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2
UNIJALES
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES
CURSO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA: DE 1500 ATÉ A PANDEMIA COVID-19
JALES - SP
2021
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA: DE 1500 ATÉ A PANDEMIA COVID-19
Trabalho de Conclusão de Curso requisitado como exigência obrigatória para obtenção de Título de Licenciado em história da UNIJALES – Centro Universitário de Jales sob a orientação do Profº. Esp. Cesar Oliveira dos Santos. 
 						
JALES - SP
2021
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA: DE 1500 ATÉ A PANDEMIA COVID-19
Trabalho de Conclusão de Curso requisitado como exigência obrigatória para obtenção de Título de Licenciado em História da UNIJALES – Centro Universitário de Jales sob a orientação do Profº. Esp. Cesar Oliveira dos Santos. 
 						
 Data da aprovação: ______/______/2021
_____________________________________________________
JALES - SP
2021
 RESUMO
Este trabalho se refere a um estudo sobre a história da educação no Brasil, através de pesquisas bibliográficas buscou-se analisar como o ensino básico chegou ao Brasil, para alcançar o objetivo principal que foi compreender, através da história, a situação da educação pública no Brasil, foi preciso estudar como a educação se deu através dos tempos desde a descoberta e a chegada dos portugueses até os dias atuais. Houveram muitas reformas educacionais, leis, metas e planos afim de contribuir com avanços na educação, melhorias para atender a população, porém muitos foram os empecilhos que não deixou a educação evoluir e atingir a toda população. A questão que norteia esse estudo é, houve evolução na educação básica conhecendo os objetivos e metas desde 1500 até o auge da pandemia do covid-19? Os objetivos específicos são: conhecer a história da educação desde 1500 até hoje; analisar a legislação educacional brasileira; analisar a situação da escola no Brasil em relação às metas propostas pelo PNE e a pandemia Covid-19. A intenção das metas e leis voltadas à educação são prósperas e significativas para alcanças toda a população, porém a pandemia Covid-19, que já atinge o segundo ano, tem atrasado o alcance das metas, tem aumentado a evasão escolar, dificultado o trabalho dos professores gerando dificuldades no ensino brasileiro.
Palavras chave – História. Educação. Pandemia. 
ABSTRAT
This work refers to a study on the history of education in Brazil, through bibliographic research it was sought to analyze how basic education arrived in Brazil, to reach the main objective that was to understand, through history, the situation of public education Brazil, it was necessary to study how education took place through the ages from the discovery and arrival of the Portuguese to the present day. There were many educational reforms, laws, goals and plans in order to contribute to advances in education, improvements to serve the population, but there were many obstacles that did not allow education to evolve and reach the entire population. The question that guides this study is, was there an evolution in basic education knowing the objectives and goals from 1500 until the peak of the pandemic of the covid-19? The specific objectives are: to know the history of education from 1500 until today; analyze Brazilian educational legislation; to analyze the situation of the school in Brazil in relation to the goals proposed by the PNE and the Covid-19 pandemic. The intent of the goals and laws aimed at education are prosperous and significant for reaching the entire population, however the Covid-19 pandemic, which already reaches the second year, has delayed the achievement of the goals, has increased school dropout, hampered the work of the teachers causing difficulties in Brazilian education.
Keywords - History. Education. Pandemic.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: DE 1500 ATÉ OS DIAS ATUAIS	7
2 LEIS EDUCACIONAIS: DO BRASIL COLÔNIA AO SÉCULO XXI	13
2.1 As 20 metas do novo PNE e Estratégias	22
2.2 Plano educacional estadual	38
3 PANDEMIA COVID-19 E AS METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA 2024	40
CONSIDERAÇÕES FINAIS	43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	45
INTRODUÇÃO
Este trabalho busca descrever a história da educação no Brasil desde a época da colônia. Há muita especulação a respeito da educação, mesmo diante de tantas leis, projetos e outros documentos que buscam melhorar a forma de educar, o olhar no passado faz com que os educadores compreendam o porque chegou-se nas condições atuais e o que é possível fazer para obter mais sucesso.
Assim, pergunta-se, houve evolução na educação básica conhecendo os objetivos e metas desde 1500 até o auge da pandemia do covid-19?
A educação é a mudança da sociedade e a formação cultural, social e econômica, sem educação não há mudanças e construções na sociedade. Porém, ao longo dos séculos, a educação no Brasil se mostrou elitista, excludente, mesmo diante de contextos diferentes, a educação, em algumas classes sociais, se apresenta em precárias condições, privando a sociedade de uma educação democrática, transformadora e libertadora. Muitas são as leis em prol à educação, porém nem sempre destinada às classes inferiores, as escolas públicas não se beneficiam das leis como acontece nas escolas de elite.
O principal objetivo deste trabalho é compreender, através da história, a situação da educação pública no Brasil. Os objetivos específicos são: conhecer a história da educação desde 1500 até hoje; analisar a legislação educacional brasileira; analisar a situação da escola no Brasil em relação às metas propostas pelo PNE e a pandemia Covid-19.
Para atingir esses objetivos serão usadas pesquisas bibliográficas e documentais. As pesquisas bibliográficas, de acordo com Fonseca (2002), são aquelas que se faz uso de bibliografias já analisadas, artigos eletrônicos, livros, artigos científicos, assim o pesquisador passa a conhecer o que já foi estudado sobre o assunto. Já a pesquisa documental, não tão diferente da bibliográfica, analisa documentos oficiais, relatórios, tabelas, etc.
O primeiro capítulo desta pesquisa aborda a história da educação no Brasil, os relatos vão desde a chegada dos portugueses no país, passando pelo período Jesuítico, Pombalino, Joanino, Imperial, República Velha, Segunda República, Estado Novo, República Nova, Ditadura e Nova República. O segundo capítulo aqui apresentado analisa a legislação educacional de cada período relatado no capítulo 1 e como foi modificada ao longo do tempo. O terceiro e último capítulo analisa o Plano Nacional de Educação e as metas para 2024 diante da pandemia Covid-19.
1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: DE 1500 ATÉ OS DIAS ATUAIS
Para compreender a educação brasileira é preciso analisar a história do Brasil, uma história onde reina a exploração e violência, preconceito entre as diversas culturas e o privilégio concedido à minoria da população. 
Souza (2018) conta que a chegada dos europeus ao Brasil, na época denominada Terra de Santa Cruz, foi marcada pelo rebaixamento dos índios e a exaltação dos brancos, assim como a vontade de expandir o território e colonizá-lo.
De acordo com Ribeiro (2000), a intenção dos portugueses era explorar as terras brasileiras para obter lucros ao governo português. O rei criou o Governo Geral, cujo objetivo era representar politicamente a colônia e apoiar as capitanias, responsáveis pela exploração de áreas determinadas, tornando viável o processo de colonização.
O interesse era uma colônia de povoamento, de forma com que o cultivo da cana fosse realizado em grandes áreas rurais cultivadas por escravos. Porém, a mão de obra escrava era composta por chucros e agressivos, logo se viu necessário catequiza-los, assim se tornavam mais calmos com a fé cristã, aceitando trabalhar nas lavouras e avançando no processo de colonização.
Logo, a Companhia de Jesus, criada em Portugal com a intenção de vir ao Brasil com o objetivode catequisar e instruir os índios. “A organização escolar na Colônia está como não poderia deixar de ser estreitamente vinculada à política colonizadora dos portugueses” (Ribeiro, 2000, p. 24).
Ribeiro (2000) afirma que os jesuítas educavam os índios de forma que não tivessem opinião própria e nem fossem capazes de criticar o que acontecia ao seu redor, depois de quase 2 séculos este tipo de educação começou a se transformar em uma educação de elite e quem tinha acesso a ela é porque fazia parte de classes sociais mais elevadas.
Haja vista que o ensino não deveria interessar para que exerceria trabalho escravo, mas sim àqueles de altas classes sociais. A instrução aos indígenas já não era mais o objetivo da Companhia de Jesus, tal objetivo se restringia a educação dos filhos dos senhores de engenho e dos colonos (PILETTI, 1991).
Conforme Ribeiro (2000), as instruções cedidas pelos jesuítas eram destinadas aos descentes de colonizadores, os que não faziam parte da nobreza não tinham direito à instrução, mas apenas à catequização.
As escolas jesuíticas alfabetizavam e ainda contavam com o ensino secundário e superior. Essas escolas eram regulamenta por um documento escrito por Inácio Loiola denominado o Ratio at que Instituto Studiorum, Aratangy (2019) explica que o Ratio Studiorum era um manual educativo dos jesuítas, utilizado em todos os colégios. O manual era composto por disciplinas como literatura, história, lógica, matemática, geografia, disciplinas religiosas, entre outras, também continha a metodologia que deveria ser empregada, a premiação aos melhores alunos e o castigo àqueles que não atingissem bons resultados.
Logo, o período Jesuítico durou de 1549 até 1759 e foi o marco inicial da educação brasileira, tendo a primeira escola fundada na cidade de Salvador. O método utilizado pelos jesuítas na escola era o método da repetição, da memorização e provas periódicas. Os jesuítas tinham foco na evangelização, motivo que os levou a serem exilados do Brasil (VILELA, 2009).
Segundo Piletti (1991), em 1759, Sebastião José de Carvalho, conhecido como Marquês de Pombal, primeiro ministro de Portugal, entrou em conflito com os jesuítas devido ao fato deles serem próximos aos índios e tinha receio de que os jesuítas conquistassem poder nas colônias, além dos jesuítas se oporem ao governo português. Logo, Marquês de Pombal expulsa os jesuítas das colônias portuguesas e extingue as escolas existentes nas colônias.
Pombal foi além, proibiu a expansão da cultura indígena, inclusive a língua. Porém, o Marquês não atingiu o objetivo de conquistar o capital necessário para se tornar um país industrial. As escolas estão cada vez mais diminuídas e o Marquês cada vez mais enrijecido quanto à cultura, logo, recorrendo ao Alvará Régio, licença real, a fim de reiniciar o trabalho pedagógico dos jesuítas, dessa forma abria precedentes para que o Estado intervenha e controle todo sistema de ensino (FIGUEIRA, 2005). 
Para Vilela (2009), quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, o sistema educacional empregado foi à decadência. Nas metrópoles, o ensino almejado era público, porém mais moderno, nas colônias, mesmo empregando as Reformas Pombalinas, nada atingia a qualidade do ensino dos jesuítas.
A Reforma Pombalina visava as aulas régias, ou seja, aulas avulsas que não estavam interligadas entre si, de forma que uma não dependia da outra, eram estudos isolados de latim, grego, filosofia e retórica. Apesar das matérias não se interligarem e os professores serem mal preparados, esse foi considerado o primeiro sistema de ensino promovido pelo Estado (VILELA, 2009).
Piletti (1991) afirma que a Reforma Pombalina não foi o suficiente para beneficiar a educação como era no tempo dos jesuítas, no início do século XIX a educação estava em um estado decadente. O período em que o Marquês tentou uma reforma na educação durou de 1760 até 1808 e ficou conhecido como período Pombalino, foi o período marcado pela destruição do sistema de ensino do país.
 Em 1807, de acordo com Ribeiro (2000), a Família Real, comandada por Dom João e sua mãe, a rainha Maria I, fogem da invasão francesa em Portugal, tendo a frente Napoleão Bonaparte e se instalam na colônia portuguesa do Brasil. A comitiva que acompanhava a Família Real era composta de ministros, conselheiros, juízes, oficiais do exército e membros do alto clero, trouxeram também objetos de valor, animais, entre outras coisas necessárias para terem o conforto de Portugal.
Figueira (2005) afirma que com a chegada da Família Real ao Brasil, houve um avanço cultural importante para o país, porém não era toda a população que tinha acesso à cultura e educação, a classe dominante era prioridade na obtenção do ensino e a educação superior foi a que obteve maiores incentivos.
Piletti (1991, p. 41) afirma:
Ao invés de procurar montar um sistema nacional de ensino, integrado em todos os seus graus e modalidades, as autoridades preocuparam-se mais em criar algumas escolas superiores e em regulamentar as vias de acesso a seus cursos, especialmente através do curso secundário e dos exames de ingresso aos estudos de nível superior.
Apesar da ênfase no ensino superior, quando Dom João volta a Portugal, em 1822, seu filho, Dom Pedro I, proclama a independência do Brasil e confere ao povo a primeira Constituição Brasileira, tendo o artigo 179 voltado à educação primária gratuita a todos os cidadãos do Brasil (VILELA, 2009).
Toda a intenção de oferecer educação a todos os cidadãos era falha devido a falta de professores, logo, em 1823, foi instituído o Método Lancaster, que se tratava de um aluno mais experiente que orientava um grupo de 10 alunos. Em 1826 foi decretado graus de instrução nos quais se dividiram em escolas primárias, liceus, ginásios e academias (VILELA, 2009). 
Em 1827, foi criada a Faculdade de Direito em Olinda e São Paulo. Depois disso, Dom Pedro I abdica do seu posto e quem passa a governar o país foram as regências, nesse período foi instituído o ato adicional de 1834 e a constituição de 1891, ambas não davam alicerce necessário para a educação pública tornando o ensino cada vez mais destinado apenas à elite com foco no ensino secundário e superior e para as classes populares era destinado um ensino primário defasado e profissional (RIBEIRO, 2000).
A partir de 1889 instala-se a República Velha que, em relação ao ensino, é aplicada a Reforma de Benjamin Constant, voltada aos princípios orientadores, libertários e laicos, e afirmava a gratuidade da escola primária. Os principais objetivos desta reforma era formar alunos para os cursos superiores e substituir a predominância literária pela científica. Em 1911, outra Reforma foi instaurada na República Brasileira, a Reforma Rivadávia Correa, na qual pregava o ensino secundário como fase para formar cidadãos e não apenas prepara-los para o ensino superior. Esta reforma não foi bem sucedida dando lugar a Reforma João Luiz Alves que tinha como principal objetivo cessar os protestos estudantis. Nessa época ocorreram vários eventos como o Movimento dos 18 do Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista do Brasil (1922), a Rebelião Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927) (VILELA, 2009).
Na década de 30 o Brasil passa a investir com mais afinco na produção industrial, com isso é necessário mãos de obra especializada, logo há investimento na educação, foi nessa época a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Devido ao trabalho ministerial, em 1932 houve o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1934 foi escrita a Nova Constituição que dá direito a todos terem ensino, seja ministrado pela família ou pelos poderes públicos. Ainda em 1934, a Universidade de São Paulo foi criada. Em 1937, a nova Constituição visa o ensino pré-vocacional e profissional, também deixa livre o ensino, a arte e a ciência excluindo o Estado do dever de proporcionar a educação gratuita. Porém, mantem gratuito e obrigatório o ensino primário (VILELA, 2009).
Na República Nova que vai de 1946até 1963, uma nova Constituição foi estabelecida para a educação, sendo obrigatório o ensino primário e dando direito a todos pelo ensino básico. Em 1961, a lei 4024 foi promulgada como a primeira Lei de Diretrizes e Bases - LDB estabelecendo planos e projetos para o ensino primário, composto por 4 séries podendo se estender até 6 séries. O objetivo desse nível de ensino, conforme o artigo 25 da lei 4024, era: “O ensino primário tem por fim o desenvolvimento do raciocínio e das atividades de expressão da criança, e a sua integração no meio físico e social” (BRASIL, 1961).
Já o artigo 27 da Lei 4024 tratava da obrigatoriedade das crianças a partir de 7 anos de idade a frequentarem o ensino primário. A LDB de 1961 apontava ideias democráticas e universais, porém, com o golpe de Estado ocorrido em 1964, tais ideais deram lugar para a repressão, as classes dominantes tinham o privilégio a um ensino de qualidade, restando para as classes dominadas a educação visando o preparo de mão de obra (PILETTI, 1991).
Ainda na década de 60, Vilela (2009) afirma que foi criado o vestibular classificatório e o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, com o intuito de acabar com o analfabetismo no país. O movimento não surtiu o efeito desejado, criando-se a Fundação Educar. Em 1971, é promulgada a LDB nº 5692 visando uma educação de cunho profissionalizante.
A Lei nº 5.692/71 reformulou o ensino de 1º e 2º graus; foi aprovada sem participação popular, promoveu mudanças como: 1º grau de 8 anos dedicado à educação geral; o 2º grau (3 a 4 anos) obrigatoriamente profissionalizante; até 1982, aumentou o número de matérias obrigatórias em todo o território nacional, as disciplinas mais reflexivas deixaram de serem ministradas no 2º grau (PILETTI, 1991).
Em 1986, final da Ditadura Militar, a educação estava totalmente voltada para caráter político, logo muito havia a se fazer para que a educação tivesse cunho pedagógico. Em 1988, a Constituição afirma: “cuida da educação e do ensino de maneira especial com referência aos direitos, aos deveres, aos fins e aos princípios norteadores” (SANTOS, 1999, p. 31).
Em 1996, foi promulgada a nova LDB nº 9.394 que assegura uma educação gratuita e de qualidade, formando um cidadão consciente e crítico, pronto para viver em sociedade. No mesmo ano é elaborado os Parâmetros Curriculares Nacionais, a fim de reestruturar os currículos escolares do país. 
Em 2001, o Plano Nacional da Educação visava melhoras na educação entre 2001 e 2010, entre elas a ampliação para 9 anos o ensino fundamental obrigatório com início aos 6 anos de idade
De acordo com Cury e Ferreira (2010), as crianças entre 4 e 17 anos de idade deveriam frequentar a escola, pois assim determina a legislação, porém esses jovens estão matriculados nas escolas, mas não frequentando e aprendendo. Assim, segundo os autores, “universalizamos a matrícula, mas não o ensino” (p. 140), ou seja, não é suficiente estar na escola, é também necessário que as crianças e adolescentes aprendam, avancem em suas aprendizagens.
A educação brasileira teve grandes mudanças na sua jornada, nos últimos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2015), o orçamento público para o setor cresceu de 3,8% em 1994 para 5,6% em 2014. Ainda de acordo com o IPEA, na década de 80, uma média de 25% de crianças entre 7 e 14 anos de idade não frequentavam a escola, na primeira década de 2000 esse número ficou entre 2 e 15% (DUQUE, 2018).
A qualidade de ensino também mostrou melhoras, na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA aplicada em 2000 e 2009, os alunos brasileiros demonstraram excelentes performances, conforme informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (2011) (DUQUE, 2018).
Porém, mesmo com significativos avanços, a situação da educação no país ainda se encontra em situação precária, os gastos são altíssimos e os avanços nem tanto, os investimentos são altos, mas não tem retorno se tratando de qualidade.
Houve avanços na educação brasileira, principalmente no que tange a obrigatoriedade da gratuidade do ensino fundamental e médio, sendo obrigação dos pais de orientar seus filhos e enviá-los para escola e dever do Estado de oferecer um ensino de qualidade, além de facilitar o acesso e permanência da criança à escola. 
Visualizando toda essa história da educação no Brasil, pode-se dizer que há vários problemas desde a época dos jesuítas até hoje em dia, o difícil acesso das crianças de classes sociais mais baixas, a desvalorização dos professores, seja pela baixa remuneração ou pela falta de cursos de especialização ou até mesmo pelo difícil acesso a cursos superiores. Há leis que regem a educação no Brasil, leis que atravessam uma história de mais de 500 anos, muito se evoluiu, mas ainda não é valorizada como se prevê.
2 LEIS EDUCACIONAIS: DO BRASIL COLÔNIA AO SÉCULO XXI
Como visto no capítulo anterior, a legislação educacional no Brasil não era tão enfatizada até a Proclamação da República. Foi então que a legislação fez-se necessária, porém apenas no século XX se intensificou.
De acordo com Ramos (2011), no período colonial a educação não era prioridade, logo não era necessária uma legislação para guiar a educação. O interesse do governo português era apenas que os índios se tornassem civilizados a ponto de prestar serviços escravos nas colônias, entretanto essa educação vinha cheia de restrições para que os portugueses não perdessem o controle social e político.
Mesmo assim, foi necessário instalar uma legislação educacional para que tivesse organização na educação, os jesuítas introduziram leis educacionais no Brasil que durou até a Reforma Pombalina, em 1759. A educação continuou voltada para as classes dominantes e para a formação dos trabalhadores, porém, em 1823, a Carta Constitucional previu a inserção de escolas públicas nas cidades do país. Entretanto, este projeto não teve evolução positiva, pois a legislação não garantia uma educação pública e gratuita por parte dos governantes. Outro empecilho era a qualidade dos professores, não havia quantidade suficiente de professores habilitados para o ensino de ciências, letras e artes. Assim, as primeiras escolas normais começam a surgir no país (SOBRINHO, 2011).
Em 1834, o Ato Adicional da lei 16 incumbe as Assembleias Provinciais a legislarem sobre a educação primária e secundária e o Governo Imperial responsável pelo ensino superior. Apesar da missão delegada às Assembleias Provinciais, a educação ainda não era interesse do governo (SOBRINHO, 2011). 
Em 1879, através do decreto nº 7247, foi possível desvincular a educação da legislação portuguesa e jesuíta, porém ainda há amarras com o poder econômico e social. O decreto nº 7247/1879 dá liberdade ao ensino, obrigatoriedade do ensino primário a meninos e meninas de 7 até 14 anos de idade, há a criação do jardim da infância e das escolas profissionalizantes, plano de estudos para escolas normais e fundação de bibliotecas e museus (SOBRINHO, 2011). 
Em 1891, a Constituição da República repete o modelo do Ato Adicional nº 16/1879 dando o poder da educação aos Estados e isentando a República de qualquer responsabilidade ligada ao ensino. 
Na década de 1910, mais precisamente em 1911, a Reforma Rivadávia Correia, executada pelo ministro da justiça do governo Hermes da Fonseca, Rivadávia Correia foi o responsável pela Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental, aprovada pelo Decreto nº 8.659, de 5 de abril de 1911. Lei que eliminava o exame de madureza e a equiparação dos estabelecimentos de ensino secundário ao Colégio Pedro II. Assim, passou a não existir os certificados de conclusão do Colégio Pedro II e também extinto os exames preparatórios para as faculdades, tornando o acesso ao estudo superior através de exames de admissão (SCHUELER, MAGALDI, 2008). 
Em 1915, a Reforma Maximiliano, onde Carlos Maximiliano retomou certas decisões tomadas na Reforma Rivadária e estabeleceu outras determinações. Alguns dos pontos principais da ReformaMaximiliano foram: a) foram restaurados os certificados de conclusão do curso secundário expedidos pelo Colégio Pedro II do Rio de Janeiro, reconhecidos pelo governo federal; b) foi reinstituída a possível equiparação de outros estabelecimentos de ensino ao Colégio Pedro II, desde que fossem estabelecimentos públicos estaduais; c) foram reinstituídos os exames preparatórios parcelados, pelos quais os estudantes não matriculados em escolas oficiais poderiam obter certificados de estudos secundários reconhecidos pela União; d) foi mantida da reforma anterior apenas a eliminação dos privilégios escolares (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Além de possuir um certificado de conclusão reconhecido pela União ou um certificado de aprovação nos exames preparatórios, para entrar no curso superior o aluno teria que prestar também um exame vestibular. A Reforma Carlos Maximiliano, portanto, reoficializou o ensino, restabelecendo a interferência do Estado eliminada pela reforma anterior (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Em 1920, tem-se o marco do início das políticas educacionais, época em que nomes como Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira se tornam conhecidos devido o fundamento da escola nova. 
De acordo com Monlevade (2012), as escolas eram voltadas para a elite do país, os alunos frequentavam internatos ou semi-internatos, entretanto, na década de 1920, viu-se a necessidade de expandir os estudos para a população em geral, pois na época havia expansão agroindustrial e o desenvolvimento das cidades, assim a população precisava de instrução para colaborar com tanta expansão, todavia, as escolas de período integral não suportava tantos alunos, logo a carga horária das escolas foi se adequando às novas situações para capacitar toda a demanda.
Essa fase foi denominada Primeira República e a educação ficou marcada por novas políticas, as características jesuíticas já não faziam mais parte do ensino brasileiro, agora o método de ensino tem característica social e política. As reformas educacionais da Primeira República se resumem em três objetivos, conforme Ficanha (2014):
1. oferecer instrução pública e gratuita à classe trabalhadora, para que pudesse dominar as novas formas de trabalho que se constituirá a partir da passagem do modelo de produção colonial para o agrário industrial;
2. prioridade de acrescentar à instrução a inserção de valores morais para a melhoria da cultura da população, que deixa de viver no campo e vem para as cidades, em busca de melhores condições de vida, levantando necessidade de uma educação com base na moralização e, em consequência disso;
3. o caráter elitista emanado das reformas educacionais, considerando a escola como um lócus propício para justificar politicamente a separação da sociedade em classes e, contribuindo para manter cada qual em seu respectivo lugar na hierarquia social.
A primeira reforma educacional da Primeira República ficou conhecida como Reforma Sampaio Dória cujo objetivo era aumentar o acesso à escola a fim de erradicar o analfabetismo, pois o analfabetismo era visto como um obstáculo para o progresso do país (CARVALHO, 2000).
 A sociedade brasileira era elitista, assim o ensino para a população em geral não era valorizado, a educação não estava à disposição de todas as classes sociais, logo a reforma de Dória fracassou e novas reformas surgiram com o intuito de não apenas o aprendizado da leitura e da escrita, mas aptidões físicas com um currículo diferenciado, capaz de “educar o corpo e harmonizar o espírito por meio de exercícios físicos: o desenho, os trabalhos manuais, os jogos, o escotismo e a ginástica sueca” (CARVALHO, 2000, P. 235).
O projeto da Reforma de Dória tinha como objetivo alfabetizar em massa as crianças do estado em um curso primário reduzido a dois anos de duração e a duas horas e meia de aulas diárias. Com tais medidas acreditava-se no aumento do número de vagas e na aceleração do processo de alfabetização e de escolarização pública (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Em 1922, Antônio Arruda Carneiro Leão, realizou a Reforma Educacional Carneiro Leão tanto no Rio de Janeiro como em Pernambuco. A Reforma Carneiro Leão pregou uma escola básica fraca, destinada às classes populares e sob a responsabilidade dos municípios e dos estados, e um ensino secundário e superior destinado às elites, patrocinado pelo governo federal. O início do século XX foi marcado pela industrialização da sociedade, sendo assim a formação tinha q ser voltada para a industrialização e urbanização. A Reforma deveria ser conduzida pela educação moral e cívica, educação profissionalizante e orientação científica. A educação deve ser voltada para o trabalho agrícola, comercial e industrial (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Também em 1922, a Reforma Lourenço Filho, realizada no Ceará, tinha como objetivo reverter a situação de caos que se encontrava a educação cearense, havia professores semianalfabetos, falta de escolas e uma taxa de analfabetismo de 80%. Logo, uma das primeiras medidas foi a reforma do curso normal para melhor formação dos professores, também inseriu a inspeção escolar, relacionou a comunidade escolar e aplicou métodos de avaliação com testes de inteligência (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Em 1925, houve a Reforma Rocha Vaz. Rocha Vaz foi professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e seus principais atos forma a criação da disciplina de educação moral e cívica, a continuidade do Colégio Pedro II e sua equiparação apenas aos estabelecimentos de ensino secundário estaduais. Rocha Vaz também estabeleceu um curso ginasial de seis anos, sendo obrigatório e presencial. No mesmo ano, Francisco Marques de Góis Calmon, governador da Bahia, tomou medidas inovadores contratando jovens com formação acadêmica para a administração do seu governo. Nessa administração Calmon designou a Anísio Teixeira como diretor geral de ensino e Nestor Duarte como diretor administrativo. A lei nº 1846/ 1925 dispunha de um ensino obrigatório e gratuito e, na Bahia, o objetivo do ensino era a educação física, intelectual e moral do indivíduo de modo a formar homens aptos para a vida em sociedade (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
Em 1927, a Reforma Francisco Campos e Mário Casassanta em Minas Gerais que teve como foco a orientação e concentração nos esforços no ensino público, principalmente na formação e qualificação de professores e na reestruturação do curso normal. A reforma tratou de todos os itens essenciais à reestruturação do ensino primário, desde o estabelecimento de disciplinas, definição de horários, preparação dos professores, até orientações de cumprimento disciplinar e de formação moral e cívica (SCHUELER, MAGALDI, 2008).
No final da década de 1920, ainda houve a Reforma Educacional do Distrito Federal desenvolvida por Fernando de Azevedo cujo objetivo eram os planos de construções escolares, o decreto nº 328/ 1928 previu instituição do ensino técnico profissional, do ensino primário e do ensino normal, com o intuito de preparar gerações para a vida social. 
Em 1928, Carneiro Leão organizou sua segunda reforma da educação criando a Diretoria Técnica de Educação que tinha como objetivo dirigir e orientar a política educacional do estado. Em 1930, houve a criação do Ministério da Educação e Saúde. (SCHUELER, MAGALDI, 2008)
Em 1934, o então presidente da República, Getúlio Vargas, promulgou a constituição, onde a educação de ensino primário passou a ser gratuito e obrigatório, além de se tornar competência da união e também o plano nacional da educação e fiscalizá-lo para que possam ser traçadas as diretrizes da educação (MORAES, 2019).
A constituição da Era Vargas foi promulgada em 1934, entretanto a lei que diz respeito ao ensino primário teve aprovação em 1946, esta lei diferenciou o ensino fundamental do supletivo, além de preparar o aluno para a vida cultural, familiar e profissional. O ensino secundário foi aprovado em 1942 pela Reforma Capanema, onde são criados o INEP, SENAI e SENAC, todos com o objetivo para preparar o cidadão para o ensino superior (MORAES, 2019).
Em 1961, foi sancionada a Leide Diretrizes e Bases – LDB nº 4024, a primeira no Brasil. A década de 1960 foi marcada pelo golpe de Estado, ou seja, os militares tomaram conta do governo brasileiro, e em 1968 reformularam a LDB nº 4024/61 dando origem a LDB nº 5540/68 que trazia alterações no ensino superior (SAVIANI, 2008).
A educação básica não foi favorecida nessas duas primeiras leis sendo necessário novas reformulações onde, o atual ensino fundamental e médio, passaram por reformas e então sancionada a lei n° 5692/71 com denominação de 1° e 2° graus (SAVIANI, 2008). 
Em 1988 foi promulgada a constituição Federal, no que diz respeito à educação, a constituição de 1988 diz:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação (BRASIL, 1988).
Vários projetos foram levados a discussões pelos deputados a fim de valorizarem a educação pública, até que em sessão realizada na data de 17 de dezembro de 1996, foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases e sancionada pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 20 de dezembro de 1996 a lei n° 9394/96 (SAVIANI, 2008).
Essa lei trouxe autonomia às instituições de ensino e às secretarias de educação municipal e estadual, descentralizando o poder de decisões da união, podendo as ações serem adequadas com o local e a realidade da escola. É uma lei que regulamenta a educação nacional de forma eficaz, mas ainda não é capaz de atender as necessidades de melhorias da educação nacional. Ainda há muito interesse político e social por traz da formulação e concretização das leis. A elite nacional ainda interfere nas decisões governamentais, tanto que a educação brasileira não tem sido favorecida de forma efetiva (SAVIANI, 2008). 
A Lei de Diretrizes e Bases – LDB n° 9394/ 96, sancionada pelo governo federal traz as diretrizes educacionais a serem seguidas no país. A LDB n° 9394/ 96 é composta por 92 artigos que versam do ensino infantil ao ensino superior. Em 2009, a lei 12.013 altera a LDB de 1996, as principais alterações estão apresentadas na tabela 1:
Tabela 1: Comparação entre a Lei de Diretrizes e Bases de 2009 e 1996
	Lei 12.013 (DOU 07/08/2009) - altera a LDB nº 9394/ 1996
	Nova redação
	Como era
	Art. 12 (...) 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
	Art. 12 (...) 
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
	Art. 61
Consideram-se profissionais da 
 educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: 
I - professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; 
II - trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. 
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: 
I - a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; 
II - a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço; 
III - o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.
	Art. 61
A formação de profissionais da
educação, de modo a atender aos
objetivos dos diferentes níveis e
modalidades de ensino e às
características de cada fase do
desenvolvimento do educando, terá
como fundamentos:
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; 
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
	Art. 20 (...) 
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade;
	Art. 20 (...)
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade;
 Fonte: Lei de diretrizes e bases, com grifos das autoras.
Saviani (2008) corrobora a respeito do Plano Nacional de Educação, no início de 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso, de acordo com a lei nº 10.172, são estabelecidas metas e diretrizes para educação brasileira a serem cumpridas no prazo de 10 anos, assim a estrutura se dividiu em três momentos:
1. Diagnóstico da situação.
2. Enunciado das Diretrizes a serem seguidas.
3. Formulação dos objetivos e metas a serem atingidos progressivamente durante o período de duração do plano.
O PNE (2001) consolida um desejo e um esforço histórico de mais de 60 anos e suas competências são: 
aos atuais dirigentes prosseguir essa trajetória da educação, consolidando o estágio atual e formulando o próximo. A elaboração dos planos estaduais e municipais constitui a nova etapa, expressando em cada ente federado, os objetivos e metas que lhe correspondem no conjunto e em vista de sua realidade, para que o País alcance o patamar proposto no Plano Nacional no horizonte dos dez anos de sua vigência. (PNE, 2001, p. 13).
Gomes (2007, p. 55) sintetiza os objetivos do PNE (2001):
O progresso da escolaridade da população, bem como, a melhoria da qualidade de ensino da educação; o acesso de todos na educação pública, a fim de diminuir as desigualdades sociais e a aquisição da gestão democrática no ensino público, fundamentando a participação dos educadores na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação da comunidade nos conselhos escolares. Além disso, a autora ressalta que o mesmo documento propõe metas e diretrizes na melhoria da infraestrutura de prédios escolares, em instrumentos e materiais pedagógicos, visando à qualidade de ensino, na formulação das propostas pedagógicas, propiciando a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e nos conselhos escolares, bem como formulação em seus planos de carreiras e remuneração.
Na avaliação de Saviani (2008, p. 275), o texto do PNE/2001 peca pelo exagero de metas (295 no total) numa média de aproximadamente 27 metas para cada área abordada, o que caracteriza um alto índice de dispersão e perda do senso de distinção entre o que é principal e o que é acessório. Quanto ao financiamento e gestão, haveria aumento nos recursos e investimentos se não fosse o veto de algumas metas pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. 
Saviani (2008) afirma que os recursos financeiros é o básicopara as outras metas do plano ter sucesso, “sem que os recursos sejam assegurados, o Plano todo não passará de uma carta de intenções”. (2008, p. 278)
Ao fim dos 10 anos propostos no PNE verificou-se muitas falhas e não cumprimento de metas, não houve fiscalização nem empenho dos governos federal, estadual e municipal. 
Em abril de 2010, foi realizada a Conferência Nacional de Educação (CONAE), a fim de corrigir a PNE 2001/2010 e formular um novo PNE. Parte do fracasso dos planos educacionais é responsabilidade da população. Não há cobrança ao governo, as pessoas são acomodadas e para o governo é mais interessante a sociedade submissa e a única arma contra a submissão é a educação. O Manifesto, na década de 30, já tinha como objetivo uma sociedade mais democrática.
O PNE 2001-2010 não teve o investimento necessário para que se cumprissem as diretrizes e metas, logo, ao final desses dez anos, a elaboração de novos planos começaram a ser discutidas em conferências nacionais, estaduais e municipais. O CONAE – Conferência Nacional de Educação, um movimento que ocorreu no final de março e início de abril de 2010 que reuniu a sociedade política e civil ligado à educação para discutir o rumo da educação brasileira, desde o ensino infantil até a pós-graduação. A partir dessa conferência foi redigido o Plano Decenal Nacional de Educação 2011 - 2020 que na tramitação na câmara e no senado foram feitas emendas e algumas modificações no texto.
O novo Plano decenal nacional de educação 2011-2020, apresentado como projeto de lei n° 8.035 de 2010, está estruturado em 10 diretrizes e 20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. 
O Art. 2º do projeto de lei se refere especificamente as diretrizes para a educação brasileira no próximo decênio: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais; IV - melhoria da qualidade do ensino; V - formação para o trabalho; VI - promoção da sustentabilidade sócio ambiental; VII - promoção humanística, científica e tecnológica do país; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto; IX - valorização dos profissionais da educação; X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. (BRASIL, 2010).
 
A primeira diretriz da nova PNE é a respeito do analfabetismo. Esse problema rodeia as leis educacionais desde os primórdios. A tabela 1 mostra taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos de idade ou mais entre 2007 e 2013.
Tabela 2: taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos de idade no Brasil entre 2007 e 2013
	Por sexo
	2007
	2008
	2009
	2011
	2012
	2013
	Total %
	10,1
	10,0
	9,7
	8,6
	8,7
	8,5
	Homens %
	10,4
	10,2
	9,8
	8,8
	9,0
	8,8
	Mulheres%
	9,9
	9,8
	9,6
	8,4
	8,4
	8,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007/2013.
Ainda é um número muito grande de analfabetos no país, a meta é extinguir o analfabetismo até 2020. 
2.1 As 20 metas do novo PNE e Estratégias
As metas não são passíveis de punição caso não sejam cumpridas, isso faz com que sua efetivação possa não ser real. Outra preocupação são as metas que devem ser cumpridas pelos municípios, há muita diferença social entre os municípios do país, principalmente as regiões norte e nordeste possuem municípios muito pobres que não serão capazes de investir e cumprir as metas propostas no PNE.
A seguir, um resumo das metas e estratégias da Lei nº 13005/2014 por Luiz Gonzaga de O. Pinto (2015):
Meta 1 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Resumo das estratégias:
Regime de colaboração entre União, Estados e Municípios para se conseguir a expansão; reestruturação e aquisição de equipamentos para a rede pública de educação infantil com vistas à melhoria da rede física de creches e pré-escolas; formação continuada de professores para a educação infantil estimulando a pós-graduação de parte deles, a fim de incorporar os avanços das ciências no atendimento da população de 4 a 5 anos; fomentar o atendimento  das crianças do campo na educação infantil assim como a de indígenas, sem alterar seus usos e costumes; atender aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação por meio da transversalidade da educação especial na educação infantil.
Meta 2 - Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.
Resumo das estratégias:
Acompanhamento individual dos alunos com dificuldade de aprendizagem; garantia de acesso e permanência do alunado que recebe o bolsa família, procurando identificar motivos de ausência, baixa frequência e evasão; busca de crianças fora da escola; garantia de transporte  aos alunos de zonas rurais pela aquisição de veículos para esse fim; programa de aquisição de equipamentos para escolas rurais; programas de formação de pessoal especializado, produção de material didático e currículos para comunidades indígenas; compatibilização do calendário escolar com a realidade local e condições climáticas da região; promover o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e aumento do número de computadores/alunos nas escolas da rede pública.
Meta 3 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Resumo das estratégias:
Programas e ações de diversificação curricular do ensino médio incentivando abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões temáticas apoiado por meio de aquisições de equipamentos e laboratórios, produção de material didático e formação continuada de professores; corrigir defasagens de alunos egressos do ensino fundamental por meio de acompanhamento individual do alunado e de aulas de reforço; utilizar o ENEM para o acesso ao ensino superior; integrar o ensino profissional com o propedêutico para as populações rurais, dos povos indígenas e quilombolas; ampliar a oferta do ensino profissionalizante por meio de parcerias com entidades privadas do sistema S – SESC, SENAC, SESI etc; estimular a expansão do estágio para estudantes do ensino profissional técnico de nível médio visando o aprendizado de competências próprias da atividade profissional; acompanhamento e monitoramento do acesso e permanência  na escola por parte de beneficiários do bolsa família; busca da população de 15 a 17 anos fora do ensino médio assim como prevenir evasão motivada por preconceito e discriminação à orientação sexual ou à identidade de gênero; universalizar o acesso à rede de computadores em banda larga de alta velocidade; atendimento a toda demanda por ensino médio.
Meta 4 – Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na rede regular de ensino.
Resumo das estratégias: Extensão de dotações do Fundeb aos alunos que recebem educação especial; fomentar a formação continuada de professores de educação especial; ampliar a oferta de vagas de educação especial nas redes públicas; programa nacional de acessibilidade nas escolas públicas  para adequação arquitetônica; oferta de transporte, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva e oferta de educação bilíngue em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS; promover a articulação entre o ensino regular e a especializada por meio das salas de recurso multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas.
Meta 5 - Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade
Resumo dasestratégias:
Estruturação do ensino fundamental de 9 anos com foco na organização de ciclo de alfabetização com duração de três anos; dotar as escolas de infraestrutura material para a consecução da meta: quadra poliesportivas, laboratórios, cozinha, refeitório, banheiros e outros, bem como a produção de material didático pertinente; apoiar a alfabetização das populações indígenas.
Meta 6 - Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Resumo das estratégias: Garantir sete ou mais horas diárias ao alunado durante o ano letivo, buscando atender a pelo menos metade dos alunos matriculados nas escolas contempladas pelo programa; dotar essas escolas de completa infraestrutura, para que possam levar adiante o programa, assim como produzir os materiais didáticos necessários para a educação em tempo integral; buscar a articulação dessas escolas com instituições que permitam o crescimento intelectual do alunado: bibliotecas, museus, centros comunitários, parques, teatros etc.; estender, no que couber, a escola de tempo integral na zona rural.
Meta 7 - Atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB, conforme tabela 2:
Tabela 3: Médias a atingir até 2021
	IDEB
	2015
	2017
	2019
	2021
	Anos iniciais do ensino Fundamental
	5,2
	5,5
	5,7
	6,0
	Anos finais do Ensino Fundamental
	4,7
	5,0
	5,2
	5,5
	Ensino Médio
	4,3
	4,7
	5,0
	2,5
Fonte: Ministério da Educação (2015)
Resumo das estratégias: 
Apoio técnico e financeiro voltados para a melhoria da gestão educacional, à formação de professores e de pessoal operacional e da melhoria da infraestrutura escolar; acompanhar e divulgar bianualmente os resultados do IDEB nos sistemas de ensino da União, Estados e Municípios; assistência técnica e financeira às escolas que não consigam atingir os respectivos IDEBs; aprimorar os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental e incorporar o exame nacional de ensino médio ao sistema de avaliação da educação básica; garantir o transporte gratuito para todos os estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação da frota de veículos; selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para o ensino fundamental e médio, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas; fomentar tecnologias educacionais e inovações das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino que assegurem a melhoria da aprendizagem do alunado; apoiar a gestão escolar mediante a transferência direta de recursos à escola; outras estratégias voltadas para a necessária infraestrutura material e humana que propicie atingir as médias estabelecidas no quadro acima: atendimento ao estudante em todas as etapas da educação básica, aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos às escolas, políticas de combate a violência, políticas de inclusão e permanência na escola; garantir o ensino da história e cultura afro-brasileira; ampliar a educação no campo, a quilombolas e indígenas; repasse de verbas aos Estados e Municípios que tenham aprovado leis específicas para instalação de conselhos escolares ou órgãos colegiados equivalentes nos quais participem as comunidades escolares; atendimento à saúde do alunado; confrontar os resultados do IDEB com o PISA para comparar o desempenho de nosso alunado com os das áreas afluentes do globo.
Meta 8 - Elevar a escolaridade média da população  de 18 a 24 anos de modo a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Resumo das estratégias:
Programas e tecnologias para a correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial, priorizando estudantes dessas faixas etárias com rendimento defasado de acordo com segmentos populacionais considerados; fomentar programas de educação de jovens e adultos que estão fora da escola e com defasagem idade e série; garantir acesso gratuito a exames de certificação e conclusão dos ensinos fundamental e médio; fomentar a expansão da oferta de matrículas de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical concomitante ao ensino público para os segmentos considerados; acompanhar e monitorar o acesso à escola desses segmentos populacionais, identificando os motivos de ausência e baixa frequência, colaborando com Estados e Municípios para a solução dos problemas de frequência e evasão; promover a busca de crianças fora da escola ligadas aos segmentos populacionais considerados.
Meta 9 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2010, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Resumo das estratégias:
Oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica; promover chamadas públicas  regulares de jovens e adultos e avaliação de alfabetização por meio de exames que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com mais de 15 anos; em articulação com a área da saúde, atendimento oftalmológico e fornecimento de óculos para estudantes da educação de jovens e adultos.
Meta 10 - Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Resumo das estratégias:
Manter programa nacional de educação de jovens e adultos com vistas à conclusão do ensino fundamental e a formação profissional inicial, estimulando a conclusão da educação básica; expansão das matrículas na educação de jovens e adultos a fim de articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador; fomentar a integração da EJA com a educação profissional, em cursos planejados de acordo com as características e especificidades do público da EJA, incluindo a educação a distância; aquisição de equipamentos e melhoria na rede física da EJA; produção de material didático, currículos e metodologias especificas para avaliação e formação continuada de docentes da EJA; assistência social e financeira aos estudantes da EJA que contribuam para o acesso e permanência, a aprendizagem e a conclusão da EJA; diversificação curricular do ensino médio para jovens e adultos, preparando-os para o mundo do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania numa unidade escolar com plena infraestrutura.
Meta 11 - Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Resumo das estratégias:
Expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível médio nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com a interiorização da educação profissional; expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais de forma presencial e a distância; programas de reconhecimento de saberes para fins de certificação profissional em nível técnico; ampliar a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio pelas entidades privadas do sistema sindical (Sistema S); expandir o financiamento estudantil de nível médio oferecido em instituições privadas de educação superior; institucionalizar o sistema de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de nível médio das redes pública e privada; oferta de ensino profissional aos povos indígenas e do campo, se for de seu interesse.
Meta 12 - Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurandoa qualidade da oferta.
Resumo das estratégias: sem resumo, por tratar-se de educação superior.
Meta 13 - Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.
Resumo das estratégias: sem resumo, por tratar-se de educação superior.
Meta 14 - Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 mestres  e 25.000 doutores.
Resumo das estratégias: sem resumo, por tratar-se de educação superior.
Meta 15 - Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Resumo das estratégias:
Diagnóstico das necessidades de formação de profissionais do magistério e da capacidade de atendimento por parte de instituições públicas e comunitárias de educação superior existentes nos Estados, Municípios e Distrito Federal, e definição das obrigações recíprocas entre os partícipes; financiamento estudantil aos matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), na forma da lei 10.861/04, com amortização quando na docência na rede pública; iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, incentivando a formação profissional do magistério para atuar na educação básica pública; utilização da informática para organizar a oferta de matriculas em cursos de formação inicial e continuada de professores, divulgação e atualização dos currículos eletrônicos dos docentes; política nacional  de formação e valorização dos profissionais da educação, de forma a ampliar a formação em serviço; reforma curricular dos cursos de licenciatura, dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática geral;  implementação das respectivas diretrizes curriculares; valorizar o estágio nos cursos de licenciatura visando a conexão  entre formação acadêmica e as demandas da rede pública de educação básica; cursos e programas especiais aos formandos em curso normal não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício.
Meta 16 - Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a todos a formação continuada em sua área de atuação.
Resumo das estratégias:
Dimensionamento da demanda por formação continuada fomentando a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior articulada às políticas de formação dos Estrados, Distrito Federal e Municípios; consolidar sistema nacional de formação de professores, definindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação; consolidar Portal Eletrônico para subsidiar o professor na preparação de aulas, disponibilizando gratuitamente roteiros didáticos e material suplementar;  planos de carreira para os profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e Municípios; licenças para qualificação em nível de pós-graduação stricto sensu.
Meta 17 - Valorizar o magistério público da educação básica, a fim de aproximar o rendimento médio do profissional com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Resumo das estratégias:
 Fórum permanente, com representação da União, de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial profissional dos profissionais do magistério público da educação básica e acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores, com base nas pesquisas do IBGE; implementação gradual, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de jornada de trabalho cumprida em apenas um estabelecimento de ensino.
Meta 18 - Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Resumo das estratégias:
Estruturar os sistemas de ensino buscando atingir em seu quadro de profissionais 90% de servidores efetivos via concurso público; valorização do estágio probatório como condição para a efetivação; prova nacional de admissão de docentes, subsidiando os concursos de admissão pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; oferta de cursos técnicos para formação de funcionários de escola, assim como sua formação continuada; censo dos funcionários da escola da educação básica; priorizar o repasse de transferências voluntárias  para os Estados, Distrito Federal e Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de carreira para os profissionais da educação.
Meta 19 - Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Resumo das estratégias:
Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica prevendo a observância de critérios técnicos de mérito e desempenho e a processos que garantam a participação da comunidade escolar preliminares à nomeação comissionada de diretores escolares; aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos de diretores escolares.
Meta 20 - Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de sete por cento do produto interno bruto do País.
Resumo das estratégias:
Garantir fonte de financiamento permanente e sustentável para todas as etapas e modalidades da educação pública; aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário – educação; destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino; fortalecer os mecanismos e os instrumentos que promovam a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação; definir o custo aluno - qualidade da educação básica à luz da ampliação do investimento público em educação; desenvolver e acompanhar regularmente indicadores de investimento e tipo de despesa per capita por aluno em todas as etapas da educação pública.
Tabela 4: Metas para 2020
	NÍVEL
	PÚBLICO
	INDICADOR
	META
	META 1-
 Pré-escola
	Crianças de 3 anos
	Atendimento 
	2015: 30%
2020: 50%
	Pré-Escola
	Crianças de 4 anos
	Atendimento
	2016: 100%
	META 2 – 
Fundamental
	Crianças de 6 a 14 anos
	Ciclo de 9 anos
	2015: 100%
	Fundamental
	Crianças de 6 a 14 anos
	Fundamental Completo
	2015: 85%
2020: 100%
	META 3 - Médio
	Adolescentes de 15 a 17 anos
	Atendimento
	2015: 100%
	Médio
	Adolescentes de 15 a 17 anos
	Tx. Liquida de Matrículas
	2015: 75%
2020: 100%
	Médio
	Adolescentes de 17 anos
	Ensino Médio Completo
	2020: 95%
	META 4 - Todos
	Portadores Necessidades Especiais 4 a 17 anos
	Atendimento Escolar
	2020: 100%
	META 5 –
 Fundamental
	Crianças de 6 a 14 anos
	Alfabetização até 2º. Ano
	2020: 100%
	META 6-
 Fundamental
	Crianças de 6 a 14 anos
	Educação Tempo Integral
	2020: 25%
	META 7 – Básico
	
	22011
	22013
	22015
	22017
	2020
	
	Alunos Anos Iniciais Ensino Fundamental
	Média Nacional IDEB
	4,9
	5,2
	5,5
	5,7
	6,0
	
	Alunos Anos Finais Ensino Fundamental
	
	4,4
	4,7
	5,0
	5,2
	5,5
	
	Alunos Ensino
 Médio
	
	3,9
	4,3
	4,7
	5,0
	5,2
	META 8- Geral
	População de 18 a 29 anos do campo, da região de menor escolaridade e dos 25% mais pobre
	Escolaridade média
	2015: 9 anos
2020: 12 anos
	Geral
	Grupos de Cor e Raça
	Escolaridade Média
	Igualar
	META 9- Fundamental
	Maiores de 15 anos
	Alfabetização
	2015: 93,5%
2020: 100%
	Fundamental
	Maiores de 15 anos
	Analfabetismo Funcional
	< 50%
	Fundamental
	Maiores de 15 anos
	VagasEducação Adulta
	2015: 50%
2020: 100%
	META 10- Médio
	Alunos ensino médio
	Integração com educação profissional
	2020: 25%
	META 11- Médio
	Alunos ensino médio
	Ensino técnico
	2020: 3x
	META 12- Médio
	Alunos ensino médio
	Ensino técnico público
	2020: 50% Expansão
	Superior
	Adultos de 18 a 24 anos
	Tx Bruta de Matrículas no Ensino Superior
	2020: 50%
	Superior
	Adultos de 18 a 24 anos
	Tx Líquida de Matrículas no Ens. Superior
	2020: 35%
	Superior
	Adultos de 18 a 24 anos
	Expansão de Matrículas Ens. Superior Público
	2020: 40%
	META 13- Superior
	Instituições de Ensino
	Aperfeiçoamento SINES
	2020: 100%
	META 14- Pós-Graduação
	Pós-Graduandos
	Titulação de Mestres
	2015: 55.000
2020: 70.000
	Pós-Graduação
	Pós-Graduandos
	Titulação de Doutores
	2015: 20.000
2020: 30.000
	META 15- Básico
	Educadores
	Política Nacional de Formação e Valorização
	2011: 100%
	Básico
	Educadores
	Licenciatura
	2015: 85%
2020: 100%
	META 16- Básico
	Educadores
	Pós-Graduação
	2015: 35%
2020: 50%
	Básico
	Educadores
	Educação Continuada
	2020: 100%
	META 17- Básico
	Educadores
	Rendimento Rede Pública/Privada
	2015: 80%
2020: 100
	META 18- Básico
	Educadores
	Plano de Carreira – Rede Pública
	2012: 100%
	Básico
	Educadores
	Piso Nacional Salarial
	2012: 100%
	META 19- Geral
	Educadores
	Gestão Democrática Rede Pública
	2012: 100%
	META 20- Geral
	
	Investimento Educação/PIB
	2020: 8%
Fonte: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task.
As diretrizes e metas apresentadas são suficientes para um ensino de qualidade, bem estruturado, com condições adequadas ao ensino e profissionais capacitados e empenhados a esse desenvolvimento educacional. O governo propõe leis, mas ainda falta integração entre governo federal, estadual e municipal. O investimento na educação não é como proposto nas metas. Ainda falta muito para a educação brasileira atingir o esperado. Talvez seja necessário fiscalização para que as diretrizes sejam cumpridas e uma forma de adequá-las a realidade nacional. 
Os programas educacionais são praticamente jogados nas escolas, docentes e dirigentes não tem amparo suficiente para aplica-los. Não há recurso para que os programas e projetos sejam aplicados como deveriam, com acessibilidade e qualidade sem discriminação ou exclusão. 
As metas em investimento como proposto tem aumentado, mas o país está em crise e essa expansão pode parar e até regredir. 
Figura 1: Gráfico 1: Gastos do PIB com educação
Fonte: portal.inep.gov.br/estatisticas-gastoseducacao 
Comparando com outros países o Brasil investe bastante em educação.
Tabela 5: tabela de países da OCDE com o percentual de investimento em relação ao PÌB
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ (2017)
Segundo Reinaldo Azevedo (2017), analista de políticas públicas da revista Veja, o maior problema não é o gasto com a educação e sim como ocorre esse gasto. O Brasil investe muito em educação, mas falta reforma no sistema educacional para que o dinheiro seja bem aplicado, sem isso, a porcentagem vai aumentar e a educação continuará ineficiente. 
Já dizia Paulo Freire que o governo não tem interesse de ter uma população com nível de conhecimento e cultura elevado, não há vantagem a população ser questionadora e formadora de opinião. “Na verdade, quanto mais deixemos o nosso homem mudo e quieto, fora do ritmo de nosso desenvolvimento a que se liga estreitamente a nossa democratização, tanto mais obstaremos o desenvolvimento e a democratização” Freire (2003, p. 17). 
Ainda citando Freire, a educação brasileira é alienadora, transforma o ser humano em um ser passivo e domesticado. 
Analisando as diretrizes e metas de forma a serem concretizadas, a alfabetização é o ponto principal para que os estudos sejam prosseguidos de maneira eficaz. O governo cita recursos tecnológicos para que isso aconteça. As novas tecnologias causam entusiasmo e desperta a vontade de ir a escola e aprender. Nas escolas particulares já é possível encontrar lousas digitais, tablets e notebooks individuais, entre outros recursos. Nas escolas públicas, a aquisição desses recursos é menor e a aceitação dos docentes também não é das melhores. 
Como mencionado no capítulo anterior, há investimento, mas não há um plano pedagógico adequado para o uso das novas tecnologias, não há preparação dos professores perante essas novidades, logo a aquisição dos equipamentos se torna inútil. 
Os anos iniciais, a alfabetização da criança, deve ser provida através de diversos recursos, o tecnológico é um deles, a diversidade dos recursos pedagógicos é muito importante nessa fase do processo de ensino.
Em uma entrevista á Revista Nova Escola, Weisz (2009) afirma:
O que os diferentes gêneros permitem é abrir o leque das possibilidades de leitura e oferecer o discurso escrito em suas diversas formas. A variedade tem de ser selecionada em função daquilo que a turma pode aprender das diferenciações que os alunos já têm condições de fazer e que você se sente em condições de oferecer. (WEISZ, 2009, p. 35).
A autora cita a necessidade de diversas práticas pedagógicas a serem utilizadas, mas para isso, o docente deve estar preparado, a observação de seus alunos é que propiciará ao docente a realização de práticas condizentes a necessidade e capacidade da criança. Logo, um outro investimento se mostra necessário, a formação docente, os cursos contínuos e de especialização são investimentos que devem partir do governo em prol de uma educação melhor. Seria, também, um investimento em recursos pedagógicos. 
Descentralização da educação brasileira
O ensino brasileiro a nível estadual e municipal vem sendo discutido desde tempos atrás. Essa problemática vem se fazendo presente nas discussões políticas e nos textos legislativos relacionados à descentralização do ensino, resultando na criação de seus sistemas públicos, inicialmente, em âmbito estadual, através das Constituições Federais (CFs) de 1934 e 1946, e, mais recentemente, na esfera municipal, por intermédio da CF de 1988 (SAVIANI, 2000).
Na Constituição Federal de 1988, art. 211, foi promulgado pela primeira vez a descentralização educacional, sendo “a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.”
Segundo o art. 8° da Lei de Diretrizes e Base n°9394 de 1996, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação,
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa,
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta
Lei.
O Sistema Nacional de Educação é representado por: 
1°) A União é representada pelo Ministério da Educação (MEC) e o atual Ministro é o Sr. Renato Janine Ribeiro. O papel da União no Sistema Nacional de Educação é de coordenar politicamente a educação nacional, formando um padrão homogêneo e qualitativo. Atendendo sempre que necessário os Estados e demais sistemas de ensino, suprindo suas necessidades. Além de formular regras a serem seguidas pelas mesmas e garantir a redistribuição de recursos para essas instituições. O estudo sobre Sistema Nacional de Educação, numa Nação que apresenta uma diversidade tão grande nos aspectos geográficos, econômicos, sociais e culturais, vem provocando o aprofundamento da compreensão sobre sistema, no contexto da História da Educação. Assim, uma proposta de organização do Sistema Nacional de Educação irá enfrentar, basicamente, o desafio de superar a fragmentação das políticas públicas e a desarticulação institucional dos sistemas de ensino entre si, diante do impacto na estrutura do financiamento, comprometendo a conquista da qualidade social das aprendizagens, mediante conquista de uma articulação orgânica. (CNE/CEB nº 7/2010).
A Lei de Diretrizes e Bases ainda traz: “é dever da União criar leis de políticasnacionais, é sua obrigação autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar respectivamente as instituições de ensino superior no pais; é de responsabilidade da União a criação de leis para educação, averiguar se estas são cumpridas, a distribuição de verbas para os Estados e Municípios e supervisionar a utilização destas verbas. São funções de a união exercer função normativa distributiva e supletiva em relação aos Estados e Municípios.”
2°) Os Estados, Secretarias Estaduais de Educação. 
Segundo a LDB, os Estados incumbir-se por cuidar organizar, manter e desenvolver os órgão e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o ensino médio.
3°) Os Municípios, Secretarias Municipais de Educação. 
Baseado na LDB, os municípios são responsáveis por organizar, manter e desenvolver os órgão e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino integrando-os as políticas e planos educacionais da União e dos Estados.
Sua principal obrigação é oferecer a educação Infantil com prioridade e o ensino fundamental e quando alcançar plenamente o atendimento de sua área de competência e outros níveis de ensino.
A Educação brasileira é estruturada em três divisões básicas sendo:
1°) Educação infantil – atende crianças até 5 anos em creches (0 a 3 anos) e pré-escolas (4 a 5 anos). Seu objetivo é promover o desenvolvimento integral, “em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29 da LDB). A educação infantil é duplamente protegida pela Constituição Federal de 1988: tanto é direito das crianças como é direito dos(as) trabalhadores(as) urbanos(as) e rurais em relação a seus filhos e dependentes. Ou seja, a educação infantil é um exemplo vivo da indivisibilidade e interdependência que caracterizam os direitos humanos, pois reúnem, em um mesmo conceito, vários direitos: ao desenvolvimento, à educação, ao cuidado, à saúde e ao trabalho. (CF, art. 7°, XXV, e art. 208, IV). Seu reconhecimento na Constituição de 1988 é expressão do dever de toda a sociedade, representada pelo Estado, com o cuidado das crianças pequenas, e sua implementação representa o enfrentamento das desigualdades de gênero, entre homens e mulheres, pais e mães.
2°) Ensino fundamental – com duração mínima de nove anos, também conhecida como “educação primária”, é a etapa que objetiva o “desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32, LDB). É a primeira etapa educacional a ser reconhecida como direito humano universal. Até a emenda constitucional 59, de 2009, também era a única etapa obrigatória.
3°) Ensino médio – é a etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos. A Constituição prevê que deve ser progressivamente universalizado, de modo a atender a todas as pessoas que terminam o ensino fundamental, inclusive os jovens e adultos que não tiveram oportunidade de cursá-lo. Pode ser oferecido de forma integrada à educação profissional (LDB, 1996). Além do ensino básico, a legislação educacional brasileira engloba, também, o ensino superior. 
O objetivo da Educação Básica é assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (LDB, 1996).
2.2 Plano educacional estadual
O capítulo anterior descreve o PNE – Plano Nacional de Educação. O PNE estabelece uma data para que os Estados e Municípios também elaborem seus planos baseados no diagnóstico do local.
O Plano Estadual de Ensino pautado neste trabalho será baseado nas Leis Educacionais do Estado de São Paulo, a Lei de Diretrizes e Bases, o Plano Nacional de Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais.
O Plano Nacional de Educação – PNE - sancionado no dia 26 de junho de 2014, estabeleceu o prazo de um ano para a elaboração e aprovação dos Planos Municipais e Estaduais de Educação. A fim de atender ao estabelecido pelo PNE, o Fórum Estadual de Educação de São Paulo (FEESP), demandando todos os esforços na organização de um cronograma de trabalho nesse prazo exíguo e com o envolvimento de seus representantes, elaborou sua proposta de Plano Estadual de Educação, discutido e aprovado pelas entidades que o constituem.
O Ministério da Educação possui uma assistência técnica para auxiliar os gestores estaduais a elaborarem os planos educacionais. A Secretaria de Articulação e Sistema de Ensino faz reuniões e visitações aos secretários estaduais com dificuldades em elaborar seus planos. O MEC possui 297 técnicos, supervisores e coordenadores que atendem as secretarias de educação dos estados e municípios. Segundo dados do MEC, São Paulo já concluiu o diagnóstico da realidade local em 2015 (PORTAL BRASIL, 2015). 
O FEESP publica a proposta para o Plano Estadual de Educação votada e aprovada, com base nas atribuições do Fórum a partir do disposto nas Resoluções SE 9/2013 e 56/2014, em reuniões ordinárias dos dias 17 e 24 de março de 2015. As metas propostas são bem parecidas à do PNE citadas anteriormente, mas com foco na educação estadual.
As Diretrizes da política educacional do estado de São Paulo no período de 2015 – 2018 publicado em 4 de março de 2015 foi publicado em Diário Oficial, pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, as diretrizes que nortearão as políticas educacionais entre 2015-2018.
Essas políticas tem como foco o desenvolvimento das competências e habilidades já previstas no currículo oficial do estado; a escola sendo o foco da gestão central; um ambiente escolar organizado para a aprendizagem; formação continuada dos educadores com foco na prática; a coordenação e articulação com os municípios paulistas e coerência, consistência e estabilidade na comunicação.
3 PANDEMIA COVID-19 E AS METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA 2024
No início de 2020 o mundo se deparou diante de um vírus conhecido como COVID-19, todos os setores mundiais foram acometidos por uma doença desconhecida, desde dos setores da saúde, econômico até a educação, ninguém sabia como se prevenir e como tratar o tal vírus, logo a população se viu obrigada a ficar dentro de casa para evitar o contágio.
Com as pessoas buscando evitar as aglomerações, as escolas tiveram que suspender as aulas presenciais. De acordo com a portaria nº 343/2020 as escolas tem o direito de substituir as aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a pandemia do COVID -19. Assim, os estudantes estão em casa sob a orientação presencial dos pais e responsáveis, muitas escolas se adaptaram às aulas on-line e assim segue a educação no Brasil.
No estado de São Paulo, em 2019, foi criado o Centro de Mídias do estado de São Paulo – CMSP com o objetivo de promover a qualidade de ensino, são canais digitais que alunos e professores têm acesso aos conteúdos mediados pela tecnologia com qualidade e inovação do ensino tradicional. Porém, em abril de 2020, este canal passou a ser o meio dos alunos terem acesso às vídeo aulas ao vivo durante a pandemia e o isolamento social. Há o aplicativo gratuito disponível em celulares android e iphone e também através do site e redes sociais nos computadores e pela televisão. 
Logo, os alunos aprendem através de um “ciberespaço”, na aprendizagem em rede, a sala de aula fica em qualquer lugar onde haja um computador, um “modem” e uma linha de telefone, um satélite ou um “link” de rádio. Quando um aluno se conecta à rede, a tela do computador se transforma numa janela para o mundo do saber.  (HARASIM et al., 2005).
Não

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