comunidade escolar desenvolvem um trabalho em conjunto. Desta maneira, que segue o trabalho em nosso município, um modelo de Gestão Democrática, colaborativa com a dinâmica de distribuição de atividades, realizadas por todos em seu s setores, integrantes no processo educacional, onde todos se encontram e trabalham interligados e articulados para que possamos atingir os objetivos e as metas estabelecidas pela gestão. Em suma, a administração democrática desempenha um papel com a participação de todos, na construção colectiva do processo educativo, na organização da escola e no desenvolvimento da educação, e no esforço para melhorar a qualidade do ensino e formar melhor os alunos. . conhecimento Desta forma, a administração democrática tem a função de interagir com os diferentes departamentos do centro para realizar o trabalho educativo, cultural e social do centro, com a participação de todos os componentes do processo educativo. Nosso centro presta serviço comunitário em duas rodadas. , com uma abordagem democrática. . Gestão, baseada na 6 participação de todos, com responsabilidade de cada secretaria, seguindo todas as orientações determinadas pela Secretaria Municipal de Educação. 2 - ORGANIZAÇÃO DO CENTRO EDUCATIVO A ciência da gestão desenvolveu-se em terreno fértil, dando origemao desenvolvimento de um rico conjunto de conceitos, técnicas e ferramentas. Casasos (1998) identificou sete modelos de gestão ou quadros conceituais: normativo, proativo, estratégico, situacional, qualidade total, reengenharia e comunicação. Para Luna (2007), os fundamentos teóricos desses modelos ainda estão em desenvolvimento porque suas pesquisas são relativamente novas. Modelo modular – No modelo modular, o impacto na área educacional reflete o aumento do número de sistemas. Aqui se expressa uma visão linear do futuro, imaginada como única e específica, onde “o planeamento implica, portanto, a aplicação de técnicas de projeção do presente para o futuro”. Casasos (1998, p. 7). Modelos do futuro - Os modelos futuros também envolvem imagens do futuro que caracterizam o presente e, portanto, o controlam. Desta forma, o futuro pode ser previsto através da construção de cenários” Casasos, (1998, p. 7). Modelo Estratégico – No modelo estratégico, construir qualquer futuro requer critérios para planejar sua implementação. Segundo Casas (1998, p. 8), esses padrões permitem que as organizações estabeleçam relações com seu ambiente. “Mas a estratégia tem características tanto estratégicas (critérios) quanto técnicas (meios para alcançar os resultados desejados). A gestão estratégica inclui a capacidade de articular os recursos (humanos, técnicos, materiais, financeiros) disponíveis para a organização. reconhece e os conflitos de interesse não se limitam aos intervenientes Socialmente, mas para além da questão da viabilidade política, a viabilidade técnica também se revela através de objectivos futuros ou desejados Casasos, (1998, p. 9). Modelo de Qualidade Total - No Modelo de Qualidade Total, a exploração da qualidade total na educação começou na década de 1990 com a implementação do modelo de planejamento estratégico de Vasquez (et al., 20 10). Portanto, os resultados do processo educativo 7 passaram a focar na qualidade, Cassasús (1998). Surgiram novas necessidades para realçar os resultados educativos, torná-los mais transparentes e promover o desenvolvimento de sistemas responsáveis por medir e avaliar a qualidade dos processos educativos. Cassasús, (1998), Vasquez (et al., 2010). Modelo de reengenharia: No modelo de reengenharia, se o modelo de qualidade total se concentra na melhoria do modelo existente, buscando a limpeza e reduzindo o desperdício, então a reengenharia proporciona uma reformulação funcional e um redesenho completo do processo educacional para obter um desempenho significativamente melhorado. Cassasús, (1998) . Foi proposto na década de 90 e parte da consciência do caráter transformador das situações a partir de três dimensões de mudança. Modelo de comunicação - No modelo de comunicação, os atos de fala constituem seus referentes dominantes. Nessa perspectiva, o redesenho organizacional depende da gestão das competências comunicacionais no sentido de processos comunicativos que facilitam ou impedem o alcance das ações exigidas. A liderança é demonstrada através do desenvolvimento de um compromisso de trabalhar do diálogo à ação. Casasos, (1998, p. 12). Este modelo considera a comunicação como uma função estratégica de toda a organização. Como resultado, a estrutura clássica de persuasão é quebrada ao utilizar a comunicação para estabelecer contato com o ambiente imediato e seus atores. Villalobos (et al., 2008). A gestão baseada neste modelo de comunicação deve incluir a gestão estratégica, a cultura corporativa, a identidade e a imagem. Afinal, as atividades educativas estão intimamente ligadas aos acontecimentos que moldam a sociedade. No Brasil temos duas correntes: as tendências educacionais liberais e progressistas, e cada uma dessas correntes contém detalhes que promovem cenários específicos para a formação intelectual individual. A Corrente Libe ral, prepara o aluno para o desenvolvimento das suas aptidões com vista no papel social que ele irá desempenhar futuramente; Já a Corrente Progressista prepara o aluno para desempenhar um papel sócio- político ativo na sociedade, partindo da análise crítica da realidade social vivida pelo indivíduo. Na construção de uma gestão democrática n a escola pública, entendemos que um novo modelo de abertura para a comunidade também é assegurado, legalmente, na Carta Constitucional de 1 998, “Gestão democrática do ensino público, na forma da lei”, através do 8 Art. 206, Inciso V I. É garantido, também, na LDB, Lei 9.39 /96, nos artigos 1 e 15, que destaca a autonomia institucional como importante forma de flexibilização da estrutura administrativa e pedagógica. Em síntese, os documentos oficiais da atualidade apontam regularmente para a necessidade de participação dos profissionais da educação e membros da comunidade tanto na administração escolar como na elaboração do Projeto Político Pedagógico de cada instituição. Analisando sob uma perspectiva histórica, o modelo de gestão da escola e os mecanismos de participação da comunidade atualmente, novas formas de trabalho , carregada de velhas concepções, mascaradas e maquiadas de supostas inovações, tendo a velha lógica do mercado como único determinante. Isso porque, as políticas educacionais, expressando o modelo assumido pelo Estado, operacionalizam-se, no interior da escola, a partir de determinadas formas de gestão. Hoje a escola necessita de uma visão nova, visão estratégica, sobretudo uma visão d e futuro com sugestões, propostas d e reformas estruturais e predial, que visam apresentar novos modelos para aumentar a eficiência e a eficácia do sistema de ensino, de maneira a superar as velhas concepções. Como dizem especialistas e educadores em educação: Paulo Freire, Emília Ferreiro, Carl Rogers são proposições que convergem para novos modelos de organização d o ensino público, calçados em formas mais flexíveis, demonstrando as possibilidades de efetivar um processo democrático através da participação da comunidade escolar na gestão escolar com eficácia. Nesse sentido, deve ser incentivada a construção de um Projeto Político Pedagógico de forma a assegurar o envolvimento dos órgãos de decisão colegiada, principalmente da comunidade escolar, representantes de sala e as várias ações que serão contidas em nosso trabalho, nessa construção de forma coletiva. Deste ponto de vista, os currículos escolares engajados com a comunidade melhorariam enormemente os debates sobre direitos e deveres no currículo educacional. Muitos pesquisadores em educação como SAVIANI, LIBNEO, PAULO FREIRE têm enfatizado a necessidade de melhorar a participação da 9 comunidade escolar. A gestão participativa é um exercício democrático e um direito de cidadania, por isso implica deveres e responsabilidades. Assim, pode -se afirmar que o diretor ou gestor sozinho não conseguirá colocar em prática a gestão democrática, já que para que ela aconteça é necessário o empenho e a participação de todos que fazem parte do contexto escolar; para que a gestão verdadeiramente democrática se efetive é necessário adotar alguns mecanismos como: autonomia que consiste na ampliação no espaço de decisão, voltada para o fortalecimento da escola como organização social, comprometida com a sociedade, tendo como objetivo a melhoria da qualidade do ensino. E outros mecanismos como eleição de diretores, a ação do Projeto Político Pedagógico, o regimento e conselho escolar, a organização curricular, os recursos financeiros e o papel do gestor mediante as ações na escola. Com tudo, a parceria entre a comunidade onde está inserida, a participação de pais na Escola, sem perder d e vista a importância d e junto com a Secretaria de Educação, tentar reverter esses problemas e para tentar solucionar essas dificuldades participativas e descentralizadas de administração dos recursos e das responsabilidades no campo educacional. Em nossas pesquisas, de acordo com os textos lidos de GADOTTI, SANTOS, LAKATOS e Heloísa LUCK, vimos, quea partir da década de 80 e principalmente atualmente, tem havido grande preocupação em relação aos processos de escolha de diretores escolares nos municípios e Estados brasileiros, o que vem estimulando um permanente questionamento sobre o papel da escola pública. Segundo Lück (2010, pg. 2 1), Uma forma de conceituar gestão, é vê -la como um processo de mobilização da competência e da energia de pessoas coletivamente organizadas para que, por sua participação ativa e competente, promovam a rea lização, o mais plenamente possível, dos objetivos de sua unidade de trabalho, no caso, os objetivos educacionais. O entendimento do conceito de gestão, portanto, por assentar -se sobre a maximização dos processos sociais como força e ímpeto para a promoção de mudanças, já pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, do trabalho associado e cooperativo de pessoas na análise de situações, na tomada d e 10 decisão sobre seu encaminhamento e na ação sobre elas, em conjunto, a partir de objetivos, organizacionais, entendidos e abraçados por todos. Portanto, o conceito de gestão parte do pressuposto de que o sucesso da organização social depende da mobilização do trabalho construtivo conjunto dos seus componentes, através do trabalho interligado, da reciprocidade, e da criação de um “tudo” regido por uma vontade coletiva. Na verdade, dada a complexidade e importância dos seus objectivos e processos, é um pré-requisito para uma oferta eficaz de educação nas escolas. Luck, (2010, p. 21). Como todos sabemos, o trabalho educativo requer essencialmente o esforço coletivo e integral dos indivíduos de todas as unidades. Todavia, Luck (2010), deixa claro que a participação, portanto, não é discussão, nem mera expressão de aval a decisões. É pelo compromisso e em nome da construção de uma sociedade democrática e da promoção de maior envolvimento das pessoas nas organizações sociais em que atuam com as quais se relacionam, favorece -se da realização de atividades que possibilitem e condicionem a participação. De acordo com Luck (2010), essas atividades, portanto, são previstas com u m triplo objetivo: a ) o de promover a construção coletiva das organizações, b) o de possibilitar a aprendizagem de habilidades de participação efetiva e concomitantemente, c ) o de desenvolver o potencial de autonomia d as pessoas e instituições. Daí a sua importância não apenas para a gestão educacional democrática, tal como proposta em lei, mas como condição para a vivência e aprendizagem democrática de todos os seus participantes, e em especial, seus alunos. Destaca Luck (2010), que a democracia efetiva da educação é promovida não apenas pela democratização d a gestão da educação, conforme definido pela Constituição e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.39 /96). Este processo de democratização baseia-se nos mais elevados níveis de qualidade nos processos educativos e nos ambientes escolares, para que todos os que procuram a educação possam desenvolver os conhecimentos, competências e atitudes necessárias para participar de forma eficaz e 11 consciente na construção da matéria. Uma parcela da sociedade que goza de qualidade de vida e condições de desenvolvimento para exercer os direitos de cidadania. Mostra também que existe toda uma gama de legislação educativa, determinada pelos espaços parlamentares relevantes, e influenciada pelos movimentos sociais organizados, que pode ser ativada para melhorar a gestão democrática das escolas primárias e a existência de conselhos escolares ativos e participativos. Luck (2010) acredita que os princípios que devem nortear a educação escolar encontram-se em nossa Carta Magna (Constituição de 1988) e em seu art. 206, previsto no art. 3. Número legal: 9.39 /96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), consta, explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma da Lei e da legislação dos sistemas de ensino” (inciso VIII do art. 3º da LDB). Trata -se de enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que contribua efetivamente para o processo de construção de uma cidadania emancipadora, o que requer autonomia, participação, criação coletiva dos níveis de decisão e posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia. Para tanto, é fundamental que a escola tenha a sua “filosofia político -pedagóg ica norteadora”, resultante , como já mencionado, de uma análise crítica da realidade nacional e local e expressa em um projeto político pedagógico que a caracterize em sua singularidade, permitindo um acompanhamento e avaliação contínuos por parte de todos os participantes das comunidades escolar (estudantes, pais, professores, funcionários e direção) e local (entidade e organizações d a sociedade civil identificadas com o projeto da Escola). “ Luck, (2010, pg. vinte e um). O artigo 17.º da Lei de Desenvolvimento Local estabelece também a autonomia dos centros na experimentação da gestão participativa, que diz: “O sistema educativo assegurará que as unidades públicas primárias nele integradas gozem de autonomia educativa progressiva e administrativa. A gestão financeira é efectuada de acordo com as regras gerais da Lei das Finanças Públicas." A LDB é mais clara nesse sentido no artigo 1 que diz: “O sistema educacional deve determinar os padrões de gestão pública democrática da informação para a implementação da educação. atividades de ensino básico, de acordo com a sua especificidade, de acordo com os seguintes princípios: I - Participação dos 12 profissionais da educação no desenvolvimento do programa educativo do centro, II - Envolvimento do centro e da comunidade local no conselho de escola ou qualquer outro análogo . corpo Segundo Luck (2010), vale lembrar também a existência do Plano Nacional de Educação que foi aprovado pela Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. O plano define os objetivos e prioridades que devem nortear as políticas públicas na área da educação no período de dez anos. Dentre os seus objetivos, destaca -se a democratização da gestão do ensino público, salientando-se, mais uma vez, a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, bem como a descentralização da gestão educacional, com fortalecimento da autonomia da escola e garantia de participação da sociedade n a gestão da escola e da educação. A tramitação da LDB e do PNE na Câmara dos Deputados e no Senado Federal foi objeto de disputa de interesses contraditórios dos grupos sociais organizados. Apesar das restrições, as propostas resultantes do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, a LDB e o PNE são instrumentos que dão respaldo legal às políticas concretas de fortalecimento da gestão democrática das escolas públicas. O importante, então, é utilizar esses instrumentos segundo uma visão de mundo compromissada com a construção de uma educação básica realmente cidadã. Como gestoras, pretendemos atuar como articuladoras e mediadoras dos segmentos internos e externos, em favor do desenvolvimento da escola, favorecendo o processo democrático por meio d a criação de mecanismos que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e humanitária. A gestão democrática busca desenvolver um trabalho coletivo que possibilite a aproximação da comunidade ao convívio escolar, com a oferta do acesso à cu ltura, à tecnologia, à informação, para gerar consciências críticas, transformadoras, criadoras e democráticas. Nessa direção acreditamos que a Sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada o u organizada conscientemente, como também partilha interesses entre os membros direcionados a um objetivo comum, ou seja, um grupo de pessoas com interesses comuns, que se organizam em torno de uma atividade, obedecendo a determinadas normas e regulamentos. Os sistemas de ensino 13 devem asseguraraos alunos os recursos necessários para atender à s suas necessidades, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.39 /96, em seu artigo 59 , como também, avançar na questão do atendimento aos educandos com necessidades especiais, assegurando-lhes uma educação de qualidade. Sabemos que a educação é um “direito de todos” e acima d e tudo, um ato de amor que contribui no despertar da consciência crítica e que desafia os protagonistas a assumirem seu destino, individual e coletivo. O gestor enquanto mediador de conflitos é aquele que avalia as pessoas, levando e m consideração o conhecimento, capacidade e o desejo de cada um, sendo referencial e dando exemplo, através de sua postura, comprometimento e ética, estimulando, demonstrando e verbalizando o sucesso de sua equipe e delegando responsabilidades de acordo com as habilidades e competências de cada pessoa. Com escuta das partes, o fortalecimento das pessoas envolvidas como parte da solução dos problemas, muda totalmente a forma de análise e de solução e aponta o caminho para a construção do respeito nas relações d e trabalho baseadas nos conceitos do direito da cidadania para todos. Essa mediação pode acontecer por meio do diálogo constante, da investigação dos problemas, da busca de solução com participação dos segmentos da comunidade escolar e da criação de mecanismos mútuos de motivação no cotidiano escolar. 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS: A instituição educacional deve ser um local prazeroso, de mocrático e agradável, principalmente humano, que o foco seja o ensino de qualidade e na direção de gestores competentes, compromissados com a aprendizagem dos educandos, tendo consideração e respeito às ideias da comunidade. Desta forma, devemos opinar continuamente a prática pedagógica simultaneamente com a proposta elaborada pois temos uma escola que está e m constante elaboração e em mudança. E que cada um cumpra com seu papel, no geral buscando o sucesso em educação. 14 Logo torna-se essencial quanto aceitável a construção de um projeto para a educação que leve em conta as necessidades, características e cultura do local. Dessa maneira, poderemos construir uma gestão democrática, em que os responsáveis envolvidos possam manifestar suas necessidades, compartilhar seus saberes e mostrar comprometimento e participação na construção de opções que permitam as mudanças necessárias buscando respostas para uma qualidade educacional por meio da parceria com os que fazem a educação acontecer no cotidiano da escola. No trabalho, tivemos a oportunidade de estudar que o gestor escolar, executa várias tarefas no ambiente da organização da gestão da escola, necessitando que ele tenha aptidão múltiplas para desenvolver seu papel, além d o dever do cargo que lhe requer e necessita ter a postura de um líder para que na prática aconteça como planejado. Sua comunicação deve ser aberta à conversa e através dele desenvolver uma relação mútua de confiança. Concluímos, que a escola aparece como, um espaço complexo onde se entrelaçam dinâmicas diversas, se articulam fixações, mudanças, tradição/inovação, Repetição/criação, história/futuro, produção/construção de histórias pessoais, de práticas, experiências, vivências, saberes, individuais e coletivos de sempre povoados de outros; espaço de relação de poder, espaço de implicação e compromisso ético. Vale dizer que em todos os momentos históricos a escola foi vista como “...” e parece ingênuo e conveniente referir-se à escola como a possibilidade de se relacionar com algo, por exemplo, a escola como. Uma segunda casa, como família, como empresa, como organização, etc. Para além do desenvolvimento de modelos de gestão, são também afectados pelas mudanças no ambiente social e económico, primeiro no sector empresarial, depois no sector privado, e depois na administração pública, incluindo o domínio da educação, que é o nosso tema. A educação integra-se e cruza-se com o cimento sobre o qual os indivíduos constroem a sua personalidade e estatuto social sem a questão da exclusão. Não importa o quão difícil seja. “A educação deve ser sempre um pilar e, antes de enxergar um caminho tranquilo, deve dar saltos onde antes parecia limitado a um único passo”, Vygotsky, (1995, p. 150). 15 REFERÊNCIAS ANDRÉ, Marli. “Questões do cotidiano na escola de 1º grau” In: A Didática e a escola de 1º grau. São Paulo:FDE,1991. (Série Ideias, 11) COSTA, A.,Y Rodrigues, (2015) Breve genealogia da educação: da arte de governar a educação preservativa Paper presented at the IV Seminário Internacional Educação Medicalizada, Salvador de Bahia, Recuperado de:http://anais.medicalização.org.br/index.php/educação medicalizada/article/download/96/96. CASSASÚS, J. (1998), Acerca de la práctica Y La Teoria de la gestión: Marcos Conceptuales para el analisis de los câmbios en la Gestión de los Sistemas Educativos. 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