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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 ROTEIRO MORFOFUNCIONAL - FISIOLOGIA III Neurofisiologia dos Sistemas Sensoriais: Visão, Audição, Gustação e Olfação 1. EXPLIQUE O PROCESSO DE ACOMODAÇÃO VISUAL E COMO O MÚSCULO CILIAR ESTÁ ENVOLVIDO NESSE PROCESSO. - O mecanismo de acomodação – o mecanismo que focaliza o sistema cristalino do olho – é essencial para o alto grau de acuidade visual - A acomodação resulta da contração ou relaxamento do músculo ciliar do olho A contração causa aumento do poder refrativo do cristalino O relaxamento causa diminuição do poder refrativo do cristalino - A acomodação é controlada por nervos parassimpáticos - O músculo ciliar é controlado quase inteiramente por sinais do sistema nervoso parassimpático, transmitidos para o olho pelo terceiro par de nervos cranianos do núcleo do terceiro par no tronco cerebral - A estimulação dos nervos parassimpáticos contrai ambos os conjuntos de fibras do músculo ciliar, que relaxam os ligamentos do cristalino, dessa maneira, permitindo que o cristalino fique mais bojudo e aumente seu poder refrativo. Com esse aumento do poder refrativo, o olho focaliza objetos mais perto do que quando o olho tem menos poder refrativo - À medida que um objeto distante se move em direção ao olho, o número de impulsos parassimpáticos que invade o músculo ciliar precisa aumentar progressivamente para o olho manter o objeto constantemente no foco. (A estimulação simpática tem efeito adicional no relaxamento do músculo ciliar, mas esse efeito é tão fraco que quase não tem papel no mecanismo normal da acomodação) - A acomodação do cristalino é regulada por um mecanismo de feedback negativo que, automaticamente, ajusta o poder refrativo do cristalino para obter o maior grau de acuidade visual. Quando os olhos focalizam algum objeto distante e precisam, subitamente, focalizar objeto próximo, o cristalino normalmente se acomoda para melhor acuidade da visão, em menos de 1 segundo - Embora o mecanismo do controle preciso, que causa essa focalização rápida e precisa do olho, ainda não esteja claro, são conhecidas as seguintes características: A. Quando os olhos subitamente mudam a distância do ponto de fixação, o cristalino muda seu poder de convergência na direção apropriada para atingi novo estado de foco em fração de segundo B. Diferentes tipos de indícios ajudam a mudar a força do cristalino na direção apropriada: Aberração cromática os raios de luz vermelha focalizam posteriormente os raios de luz azul, porque o cristalino curva os raios azuis mais que os raios vermelhos. Os olhos são capazes de detectar quais desses 2 tipos de raios estão no melhor foco, e esse indício retransmite informações para o mecanismo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 de acomodação, com o objetivo de aumentar ou diminui o poder de convergência do cristalino Quando os olhos se fixam em objeto próximo, eles precisam convergir. Os mecanismos neurais para convergência causam sinal simultâneo para regular a força do cristalino Como a fóvea se situa em depressão escavada pouco mais profunda que o restante da retina, a nitidez de foco na profundidade da fóvea é diferente da nitidez de foco nas margens. Essa diferença também dá indícios sobre o modo pelo qual a força do cristalino precisa ser mudada O grau de acomodação do cristalino oscila discretamente todo o tempo na frequência de até 2x por segundo. A imagem visual fica mais clara quando a oscilação do cristalino está mudando na direção apropriada e piora quando a força do cristalino está mudando na direção errada. Isso poderia dar indício rápido quanto ao modo pelo qual a força do cristalino precisa mudar para proporcionar foco apropriado - As áreas corticais cerebrais que controlam a acomodação trabalham em estreita correlação, paralelas às que controlam os movimentos de fixação dos olhos - A análise dos sinais visuais, nas áreas corticais 18 e 19 de Brodmann e a transmissão de sinais motores para o músculo ciliar ocorrem pela área pré-tectal no tronco cerebral e depois pelo núcleo de Edinger-Westphal, e, por fim, por meio das fibras nervosas parassimpáticas para os olhos 2. COMO OCORRE O PROCESSO DE FOTOTRANSDUÇÃO NA RETINA E QUAL O PAPEL DOS FOTORRECEPTORES NESSE PROCESSO? - Na 2ª etapa da via visual, os fotorreceptores da retina convertem a energia luminosa em sinais elétricos - A energia luminosa é parte do espectro eletromagnético, que vai desde ondas com comprimentos de onda muito curtos e de alta energia, como os raios X e os raios gama, até micro-ondas e ondas de rádio de frequências menores e baixa energia - No entanto, nosso encéfalo pode perceber apenas uma pequena porção deste amplo espectro de energia - Para os seres humanos, a luz visível é limitada à energia eletromagnética de ondas que têm uma frequência de 4,0 a 7,5 X 10^14 ciclos por segundo (hertz, Hz) e comprimento de onda de 400 a 750 nanômetros (nm) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 - A fototransdução é o processo pelo qual os animais convertem a energia luminosa em sinais elétricos. Nos seres humanos, a fototransdução ocorre quando a luz incide na retina, o órgão sensorial do olho - A retina se desenvolve a partir do mesmo tecido embrionário que o encéfalo, e (como no córtex cerebral) os neurônios da retina estão organizados em camadas. Há cinco tipos de neurônios nas camadas da retina: fotorreceptores, células bipolares, células ganglionares, células amácrinas e células horizontais - Atrás da porção fotossensível da retina humana há uma camada escura de epitélio pigmentado (estrato pigmentoso), cuja função é absorver qualquer raio de luz que não chegue aos fotorreceptores, evitando que essa luz seja refletida no interior do olho e provoque distorção na imagem. A cor escura das células epiteliais é devida aos grânulos do pigmento melanina - Os fotorreceptores são os neurônios que convertem a energia luminosa em sinais elétricos. Há 2 tipos principais de fotorreceptores, cones e bastonetes, bem como um fotorreceptor descoberto recentemente, que é uma célula ganglionar modificada. Os fotorreceptores estão na última camada, com suas extremidades fotossensíveis em contato com o epitélio pigmentado. A maior parte da luz que entra no olho deve passar através das várias camadas relativamente transparentes de neurônios antes de chegarem aos fotorreceptores - Uma exceção a este padrão organizacional ocorre na pequena região da retina conhecida como fóvea. Essa área é livre de neurônios e vasos sanguíneos que poderiam interferir na recepção da luz, de modo que os fotorreceptores recebem a luz diretamente, com o mínimo de distorção - Quando você olha para um objeto, a lente focaliza a imagem do objeto na fóvea. A luz dessa porção do campo visual incide na fóvea e o foco é nítido. Observe também que a imagem na retina é invertida. O processamento visual subsequente pelo encéfalo inverte a imagem de novo, de modo que a percebemos na orientação correta - A informação sensorial sobre a luz passa dos fotorreceptores para os neurônios bipolares, e, então, para a camada de células ganglionares. Os axônios das células ganglionares formam o NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 nervo óptico, que deixa o olho no disco do nervo óptico. Como o disco do nervo óptico não tem fotorreceptores, as imagens projetadas nessa região não podem ser vistas, gerando o que é conhecido como ponto cego do olho 3. DESCREVA MECANISMO CELULAR DA TRANSDUÇÃO DA LUZ PARA O PROCESSAMENTO DOS SINAIS LUMINOSOS PELA RETINA E PELO CÉREBRO. - É a 3ª e última etapa da via visual - Vários neurônios bipolares inervam uma única célula ganglionar, de modo que a informação de centenas de milhões de fotorreceptores da retina é condensada em apenas um milhão de axônios que deixam o olho em cada nervo óptico- A convergência é mínima na fóvea, onde alguns fotorreceptores têm uma relação 1:1 com os neurônios bipolares, e máxima nas porções externas da retina - As células horizontais fazem sinapse com os fotorreceptores e com as células bipolares. As células amácrinas modulam a informação que flui entre as células bipolares e as células ganglionares CÉELULAS BIPOLARES: - O glutamato liberado de fotorreceptores para os neurônios bipolares inicia o processamento do sinal - Há dois tipos de células bipolares, luz-ligada (células bipolares ON) e luz-desligada (células bipolares OFF) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 - As células bipolares ON são ativadas na luz quando a secreção de glutamato pelos fotorreceptores diminui. No escuro, as células bipolares ON estão inibidas pela liberação de glutamato - As células bipolares OFF são excitadas pela liberação de glutamato no escuro. Na luz, com menos glutamato, as células bipolares OFF são inibidas - Por usar 2 receptores diferentes para o glutamato, um estímulo (luz) gera 2 respostas diferentes com um único neurotransmissor - Se o glutamato é excitatório ou inibitório depende do tipo de receptor de glutamato presente no neurônio bipolar - As células bipolares ON possuem receptor de glutamato do tipo metabotrópico, denominado mGluR6, que hiperpolariza a célula quando o glutamato se liga ao receptor no escuro. Quando o mGluR6 não está ativado, a célula bipolar ON despolariza - As células bipolares OFF possuem receptor de glutamato do tipo ionotrópico, que abre canais iônicos e despolariza a célula bipolar OFF no escuro - O processamento do sinal na célula bipolar também é modificado por aferências das células horizontais e das células amácrinas CÉLULAS GANGLIONARES: - Fazem sinapse com as células ganglionares, os próximos neurônios na via - Dispostas na superfície da retina, onde seus axônios estão mais acessíveis a estudos - Cada célula ganglionar recebe informação de uma área particular da retina. Essas áreas, denominadas campos visuais, são similares aos campos receptivos do sistema somatossensorial - O campo visual de uma célula ganglionar próxima à fóvea é muito pequeno. Somente alguns fotorreceptores estão associados a cada célula ganglionar, e, assim, a acuidade visual é maior nessas áreas - Na periferia da retina, muitos fotorreceptores convergem para uma única célula ganglionar, e a visão não é tão acurada Uma analogia deste arranjo são os pixels da tela do seu computador. Considere que duas telas possuem o mesmo número de “fotorreceptores”, como indicado pela resolução máxima da tela de 1280 X 1024 pixels. Se a tela A tem um fotorreceptor tornando-se um pixel de “célula ganglionar”, a resolução real da tela é de 1280 X 1024, e a imagem é nítida. Se oito fotorreceptores na tela B convergem sobre um pixel de célula ganglionar, então a resolução da tela cai para 160 X 128, o que resulta em uma imagem pouco nítida e talvez indistinguível - Os campos visuais das células ganglionares são aproximadamente circulares (diferentemente da forma irregular dos campos receptivos somatossensoriais) e estão NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 divididos em duas porções: um centro circular e uma periferia em forma de “rosquinha”. Essa organização permite que cada célula ganglionar use o contraste entre o centro e a sua periferia para interpretar a informação visual Um contraste forte entre o centro e a periferia produz uma resposta excitatória intensa (uma série de potenciais de ação) ou uma resposta inibidora intensa (sem potenciais de ação) na célula ganglionar Um contraste fraco entre o centro e a periferia gera uma resposta intermediária - Existem dois tipos de campo visual na célula ganglionar No campo centro on/periferia off, a célula ganglionar responde de forma mais intensa quando a luz incide no centro do campo. Se a luz incidir na região periférica off do campo, a célula ganglionar centro on/periferia off é fortemente inibida e para de disparar potenciais de ação. O inverso ocorre com campos centro off/periferia on O que acontece se a luz é uniforme no campo visual? Nesse caso, a célula ganglionar responde fracamente. Assim, a retina utiliza o contraste, e não a intensidade absoluta de luz, para reconhecer objetos do ambiente NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 - As células ganglionares magnocelulares, ou células M, são grandes e respondem à informação de movimento - As células ganglionares parvocelulares menores, ou células P, são responsivas a sinais relativos à forma e a detalhes finos, como a textura de objetos que estão no campo visual - Recentemente, foi descoberto um subtipo de célula ganglionar, a célula ganglionar da retina que contém melanopsina, que aparentemente também atua como um fotorreceptor que transmite informação acerca de ciclos de luz para o núcleo supraquiasmático, o qual controla ritmos circadianos PROCESSAMENTO ALÉM DA RETINA: - Assim que os potenciais de ação emergem do corpo das células ganglionares, eles percorrem os nervos ópticos até o SNC, onde são processados - O nervo óptico penetra no encéfalo no quiasma óptico. Neste ponto, algumas fibras nervosas provenientes de cada olho cruzam para o outro lado para serem processadas no encéfalo - A porção central do campo visual, onde os lados esquerdo e direito do campo visual de cada olho se sobrepõem, é a zona binocular. Os dois olhos têm visões ligeiramente diferentes dos objetos nessa região, e o cérebro processa e integra estas duas visões para criar representações tridimensionais dos objetos. Nossa percepção de profundidade – isto é, se um objeto está na frente ou atrás de outro – depende da visão binocular - Os objetos situados no campo visual de apenas um olho estão na zona monocular e são vistos em duas dimensões - Assim que os axônios deixam o quiasma óptico, algumas fibras projetam-se para o mesencéfalo, onde elas participam do NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 controle do movimento dos olhos ou, juntamente com informações somatossensoriais e auditivas, da coordenação do equilíbrio e do movimento - A maioria dos axônios se projeta para o corpo geniculado lateral do tálamo, onde as fibras visuais fazem sinapses com neurônios que vão para o córtex visual no lobo occipital. O corpo (núcleo) geniculado lateral é organizado em camadas que correspondem às diferentes partes do campo visual, de modo que a informação de objetos adjacentes é processada junto. Esta organização topográfica é mantida no córtex visual, com as 6 camadas de neurônios agrupadas em colunas verticais - Dentro de cada porção do campo visual, a informação é classificada adicionalmente por cor, forma e movimento. As informações monoculares dos dois olhos se juntam no córtex para nos dar uma visão binocular do meio que nos cerca - As informações das combinações de células ganglionares on/ off são traduzidas em sensibilidade à orientação de barras nas vias mais simples, ou em cor, movimento e estrutura detalhada nas vias mais complexas. Cada um desses atributos do estímulo visual é processado em uma via separada, criando uma rede 4. DESCREVA COMO SE PROCESSAM AS ETAPAS DA TRANSDUÇÃO DO SOM. - A audição é um sentido complexo que envolve várias transduções - A energia das ondas sonoras no ar se torna vibrações mecânicas e, depois, ondas no líquido da cóclea - As ondas do líquido abrem canais iônicos nas células pilosas (ciliadas)*, os receptores da audição - O fluxo de íons para dentro das células gera um sinal elétrico que libera um neurotransmissor que dispara potenciais de ação nos neurônios auditivos primários - As ondas sonoras que chegam à orelha externa são direcionadas para dentro do meato acústico externo e atingem a membrana timpânica, onde provocam vibrações na membrana (primeira transdução) - As vibrações da membranatimpânica são transferidas ao martelo, à bigorna e ao estribo, nesta ordem. A disposição dos três ossos da orelha média conectados cria uma “alavanca” que multiplica a força da vibração (amplificação), de modo que muito pouca energia sonora é perdida devido ao atrito - Se um som é muito alto, podendo causar danos à orelha interna, os pequenos músculos da orelha média puxam os ossos para reduzir seus movimentos, diminuindo, assim, a transmissão sonora em algum grau - Quando o estribo vibra, ele empurra e puxa a fina membrana da janela oval à qual está conectado. As vibrações da janela oval geram ondas nos canais cheios de líquido da cóclea (segunda transdução) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 - À medida que as ondas se movem pela cóclea, elas empurram as membranas flexíveis do ducto coclear, curvando as células ciliadas sensoriais, que estão dentro do ducto. A energia da onda se dissipa de volta para o ar da orelha média na janela redonda - O movimento do ducto coclear abre ou fecha canais iônicos na membrana das células ciliadas, gerando sinais elétricos (terceira transdução) - Esses sinais elétricos alteram a liberação do neurotransmissor (quarta transdução) - A ligação do neurotransmissor aos neurônios sensoriais auditivos inicia potenciais de ação (quinta transdução), que transmitem a informação codificada sobre o som pelo ramo coclear do nervo vestibulococlear (nervo craniano VIII) até o encéfalo 5. COMO OCORRE A CODIFICAÇÃO SENSORIAL DO TOM. - O processamento inicial do tom e da amplitude ocorre na cóclea de cada orelha - A codificação para o tom do som é primariamente uma função da membrana basilar, próximo de onde se fixa, entre a janela oval e a janela redonda, essa membrana é rígida e estreita, mas se torna alargada e flexível à medida que se aproxima de sua extremidade distal - Ondas de alta frequência, quando entram na rampa vestibular, criam um deslocamento máximo da porção da membrana basilar próxima à janela oval e não são transmitidas muito longe ao longo da cóclea - Ondas de baixa frequência percorrem toda a membrana basilar e geram seu deslocamento máximo próximo à extremidade distal flexível NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 - Esta resposta à frequência transforma o aspecto temporal da frequência (número de ondas sonoras por segundo) em uma codificação espacial para o tom, indicada pela sua localização ao longo da membrana basilar. Uma boa analogia é o teclado de um piano, onde a localização de uma tecla indica seu tom - A codificação espacial da membrana basilar é preservada no córtex auditivo quando os neurônios se projetam das células pilosas às regiões cerebrais correspondentes - A amplitude do som, ou intensidade, é codificada pela orelha da mesma maneira que a intensidade do sinal é codificada pelos receptores somáticos. Quanto mais intenso o som, mais frequente o disparo de potenciais de ação no neurônio sensorial 6. COMO O APARELHO VESTIBULAR DA ORELHA PROCESSA O SENTIDO ESPECIAL DO EQUILÍBRIO E COMO AS VIAS DO EQUILÍBRIO PROJETAM- SE PARA O CEREBELO? APARELHO VESTIBULAR - O aparelho vestibular fornece informações sobre movimento e posição - O aparelho vestibular, também chamado de labirinto membranoso, é uma série intrincada de câmaras interconectadas cheias de líquido - Em seres humanos, o aparelho vestibular é composto de dois órgãos otolíticos semelhantes a sacos – o sáculo e o utrículo – juntamente com três canais semicirculares, os quais se conectam ao utrículo em suas bases - Os órgãos otolíticos nos informam a aceleração linear e a posição da cabeça - Os três canais semicirculares detectam a aceleração rotacional em várias direções - O aparelho vestibular, assim como o ducto coclear, é preenchido com endolinfa com alta concentração de K+ e baixa de Na+, secretada pelas células epiteliais. Do mesmo modo que o líquido cerebrospinal, a endolinfa é secretada continuamente e drenada da orelha interna para o seio venoso da dura-máter do encéfalo. Se a produção de endolinfa exceder a taxa de drenagem, o acúmulo de líquido na orelha interna pode aumentar a pressão de líquido dentro do aparelho vestibular. Acredita-se que o acúmulo excessivo de endolinfa contribui para a doença de Ménière, uma condição marcada por episódios de vertigem e náuseas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 - Se o órgão espiral (de Corti) no ducto coclear é danificado pela pressão de líquido dentro do aparelho vestibular, isso pode resultar em perda auditiva Canais semicirculares: - Os três canais semicirculares do aparelho vestibular detectam a aceleração rotacional - Eles estão orientados em ângulos retos um ao outro, como três planos que se juntam para formar o canto de uma caixa O canal horizontal (ou lateral) detecta rotações que associamos com o giro, como um rodopio de um patinador no gelo ou o balançar de sua cabeça à direita e à esquerda para dizer “não” O canal posterior detecta a rotação esquerda-direita, como a rotação realizada quando inclina sua cabeça em direção ao seu ombro ou realiza uma pirueta O canal anterior detecta a rotação para a frente e para trás, como quando você balança sua cabeça para a frente e para trás ou dá uma cambalhota - Em uma das extremidades de cada canal há uma câmara alargada, a ampola, a qual contém uma estrutura sensorial, chamada de crista. A crista é constituída de células pilosas e uma massa gelatinosa, a cúpula, que se estende da base ao teto da ampola, fechando-a. Os cílios das células pilosas são embebidos pela cúpula - Quando sua cabeça gira, o crânio ósseo e as paredes membranosas do labirinto se movem, porém, o líquido dentro do labirinto não consegue acompanhar, devido à sua inércia (a tendência de um corpo em repouso a permanecer em repouso). Nas ampolas, a endolinfa inclina a cúpula e suas células pilosas na direção oposta àquela para a qual a cabeça está girando - Se a rotação continua, o movimento da endolinfa finalmente é o mesmo da cabeça. Então, se a rotação da cabeça para abruptamente, o líquido não pode parar imediatamente - O líquido continua a girar na direção da rotação da cabeça, deixando a pessoa com uma sensação de estar girando. Se a sensação for suficientemente forte, a pessoa pode projetar o seu corpo na direção oposta à da rotação, em uma tentativa reflexa de compensar a aparente perda de equilíbrio Órgãos otolíticos - Os órgãos otolíticos detectam a aceleração linear e a posição da cabeça - Os dois órgãos otolíticos, o utrículo (pequena bolsa) e o sáculo (pequeno saco), são organizados para detectar forças lineares - Suas estruturas sensoriais, chamadas de máculas, compreendem células pilosas, uma massa gelatinosa, conhecida como membrana otolítica, e partículas de proteínas e carbonato de cálcio, chamadas de otólitos - Os cílios das células pilosas são inseridos na membrana otolítica, e os otólitos ligam- se à matriz de proteína na superfície da membrana - Se a gravidade ou a aceleração faz os otólitos deslizarem para a frente ou para trás, a membrana otolítica gelatinosa desliza com eles, curvando os cílios das células pilosas e produzindo um sinal. Por exemplo, as máculas estão horizontais quando a cabeça está NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 em sua posição ereta normal. Se a cabeça se inclina para trás, a gravidade desloca os otólitos, e as células pilosas são ativadas - A mácula do utrículo detecta a aceleração para a frente ou a desaceleração, bem como quando a cabeça se inclina - A mácula do sáculo está orientada verticalmente quando a cabeça está ereta, o que a torna sensível às forças verticais, como quando um elevador está descendo - O cérebro analisa o padrão das células pilosas despolarizadas e hiperpolarizadas para calcular a posição da cabeça e a direção do movimento COMO AS VIAS DO EQUILÍBRIO SE PROJETAM PARA OCEREBELO - As células pilosas vestibulares, assim como as da cóclea, estão tonicamente ativas e liberam neurotransmissor nos neurônios sensoriais primários do nervo vestibular (um ramo do nervo craniano VIII, o nervo vestibulococlear) - Esses neurônios sensoriais fazem sinapse nos núcleos vestibulares do bulbo ou vão, sem fazer sinapse, diretamente para o cerebelo, um importante local de processamento do equilíbrio - Vias colaterais seguem do bulbo para o cerebelo ou ascendem através da formação reticular e do tálamo - Existem algumas vias pouco definidas do bulbo para o córtex cerebral, entretanto a maior parte da integração do equilíbrio ocorre no cerebelo - Vias descendentes dos núcleos vestibulares seguem para neurônios motores envolvidos com a movimentação dos olhos. Essas vias ajudam a manter os olhos fixos em um objeto enquanto a cabeça gira NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 7. DESCREVA O MECANISMO DAS SENSAÇÕES PRIMÁRIAS DA GUSTAÇÃO, COMO SE PROCESSA A ESTIMULAÇÃO DOS BOTÕES GUSTATÓRIO E A TRANSMISSÃO DOS SINAIS NERVOSOS DA GUSTAÇÃO. SENSAÇÕES PRIMÁRIAS DA GUSTAÇÃO: - As identidades das substâncias químicas específicas, que excitam os diferentes receptores gustatórios não são completamente conhecidas - Os estudos psicofisiológicos e neurofisiológicos identificaram pelo menos 13 receptores químicos prováveis nas células gustatórias, como descrito a seguir: dois receptores para sódio, dois receptores para potássio, um receptor para cloreto, um receptor para adenosina, um receptor para inosina, dois receptores para doce, dois receptores para amargo, um receptor para glutamato e um receptor para o íon hidrogênio - Para análise mais prática da gustação, as capacidades dos receptores gustatórios mencionados foram agrupadas em cinco categorias gerais chamadas sensações primárias da gustação. São elas: azeda, salgada, doce, amarga e “umami” - A pessoa pode perceber centenas de diferentes gostos. Acredita-se que eles sejam combinações das sensações gustatórias elementares, da mesma forma como as cores que vemos são combinações das três cores primárias Gosto azedo: é causado pelos ácidos, ou seja, pela concentração do íon hidrogênio, e a intensidade dessa sensação é aproximadamente proporcional ao logaritmo da concentração do íon hidrogênio (quanto mais ácido o alimento, mais forte se torna a sensação de azedo) Gosto salgado: é provocado por sais ionizados, principalmente pela concentração de íons sódio. A qualidade do gosto varia de um sal para outro porque alguns sais provocam outras sensações gustatórias além do salgado. Os cátions dos sais, em especial o sódio, são os principais responsáveis pelo gosto salgado, mas os ânions também contribuem, mesmo que em menor grau Gosto doce: não é induzido por categoria única de substâncias químicas. Alguns tipos de substâncias que provocam este gosto são: açúcares, glicóis, álcoois, aldeídos, cetonas, amidos, ésteres, alguns aminoácidos, algumas proteínas pequenas, ácidos sulfônicos, ácidos halogenados, e sais inorgânicos de chumbo e berílio. A maioria das substâncias que induzem o gosto doce é orgânica. É especialmente interessante o fato de que pequenas alterações na estrutura química, tais como a adição de radical simples, podem frequentemente mudar a substância de doce para amarga Gosto amargo: não é induzido por tipo único de agente químico. Nesse caso as substâncias que provocam o gosto amargo são quase exclusivamente substâncias orgânicas Duas classes particulares de substâncias destacam-se como indutoras das sensações de gosto amargo: a. substâncias orgânicas de cadeia longa, que contêm nitrogênio; b. alcaloides NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 Os alcaloides incluem muitos dos fármacos utilizados como medicamentos, como quinina, cafeína, estricnina e nicotina Algumas substâncias que inicialmente têm gosto doce induzem no final um gosto amargo. Essa característica ocorre com a sacarina, o que torna o uso dessa substância questionável para algumas pessoas O gosto amargo, quando ocorre em alta intensidade, faz com que frequentemente a pessoa ou o animal rejeite o alimento. Essa reação é, sem dúvida, função importante da sensação de gosto amargo porque muitas toxinas letais, encontradas em plantas venenosas são alcaloides, e quase todos esses alcaloides provocam gosto amargo intenso, não raro, seguido pela rejeição do alimento Gosto Umami: Umami, uma palavra japonesa que significa “delicioso”, designa a sensação de gosto prazerosa que é qualitativamente diferente do azedo, do salgado, do doce ou do amargo. Umami é o gosto predominante dos alimentos que contêm l- glutamato, tais como caldos de carne e queijo amadurecido, e alguns fisiologistas o consideram como categoria separada, a quinta categoria de estímulo primário do paladar. O receptor gustatório para o l-glutamato pode estar relacionado a um dos receptores sinápticos para o glutamato que também são expressos nas sinapses neuronais do cérebro. Os mecanismos moleculares precisos responsáveis pelo gosto umami ainda não estão esclarecidos MECANISMO DE ESTIMULAÇÃO DOS BOTÕES GUSTATÓRIOS: - A membrana da célula gustatória, como a maioria das outras células sensoriais receptoras, tem carga negativa no seu interior em relação ao exterior. A aplicação de substância nos pelos gustatórios causa perda parcial desse potencial negativo — isto é, as células gustatórias são despolarizadas - Na maioria das vezes, a redução do potencial, dentro de faixa extensa, é aproximadamente proporcional ao logaritmo da concentração da substância estimulatória. Essa alteração no potencial elétrico da célula gustatória é chamada potencial receptor para a gustação - O mecanismo pelo qual a maioria das substâncias estimulatórias interage com as vilosidades gustatórias, para iniciar o potencial receptor se dá por meio da ligação da substância à molécula receptora proteica, localizada na superfície da célula receptora gustatória, próxima da membrana das vilosidades ou sobre elas. Essa interação resulta na abertura de canais iônicos, que permitem a entrada de íons sódio e hidrogênio, ambos com carga positiva, despolarizando a célula, que normalmente tem carga negativa. Então, a substância estimulatória é deslocada da vilosidade gustatória pela saliva, removendo, assim, o estímulo - O tipo do receptor proteico em cada vilosidade gustatória determina o tipo de gosto que é percebido. Para os íons sódio e hidrogênio, que provocam as sensações gustatórias salgada e azeda, respectivamente, as proteínas receptoras abrem canais iônicos específicos, nas membranas apicais das células gustatórias, ativando, assim, os receptores. Para as sensações gustatórias doce e amarga, as porções das moléculas proteicas receptoras, que se projetam através da membrana apical, ativam substâncias transmissoras que são segundos mensageiros nas células gustatórias e esses segundos mensageiros produzem alterações químicas intracelulares, que provocam os sinais do gosto NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 15 - Na primeira aplicação do estímulo gustatório, a frequência de descarga das fibras nervosas, que se originam nos botões gustatórios, aumenta até atingir o pico em fração de segundos, mas, então, se adapta nos próximos poucos segundos, retornando a nível mais baixo, constante e assim permanecendo durante a vigência do estímulo. Por isso, o nervo gustatório transmite sinal forte e imediato e sinal contínuo, mais fraco, que permanece durante todo o tempo em que o botão gustatório está exposto ao estímulo TRANSMISSÃO DOS SINAIS GUSTATÓRIOS PARA O SNC: - Impulsos gustatórios, oriundos dos dois terços anteriores da língua, passam, inicialmente, pelo nervo lingual e, então, pelo ramo corda do tímpano do nervo facial e, por fim, pelo trato solitário, no tronco cerebral - Sensações gustatórias,que se originam das papilas circunvaladas, na parte posterior da língua, e de outras regiões posteriores da boca e garganta, são transmitidas pelo nervo glossofaríngeo para o trato solitário, mas em nível mais posterior. Por fim, poucos sinais gustatórios são transmitidos da base da língua e de outras partes da região faríngea pelo nervo vago para o trato solitário - Todas as fibras gustatórias fazem sinapse nos núcleos do trato solitário no tronco cerebral. Esses núcleos contêm os neurônios de segunda ordem que se projetam para pequena área do núcleo ventral posteromedial do tálamo, situada ligeiramente medial às terminações talâmicas das regiões faciais do sistema da coluna dorsal-lemnisco medial. Do tálamo, neurônios de terceira ordem se projetam para a extremidade inferior do giro pós-central no córtex cerebral parietal, onde eles penetram na fissura silviana e na área insular opercular. Esta área se situa pouco mais lateral, ventral e rostral à área para os sinais táteis da língua, na área somática cerebral I. Fica evidente, por essa descrição das vias gustatórias, que elas cursam paralelamente às vias somatossensoriais da língua - Do trato solitário, muitos sinais gustatórios são transmitidos pelo interior do tronco cerebral diretamente para os núcleos salivares superior e inferior e essas áreas transmitem os sinais para as glândulas submandibular, sublingual e parótidas, auxiliando no controle da secreção da saliva, durante a ingestão e digestão dos alimentos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 16 8. DESCREVA OS MECANISMOS DE EXCITAÇÃO DAS CÉLULAS OLFATÓRIAS, COMO SE PROCESSA AS SENSAÇÕES OLFATÓRIAS PRIMÁRIAS E A TRANSMISSÃO DOS SINAIS OLFATÓRIOS PARA O SISTEMA NERVOSO CENTRAL. MECANISMO DE EXCITAÇÃO DAS CÉLULAS OLFATÓRIAS: - A porção das células olfatórias que responde ao estímulo químico olfatório é o cílio olfatório - As substâncias odorantes, ao entrarem em contato com a superfície da membrana olfatória, inicialmente se difundem no muco que recobre o cílio. Em seguida, se ligam às proteínas receptoras, na membrana de cada cílio - Cada proteína receptora é na realidade uma longa molécula que atravessa a membrana por cerca de sete vezes, dobrando-se em direção ao seu interior e ao seu exterior. A molécula odorante liga-se à porção extracelular da proteína receptora - A porção intracelular da proteína receptora, no entanto, está acoplada a uma proteína G, que é formada por combinação de três subunidades. Quando o receptor é estimulado, a subunidade alfa se separa da proteína G e ativa a adenilil ciclase, a que está ligada na face intracelular da membrana ciliar, próxima ao receptor. A adenilil ciclase ativada, por sua vez, converte muitas moléculas de trifosfato de adenosina em monofosfato de adenosina cíclico (AMPc). Por fim, o AMPc ativa outra proteína de membrana próxima, o canal iônico de sódio, o qual se “abre”, permitindo que grande quantidade de íon sódio atravesse a membrana em direção ao citoplasma da célula receptora - Os íons sódio aumentam o potencial elétrico intracelular, tornando-o mais positivo, e excitando, assim, o neurônio olfatório e transmitindo os potenciais de ação pelo nervo olfatório para o sistema nervoso central Resumindo: A. A ativação da proteína receptora pela substância odorante ativa o complexo da proteína G B. A proteína G ativa muitas moléculas de adenilil ciclase, que se encontram do lado intracelular da membrana da célula olfatória C. Muitas moléculas de AMPc são formadas D. O AMPc induz a abertura de número muitas vezes maior de canais de sódio NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 17 - Muitos fatores físicos afetam o grau de estimulação: Apenas as substâncias voláteis que podem ser aspiradas para dentro das narinas podem ser percebidas pelo olfato A substância estimulante deve ser pelo menos pouco hidrossolúvel, de modo que possa atravessar o muco e atingir os cílios olfatórios É útil que a substância seja pelo menos ligeiramente lipossolúvel, provavelmente porque constituintes lipídicos do cílio constituem fraca barreira para odorantes não lipossolúveis SENSAÇÕES PRIMÁRIAS DA OLFAÇÃO: - Com base em estudos psicológicos, tenta-se classifica essas sensações como: A. Cânfora B. Almiscarado C. Floral D. Hortelã E. Etéreo F. Irritante G. Pútrido - Essa lista não representa as verdadeiras sensações primárias olfatórias - Recentemente, vários indícios, incluindo estudos específicos dos genes que codificam as proteínas receptoras, sugerem a existência de pelo menos 100 sensações primárias olfatórias — em contraste acentuado com apenas três sensações primárias de cor, detectadas pelos olhos e somente quatro ou cinco sensações primárias gustatórias, detectadas pela língua - Alguns estudos sugerem que podem existir até 1.000 tipos diferentes de receptores odorantes - Outras evidências da existência de muitas sensações primárias olfatórias é que algumas pessoas apresentam cegueira olfatória para substâncias isoladas; tal cegueira olfatória discreta foi identificada para mais de 50 substâncias diferentes. Presume-se que a cegueira olfatória, para determinada substância, represente a ausência da proteína receptora adequada nas células olfatórias para essa substância em particular TRANSMISSÃO DOS SINAIS OLFATÓRIOS PARA O SNC: - As porções olfatórias do encéfalo estão entre as primeiras estruturas cerebrais desenvolvidas nos animais primitivos, e muitas das estruturas restantes do encéfalo se desenvolveram ao redor dessas estruturas olfatórias iniciais - De fato, parte do encéfalo que originalmente estava envolvida com a olfação evoluiu mais tarde, dando origem a estruturas encefálicas basais que controlam as emoções e outros aspectos do comportamento humano; este é o sistema chamado sistema límbico Transmissão dos sinais olfatórios para o bulbo olfatório: - As fibras nervosas olfatórias, que se projetam posteriormente do bulbo são chamadas nervo cranial I ou trato olfatório - Tanto o trato quanto o bulbo olfatório são protuberâncias anteriores do tecido cerebral da base do encéfalo; a dilatação bulbosa, na sua terminação, o bulbo olfatório, fica NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 18 sobre a placa cribriforme que separa a cavidade encefálica da parte superior da cavidade nasal - A placa cribriforme tem várias perfurações pequenas por meio das quais uma quantidade de pequenos nervos passa com trajeto ascendente, da membrana olfatória, na cavidade nasal, para entrar no bulbo olfatório, na cavidade craniana. Há uma estreita relação entre as células olfatórias, na membrana olfatória e o bulbo olfatório, os curtos axônios das células olfatórias, que terminam em múltiplas estruturas globulares dentro do bulbo olfatório, chamadas glomérulos - Cada bulbo tem muitos milhares desses glomérulos, cada um dos quais recebe aproximadamente 25.000 terminações axônicas, provenientes das células olfatórias - Cada glomérulo também é sítio para terminações dendríticas de cerca de 25 células mitrais grandes e de cerca de 60 células em tufo pequenas, cujos corpos celulares residem no bulbo olfatório superiores ao glomérulo. Esses dendritos fazem sinapses com os neurônios das células olfatórias, e as células mitrais e em tufo enviam axônios pelo trato olfatório, transmitindo os sinais olfatórios para níveis superiores no sistema nervoso central - Algumas pesquisas têm mostrado que glomérulos diferentes respondem a diferentes odores - É possível que glomérulos específicos sejam a verdadeira pista para a análise dos diferentes sinais olfatórios, transmitidos para o sistema nervoso central
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