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Anatomia do Sistema Urinário

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• 
INTRODUÇÃO 
- Eliminação dos resíduos metabólitos é feita pelo rim (ex. 
derivados da amônia), fígado (neutraliza e elimina toxinas) e 
pulmão (gases tóxicos). 
- A urina é produzida nos rins, vai para os ureteres, depois 
para a bexiga, e então para a uretra. 
- Rins e ureteres: trato urinário superior (trato = sistema oco 
de comunicação). 
- Bexiga e uretra: trato urinário inferior. 
- Funções do sistema urinário: filtração do sangue e formação 
da urina (equilíbrio hidroeletrolítico); controle do equilíbrio ácido-
base; controle do volume sanguíneo; regulação da pressão 
arterial (ação do SRAA); secreção de hormônios; produção de 
eritropoietina na medula renal. 
- A eritropoietina atua na medula óssea, fazendo com que o 
progenitor das células que formarão a linhagem sanguínea seja 
ativado. 
 RIM 
⇨ ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
- O rim está situado na parte dorsal do tronco (tórax + 
abdome), lateral à coluna vertebral. 
- A porção posterior do abdome recebe o nome de dorso. 
- Os ramos lombares, que vão desde o final do tórax até a 
região do sacro, irrigam o dorso do abdome. 
- O rim vai da vértebra T12 até a L3. 
- O rim direito é ligeiramente mais caudal que o esquerdo, devido 
à presença do fígado no lado direito. 
 - Os rins têm uma situação retroperitoneal. 
- Alguns órgãos no abdome estão dentro do peritônio, que é 
uma bolsa semelhante a presente nos pulmões (pleura). 
- O peritônio envolve o estômago, uma parte do duodeno 
(porção superior), o baço, o fígado, o cólon e parte superior do 
reto. 
 
 
- O peritônio se prende na raiz do peritônio, na região lombar 
da coluna vertebral. 
- No retroperitônio, estão os rins, os grandes vasos (veia 
sempre a direita e mais à frente em relação à aorta), os ramos 
principais dos principais vasos, e toda musculatura que forma 
a parede lombar posterior. 
- O músculo transverso do abdome e o ileolombar revestem a 
parede posterior do abdome. 
- O duodeno possui uma porção retraperitoneal e uma porção 
intraperitoneal. 
- A segunda porção do duodeno (circular) mantém intima 
relação com o pâncreas, o qual é retraperitoneal; portanto, o 
duodeno possui uma porção que também é retraperitoneal. 
- Existe um “acolchoamento” dos órgãos feito pela gordura, a 
qual protege os órgãos e deixa “tudo no seu lugar”. 
- Músculos do dorso: latíssimo do dorso (maior musculo do 
corpo), serrátil, levantador da espinha, oblíquo interno e oblíquo 
externo. 
- O peritônio é formado por mesotélio, o qual consiste em uma 
serosa, portanto, tecido conjuntivo sob tecido epitelial. 
- O rim tem uma estrutura morfofuncional, o néfron, o qual é 
formado pela cápsula de Bowman (tecido com permeabilidade), 
pelo glomérulo, e pelos túbulos. 
- O rim direito relaciona-se anteriormente com a glândula 
suprarrenal direita (no polo superior), com o estômago, com o 
baço, com o pâncreas, com a flexura cólica esquerda, com o 
cólon descendente e com o jejuno. 
- O rim esquerdo relaciona-se anteriormente com a glândula 
suprarrenal esquerda (no polo superior), com o fígado, com a 
parte descendente do duodeno, com a flexura cólica direita e 
com o intestino delgado. 
- O intestino delgado fica entre os cólons, no “miolo” deles. 
- Posteriormente, os rins relacionam-se com a parede dorsal: 
11ª e 12ª costela (na altura da 11ª costela já existe o rim 
esquerdo, e o rim direito na altura da 12ª); músculo diafragma 
(verde), psoas maior (lilás), quadrado lombar (azul) e transverso 
do abdome (vermelho). 
- “A pessoa está em casa (psoas maior) pula para o quadrado 
(musculo quadrado lombar) para atravessar a rua (transverso 
do abdome)”. 
 
 
 
 
 
 
⇨ ANATOMIA DESCRITIVA 
- O rim possui uma face anterior e uma face posterior; uma 
extremidade/polo superior e uma extremidade inferior; uma 
margem lateral (convexa) e uma margem medial (onde estão as 
estruturas que formam o hilo renal). 
- Hilo = conjunto de estruturas que adentram num local; união 
de estruturas. 
- Hilo renal: VAP (veia renal, artéria renal, pelve renal) -> “VA P 
fora” 
- A pelve renal é uma continuação, uma dilatação do ureter, o 
qual é um tubo que conecta o rim à bexiga. 
- O rim é uma estrutura maciça; é revestido por uma cápsula; 
toda capsula é um tecido conjuntivo. 
- Esse tecido conjuntivo (gorduroso, ósseo, cartilaginoso) vai ser 
classificado conforme o tipo e quantidade de células e o 
material que existe entre elas (colágeno, etc). 
- A capsula que envolve o rim é fibrosa (tecido conjuntivo 
denso). 
- O rim por si só não é inervado; a dor no rim é por conta da 
distensão da capsula renal. 
- A capsula gordurosa que envolve o rim é separada em duas 
camadas: peri-renal e para-renal. 
- A gordura peri-renal ou cápsula adiposa é intimamente 
relacionada ao rim, penetrando em seu interior; a gordura 
para-renal ou corpo adiposo está do lado de fora. 
- Entre as duas camadas de gordura, há a fáscia de Gerota 
(fáscia = membrana de tecido conjuntivo). 
- Esquema: rim -> cápsula intrínseca do rim -> gordura peri-
renal -> fáscia de Gerota -> gordura para-renal. 
- A gordura é afetada pelos processos inflamatórios e 
infecciosos que acometem o rim, podendo formar um abcesso. 
- Regiões internas do rim: córtex renal, medula renal e seio 
renal. 
- O córtex é a região mais externa e mais clara; caracteriza-
se presença da capsula, dos glomérulos e da porção inicial dos 
túbulos. 
- O túbulo coletor e células intersticiais conferem uma 
coloração mais escura à medula. 
- Entre uma pirâmide e outra, há a coluna real ou de Bertin, a 
qual é uma proeminência do córtex renal entre as pirâmides 
renais, as quais variam entre 8 e 18. 
- As pirâmides renais são uma conjuntura de ductos coletores 
e possuem um ápice e uma base. 
- As pirâmides confluem para as papilas renais, que são as 
terminações de todo o sistema coletor, as quais desaguam nos 
cálices menores (2 a 3). 
- Os cálices menores se juntam e formam os cálices maiores 
(2-3), os quais formam a pelve renal. 
- A pelve renal adentra o rim por meio do hilo renal; essa região 
é chamada de seio renal. 
• Vascularização 
- A artéria renal adentra o rim e sofre um processo de 
segmentação, o qual é vital para o rim. 
- A artéria renal dá basicamente as artérias segmentares, as 
quais dão ramos que irrigam os pontos principais do órgão. 
- Artérias segmentares: ramo apical, ramo inferior, ramo 
anterior (superior e inferior) e ramo posterior. 
- Essas artérias dão ramos que irrigam a massa renal, isto é, 
o local onde estão as células (córtex e medula). 
- Entre uma pirâmide e outra (na coluna) são emitidas as 
artérias interlobares. Quando essas artérias curvam a base da 
pirâmide, a artéria arqueada é formada e, após, emite as 
interlobulares. 
- As artérias interlobulares emitem as arteríolas aferentes. 
 - A arteríola eferente sai do glomérulo e forma uma rede de 
capilares (capilares peritubulares). 
- Da mesma forma, existe uma rede de capilares venulares, a 
veia interlobular, a veia arqueada, a veia interlobar, as veias 
segmentares e a veia renal. 
- A drenagem linfática do rim é dada pelos linfonodos aórticos. 
-A inervação do rim tem uma característica própria; 
- Toda inervação é composta por um conjunto de terminações 
nervosas a nível renal que vêm do plexo (conjunto de nervos) 
sacral. 
- Plexo renal: conjunto de todas as inervações nervosas que 
inervam o rim -> participação do nervo vago. 
- A cápsula renal tem uma inervação sensitiva, o que causa dor 
quando ela se distende. 
- Como a mensagem sensitiva vai pelo nervo vago, e esse 
também controla o centro do vômito, patologias como a litíase 
renal cursam com náuseas e vômitos. 
- A massa renal em si não tem uma inervação especifica; ela 
sofre hormonal ação do SRAA. 
URETER 
⇨ ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
- O ureter é a continuação da pelve renal; começa ao nível de 
L1 e tem trajetória descendente ao longo do retroperitônio, 
sobre o músculo psoas maior. 
- O ureter penetra na cavidade pélvica após cruzar aartéria 
ilíaca comum e, então, chega na bexiga. 
- Todo o trato urinário é formado por um tecido único, chamado 
de urotélio, o qual é um epitélio transicional, polimorfo, não tem 
um padrão específico de células (cubicas, cilíndricas, etc). 
- O urotélio está presente desde a pelve renal até a uretra, e 
é característico do sistema urinário. 
- O ureter é colabado; é formado internamente por epitélio de 
transição sobre tecido conjuntivo. 
- Possui também uma camada de músculo liso, a qual é inervada 
pelo sistema nervoso autônomo -> contração por movimentos 
peristálticos, desencadeados por mecanismos próprios. 
- Na parte proximal do ureter há duas camadas de músculo 
liso, a longitudinal interna e a circular 
- Na parte mais distal, há três camadas, a longitudinal interna, 
a circular e a longitudinal externa. 
- Externamente, o ureter é revestido por uma adventícia, a 
qual possui vasos, nervos e serosa. 
- Na mulher, o ureter acompanha a artéria uterina por 4 cm. 
- No homem, o ureter está posterior à vesícula seminal e ducto 
deferente. 
- A luz do ureter tem um diâmetro, em média, de 6mm; 
contudo, nas constrições fisiológicas , esse diâmetro diminui. 
- O ureter apresenta três estreitamentos de sua luz ao longo 
de seu trajeto: na junção entre a pelve e o ureter (JUP); na 
bifurcação das ilíacas; ao penetrar a parede vesical (junção 
ureterovesical). 
- Nessas regiões há maior probabilidade da obstrução por 
cálculos renais. 
- Não há uma vascularização específica; os vasos que existem 
próximos ao ureter que irrigam ele: ramos das artérias renais, 
das ilíacas internas, da vesical inferior. 
- A drenagem linfática do ureter se dá pelos linfonodos aórtico 
e ilíacos. 
- A inervação do ureter é dada pelo plexo renal (fibras 
eferentes simpáticas na medula espinhal de T11 a L2) e pelas 
fibras aferentes parassimpáticas vagais. 
• 
PELVE E PERÍNEO 
- A pelve consiste no espaço delimitado pelos ossos da bacia 
(íleo, ísquio e púbis); contém os órgãos terminais do TGI, do trato 
urinário e os órgãos reprodutores. 
- O períneo consiste na porção externa do tronco (do cóccix 
ao púbis) que compreende à genitália e ao ânus. 
- A pelve maior ou falsa aloja os órgão do abdômen inferior, 
enquanto a pelve menor ou verdadeira aloja os órgãos pélvicos 
propriamente ditos; aloja os órgãos intra-abdominais terminais 
(ceco, uma parte do intestino delgado.). 
- A pelve menor é chamada de verdadeira pois ela é uma 
cavidade propriamente dita, isto é, há ossos anterior e 
posteriormente. 
- A pelve maior é chamada de falsa pois há ossos apenas na 
porção posterior. 
- A pelve e períneo (contém pele, músculos) são separados pelo 
diafragma urogenital, que é um músculo de movimento 
(estriado, ou seja, voluntário). 
- O diafragma urogenital forma o esfíncter externo; é 
formado pelos músculos levantadores do ânus. 
- As estruturas terminais dos tratos geniturinários e do TGI 
penetram nesse diafragma urogenital, o qual participa da 
continência urinária e fecal. 
- As estruturas intrapélvicas prolapsam (saem do seu lugar) 
quando o diafragma urogenital está fraco (por idade e várias 
gravidezes). 
- Relações anatômicas: 
• Posteriormente: sacro e cóccix; 
• Lateralmente: ossos do quadril e músculo obturador; 
• Anteriormente: púbis e sínfise púbica. 
• Superiormente (assoalho da cavidade pélvica): diafragma 
urogenital. 
• Inferiormente (teto da cavidade pélvica): reflexão do peritônio 
e músculo piriforme. 
- A próstata tem uma relação ínfero-posterior com a bexiga. 
- Os órgãos pélvicos não são cobertos pelo peritônio, esse 
apenas se reflete sobre os órgãos pélvicos. 
- A reflexão do peritônio parietal sobre o teto da bexiga 
urinária e origina um espaço chamado de escavação retovesical. 
- Na pelve feminina, a reflexão ocorre após o útero e origina 
um espaço chamado escavação retouterina. 
- A fáscia visceral, a fáscia endopélvica e a fáscia parietal 
revestem os órgãos pélvicos e funcionam como pontos de 
fixação, que prendem os órgãos na parede pélvica. 
-> Vascularização, drenagem e inervação 
- A ilíaca interna adentra a cavidade pélvica para vascularizar 
os órgãos pélvicos, sendo o principal vaso responsável pela 
vascularização de todos eles 
- A artéria ilíaca interna emite dois troncos, um anterior e um 
posterior. 
- Os ramos da ilíaca interna começam no umbigo (na altura 
aproximada da púbis); 
- Vascularização na ordem das vísceras: aa umbilical -> aa 
obturatória -> aa vesical inferior (no caso das mulheres, artéria 
vaginal) -> aa uterina (só na mulher) -> aa retal média -> aa 
pudenda interna -> glútea inferior -> glútea superior -> aa 
sacrais laterais -> aa ileolombar. 
- A pudenda interna vasculariza as genitálias. 
- A pudenda externa é ramo da femoral comum e a artéria 
pudenda interna da ilíaca interna. 
-Além dos ramos da artéria ilíaca interna, há ramos da aorta 
abdominal (aa ovárica e aa sacral mediana) e ramos da 
mesentérica inferior (aa retal superior). 
- As veias normalmente são homônimas às artérias, fazendo 
fluxo oposto, com algumas exceções: 
• A veia sacral mediana e a veia ovárica drenam para veia cava 
inferior. 
• A veia retal superior drena para a mesentérica inferior 
(drena para a veia esplênica). 
- Todas as demais drenam para as veias ilíacas. 
- A drenagem linfática se dá por linfonodos ilíacos e sacrais, os 
quais drenam para a cisterna do quilo. 
- Na pelve, terminações nervosas que vão partir da coluna 
sacral formam o plexo que inerva os órgãos pélvicos, cujas 
fibras são majoritariamente parassimpáticas, havendo apenas 
poucas fibras simpáticas (da região tóraco-lombar). 
- A inervação da bexiga se dá prioritariamente pelo SNA 
parassimpático. 
ANATOMIA DA BEXIGA 
- Toda a via urinária (desde os cálices menores até a uretra) é 
formada por uma estrutura semelhante, a qual possui um 
epitélio de transição e uma estrutura muscular sobre uma 
adventícia. 
- O tecido da bexiga possui uma grande concentração de 
músculo liso, porém não organizado como é no ureter. 
- O músculo da bexiga tem uma forma anárquica de 
organização e recebe o nome de detrusor. 
- Nas mulheres, anteriormente à bexiga está a sínfise púbica, 
e posteriormente está o útero e a parte anterior da vagina 
- A bexiga é um órgão intrapélvico, mas quando distendido pode 
se estender até o abdome. 
- Nos homens, anteriormente à bexiga está a sínfise púbica, e 
posteriormente está o reto, a ampola retal e uma parte da 
próstata. 
- A bexiga possui um ápice, o qual fica voltado anteriormente 
em contato com a sínfise púbica; dele parte o ligamento 
umbilical, que é um vestígio do úraco. 
- Estrutura externa da bexiga: ápice, base (fica oposta ao 
ápice); superfícies inferolaterais; corpo da bexiga e colo da 
bexiga. 
- O colo da bexiga é onde o tecido da bexiga se concentra, 
“aponta”. 
- A região infero-lateral da bexiga está “amassada”, mas à 
medida que a bexiga vai se enchendo, essa região vai se 
tornando superior, fazendo com que a bexiga possa chegar 
até a região intra-abdominal. 
- A bexiga recebe os dois ureteres em suas porções póstero-
superiores. 
- Nas mulheres, o ureter possui uma relação intima com a 
artéria uterina antes de chegar na bexiga. 
- Nos homens, o ureter possui uma relação intima com a 
vesícula seminal antes de chegar na bexiga. 
- A bexiga prende-se na frente pelo ligamento umbilical 
mediano e inferiormente, nas mulheres, pelo ligamento 
pubovesical, o qual vai do púbis à bexiga. 
- Nos homens, a bexiga prende-se inferiormente pelo 
ligamento pubrostático (mesmo ligamento, nome diferente). 
- As superfícies inferolaterais estão relativamente livres, a fim 
de possibilitar a distensão e elevação da bexiga quando está 
cheia. 
- Estrutura interna da bexiga: óstio dos ureteres; trígono 
vesical (delineado a partir das duas aberturas dos ureteres e 
do óstio interno da uretra); prega interuretética (entre os dois 
ureteres); pregas vesicais; óstio interno da uretra. 
- Nocolo da bexiga do homem, o tecido de concentra e se 
organiza, formando o esfíncter interno da uretra. Na mulher 
não há essa organização e, portanto, o esfíncter interno não 
é identificável. 
- Vascularização: aa vesical superior (ramo da aa umbilical); aa 
vesical inferior/vaginal (ramo da aa ilíaca interna); aa glútea 
inferior; aa obturatória. 
- A drenagem se dá por veias homônimas que tributam para 
as veias ilíacas internas. 
- Plexo sacral (fibras parassimpáticas): promove contração da 
musculatura lisa da bexiga e o relaxamento do músculo liso do 
esfíncter. 
- Inervação simpática (pouco): teto da bexiga; relaxa p músculo 
liso e contrai o músculo do esfíncter interno. 
ANATOMIA DA URETRA 
• Uretra Masculina 
- Vai do óstio interno da uretra na bexiga até o óstio externo 
da uretra na glande do pênis (18-22cm) 
- Segmentos da uretra masculina: intramural, prostática, 
membranácea, esponjosa. 
 
 
 
 
 
 
 
- A parte membranácea da uretra penetra no diafragma 
urogenital. 
- A uretra esponjosa termina na fossa navicular e se abre no 
óstio da uretra externa. 
- O extenso comprimento da uretra masculina dificulta a 
comunicação do meio interno com o meio externo, e portanto, 
as infecções são menos recorrentes (mais prevalentes nas 
mulheres, devido à curta uretra). 
- À medida que hormônios androgênicos estimulam a próstata, 
ela aumenta de volume, de tamanho, ou seja, ela hiperplasia. 
- A hiperplasia da próstata (é fisiológico) pode ocasionar 
obstrução da uretra. 
- Crista uretral: dilatação na qual há um fundo cego, que é o 
óstio do utrículo prostático, um análogo embriológico do que 
seria o útero na mulher. 
- Não existe uma vascularização específica para a uretra 
masculina; ela é vascularizada pela aa retal média e pela aa 
vesical inferior; 
- Sua drenagem se dá pelas veias homônimas e, nos homens, 
se dá também pelo plexo prostático. 
• Uretra Feminina 
- Tem em torno de 4cm; parte do óstio interno da uretra na 
bexiga até o óstio externo. 
- Corre paralela à vagina (genitália interna). 
- Abre-se externamente no vestíbulo da vagina (vulva), 
delimitado pelos pequenos lábios. 
- Cruza o assoalho pélvico e o músculo esfíncter externo da 
uretra. 
- Não há um esfíncter interno organizado, como ocorre nos 
homens. 
- A estrutura histológica da uretra feminina é praticamente a 
mesma desde o ureter (epitélio, músculo liso). 
- Não existe uma vascularização específica para a uretra 
feminina; ela é vascularizada pela aa retal média e pela aa 
vesical vaginal; sua drenagem se dá pelas veias homônimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LITÍASE URINÁRIA 
- Litíase: pedra ao longo da via urinária (desde os cálices renais 
até a uretra). 
- Cálculos são formados pela agregação de sais minerais 
presentes na urina localizados na pelve ou em algum cálice 
renal. 
- Incidência de 120-140 casos para cada grupo de 100000; 
atinge mais frequentemente adultos na faixa de 30 a 40 anos; 
predomínio em homens. 
- Fisiopatologia: a supersaturação de uma subtância (ou por 
muita substância ou pouco solvente) causa uma cristalúria, 
formando as placas de Randall (quando os cristais precipitam a 
nível da papila renal). 
- Fatores de risco: sexo masculino, histórico familiar, dietas 
ricas em sódio (muito sódio -> sobra cálcio na urina livre para 
precipitar), excesso de alimentos ricos em cálcio e proteínas, 
pouco liquido na dieta, altas temperaturas (perda de líquido pela 
transpiração), obesidade, HAS, predisposição genética. 
- Os tipos de cálculo são: oxalato de cálcio, hidroxipatita de 
cálcio, ácido úrico, estruvita, cistina. 
- O cálculo começa a ser formado na papila renal; a urina vai 
empurrar o cálculo. 
- Se o cálculo permanecer parado na pelve, o indivíduo fica 
assintomático (exceto quando esse cálculo permanece muito 
tempo, pois ele cresce e favorece a formação de saco de 
cálculo -> a passagem da urina torna-se comprometida; deve-
se realizar nefrectomia total). 
- O ureter apresenta estreitamentos de sua luz ao longo de 
seu trajeto: junção ureteropélvica, cruzamento com os vasos 
ilíacos, junção ureterovesical nos quais os cálculos podem se 
alojar. 
- Cálculos de 5 a 7mm (diâmetro do ureter) podem ser 
expelidos espontaneamente; porém, nas junções fisiológicas 
esses mesmos cálculos podem estacionar e não seguir -> o 
ureter distende e sua inervação leva a informação de dor ao 
SNC -> cólica nefrética, náusea, vômito (nervo vago), dor na 
face interna da coxa e na região genital (dor referida). 
- Se o cálculo não for retirado, ele pode desencadear 
hidronefrose, a qual, por sua vez, pode culminar em 
insuficiência renal. 
 
 
- Quadro clínico: os cálculos renais geralmente são 
assintomáticos, mas quando impactados na pelve ou no ureter 
causam sintomas 
- Obstrução e dilatação da via urinária causam cólica nefrética: 
• Dor lombar intensa (T12 a L3; não há posição de melhora, 
pois o dermátomo é grande, isto é, a extensão da área inervada 
pelo nervo) em cólica, irradiada para flanco, abdome inferior e 
região genital (até vulva ou testículo); 
• Náuseas e vômitos reflexo vagal; sem fatores de melhora à 
dor durando horas; sintomas de cistite ou hematúria. 
-Cistite: inflamação da mucosa não gera dor, pois não é 
inervada; ela causa irritação (urência, urgência miccional, 
polaciúria). 
- Dor renal: cólica nefrética; obstrução pielocaliceal; distenção 
da cápsula renal; sinal de Giordano positivo. 
- Dor ureteral: • Cólica nefrética; • JUP: dor lombar e flanco; 
• Cruzamento das ilíacas: dor lombar e fossa ilíaca; • JUV: dor 
em fossa ilíaca e sintomas de cistite; • Dor referida – SNP 
aferente. 
- O diagnóstico é predominantemente clínico, mas exames 
complementares podem ser realizados: 
• Hemograma; Uréia/Creatinina; Na/K; Sumário de urina; 
• Radiografia de abdômen; Ultrassonografia de vias urinárias; 
Tomografia computadorizada sem contraste (padrão ouro). 
- Tratamento da crise: 
1) Hidratação: formação de mais urina na tentativa de expelir o 
cálculo. 
2) Analgesia potente à opióide (preferência; pode começar com 
dipirona, pelo menos de 2g). 
3) Anti-inflamatório (pois o cálculo arranha e inflama a parede). 
4) Anti-espasmódico (ex. Buscopan composto -> controla a 
peristalse). 
5) Anti-emético (por conta do enjoo). 
6) Antibióticos (apenas se sinais infecciosos). 
7) Bloqueadores alfa-adrenérgico (se ligam aos receptores 
alfa-adrenérgicos, bloqueando-os -> impede o “trancamento” 
da bexiga -> relaxa a musculatura do ureter). 
- Se a dor for refratária ou se houver sinais de infeção ou se 
houver hidronefose -> cirurgia. 
 
 
 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
- Segunda infecção bacteriana mais comum (perde para a do 
trato respiratório). 
- Ocorrem cerca de 150 milhões de ITU sintomáticas/ano no 
mundo. 
- É mais comum em crianças (dificuldade de higiene) e em idosos 
(imunossupressão). 
- É mais comum em mulheres; 48 % das mulheres apresentam 
ao menos um episódio ao longo da vida 
- A mulher possui uretra curta, próxima ao ânus; nela, a ITU é 
mais frequente em idade pré-escolar (10/20 x mais 
frequente); na gestação (refluxo vesicoureteral) e na pós-
menopausa (atrofia da mucosa = menos tecido linfático = menos 
defesa). 
- ITU no homem: primeiro ano de vida; RVU (refluxo 
vesicoureteral). 
- Na idade adulta, o homem conta com fatores protetores: 
prepúcio (sua hipertrofia pode viabilizar uma infecção), jato 
urinário longo, líquido prostático. 
- Após 50/60 anos, a chance de hiperplasia benigna aumenta 
a suscetibilidade à ITU. 
- Infecções não-complicadas: Escherichia coli (75-85%); 
demais Gram-negativos: Klebsiella, Proteus mirabilis; Gram-
positivo: Staphylococcus saprophyticusum 
- Infecções complicadas: gram-negativos (Enterobacter, 
Acinetobacter, Pseudomonas); fungos. 
- A via da bactéria é ascendente: uretra -> bexiga -> ureter -
> rim. 
- A aderência bacteriana é mediada por fímbrias; há produção 
de toxinas e invasão tecidual. 
- Fatores do hospedeiro:mecanismos de defesa (fluxo urinário, 
lactobacilos, proteína Tamm-H) 
- Fatores predisponentes: diabetes, relação sexual, 
espermicida, climatério. 
- Infecção baixa: bacteriúria assintomática; cistite; uretrite; 
infecção alta: pielonefrite. 
- Pessoas com risco de infecções complicadas: portadores de 
diabetes; grávidas; pacientes com IR; litíase, dispositivos (SVD, 
duplo J), que passaram por transplante renal, que são 
imunossupressos, que têm anomalias funcionais e anatômicas. 
- Quadro clínico: 
• Cistite: urgência miccional, urência, poliúria, odor fétido. 
• Pielonefrite: febre, calafrios, dor lombar 
• Idosos: sintomas ausentes / inespecíficos 
• Crianças: dor abdominal, irritabilidade 
- Na história clínica, pesquisar por: número de ITUs por ano / 
tratamentos anteriores; sintomas ginecológicos; atividade 
sexual (frequência, parceiro); uso de antibiótico prévio para ITU 
ou qualquer infecção; hospitalizações prévias; patologia nefro-
urológica; uso de diafragma, espermicida (mulheres); métodos 
de higiene íntima; DM; imunossupressão; instrumentação 
genito-urinária prévia/cateter vesical. 
- O cateter duplo J é inserido para dilatar a via urinária; 
permanece por cerca de três semanas; pode ser um sítio de 
infecção. 
- Exame físico: temperatura axilar; exame abdominal minucioso; 
punho percussão lombar (Sinal de Giordano); exame ginecológico. 
- O diagnóstico é clínico; o diagnostico clinico da cistite tem 
acima de 90% de probabilidade de estar certo. 
- Exames complementares: exame sumário de urina (EAS); 
urocultura com antibiograma; hemograma; exames de imagem; 
glicemia, creatinina, uréia; cistoscopia, uretrocistogria e outros 
conforme cenário clínico.

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