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RELATÓRIO DE ESTÁGIO GESTÃO EDUCACIONAL EM ESPAÇOS NÃO ESCOLAR

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24
SUMÁRIO
51
LEITURAS OBRIGATÓRIAS
182
REGIMENTO ESCOLAR
213
ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA
244
PLANO DE AÇÃO
31CONSIDERAÇÕES FINAIS
34REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
 O trabalho tem como objetivo propor uma reflexão sobre a formação e a atuação do pedagogo em espaços educativos formal, não-formais e informal e pretende caracterizar as especificidades do trabalho pedagógico nesses espaços. 
 Segundo o MEC, a educação formal é aquela que ocorre nos sistemas de ensino tradicionais; a não formal corresponde às iniciativas organizadas de aprendizagem que acontecem fora dos sistemas de ensino; enquanto a informal e a incidental são aquelas que ocorrem ao longo da vida.
 Apesar de, frequentemente, o trabalho do pedagogo ser associado a uma escola, esse profissional pode atuar em espaços que não são propriamente uma escola. O pedagogo atua com o ensino e a aprendizagem, sendo capacitado para exercer a docência na pré-escola e nos primeiros anos do ensino fundamental, além de poder atuar como professor, coordenador, supervisor e diretor escolar, também está habilitado para exercer sua profissão atuando no meio empresarial, hospitalar e em organizações não governamentais. 
 Também falaremos da importância do PPP em uma escola. a construção do projeto político-pedagógico é necessária para que as instituições educacionais realizem suas atividades de forma dinâmica e participativa. O projeto político-pedagógico é algo que deve estar inserido no contexto escolar, pois é nele onde serão definidos o currículo, a maneira de avaliar, dentre outras questões importantes. É praticamente impossível ter uma escola centralizada nos princípios educacionais se a mesma não possui um PPP bem elaborado, e este, deverá ser construído coletivamente envolvendo a gestão, docentes, discentes e a comunidade local. 
 Todos devem ser pensados de forma que sejam beneficiados com o projeto, já que se espera a qualidade no ensino aprendizagem, que é o objetivo fundamental das instituições de ensino. A escola deve possuir autonomia para suas deliberações, observando as normas vigentes, as esferas superiores, porém, sempre buscando inovar para que se efetive a qualidade do ensino.
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
 Entre as áreas em que o profissional de pedagogia pode trabalhar estão: ensino em escolas públicas e privadas (ministrar aulas da 1ª a 5ª série do ensino fundamental), administração escolar (gerenciar materiais, financiamentos e recursos humanos), educação especial, orientação educacional (oferecer assistência aos estudantes com o uso de métodos psicológicos) e pedagogia empresarial (criar projetos educacionais, sociais e culturais para empresas).
 Hoje, o mercado de trabalho para o pedagogo é vasto, no entanto apresenta desafios em relação ao índice de pessoas que pretendem ingressar nele. De acordo com o guia de profissões e salários da CATHO, a média de salário nacional inicial de um pedagogo gira em torno de r$1.466, 99. A área de educação está em expansão por conta do crescimento demográfico, segundo informações do IBGE e as escolas da rede de ensino básico do brasil precisam de mais educadores. e mais que isso: educadores com cursos de pós-graduação no currículo nas áreas de língua-portuguesa e redação, educação de jovens e adultos, libras, cultura e literatura, língua inglesa, educação inclusiva, gestão escolar e alfabetização.   
  Por fim, o pedagogo pode encontrar oportunidades em outras áreas como hospitais (na área de pedagogia hospitalar) ONGS (organizações não governamentais) e empresas de educação à distância. O dom interativo oferece diversos cursos online de pós-graduação na área da educação. 
 O profissional formado em pedagogia tem um papel muito importe no papel nessa formação. É o professor, junto com a família e sociedade, que ajudarão a formar o caráter e a identidade de cada pessoa. É através do exemplo, contexto, convivência e aprendizado que crianças e adolescentes são formados com o auxílio do professor. Por isso, a pedagogia precisa estar presente de forma tão sólida e eficaz. 
 A constituição federal-cf (1988), diz que a educação é um direito de todos e dever do estado e da família. Se a lei máxima que define os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros garante o acesso à educação, cabe aos pedagogos e demais profissionais da educação, levá-la as diferentes situações onde se encontra o educando.
 Por mais que hajam leis garantindo o direito às crianças e adolescentes ao tratamento médico em ambiente escolar e recreativo, não são todos os hospitais que proporcionam esse acesso. Muitas vezes, o objetivo principal dos hospitais que promovem o bem-estar do cidadão para que ele possa se tratar da sua enfermidade é ineficiente.
 No ambiente hospitalar assim como no ambiente escolar, o professor deve ser a ponte entre o conhecimento e o aluno, pois cabe a ele levar o aprendizado onde se faz necessário. Para especificar uma das diferentes situações, o ECA – estatuto da criança e do adolescente assegura o prosseguimento do currículo escolar, recreação, programas de educação e saúde durante a internação e/ou tratamento nos hospitais. Diante desse embasamento, constatou-se a necessidade de ampliar o conhecimento sobre essa área de atuação do pedagogo em conformidade com a legislação do país.
 Conforme MATOS e MUGIATTI (2014), já na antiguidade por meio dos papiros egípcios pode-se notar a preocupação com a saúde. Sendo que com o passar do tempo esta preocupação tomou proporções ainda maiores, tanto que na idade medieval as pessoas começaram a associar fatores sociais, educacionais e ambientais com a saúde.
 Neste contexto, a pedagogia hospitalar, surge como forma de minimizar o sofrimento infantil dentro dos hospitais, vindo assim, para complementar o tratamento médico com um cuidado psicossocial e cognitivo, além de propiciar outros benefícios as crianças e adolescentes que estão em tratamento. 
 De acordo com ESTEVES (2008), os primeiros traços da pedagogia hospitalar, como se conhece hoje, surgiram em 1935 na França, por meio da criação da primeira escola para crianças inadaptadas. A instituição foi inaugurada, pelo então ministro da educação, Henri Siellie.
 De acordo com fontes (2008), pedagogia hospitalar se diferencia da pedagogia tradicional porque ocorre em ambiente diferente, nesse caso o hospital, e o aprendizado busca contribuir para a satisfação do corpo e da mente do educando. Conforme MATOS e MUGIATTI (2014), ela contribui para cura, pois “favorece a associação do resgate, de forma multi/inter/transdisciplinar, de condição inata do organismo, de saúde e de bem-estar, ao resgate da humanização e da cidadania”. (MATOS E MUGIATTI, 2014, p. 29).
 FONTES (2008), mostra que há duas formas de contribuição da pedagogia hospitalar para o bem-estar da criança hospitalizada. A primeira acontece por meio do lúdico como meio de comunicação e distração, enquanto a outra destina-se em conhecer esse ambiente, que muitas vezes é tenebroso, isso ajuda a desmistificar, e trazer outros sinônimos, outros meios de atendimento, para assim, fazer com que a criança deixe parte de seus medos, resistências e possa confiar e se ambientar com a equipe multidisciplinar e o espaço, no qual se passa o seu processo de tratamento.
 A doença é inevitável, faz parte do processo natural do corpo humano em alguns casos a internação se faz necessária para uma melhor recuperação da saúde. Entretanto a criança, quando é hospitalizada, passa por um processo que abala o seu psicológico e sua vida social, pois ocorre uma mudança em seu ambiente, em sua rotina e em seus hábitos. Ela afasta-se da escolae de seu convívio familiar, o que gera medo e desconforto, tornando-se uma experiência difícil e em alguns casos acarretando traumas que jamais serão esquecidos. a rotina do hospital é desgastante e pode até prejudicar na melhora do paciente. Porto destaca que, no ambiente hospitalar, toda “a singularidade de cada sujeito fica restrita a um número de prontuário, a um número da enfermaria e ao leito” (porto, 2008, p. 21). 
. O pedagogo precisa orientar e apoiar a família do paciente, transmitindo-lhe mais segurança e trabalhando no sentido de amenizar a ansiedade e o medo da morte, contribuindo para que compreendam melhor essa nova fase de suas vidas. Dessa maneira, mesmo hospitalizada, a criança continua interagindo com o meio, aprendendo e se desenvolvendo, pois a infância é uma fase repleta de descobertas e aprendizagens. Cada momento vivenciado pela criança, seja na escola ou não, é marcado por novos conhecimentos que ela vai adquirindo.
Para que o trabalho do professor hospitalar obtenha melhores resultados 
E para que a individualidade de cada criança seja respeitada, é necessário que esse profissional tenha uma boa preparação, tanto nos seus conhecimentos teórico-prático pedagógicos quanto nas doenças mais comuns do hospital, possibilitando mais segurança para o pedagogo, o enfermo e sua família. Cabe ao educador ter também uma visão sistêmica da realidade hospitalar e uma visão da realidade de cada escolar hospitalizado. O seu principal papel não é o de resgatar a escolaridade, mas de transformar a relação entre hospital e paciente, de forma a aproximá-los. 
Outra característica fundamental ao pedagogo hospitalar é a de ser emocionalmente equilibrado para lidar com diferentes situações, pois o paciente pode receber alta ou evoluir para óbito inesperadamente. 
Segundo matos, “no hospital se trabalha diariamente na luta entre a vida e a morte, o corpo, pode estar doente, no entanto, a mente é sã, portanto não se detêm o sonhar, o fantasiar e se planejar a vida que ficou do lado de fora” (MATOS, 2009, p. 49). 
 Agora saindo da pedagogia hospitalar para a pedagogia empresarial. A pedagogia empresarial é um método que foi criado para otimizar a produtividade e engajamento geral de uma empresa. Tudo isso focando nos seus colaboradores. Assim, pode ser aplicada para apresentar e introduzir mudanças na empresa e na ampliação e aquisição de conhecimento no espaço organizacional. Também, é uma metodologia utilizada na reconstrução de conceitos como criatividade, espírito de equipe, entre outros. Resumidamente: treinar e capacitar os funcionários é a principal função da pedagogia empresarial. 
 A sua missão é designar atividades e estimular o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. Cursos, palestras e atividades lúdicas podem ser utilizados para preparar o seu colaborador para as atividades do dia a dia. Cursos de capacitação podem ser utilizados para aprimorar o desempenho e o conhecimento deles nos softwares utilizados com frequência. Assim sendo, a pedagogia empresarial visa mudar e condicionar o comportamento do seu colaborador. O objetivo é melhorar a qualidade de atuação dos funcionários.
 O pedagogo sempre teve uma atuação maior na área da educação escolar. Porém, com o passar dos anos e do entendimento do colaborador como uma pessoa que deve passar por uma qualificação contínua, o pedagogo empresarial começou a ganhar espaço no mercado.
 É importante ressaltar que esse tipo de abordagem busca estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem e apropriação de conhecimentos aos colaboradores. 
 Assim, tudo o que aprenderem, poderá ser aplicado na vida pessoal e profissional, tornando-se pessoas melhores, mais motivadas e qualificadas.
Ao pedagogo empresarial cabe a importante função de mostrar todas essas qualidades aos colaboradores. Assim, deve optar por ações certeiras, que realmente motivem e engajem os funcionários. Ainda, o pedagogo atuará para desenvolver, aprimorar e descobrir talentos escondidos.
 A intervenção do pedagogo será diretamente na área de recursos humanos, onde desenvolverá dinâmicas de grupos, jogos de desenvolvimento de equipes e outros (DATNER 2006.) para se ter uma relação interpessoal no trabalho saudável. O objetivo será apaziguar os conflitos de relacionamento onde as pessoas poderão exprimir suas angústias e aflições, trocar informações e estabelecer um momento de descontração e interação.  
"Vale enfatizar, reiteradamente, que as relações interpessoais no grupo são tão ou mais importantes do que a qualificação individual para as tarefas. Se os membros relacionam-se de maneira harmoniosa, com simpatia e afeto, as probabilidades de colaboração aumentam muito, a sinergia pode ser atingida e resultados produtivos surgem de modo consistente". MOSCOVICI (PG 47)
 As organizações aprendentes buscam estimular a ampliação do conhecimento de todos, de forma democrática e coexistindo em uma política participativa. PILETTI (1995, p.16) cita: "educação não se confunde com escolarização, pois a escola não é o único lugar onde a educação acontece. A educação também se dá onde não há escolas". A pedagogia vem de encontro ao aperfeiçoamento das relações nesta fase de reorganização do ambiente organizacional e de gestão das pessoas. 
Considerando-se a empresa como essencialmente um espaço educativo, estruturado como uma associação de pessoas em torno de uma atividade com objetivos específicos e, portanto, como um espaço também aprendem, cabe à pedagogia a busca de estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem/apropriação de informações e conhecimentos. RIBEIRO (2003, p. 9) 
 Para que ocorram constantes aprendizados dentro das organizações os ambientes rotulados de "prisões intelectuais" devem ser eliminados na gestão. o pedagogo fará uso da utilização de técnicas como discurso, conferências, diálogos e utilização de audiovisuais para estimular as pessoas a expandir sua capacidade criativa e obter os resultados que realmente as satisfaçam, desenvolvendo um pensamento sistêmico e abrangente, criando a troca de conhecimento em grupo.
"O treinamento nas empresas passou a abranger aspectos psicossociais do indivíduo. Assim, os programas de treinamento, além de visarem capacitar os trabalhadores para o desempenho das tarefas, passaram a incluir também objetivos voltados para o relacionamento interpessoal e sua interação a organização". GIL (1994, p. 63) 
"Para mudar a prática, é preciso reconcertá-la, ou seja, buscar novos conceitos que possam explicitá-la de outra forma". GADOTTI (2000, p. 215) 
 No desenvolvimento dos treinamentos a serem aplicados na empresa, o pedagogo fará a socialização do conhecimento tácito e do conhecimento explícito, e aplicará de acordo com a necessidade do grupo a ser ministrado o treinamento.
 Muito dos conflitos gerados nas organizações estão propensos à falta de um ambiente de trabalho alegre e saudável. Trabalha-se sobre forte pressão e esquece-se de terem pouco de prazer e alegria. 
 "O divertimento e a produtividade não são incompatíveis". HEMSATH (1961, p. 165)
 Os adultos aprendem mais facilmente em ambientes descontraídos, motivados e lúdicos, só aprendem o que querem e gostam de serem orientados, antes de serem avaliados e criticados.
 Para encerrar falarei um pouco da educação informal. As questões referentes à educação informal são de igual importância às demais formas de educação. Neste formato educacional, os pais, mães e responsáveis são os nossos “primeiros professores”. Neste cenário, segundo LIBÂNEO (2010), ninguém escapa da educação. Essa afirmação mostra que tudo que envolve o indivíduo tem influência do meio. 
Na casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo oude muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? educações. (...) não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante (LIBÂNEO, 2010, p. 26). 
 Portanto, para LIBÂNEO, a educação ocorre em diferentes espaços frequentados pelos cidadãos sendo a educação informal resultado das ações e influências que permeiam a vida dos indivíduos, o ambiente sociocultural. Na sequência das análises feita por este estudioso da educação diz que a educação informal “ocorre na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política”. 
 A educação informal corresponderia a ações e influencias exercidas pelo meio, pelo ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com o seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimentos, experiências, práticas, mas que não estão ligadas especificamente a uma instituição, nem são intencionais e organizadas (LIBÂNEO, 2010, p. 31). 
 Essas considerações mostram que a educação tem uma função na vida do sujeito em sociedade em diferentes âmbitos dos saberes e que todo ato educativo é intencional. A educação informal, que na grande maioria das vezes é tratada como não intencional, por não apresentar claramente um formato intencional e estrutural de ensino, está interligada aos vários campos da educação, decorrentes das exigências da sociedade contemporânea que numa visão mais ampla, percebe que a tecnologia e a ciência está presente em todos os segmentos da sociedade (LIBÂNEO, 2010). 
 Diante do exposto, mesmo sendo decorrente de processos espontâneos, ainda que em meio a valores familiares e religiosos e, por apresentar caráter permanente na sociedade e parecer não se misturar a educação formal e não formal, a educação informal precisa estar respaldada nos conhecimentos científicos, para atender a construção de uma nova realidade educacional e desta maneira encontrar uma forma de inclusão de forma integrada. a educação formal, não formal e informal não mais podem ser vistas como algo programado com começo, meio e fim. Nesse entendimento, a educação seria sempre a mesma para uma sociedade imutável (LIBÂNEO, 2010). 
 A educação tem função adaptadora, no processo de formação do sujeito ao longo das etapas de sua vida por estar ligada à “produção e reprodução” da vida social. permite que os conhecimentos, experiências e modos de ação adquiridos, sejam passados para as gerações futuras. 
 Considerando a educação como um processo de desenvolvimento intelectual, quase sempre esse entendimento visualiza a educação institucionalizada. Porém, segundo GASPAR (2005), há outras formas de educar como a educação decorrente da vida cotidiana considerada educação informal. 
Há muito mais a aprender e desde muito cedo: a língua materna, tarefas domésticas, normas de comportamento, rezar, caçar, pescar, cantar e dançar – sobreviver, enfim. E, para tanto, sempre existiu, também desde muito cedo, uma educação informal, a escola da vida, de mil milênios de existência (GASPAR, 2005, p.173). 
 Sendo a educação um fenômeno que não se isola na sociedade e na política, a transformação da educação está ligada aos interesses das relações sociais. Influenciada pelo meio natural e social afetam o desenvolvimento do homem e seu relacionamento efetivo com o meio social. segundo GASPAR (2005), a cultura é originada da complexidade e dos avanços contínuos da nossa civilização. 
 Quanto mais a sociedade se desenvolve, mais o processo educativo se transforma. Boa parte da influência que ocorre na transformação da educação está ligada no modo informal de educação, influenciando na personalidade, porém de modo “disperso e difuso”. Mesmo não sendo de caráter intencional, influenciam no processo de socialização. Este processo, por não apresentar um formato intencional, não se identifica ou substitui o processo educativo (LIBÂNEO, 2010). 
 Na educação informal, os conhecimentos provêm de uma interação sociocultural e acontece de forma quase imperceptível. Por isso, na visão de GASPAR, esse formato educacional ocorre em espaços que se aproximam muito da educação não formal. Esses espaços, segundo esse autor, são os centros culturais: jardins botânicos, zoológicos, museu de artes ou ciências. Pode ocorrer ao ar livre, praças, feiras, estação de metrô e em vários espaços onde as pessoas possam interagir e compartilhar saber (GASPAR, 2005). 
 Para haver uma interação a vivência da sala de aula, espaço da educação formal, deve estimular o aluno a pensar e manifestar-se de forma que valida os conhecimentos adquiridos nos diferentes campos do saber para exercer com sabedoria o seu papel social (GASPAR, 2005).
2 REGIMENTO ESCOLAR
Qual a função do regimento no ambiente escolar? 
 O Regimento Escolar o documento que regula o processo de trabalho pedagógico na escola, é inegável que este deve ser utilizado como um instrumento pedagógico, propiciando sensibilização e conscientização dos diferentes atores quanto ao papel que cada um desempenha no processo educativo.
 O regimento escolar também é elaborado com a finalidade de propor discussões e reflexões sobre quais atividades podem ser desenvolvidas com os diferentes atores escolares, alinhadas no objetivo de sensibilizar, conscientizar e promover a compreensão da importância do Regimento Escolar, visto que como mencionado anteriormente, este é um documento normativo e necessário à condução do processo educativo de qualidade e, consequentemente, visa favorecer a convivência e o respeito no ambiente educativo, bem como o cumprimento de direitos e deveres dos diferentes atores escolares.
 Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento, propor alternativas de soluções aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e disciplinar detectadas no âmbito de sua atuação, acompanhar o trabalho dos professores, cuidando para que mantenham os registros em dia, providenciar para que alunos e professores tenham boas condições de trabalho, zelar pelo cumprimento do Calendário escolar estabelecido pela Escola, favorecer as relações humanas entre professores, pais de alunos e funcionários, mantendo um clima de compreensão e de boa vontade, supervisionar em nível de sua Unidade, e criar condições que facilitem o trabalho da Equipe de Apoio Técnico-Educacional.
 Quais aspectos são contemplados em um regimento escolar? 
 O Regimento ao ser elaborado deve ater-se aos princípios constitucionais e legislação geral. Assim, qualquer instituição ou órgão ao elaborar seu Regimento não pode estabelecer normas que não estejam em consonância com a Constituição Federal e legislações pertinentes. 
 No que se refere à instituição escolar: “Regimento é um ato administrativo que regula o funcionamento dos estabelecimentos de ensino” (Indicação n°007/99, 12.11.99, p10, CEE). A Deliberação n° 016/99 do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, que trata do Regimento Escolar estabelece:
Art.1°. - A organização administrativa, didática e disciplinar dos estabelecimentos de ensino do Paraná será regulada pelos respectivos regimentos escolares, observados os princípios constitucionais, a legislação geral e as normas específicas, particularmente as fixadas nesta deliberação. 
 O regimento Escolar pode ser definido como ato administrativo que regulaa organização administrativa, didática e disciplinar dos estabelecimentos de ensino, obedecendo aos princípios constitucionais e legislação no âmbito federal e estadual.
O Regimento é definido como: 
“Ato editado para reger, em obediência aos princípios estabelecidos pelas leis, o funcionamento de um órgão ou serviço e as atribuições de seus componentes” (SIDOU, 1996, p. 177). 
 O Regimento, deve amparar-se, de forma específica, na Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n° 8.069/1990 e na Deliberação do Conselho Estadual de Educação do Paraná.
“Regimento disciplina toda a organização e funcionamento da escola, definindo-a enquanto instituição educativa” (PARANÁ, 1999, p. 10).
 O Regimento Escolar apresenta as normas, as “regras” que regem tais ações, bem como descreve o papel de cada segmento que compõe a comunidade escolar.
 A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, principal lei de nosso país, em seu art. 206, estabelece os seguintes princípios a serem norteadores dos regimentos escolares: 
 I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
 III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (...); 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (...) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. 
Além dos princípios constitucionais, o Regimento Escolar deverá ter como base: 
I. a especificidade da natureza pedagógica da instituição escolar e do seu interesse público;
 II. a autonomia da escola como unidade coletiva de trabalho; 
III. a unidade pedagógica e administrativa da escola como instituição orgânica; 
IV. a representatividade como critério para a gestão da escola.
 Tais princípios, em conjunto com os dispositivos legais da educação nacional e estadual, são os fundamentos que devem servir como base para a elaboração, discussão e aprovação do Regimento Escolar. Dessa forma, o Regimento Escolar deve descrever todos os aspectos da realidade institucional, garantindo a legalidade do trabalho educacional desenvolvido.
Descreva quais são as principais atribuições do (a) diretor da escola?
 O diretor da escolar é a figura central de uma instituição de ensino.Com responsabilidades que vão desde a gestão de contas até a gestão dos relacionamentos, ele precisa ser polivalente para conseguir desempenhar com maestria todas as responsabilidades que são inerentes ao seu cargo.
3 ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA
As principais funções do diretor
· Cuidar das finanças da escola;
· Prestar contas à comunidade;
· Conhecer a legislação e as normas da Secretaria de Educação para reivindicar ações junto a esse órgão;
· Identificar as necessidades da instituição e buscar soluções junto às comunidades interna e externa e à Secretaria de Educação;
· Prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar, garantindo um ambiente agradável;
· Manter a escola esteja limpa e organizada;
· Garantir a integridade física da escola, tanto na manutenção dos ambientes quanto dos objetos e equipamentos;
· Conduzir a elaboração do projeto político-pedagógico, o PPP, mobilizando toda a comunidade escolar nesse trabalho e garantindo que o processo seja democrático até o fim;
· Acompanhar o cotidiano da sala de aula e o avanço na aprendizagem dos alunos;
· Ser parceiro do coordenador pedagógico na gestão da aprendizagem dos alunos;
· Incentivar e apoiar a implantação de projetos e iniciativas inovadoras, provendo o material e o espaço necessário para seu desenvolvimento;
· Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores, orientadores e funcionários;
· Manter a comunicação com os pais e atendê-los quando necessário.
Todo esse trabalho, no entanto, não pode ser solitário. O diretor, como líder da escola, deve envolver sua equipe de professores, coordenadores, orientadores e funcionários no planejamento e execução das tarefas. Além de garantir uma gestão transparente e democrática, saber delegar é fundamental para dar conta do trabalho. Essa articulação e parceria entre todos os profissionais deve sempre visar à meta principal de toda e qualquer escola: a aprendizagem dos alunos. Afinal, é função primordial do gestor prezar pela qualidade do fazer pedagógico da instituição que dirige, não sendo apenas um provedor e organizador de recursos.
 Descreva a atuação desse profissional quanto ao atendimento aos alunos e aos docentes?
Os professores estão na linha de frente do processo de ensino-aprendizagem. Para que cumpram seu papel com assertividade, é importante que contem com o apoio do diretor da instituição. Quando a direção trabalha ao lado do professor, as chances de sucesso da escola e seus alunos cresce.
Entre as muitas tarefas do diretor escolar está a gestão dos docentes. Estimular a formação continuada dos professores e oferecer cursos aos educandos podem ser maneiras de estabelecer uma boa relação com eles. O trabalho da direção deve ser pautado em práticas que inspirem confiança nos colaboradores.
 Garantir uma boa relação entre diretor e professor é essencial para o bom desenvolvimento do ambiente escolar. Quando ambos trabalham em conjunto, é possível observar as melhorias no desempenho dos alunos. Pais e responsáveis sentem-se mais confortáveis em ambientes harmônicos, e os alunos respondem melhor à autoridade dos docentes em sala quanto este conta com o apoio da direção.
 O diretor pode sempre buscar renovar seus métodos para uma gestão mais inclusiva e aberta à novas ideias. Dessa maneira, é possível que os docentes se sintam mais à vontade diante da presença do gestor.
O coordenador pedagógico ampara os professores de maneira que eles consigam atingir os objetivos em sala de aula, mas o diretor também pode dar apoio aos docentes. Quando há alinhamento nessa parceria, o processo acontece de forma muito positiva.
 É essencial que haja uma afinidade entre a direção e a coordenação pedagógica a fim de contribuir para o desenvolvimento de um planejamento escolar dinâmico. Sem isso, é bem provável que o caminho seja trilhado com obstáculos. 
Manter uma boa comunicação com os alunos e responsáveis é essencial para o bom relacionamento e engajamento escolar. Sem dúvida, quanto maior o engajamento entre escola e famílias, melhor é o desempenho dos alunos.
A educação é um processo misto, que compreende todas as práticas vistas em casa e na escola. O bom rendimento do aluno no colégio não é somente devido às suas atividades escolares. Assim como a construção do cidadão não é feita somente pela convivência familiar.
4 PLANO DE AÇÃO
Situação problema
 Foi identificado nos últimos anos a necessidade de contribuir na implementação de uma gestão democrática. O que faremos? Buscaremos aprimorar os aspectos pedagógicos, administrativos e estruturais, visando uma educação de excelência e superando os índices de qualidade de ensino, que no momento encontram-se abaixo das expectativas, conforme revelam as avaliações educacionais externas.
Proposta de solução 
 Visando estabelecer uma gestão em que a participação da comunidade, professores, alunos e pais nas tomadas de decisões da instituição aconteçam bem como com o objetivo de estabelecer em conjunto, atitudes que garantam democracia e proporcione o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem de modo a atender as expectativas presentes no projeto policio pedagógico, delimitaram as seguintes proposta:
· Desenvolver palestras com ex-alunos, empresários e políticos do município.
· Estabelecer parcerias com empresas do município e a escola com o objetivos de buscar oportunidades de empregos para os nosso jovens.· Realizar pesquisas e estudos para a possibilidade de implantação do ensino integral e profissionalizante.
· Realizar estudos e reflexões sobre o regime interno.
· Construir estratégias coletivas com o objetivos de melhorar os índice do SAEP, IDEB e prova Brasil, a partir do resultado obtidos nos ano anteriores.
Por considerar a avaliação parte essencial do processo educacional temos as 
Seguintes ações:
· Criação de um portfólio para cada aluno, no qual o professor possa visualizar o processo percorrido em suas aprendizagens durante sua vida escolar.
· Replanejamento trimestral das ações do professor com a participação dos alunos a partir das necessidades da turma.
· Participação dos alunos na escolha dos critérios de avaliação, através da autoavaliação.
· Diversidade das estratégias de avaliação de modo a potencializar os diferentes estilo de aprendizagem.
· Promover reuniões periódicas com objetivos de avaliar a gestão.
 Objetivos do plano de ação 
· Para que se cumpra o que foi planejado neste plano de ação temos como objetivos:
· Priorizar a gestão escolar tornando-a mais democrática, transparente e participativa.
· Apresentar ações e estratégias para melhoria da qualidade de ensino, tendo como base a análise dos resultados das avaliações externas.
· Otimizar o trabalho pedagógico tornando-o mais eficaz com base nas demandas que no momento se apregoa.
· Organizar o espaço físico para melhor atender as necessidade das instituição de ensino. 
Abordagem teórico-metodológica 
 A gestão democrática surge na educação por injunção da nossa Constituição (BRASIL, 1988) no art. 37 e busca garantir a transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência. Voltada para um processo de decisão baseado na participação e na deliberação pública, a gestão democrática expressa um anseio de crescimentos dos indivíduos como cidadãos e do crescimento da sociedade enquanto sociedade democrática. Por isso a gestão democrática é a gestão de uma administração.
 A gestão democrática é um princípio definido na LDB (Lei de Diretrizes e Bases, 1996), no Artigo 3º, Inciso VIII. É um processo colaborativo, ou seja, requer a participação e interação de todos os sujeitos envolvidos na comunidade escolar e transformar o ambiente da escola em um lugar aberto e participativo, que se fundamenta na concepção de democracia.
 A democracia está baseada em reconhecer os direitos, mas também o dever de assumir responsabilidades. Segundo as palavras de LÜCK (2009, p.70):
[...] direitos e deveres são dois conceitos indissociáveis, de modo que, falando-se de um, remete-se ao outro necessariamente. E assim, a gestão democrática, como sendo o processo em que se criam condições e se estabelecem as orientações necessárias para que os membros de uma coletividade, não apenas tomem parte, de forma regular e contínua, de suas decisões mais importantes, mas assumam as compromissos necessários para sua efetivação.
 Atualmente percebe-se que não há País que não garanta através de suas leis o acesso e permanência de sua população nos âmbitos escolares. É através da educação que se propicia alternativas para que na vida adulta o indivíduo se insira pela participação tanto no trabalho como na vida social e política. Por isso, no art. 205 de nossa Constituição Federal de 1988 são destacados: 
A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, era promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
 A educação é um direito que implica na construção de uma cidadania e seu exercício consciente, sendo gratuita como também obrigatória. Amparada por leis como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação e pareceres e resoluções dos Conselhos de Educação.
 As escolas, assim sendo, através de seus gestores necessitam se organizar para a garantia e condições necessárias para efetivação desse direito, não 
privilegiando pessoas, discriminando outras, pois é uma garantia que todo cidadão tem, assegurado por lei. O nosso País reconhece atualmente por lei como obrigatoriedade o ensino desde a educação infantil ao ensino médio, dos 4 aos 17 anos de idade, ofertando um ensino gratuito para toda a rede pública. São as autoridades competentes que possuem a responsabilidade na oferta de vagas nas escolas.
[...]quando nascem os chamados direitos públicos subjetivos, que caracterizam o Estado de Direito. É com o nascimento do Estado de Direito que ocorre a passagem final do ponto de vista do príncipe para o ponto de vista do cidadão. No Estado despótico, os indivíduos singulares só têm deveres e não direitos. No Estado absoluto, os indivíduos possuem, em relação ao soberano, direitos privados. No Estado de Direito, o indivíduo tem, em face do Estado, não só direitos privados, mas também direitos públicos. O Estado de Direito é o Estado dos cidadãos. (BOBBIO, 1992, p.61).
 O direito implica que o Estado também cumpra com seu papel sendo seu dever de atender os alunos dos 4 anos aos 17 anos, cumprindo a escolaridade obrigatória.
 A gestão democrática tem se tornado um dos objetivos de debates, questionamentos e alternativa dentro das escolas. Ela desafia para a desconstrução das desigualdades, de discriminações, de posturas autoritárias construindo espaços de igualdade de oportunidades e de tratamentos igualitários entre os cidadãos. 
 A obrigação em ofertar vaga, por ser um direito de todos e dever do 
Estado, também requer igualdade nos direitos atribuídos em lei, na qual todos os cidadãos tenham iguais condições de acesso e permanência nas escolas, pois nelas pode haver diminuições de discriminações entre classes sociais e indivíduos.
 Uma das maneiras de se alcançar tal resultado, é demonstrando no cotidiano escolar a prática do que se ensina e se pensa em cada escola. Para tanto, a gestão democrática pode contribuir, pois é a atividade pela qual mobilizamos meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo os aspectos gerenciais, técnicos administrativos e de caráter pedagógico, de uma forma horizontal e com decisões compartilhadas.
 Na Educação Infantil há uma responsabilidade e necessidade em desenvolver conhecimentos e responsabilidades possibilitando uma comunicação com a sociedade. A qualidade na educação será sempre uma meta a ser atingida, abrindo novos horizontes, novas perspectivas, mas a qualidade depende muito do trabalho do profissional, tendo um bom método de trabalho, tendo acesso à formação continuada, participando com interesse, buscando conhecimentos para o desenvolvimento de seu trabalho, atualizando e participando, para que junto à escola se sistematize novos conceitos, domínio de ideias, formando assim cidadão críticos e reflexivos. É na escola que se busca a formação do ser humano, perpassando valores, princípios a atitudes éticas. O ambiente escolar diferencia de qualquer outra instituição ou empresa, tanto na gestão como em seus processos.
 Conforme WITTMANN e KLIPPEL (2010) o papel da gestão na escola democrática é a construção de um espaço facilitador do desenvolvimento do ser humano em toda sua potencialidade, respeitando as diferenças e dificuldades presentes nos processos escolares. A perspectiva da gestão é reflexiva, pelo fato de refletir-se sobre as ações, e os cenários são reconstituídos e resinificados.
 São inegáveis as mudanças que a sociedade vem enfrentando. Transformações que demonstram processos de transição democrática. O papel em querer democraticamente estabelecer relações com a sociedade vem ao encontro danecessidade de discutir novas relações. Essas necessidades que existem em torno dos processos em desenvolvimento na sociedade brasileira, mas que tem nos atribuído de forma considerável a vivência da democracia, mesmo com algumas crises, mas que possibilita mais diálogo entre as pessoas, manifestações.
 A participação é uma garantia na comunidade escolar e está previsto em lei, citado no artigo 53 da Lei nº 8.069/90- Estatuto da Criança e 
Adolescente, que afirma ser “... direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”. A LDB, Lei nº 9.394/96, traz:
Art. 14º. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 15º. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL, 1996).
Precisamos transformar nossos ambientes para ser mais democrático, que interessem a comunidade escolar, que haja liberdade de expressão, conflito de ideias para o bem comum, garantindo dessa forma mais qualidade na educação.
 A gestão democrática vem ao encontro de soluções de divergências na educação. Talvez, a educação não enfrenta seu maior problema dentro da escola, mas sim, em seu entorno. Os problemas sociais, como a miséria e pobreza, refletem na vida escolar. Gera conflitos por ser o País capitalista. A instituição sofre influências sim da sociedade, e há a necessidade de reverter muitos papéis, recuperando a qualidade através de mudanças.
 É através dela que ocorre a participação efetiva de todos, na instituição de educação infantil é de responsabilidade de profissionais que exercem cargos de direção, administração e coordenação pedagógica.
 Através da gestão democrática que se torna os ambientes escolares mais dialogáveis, participativos com a comunidade educacional, promovendo dessa forma o desenvolvimento e implantação do projeto pedagógico com mais qualidade, formando cidadãos participativos, compromissados e ativos perante a sociedade.
Recursos
 Serão agendadas reuniões periódicas com os pais, a escola terá uma agenda com uma data fixa para que qualquer pai ou mãe, com o objetivo de obter informações, improvisar críticas ou tecer elogios, esteja presente no lugar.
 Organização de eventos para toda a família na escola feiras do livro, exposições, quadrilhas juninas, programas de páscoa ou natal, assim eles poderão se integrar ao ambiente escolar, conhecer os professores e outros pais, e entenderem aspectos importantes da rotina do filho.
 Serão usados ferramentas de aplicativos assim os pais podem ter atendimento rápido para tirar dúvidas, resolver problemas e opinarem sobre processos da escola.
Considerações finais 
 Conceituar democracia de uma maneira formal caracterizasse por garantir o que a lei descreve e resume em direitos e deveres, usando a igualdade perante a lei como essência da democracia. 
 Mas esta igualdade nem sempre garante o acesso, a participação e a emancipação do ser humano. Transportando este tema para o contexto escolar, nos deparamos com a chamada gestão escolar democrática, tema de estudo deste trabalho, e que se torna ainda mais desafiador por não apenas tentar garantir a igualdade, pois a igualdade por si só não garante o acesso dos diferentes ou excluídos, mas por buscar uma escola mais democrática, no sentido da participação da autonomia e da responsabilidade dos envolvidos neste processo. 
 A grande maioria tem pouco conhecimento sobre o que caracteriza uma gestão democrática, pois confundem democracia formal com gestão democrática, que requer participação responsabilidade e autonomia dos envolvidos. 
 O trabalho de implementação foi pensado e desenvolvido visando oferecer uma fundamentação teórica aos participantes e buscou a mudança de pensamentos e, principalmente, atitudes em relação a busca de uma efetivação da gestão democrática escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Vivemos numa época onde os velhos moldes tradicionais escolares já não são tão aceitos pelo público atendido pelas escolas, por isso parece urgente uma transformação mais efetiva no modo de se conduzir a administração escolar, pois ainda hoje percebe-se os reflexos dos métodos tradicionais. Não esquecendo de citar que o meio em que vivemos hoje é totalmente diferente do passado e muda constante e aceleradamente.
Vemos que a sociedade dinâmica que temos hoje requer não mais as práticas autoritárias e burocráticas antes concebidas, mas sim uma forma participativa de se fazer a gestão escolar.
 A escola já não consegue atuar sozinha em seu fazer pedagógico e administrativo. Ela precisa estar em contato direto com a realidade que a norteia, deixar-se permear pelo meio social onde ela se encontra, pois do contrário, a instituição escolar estará isolada de tudo que pode vir a influenciar diretamente em suas ações e ser alheia a todos os possíveis fatores só estará prejudicando o processo educativo e de construção da cidadania.
 Uma boa escola necessária é aquela que mantém suas portas abertas a todos e desempenha suas funções de forma democrática e com o auxílio da família, da comunidade e daqueles que se suponham serem os mais interessados na educação. Pode parecer impossível chegar a uma realidade assim, tendo em vista o cenário educacional brasileiro, porém não é. Claro que chegar a ter uma escola que reúne as características de um ambiente escolar democrático é uma tarefa árdua e contínua que deve ser a principal incumbência da gestão, se este se fizer também democrática.
 A possibilidade de se construir uma escola democrática, onde haja a integração com a comunidade, é bem mais ampla, pois há vários meios para se chegar a essa realidade. Só o fato das instituições escolares possuírem um PPP elaborado a partir dos anseios escolares e comunitários e um CE que funcione com a participação de membros da escola e da comunidade já pode caracterizar um grande avanço no sentido de democratização da educação e da participação da comunidade como meta e consequência.
 Muitas das vezes a comunidade não está a par das ações da escola por puro comodismo (por achar que o ato de educar cabe somente a escola) e isso acaba gerando uma situação de conflito que se dará futuramente, pois quando não há a participação do meio comunitário na escola, o mais provável que aconteça é que possíveis lacunas ficarão na aprendizagem dos educandos, o que se refletirá negativamente na sociedade a longo prazo, por isso é de um grande grau de importância que haja a inter-relação da escola com a comunidade nos processo de ensino aprendizagem para que se possa garantir uma maior eficácia da educação, porém é preciso ter a consciência de que sempre irão haver contradições mesmo se tivermos escolas que trabalhem tendo em vista a realidade local, são características típicas do trabalho que envolve material humano.
 Fazer com que a comunidade interaja é algo que as escolas fazem constantemente, porém o fazem, em sua maioria, de forma superficial. A escola deve ser uma extensão da sociedade e uma gestão que atua democraticamente tem essa concepção. Não há como conceber um trabalho escolar democrático se não houverem práticas que remetam à participação, sobretudo dos membros da comunidade.É função da educação fornecer meios significativos que levem ao melhoramento social e em contrapartida efetive seu papel como instituição de educação. Porém isso só acontecerá de fato se a gestão escolar agir de forma democrática, buscando a integração com a comunidade e levando em consideração todos os aspectos que o meio comunitário possa vir a demonstrar para que se chegue a uma educação que reflita positivamente os benefícios que há quando a escola tem a comunidade local como aliada.
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Zedeki Fiel. et al. Comunidade e escola: reflexões sobre uma integração necessária. Curitiba, n. 37, p. 282, 2010.
GADOTTI, Moacir. A escola e o professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar. 1 ed. São Paulo: Publisher, 2007. Disponível em: http://www.paulofreire.org, acesso em 15 de novembro de 2013.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3. ed. São Paulo: Ática, 2005.
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