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Patogenicidade Bacteriana Características 1. Infecção; 2. Doença; 3. Fatores de virulência; 4. Patogenicidade. Teoria do germe da doença: os microrganismos podiam causar doenças. ‘’O ácido carbólico (fenol) era um efetivo agente antisséptico’’. Joseph Lister. ‘’Um microrganismo realmente causa doenças ➔ bacillus antracis’’. Robert Koch. Introdução ❖ Pouquíssimos microrganismos são sempre patogênicos; ❖ Alguns microrganismos são potencialmente patogênicos; ❖ Maioria dos microrganismos não são patogênicos. PATOGÊNICO = capaz de causar doença Infecção ≠ doença Colonização (ou infecção): utilizado para indicar a presença e multiplicação de um microrganismo em um hospedeiro, que não apresenta sinais e sintomas clínicos de doença. Doença: ocorre quando se verifica uma alteração do estado normal do organismo ➔ alteração da homeostase. • Nem sempre a colonização/multiplicação dos microrganismos vai causar doenças; • Infecção pode existir sem doença detectável; • Tanto a colonização quanto a doença resultam das inter- relações entre os microrganismos seus hospedeiros. Diferença entre sinais e sintomas Sinais: o que conseguimos ver durante a consulta, frequência cardíaca, respiratória. É clínica. Sintomas: vem de relatos dos tutores fora do atendimento, como vômito, dificuldade de andar, etc. É subclínica. Introdução 2.0 Transmissão: precisa penetrar dentro do organismo, exposição ao hospedeiro ao microrganismo. Colonização: capacidade de se adaptar no hospedeiro. Multiplicação: capaz de aumentar sua colônia. Até a multiplicação é chamado de infecção. Para que ocorra a doença, após a multiplicação, vai haver a invasão a outros tecidos e causará o dano tecidual, que vai gerar os sinais e sintomas. Transmissão Colonização Multiplicação Infecção Invasão Dano tecidual Sinais e sintomas Doença Doença ➔ quando as defesas são ultrapassadas ou bactérias atingem tecidos normalmente não infectados. o Bactéria se instala com sucesso no hospedeiro; - Infecção pode ou não provocar doença. o Bactérias da flora bacteriana normal apenas causam infecções; o Doença ocorre quando a bactéria expressa seu efeito patogênico. - Manifestações clínicas. O que é patogenicidade? Característica básica do agente etiológico que depende das condições do hospedeiro para expressar ou não as estruturas/substâncias para causar as doenças. ❖ Bactérias com baixo poder patogênico (flora normal) podem ser agentes causadores de doenças, uma vez que essas bactérias comecem a colonizar outros locais. Pacientes hospitalizados ou com sistema imunológico debilitado (uso contínuo de antibióticos, uso de imunossupressores, pacientes submetidos a cirurgias e doenças como câncer, diabetes e AIDS). Infecções • Infecção sem doença: infecção inaparente. • A única manifestação de uma infecção inaparente pode ser representada pela resposta imunológica celular e hormonal (presença de anticorpos). • Infecção inaparente: hospedeiro é um transmissor da doença, que pode se manifestar em outros indivíduos. Nem todo mundo que foi exposto, vai gerar a doença. O covid-19 por exemplo, nem todos desenvolvem a doença, apenas ficam infectados: os assintomáticos, porém eles podem passar o vírus. Assim como tem os que são infectados e desenvolvem a doença, os sintomáticos. Exemplos: Mastite Pode ser causada tanto por agentes presentes no ambiente, como agentes presentes na glândula mamária. Quando o agente consegue passar por todas as defesas, e consegue se instalar no organismo, ele começa a causar um dano tecidual, a vaca produz menos leite, menos proteínas, leite com alterações. • Não demonstram clinicamente; O problema das doenças subclínicas: transmitem mais, pois não tem alterações visíveis. Brucelose Todas as espécies são acometidas pela brucela. É transmitida principalmente por produtos lácteos não pasteurizados. Garrotilho É uma doença infecciosa causada pela bactéria Streptococcus equi. A doença é transmitida pela via oral e nasal, sendo que a bactéria pode ser veiculada pelo contato direto ou indireto entre os animais. Infectados = colonizados Quando há existência pacífica, benéfica e necessária = o microrganismo não vai causar doença. Todos nossos tecidos possuem mecanismos naturais de defesa antimicrobiana = produção de substâncias, células de defesa, produção de anticorpos, etc... Presença de microrganismos ➔ possível somente onde são tolerados (harmonia). ➔ Estima-se que o corpo humano que contém cerca de 10 trilhões de células seja rotineiramente portador de aproximadamente 100 trilhões de bactérias. ??? Porque nosso organismo não ataca nossa microbiota? Como ele entende que elas são benéficas ??? Nossa relação com a flora é de simbiose, e os microrganismos da nossa flora tem poucos fatores patogênicos. Conceito ‘’iceberg’’ das doenças infecciosas Microbiotas Existem as microbiotas: residentes, autóctone ou indígena. • Microrganismos relativamente fixos, regulares em determinados sítios; • Quase sempre presentes em altos números (maiores que 1%); • São compatíveis com o hospedeiro, não comprometendo a sua sobrevivência; • Diversificada habilidade metabólica: - Colonização em sítios específicos e coexistência. Funções dos microrganismos residentes quando em equilíbrio em relação aos seus hospedeiros. • Barreira contra instalação de microrganismos patogênicos; • Modulação do sistema imunológico; • Produção de substâncias utilizáveis pelo hospedeiro, como vitamina K, vitamina B12... • Degradação de substâncias toxicas. Termos Comensalismo: • A bactéria não causa danos nem beneficia o hospedeiro – algumas bactérias comensais da flora normal. Mutualismo: • A bactéria e seu hospedeiro se beneficiam – grande parte das bactérias da flora normal. Parasitismo: • O hospedeiro é danificado pelo parasita (neste caso, a bactéria). Microbiota transiente ou transitória • Nem sempre está presente a todo momento, passam ‘’temporariamente’’ pelo hospedeiro; • Microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos; • Alguns microrganismos transitórios podem proliferar-se e causar doença. Inter-relações bactéria-hospedeiro Simbiose = quando tanto o hospedeiro quanto a bactéria se beneficiam de sua interrelação, ela é denominada ‘’simbiótica’’. Esta relação é extremamente estável, visto que a sobrevivência de ambos os membros depende dela. Antibiose = quando bactérias e hospedeiros são antagonistas, se estabelece uma relação ‘’antibiótica’’. Essa relação é bastante instável tanto para o hospedeiro quanto para as bactérias, pois caso haja morte do hospedeiro, este também morre, a menos que seja transmitido para outro hospedeiro. Anfibiose (caráter anfibiôntico) = Estado intermediário no qual o hospedeiro e a microbiota coexistem sob a forma de equilíbrio estável. Se o equilíbrio é modificado, causa assim a patologia. Caráter anfibiôntico A microbiota está em equilíbrio quando o hospedeiro está em equilíbrio. Se este equilíbrio é rompido ou se algum componente da microbiota sai do seu sítio para habitar outro sítio (do qual ele não faz parte), a microbiota pode causar doença. Um microrganismo é um patógeno se for capaz de causar doença. Patogenicidade = propriedade de um microrganismo provocar alterações fisiológicas no hospedeiro, ou seja, capacidade de produzir doença. Virulência = grau de patogenicidade, determinada pelos ➔ fatores de virulência ➔ habilidade dos microrganismos. As interações microrganismo- hospedeiro podem ou não resultar em dano ao hospedeiro. Tríade de Leavell e Clark Para haver doenças, tem que haver desiquilíbrio de um desses 3: hospedeiro, agente ou ambiente. Hospedeiro: idade,sexo, fatores genéticos, status imunológico. Agente: dose infectante, tempo de exposição, local de entrada, virulência. Ambiente: clima, sócio, econômico, cultural. Eventos • Confronto (o agente encontra o hospedeiro); • Entrada (o agente penetra o hospedeiro); • Disseminação a partir do ponto de entrada; • Multiplicação (aumento no número dos microrganismos); • Lesão (dano tecidual -> depende do agente ou da resposta do hospedeiro); • Resultado (vitória de um ou outro ou a coexistência de ambos). Cada evento requer quebra nas defesas do hospedeiro Para ter sucesso no processo infeccioso: • Adquirir genes de virulência; • Sentir o ambiente; • Ligar e desligar (on/off) genes de virulência; • Desloca-se para o local da infecção; • Evitar sistema imune (fugir dele); • Suportar as defesas do organismo e revidar a isto; • Provocar lesões no tecido hospedeiro; • Interferir com sistema de sinalização e citoesqueleto das células do hospedeiro; • Dispersão para células e órgãos. Fatores de virulência • São estruturas, produtos ou estratégias que contribuem para que o microrganismo aumente sua capacidade de causar doenças; • Os fatores de virulência podem estar envolvidos com a colonização ou com o aumento das lesões ao hospedeiro. Plasmídeo: carrega gene de virulência; Fimbrias: função de aderência; LPS: consegue causar alteração inflamatória. Fatores de virulência codificados por genes localizados em elementos genéticos móveis Gênero/espécie Fator de virulência e doença Codificados por plasmídeo E. coli Enterotoxinas termoestáveis e termolábeis que causam diarreia. E. coli Hemolisina (citotoxina) de doença invasiva e infecções do trato urinário. E. coli e espécies de Shigella Fatores de aderência e produtos gênicos envolvidos em invasão das mucosas. Bacillus anthracis Cápsula, essencial para virulência (em um plasmídeo). Fator de doença, fator letal, antígeno protetor, todos essenciais para virulência (em outro plasmídeo). Codificados por fago Clostridium botulinum Toxina botulínica que causa paralisia. Corynebacterium diphtheriae Toxina diftérica que inibe a síntese de proteínas humanas. Vibrio cholerae Toxina do cólera, que pode causar diarreia aquosa grave. Enterotoxigênica, uropatogênica, enteropatogênica, enterohemorrágica, enteroinvasiva. Bactérias patogênicas: • Primarias: normalmente não fazem parte da microbiota; • Oportunistas: presentes onde normalmente não ocorre ou também quando coloniza indivíduos imunocomprometidos em idades extremas. Existe uma imensa quantidade de agentes infecciosos e doenças que causam; Duas generalizações são possíveis, Como as bactérias causam doenças? Primeiro, precisa ocorrer lesão tecidual. Bactérias podem causar doenças por 2 mecanismos principais: 1) Produção de toxinas e/ou enzimas: - Exotoxinas: polipeptídios secretados pelas células. - Endotoxinas: LPS presentes na parede celular de gram negativas. Tanto as endo quanto as exotoxinas podem causar sintomas independentemente da presença de bactéria no hospedeiro. 2) Invasão e inflamação: Bactérias podem aderir as células do hospedeiro, penetrar e se multiplicar no local nos tecidos sãos, induzindo a resposta inflamatória, que consiste em eritema, edema, calor e dor. A virulência de algumas bactérias é intensificada pela produção de enzimas extracelulares: • Hemolisinas: secretadas pelos estreptococos – capazes de quebrar hemácias; • Coagulases: enzimas secretadas por alguns membros do gênero estafilococos -> transformação do fibrinogênio em fibrina; responsável pela formação de um coagulo ao redor da bactéria; • Hialuronidases: tipo de enzima produzida por estafilococos e estreptococos que hidrolisa (quebra) o ácido hialurônico presente no tecido conjuntivo; • Colagenases: produzida por várias espécies de clostridium – digestão do colágeno presente no tecido conjuntivo. • Dnase: quebra do DNA; • Estreptoquinase: produzida pelos estreptococos, para a dissolução de coágulos; • Catalase: decompõe o H²O² em H²O e O², pois o peróxido produzido por fagócitos é tóxico para as bactérias (estafilococos). Água oxigenada vai eliminar os anaeróbios estritos. Produção de toxinas Exotoxinas: produzidas no interior de algumas bactérias e liberadas para o meio externo, onde atuam destruindo determinadas células e inibindo certas funções metabólicas. São agrupadas em três tipos: citotoxinas, neurotoxinas e enterotoxinas. Citotoxinas: • Toxinas eritrogênicas: os estreptococos pyogenes podem produzir toxinas conhecidas como eritrogênicas, que lesionam os capilares sanguíneos sob a pele e produzem um exantema de cor vermelha (escarlatina); • Toxina diftérica: corynebacterium diphteriae produz a toxina diftérica que tem uma constituição polipeptídica, formada por dois peptídeos. Esta toxina é uma citotoxina que inibe a síntese de proteínas celulares. Que faz as células morrerem. Neurotoxinas: • Toxina tetânica: clostridium tetani. Esta toxina atinge o SNC e se liga as células nervosas que controlam a contração de vários músculos esqueléticos. A contração muscular vai se tornar incontrolável, produzindo sintomas compulsivos. Vai ter muita liberação de neurotransmissores excitatórios e aumento da contração muscular. • Toxina botulínica: é produzida por clostridium botulinum e é uma neurotoxina que age na junção neuromuscular e impede a transmissão dos impulsos das células nervosas ao músculo. Esta toxina causa paralisia muscular ou paralisia flácida. A toxina impede a fusão das vesículas contendo neurotransmissores do neurônio, não se fundem e não ocorre a exocitose, a acetilcolina não vai se ligar ao receptor nicotínico e não vai ter contração muscular. Enterotoxinas: • Enterotoxina colérica: vibrio cholerae produz uma enterotoxina denominada toxina colérica. As células epiteliais são afetadas por esta toxina aumentando a secreção de grandes quantidades de líquidos e eletrólitos, causando uma intensa diarreia acompanhada de vômitos. • Enterotoxina estafilocócica: esta toxina é produzida por staphylococcus aureus e afeta as células entéricas da mesma forma que a toxina colérica, produzindo sintomas semelhantes. Endotoxinas: parte da porção externa da parede celular das bactérias gram- negativas. As endotoxinas exercem seus efeitos quando a bactéria gram-negativa morre e sua parede celular sofre lise, liberando assim, a endotoxina. (LPS) • As endotoxinas possuem a capacidade de ativar as proteínas da coagulação levando a formação de pequenos coágulos – coagulação intravascular disseminada; • São consideradas substâncias pirogênicas devido a sua capacidade de induzir febre; • A capacidade das endotoxinas em causar choque endotóxico está relacionado à produção de substâncias pelas células fagocitárias (TNF) que aumentam a permeabilidade dos capilares sanguíneos. ➔ Perda de grandes quantidades de líquidos e consequentemente uma queda da pressão arterial, que leva ao choque hipovolêmico. LPS Diferença entre exotoxinas e endotoxinas Propriedades Exotoxina Endotoxina Relação com o microrganismo Produto metabólico de crescimento Presente na membrana externa. Liberado com a lise da célula Constituição química Proteína ou peptídeo curto Porção lipídica (lipídeo A) do LPS Efeito biológico Altera funções celulares, nervos e TGI Afeta a circulação sanguínea e a integridade do capilar Toxicidade Elevada Baixa Produtor de febre Não Sim Classificação a) Exotoxinas de grupo I (superantígenos e toxinas ST - termoestáveis) as que não morrem durante processos térmicos. a.1) os superantígenos não são processados por macrófagos, induz umaresposta imunológica incompleta a.2) as toxinas ST são pequenos peptídeos não imunogênicos, agem apenas na superfície celular b) Exotoxinas de grupo II (hemolisinas) • Lesam a membrana da célula hospedeira, leva à morte; • Destroem fagócitos e rompem a membrana de fagossomos; • Destroem hemácias para a retirada do ferro da Hb; • A toxina insere-se na membrana e provoca o aparecimento de poros ou retira fosfatos dos fosfolipídios de membrana, desestruturando-a. c) Exotoxinas de grupo III c.1) Subunidade A: porção enzimaticamente ativa penetra na célula e exerce os efeitos biológicos da toxina; c.2) Subunidade B: ligação da toxina ao seu receptor celular. É um tipo de toxina que pode ser endocitada, com posterior liberação da subunidade A no citoplasma da célula. Invasão e inflamação Bactérias aderem, colonizam e se multiplicam no local da infecção, causando uma lesão direta que induz uma resposta inflamatória. ❖ Adesinas; ❖ Invasinas; ❖ Sideróforos. Adesinas - Adesão é a estratégia que as bactérias usam para se fixar nas células e nos tecidos dos organismos hospedeiros; - É medida por estruturas presentes na superfície bacteriana, definidas coletivamente como adesinas; - As adesinas só funcionam quando interagem com receptores existentes na superfície da célula. Ancoram em glicoproteínas e glicolipídios (ex: fibronectina); - Presentes em: fimbrias, fibrilas, glicocálice (cápsula) Cápsulas o A cápsula também vai auxiliar a adesão do microrganismo ao tecido; o Contribui para resistência bacteriana à fagocitose, pois bloqueia a fagocitose. Biofilmes: o São um conjunto de microrganismos emaranhados em uma matriz de polímero orgânico que estão aderidos a uma superfície; o Assim, para que os biofilmes se formem, é indispensável a presença de três ingredientes básicos: microrganismos, glicocálix e superfície o Se um destes componentes é removido da mistura, um biofilme não se desenvolve. Parede celular o Ácidos teicóicos da parede das bactérias Gram positivas contribuem para adesão dos microrganismos às mucosas do hospedeiro; o Proteínas de superfície: proteína M de Streptococcus pyogenes; o Outer membrane protein. Invasinas Conferem capacidade de aderir e invadir diferentes células do organismo o Estratégia da bactéria para provocar infecção; o Penetração bacteriana ➔ fagocitose; o Células de defesa (macrófagos - proteção) ≠ células não fagocíticas (induzido pela bactéria por meio das invasinas); o As invasinas tem função de proteger o microrganismo das defesas do organismo. As invasinas vão provocar alterações no citoesqueleto de células não fagocíticas que emitem uma projeção da membrana plasmática semelhante a um pseudópode, fagocitando a bactéria. Destino e comportamento da bactéria é variável: o Romper a membrana do vacúolo; o Crescer no citoplasma rico em nutrientes; o Disseminar-se de uma célula a outra através dos filamentos de actina e miosina; o Permanecer dentro do vacúolo e serem transportadas para o tecido subepitelial, enquanto há proliferação dentro do vacúolo. Etapas: A) Infectar superfícies de mucosas e pele - Barreiras naturais: secreções, muco, enzimas hidrolíticas, acidez no estômago, pH, ácido da vagina, lisozima, microbiota natural; - Aderência da bactéria é fundamental; - Adesinas. B) Penetração no organismo hospedeiro - Através das células epiteliais de superfícies (mucosas e pele) ou inoculados diretamente (vetores) ou injúrias (via parenteral); - Invasinas. Sideróforos: • Fatores limitantes do crescimento nos tecidos; • Ferro normalmente na forma conjugado (transferrina, ferritina, lactoferrina e hemina); • A bactéria produz sideróforos, enteroquelina (quelantes de ferro) ➔ fator de virulência; • As vezes existe especificidade por tecidos (tropismo); • Proteus mirabilise vias urinárias (uréia); Brucellae útero gravídico - eritritol). Ex: E.coli, enterobactina e aerobactina Patogenia da infecção bacteriana DEPENDE: • Linhagem do microrganismo; • Condição em que patógeno e hospedeiro foram colocados em contato; • Linhagem do hospedeiro; • Virulência expressa como Dose Infectante 50: dose infecciosa para 50% dos animais ficarem doente ex: Bacillus anthracis DI 50 pele = 10 a 50 esporos na pele para que 50% fique doente Inalado = 10 a 20 mil esporos Ingerido = 250 mil a 1 milhão de esporos. Portas de entrada: membranas mucosas, pele e deposição direta sobre as membranas (via parenteral) Locais mais frequentes de infecções bacterianas • Trato respiratório; • Trato geniturinário; • Trato gastrointestinal. Escapando da fagocitose: • Inibir o recrutamento do fagócito e suas funções (cascata complemento e opsoninas ➔ marcação de um microrganismo com um anticorpo); • Destruição microbiana de fagócitos (ex: leucocidinas); • Escapando a ingestão pelo fagócito (ex: cápsula); • Algumas sobrevivem no interior do fagócito (impedem liberação dos lisossomos).