Buscar

Apostila de Sociologia - 6º Ano

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
COORDENADORIA REGIONAL DE ENSINO-CRE 
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MATO GROSSO 
MONTE NEGRO - RO 
 
 
 
 
 
PLANO DE CURSO DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 
6º ANO 
 
 
 
 
 
 
MONTE NEGRO 
2020 
 
2 
 
OBJETIVOS GERAIS: 
 
 Empregar e valorizar o diálogo para esclarecer conflitos, compreendendo que viver em sociedade exige consenso; 
 Aprender a respeitar os diferentes pontos de vista e as diferenças pessoais; 
 Utilizar a discussão de idéias como forma de trabalhar em equipe e de tomar decisões coletivas; 
 Conhecer e discutir os Direitos Humanos; 
 Conhecer e discutir os Deveres do Cidadão; 
 Reconhecer a liberdade de expressão como um direito fundamental nas sociedades democráticas. 
 
OBETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
 Conscientizar-se da importância da comunicação oral na vida social; 
 Utilizar e valorizar o diálogo; 
 Fazer uso do diálogo para esclarecer conflitos, seja eles na escola, na família, na sociedade; 
 Reconhecer o homem como ser social; 
 Identificar diferentes grupos sociais; 
 Conhecer os direitos e os deveres do cidadão e dos alunos; 
 Reconhecer a família como principal instituição social, suas funções e transformação. 
 
 
 
 
3 
 
CONTEÚDOS: 
 
 Socialização (diálogo, solidariedade, valorização das camadas sociais); 
 Comunicação oral, a primeira forma de aprendizagem coletiva; 
 Cidadão e cidadania: 
 O que é cidadania; 
 Afinal, o que é ser cidadão; 
 Como exercemos a cidadania; 
 Direitos Fundamentais: 
 Personagens que abriram caminhos para os Direitos do Homem; 
 Os direitos e deveres fundamentais do homem: 
 A educação, um direito do homem; 
 O trabalho, um direito do homem; 
 O trabalho como um direito e um dever social do homem; 
 Os Direitos Humanos, expressos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Constituição Federal; 
 Moral e ética: 
 A presença da moralidade na cultura; 
 A formação do caráter: 
 Temperamento e personalidade; 
 A importância do grupo familiar; 
 O que é a família; 
 
4 
 
 O ciclo vital da família; 
 A família hoje; 
 Aprender para participar: 
 A importância do estudo; 
 A educação no Brasil; 
 Problemas atuais; 
 Educação e desenvolvimento econômico; 
 Além da escola (educação formal e não formal). 
 Meio ambiente. 
 
ESTRATÉGIAS: 
 
 Aulas expositivas; 
 Dinâmicas; 
 Músicas, paródias, filmes, teatros... 
 Seminários; 
 Redações; 
 Reflexão, análises de textos. 
 
AVALIAÇÃO: 
Será contínua e cumulativa. 
 
5 
 
CIDADÃO E CIDADANIA 
 
 Você vive isolado do mundo e das pessoas, fazendo o que quer, na hora em que bem entende? Provavelmente não, certo? Mesmo sem perceber, você já sabe o 
que é cidadania: todo mundo que vive em sociedade tem deveres para cumprir e direitos para serem respeitados. 
Cidadania é justamente essa relação de respeito com o meio em que a gente vive e as pessoas que fazem parte dele. Os deveres existem para organizar a vida em 
comunidade. Em casa, na escola, na rua, nas brincadeiras, no shopping – em qualquer lugar a gente vai encontrar regrinhas, o que pode ser feito e o que não pode. Às 
vezes você perde a paciência com tudo isso... Mas, se não fosse desse jeito, a convivência ficaria impossível. Os direitos existem para que cada um de nós tenha uma vida 
digna e decente, ainda que nem sempre eles sejam respeitados. Como cidadão, todo ser humano já nasce com uma série de direitos: direito à vida, ao trabalho, à liberdade. 
Também as crianças têm direitos só para elas, assim como os consumidores, e até mesmo os animais. Ser cidadão também é bater o pé para que os direitos não sejam só 
leis no papel. 
O que é cidadania? 
 Direito de ter direitos; 
 Direito de conhecer seus direitos; 
 Direito de construir a cada dia novos direitos. 
 
Cidadania é o exercício desses direitos. Não adianta ter direitos garantidos sem exercita-los, sem fazer valer cotidianamente cada um deles. 
Cidadão é toda pessoa que sabe da existência desses direitos e os exige, participando ativamente da vida de seu bairro, sua cidade e de seu país. 
Essa participação ocorre no dia-a-dia de cada pessoa quando ela, por exemplo, reclama do mau atendimento em repartições públicas, denuncia a má aplicação de 
recursos públicos, quando participa de reuniões de associações de bairro, quando integra uma organização social e assim por diante. 
 
http://www.canalkids.com.br/cidadania/direitos/index.htm
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/index.htm
http://www.canalkids.com.br/cidadania/genteboa/escola.htm
http://www.canalkids.com.br/cidadania/direitos/crianca.htm
http://www.canalkids.com.br/cidadania/direitos/consumidor.htm
http://www.canalkids.com.br/cidadania/vocesabia/cidadania_animais.htm
 
6 
 
Afinal, o que é ser cidadão? 
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser 
votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza 
coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. 
Como exercemos a cidadania? 
Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos 
indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômica 
de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para 
que seus direitos não sejam violados. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Permitir que os alunos expressassem livremente momentos em que praticam a cidadania; 
2) Citar alguns exemplos para que identifiquem atos de cidadania; 
3) Reforçar que todos têm o direito a livre expressão sobre qualquer assunto e direitos e precisam ser respeitados e reafirmados a cada dia; 
4) Pesquisar em jornais e revistas atos de cidadania que ocorrem na sociedade; 
5) Formar grupos a partir de dinâmicas que valorizem as diferenças (numerar os alunos de acordo com a quantidade de grupos e alunos desejados, tipo 1, 2, 3, 4, 5, 
6... e pedir que os números iguais se juntem), pedindo que os grupos construam um jornal mural com matérias sobre diversas práticas de cidadania. 
 
 
7 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
 Você já ouviu falar em “Direitos Humanos”, “Direitos do homem” ou “Direitos Fundamentais”? Todas essas denominações querem dizer a mesma coisa: conjunto de 
direitos políticos, civis, sociais, econômicos e culturais garantidos pelo Estado a todos os cidadãos. 
 Os direitos políticos e civis são relativos á liberdade (de locomoção, de pensamento, de reunião, de associação, de profissão sindical,de greve).Os direitos 
sociais,econômicos e culturais relacionam-se à liberdade justa.Portanto,o estado tem que garantir que seus indivíduos vivam livremente em condições de igualdade. 
 Como cidadão, você faz jus à garantia de todos esses direitos, por que eles não podem ser divididos. Não existe liberdade sem igualdade. 
 Os “direitos fundamentais” são universais. Isso quer dizer que onde você esteja, pode exigi-los. A garantia desses direitos começou em 1948, após a 2° guerra 
mundial. Nessa época, o mundo estava assustado com o horror causado pela grande guerra e as pessoas tinham medo que ela voltasse a acontecer. Assim, reuniram-se 
representantes de várias nações para escrever uma declaração dos direitos do homem, nascendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
 Em 1993, essa declaração foi confirmada na Declaração de Viena. No Brasil, isso tudo esta garantida na constituição Federal,que é a nossalei mais importante. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Leitura e discussão dos artigos 1° ao 4°(Declaração dos Direitos Humanos). 
2) Dividir o Artigo 5° dos Direitos e Deveres das pessoas e das comunidades. Formar grupos de estudo e, num fórum, realizar um seminário da apresentação da 
pesquisa e estudo dos grupos. 
 
3) Elaborar uma cruzadinha do texto estudado. 
 
 
 
8 
 
PERSONAGENS QUE ABRIRAM CAMINHO PARA OS DIREITOS DO HOMEM 
 
 Antes do século XIX, época em que existiu o absolutismo real, as leis pouco protegiam os indivíduos. Muitos homens acusados de crimes eram cruelmente 
torturados e às vezes executados. Até mesmo por suas crenças religiosas, muitos homens foram condenados à morte, sem meios de se defender. 
 Foi na Inglaterra que nasceram no século XVIII, as primeiras liberdades e direitos humanos. Inspirados nas liberdades inglesas, homens como “Jean Jacques 
Rousseau, Beccária e Voltaire”, escreveram e lutaram em favor do respeito à dignidade humana e dos direitos naturais do homem: direito à vida, à liberdade, à propriedade 
e à educação, assim como combateram a tirania e a opressão que se praticavam contra o homem comum. 
 Combatendo o absolutismo real (Voltaire e Rousseau) e as crueldades praticadas contra os condenados (Beccária) provocaram grandes mudanças sociais e 
políticas, marcando as Constituições que apareceram depois da Revolução Americana (Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa). Nessas 
Constituições, enunciavam-se claramente os Direitos Fundamentais do Homem. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Após leitura e discussão do texto, propor uma pesquisa referente aos seguintes temas: 
 Absolutismo Real; 
 A vida de: 
Rousseau; 
Beccária; 
Voltarie; 
 Independência dos Estados Unidos; 
 
9 
 
 Revolução Francesa. 
2) Acrescentar alguns temas sugeridos pelos alunos. 
3) Apresentar em seminário. 
 
OS DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS DO HOMEM 
 
A EDUCAÇAO: UM DIREITO DO HOMEM 
 
 Pela nossa Constituição, a educação gratuita e obrigatória é um direito de todas as crianças de sete a quatorze anos. A educação para todos é um direito do homem 
e uma conquista das sociedades democráticas. Da educação do povo depende o progresso do país. Um povo instruído é a principal garantia para o progresso de uma 
nação. 
O TRABALHO: UM DIREITO DO HOMEM 
 
 Há sessenta, setenta anos atrás, o operário trabalhava cerca de quatorze horas por dia, não gozava de férias, não possuía assistência médica e se um acidente o 
incapacitava para o trabalho, ele era simplesmente despedido, sem qualquer compensação. 
 Ao observar um trabalhador sair para o trabalho, estar de férias, receber 13º salário e ter assistência médica quando adoecer não poder trabalhar, indenização se 
caso perder o emprego etc. vocês não imaginam quantos anos se passaram até que o trabalhador conseguisse leis que o protegesse. No Brasil, as leis de proteção ao 
trabalhador começaram a ser implantadas em 1934. 
 
 
 
 
10 
 
O TRABALHO COMO UM DIREITO E UM DEVER SOCIAL DO HOMEM 
 
1. O significado do trabalho humano 
 
 Através do trabalho, o homem foi aos poucos perdendo a condição de ser bruto para se tornar verdadeiramente um ser humano. A contínua busca de meios para 
obter o seu sustento obrigou-o a resolver numerosos problemas. 
 O trabalho foi um dos fatores que contribuiu para que o homem evoluísse culturalmente. 
 As mãos foram o primeiro instrumento de trabalho do homem. Com elas, primitivamente, ele abatia animais, dos quais retirava a carne e a pele, arrancava raízes e 
colhia os frutos que a natureza oferecia. 
 
2. As dificuldades estimularam os homens 
 
A medida que o meio se mostrava hostil, o homem procurou novas soluções para suas necessidades de sobrevivência: a união de um pedaço de madeira e uma 
pedra permitiu-lhe criar o primeiro instrumento fabricado: o machado de pedra. 
Provavelmente, ao observar que o atrito entre duas pedras produzia faíscas semelhantes às do raio, o homem descobriu o fogo. O domínio do fogo talvez tenha sido 
a primeira grande aquisição do homem primitivo. O fogo proporcionou-lhe calor artificial para aquecer sua caverna úmida e cozer seus alimentos e um tempo maior para 
se comunicar com seus semelhantes. A linguagem articulada permitiu-lhe transmitir seus conhecimentos. 
 Ao inventar a escrita, o homem deu importante passo em sua evolução cultural, uma vez que pôde fixar em documentos suas técnicas e conhecimentos, 
transmitindo-os aos seus sucessores. 
 A escrita abriu extraordinárias possibilidades para o progresso das civilizações, através da acumulação de experiências, sempre renovados pelo espírito criador do 
homem. 
 
11 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Escreva o que diz a Constituição do Brasil a respeito da educação: 
 
2) Faça um pequeno texto explicando a importância da escola para as pessoas e para a nação brasileira: 
 
3) Complete o quadro abaixo: 
 
ASSUNTOS 30 ANOS ATRÁS ATUALIDADE 
Horas de trabalho diário 
 
 
Incapacidade para o trabalho 
causado por acidentes 
 
Perda do emprego 
 
 
Férias 
 
 
 
4) Pesquise com seus pais, parentes, vizinhos ou amigos o que acontece quando um trabalhador adoece e quis os benefícios que ele recebe em seu trabalho. 
 
 
12 
 
5) Quais os motivos que levam o homem ao mundo do trabalho? 
 
6) “Através do trabalho o homem foi aos poucos perdendo a condição de ser bruto para se tornar verdadeiramente um ser humano”. Explique o que você entendeu do 
parágrafo a cima: 
 
7) Indique três melhorias para a vida do homem resultantes da descoberta do fogo: 
 
8) Qual é a importância da escrita para a evolução da humanidade: 
 
O TRABALHO, UM DEVER E UM DIREITO DO HOMEM 
 
O trabalho constitui um dever a que todos estamos submetidos, porque dele tiramos o sustento e porque nele todo ser humano procura sua realização. 
Numerosas razões explicam a existência de indivíduos desligados do trabalho: algumas são de cunho sócio-econômico, como o desemprego e, às vezes, a 
inexistência de mercado de trabalho para todos; outras estão relacionadas a problemas físicos ou mentais, como doenças nervosas, inadaptação, alcoolismo etc. 
 Se um homem se nega a trabalhar mesmo encontrando oportunidade, algo de anormal o está afetando. Por essa razão, constitui um preconceito (opinião formada 
sem reflexão) denominar-se de vagabundo. 
 O trabalho é um direito de todo ser humano. Em vários artigos a Declaração Universal dos Direitos do Homem o consagra: 
 Artigo XXIII – “Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e a proteção con tra o desemprego. 
Todo homem que trabalha tem direito a uma renumeração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família uma existência compatível com a dignidade 
humana e a que se acrescentarão outros meios de proteção social”. 
 Artigo XXIV – “Todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias renumeradas periódicas”. 
 
13 
 
É obrigação dos governos proporcionarem a criação de novos empregos e melhores condições de trabalho para a população. Quando se fala em melhores 
condições de trabalho, devemos lembrar que acidentes de trabalho e certas atividades repetitivas na indústria trazem sérios problemas para os trabalhadores; levam-nos 
muitas vezes a determinadas deficiências e doenças que os tornam incapacitados para o exercício de sua profissão. 
Atualmente, a jornada de trabalho mais comum é de oito horas por dia, mas a mecanização tende a diminuí-la. 
Os trabalhadores brasileiros são protegidos por um conjunto de leis contidas na CLT – Consolidação das Leis de Trabalho – elaboradas em 1943, que foram se 
modificando no decorrer do tempo. Elas regulam as relações entre empregados e empregadores. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Indique as razoes que explicam a existência de homens que não trabalham: 
2. Na sua opinião, o que é ter preconceito? 
3. Por que é preconceitodenominar alguém de vagabundo? 
4. Onde está consagrado o trabalho como um direito e um dever do homem? 
5. Cite três itens da Declaração Universal dos Direitos do Homem em favor do trabalhador: 
6. O que significa estabelecer melhores condições de trabalho? 
7. Comente o penúltimo parágrafo do texto: 
8. Explique o significado da sigla: CLT. 
 
 
 
 
 
14 
 
ECA 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA – inclui a Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990 e a Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela 
Assembléia Geral das Nações Unidas de 20 de março de 1989. 
 A partir do Estatuto, crianças e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor, classe social, passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos, 
considerados em sua condição de pessoa em desenvolvimento e a quem se deve prioridade absoluta, seja em formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de 
recursos das diversas instâncias político-administrativas do país. 
 Considera-se criança, a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescentes, entre doze e dezoito anos de idade (Artigo 2º do ECA). 
O que é e a que se destina esse conjunto de leis que chamamos de Estatuto da Criança e do Adolescente? Para compreendermos essa questão, é necessário 
voltarmos à história das políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento infantil e juvenil de nosso país. 
A década de 1960 foi mundialmente marcada pelo surgimento de inúmeros movimentos sociais em defesa dos direitos da criança e do adolescente. Isso ocorreu 
uma vez que, após a Segunda Guerra Mundial, o adolescente passou a ocupar uma posição determinada no cenário da violência quando a necessidade da mão-de-obra 
feminina nas fábricas deixou as crianças em situação de abandono, as quais, mais tarde, já adolescentes, constituíram-se como gangues marcadas por atitudes de revolta e 
violência. 
O Estatuto, em seus 267 artigos, garante os direitos e deveres de cidadania a crianças e adolescentes, determinando ainda a responsabilidade dessa garantia aos 
setores que compõem a sociedade, sejam estes a família, o Estado ou a comunidade. Ao longo de seus capítulos e artigos, o Estatuto discorre sobre as políticas referentes 
à saúde, educação, adoção, tutela e questões relacionadas a crianças e adolescentes autores de atos infracionais. 
Mesmo sendo referência mundial em termos de legislação destinada à infância e à adolescência, o Estatuto necessita ainda ser compreendido de forma legítima. 
Um longo caminho deve ser trilhado pela sociedade civil e pelo Estado para que seus fundamentos sejam vivenciados cotidianamente. 
 
(professor, conheça o que diz o ECA em seus art. 1º a 85º, no intuito de realizar discussões e os trabalhos em grupos sugeridos a seguir). 
 
15 
 
☺ Direito à vida, e a saúde – Art. 7º a 14º 
☻Temas: vida, saúde, organização e acesso aos serviços de saúde, auto-cuidado e auto-proteção, drogas lícitas e ilícitas, gravidez na adolescência, DST/aids, violência 
social e doméstica com crianças e adolescentes. 
 
☺Direito à liberdade, respeito e a dignidade – Art. 15º ao 18º 
☻Temas: racismo, discriminação social e racial, portadores de deficiência, questão indígenas e das minorias, adolescentes no meio rural e de interior dos Estados. 
 
☺Direito à educação, cultura, esporte e lazer – Art. 53º a 59º 
☻Temas: qualidade do ensino, diversidade cultural, inclusão e exclusão escolar, saúde e sexualidade na escola, acesso a atividades esportivas e de lazer, atividades 
culturais e artísticas dentro e fora da escola, ocupação do tempo livre, valorização do adolescente na família e na comunidade. 
☺Direito a profissionalização e a proteção no trabalho – Art. 60º a 69º 
☻Temas: empregabilidade, empreendedorismo juvenil, educação profissional, saúde e proteção do trabalhador adolescente, o sentido do trabalho para o adolescente. 
 
 Os grupos podem levantar informações a respeito dos temas através de pesquisas na internet, jornais, revistas, entrevistas com conselheiros etc. 
 
 Podem criar textos e panfletos apresentando propostas para melhorar as políticas e a prioridade da saúde, abordar a falta de espaços públicos e o descaso político 
com o lazer, como praças, parques, teatros, cinemas, espaços e apoio para variados tipos de esportes como o futebol, vôlei, skate, natação etc. 
 
 
 
 
 
16 
 
MORAL E ÉTICA 
 
Entende-se por moral o conjunto de princípios, crenças e regras que orientam o comportamento dos indivíduos nas diversas sociedades e a ética, a reflexão crítica 
sobre a moral. 
 A moral é o campo em que dominam os valores relacionados ao bem e o mal, como aquilo que deve ser buscado ou o que deve ser afastado. A moralidade é o 
componente de todas as culturas e está presente no comportamento de cada pessoa em relação com as outras e dos povos entre si. 
 O bem é tudo aquilo que conduz o homem à verdadeira felicidade. O mal é o que nos afasta da felicidade. Mas todo aquele que deseja “receber” o bem precisa, 
primeiro, praticá-lo. 
 
A PRESENÇA DA MORALIDADE NA CULTURA 
 
No decorrer do tempo, as sociedades mudam e também mudam o tempo. As sociedades mudam e também mudam os homens e as mulheres que as compõem. Na 
Grécia Antiga, os preceitos da moral significavam ter sempre comportamentos virtuosos e o objetivo a se alcançar era a felicidade, que se realizava no convívio dos 
cidadãos. Embora considerada com um caráter público, a felicidade ficava fora do alcance de boa parte da população, como, por exemplo, dos escravos. O fato de algumas 
pessoas não terem liberdade e, portanto, direito à felicidade, era considerado normal. 
A cultura judaico-cristã trouxe a crença de que ser bom e alcançar a felicidade dependia da obediência aos decretos e mandamentos Divinos, superiores aos 
humanos. As virtudes passavam a ser a obediência e o amor ao próximo. Até a idade média, entretanto, a tortura era considerada prática legít ima, seja para extorsão de 
confissões, seja para castigo. 
Na atualidade, discutem-se questões como a atenção à igualdade e a diferença entre os seres humanos. Mas também enfrentam-se situações em que se negam e 
desrespeitam os direitos dos seres humanos, em que dominam os preconceitos e a violência, mas nesse mesmo contexto, as diferenças aparecem como forças libertadoras 
da cultura e busca-se uma reflexão que permita um espaço público de diálogo e uma ação coletiva. 
 
17 
 
ATIVIDADES 
 
1. Conceitue: 
 MORAL; 
 ÉTICA; 
 BEM; 
 MAL; 
 MORALIDADE. 
 
2. O que significava, na Grécia Antiga, seguir os preceitos da mora? 
3. Como se realizava a felicidade? Toda população tinha acesso a ela? 
4. Na cultura judaico cristã, “ser bom” e alcançar a felicidade dependiam de quê? 
5. Como era considerada a tortura na idade média? 
6. Cite exemplos de fatos ocorridos atualmente, que buscam diálogo e ação coletiva, no intuito de promover a ética e a moral na cultura brasileira: 
 
A FORMAÇAO DO CARÁTER 
 
Ninguém nasce com bom ou mau caráter. Ele se forma aos poucos no lar, através do exemplo dos pais, dos grupos sociais que freqüentamos. 
De acordo com Reich (1995), o caráter é o conjunto de reações e hábitos de comportamento que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo 
individual de cada pessoa. Portanto, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu comportamento diante de várias situações. Incluem aqui as 
 
18 
 
atitudes e valores conscientes, o estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e as atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e 
movimentação do corpo). É a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu temperamento e sua personalidade. 
 
“O CARÁTER E A CAPACIDADE DA PESSOA DE SE OLHAR COM HONESTIDADE E TROCAR ATITUDES, VENCER SEUS DEFEITOS E SE FAZER MELHOR SER 
HUMANO. O CARÁTER E O DESTINO DO HOMEM”. 
 
Na Grécia Antiga, os atores representavam os personagens nas peças de teatro usando máscaras: feias paraas vilãs e os vilões; belas para as heroínas e os 
heróis. Com o tempo, o comportamento moral dos homens teria passado se designar caráter, que significa marca, sinal, cunho. 
Um homem de caráter é aquele que possui “convicções firmes”, é a “força de vontade”. As convicções são laços que se prendem às normas de conduta, as atitudes 
que nos levam à independência do pensamento. As pessoas sem convicções estão sempre prontas a ouvir e seguir opiniões dos outros, mesmo que ela conduza a atitudes 
indesejáveis. A “força de vontade” é o que nos faz vencer os grandes obstáculos de nossa vida como estudantes, como pais de família, como trabalhadores. 
O aperfeiçoamento do caráter se dá com o tempo, com o esforço, a paciência e o desenvolvimento de bons hábitos. 
O esforço é a concentração de todas as nossas energias positivas nas atividades que diariamente somos obrigados a realizar em casa, na escola, no trabalho etc. 
O esforço é o que impede o desânimo frente as maiores dificuldades. 
A paciência nos possibilita fazer as coisas bem feitas. Em relação aos nossos semelhantes, a paciência nos leva à compreensão e tolerância para com eles, 
contribui para o controle de nossas emoções e evita que tomemos atitudes que venham ferir nossa consciência. 
O caráter do homem não se forma de um dia para outro, ele se forma e se aperfeiçoa ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
19 
 
TEMPERAMENTO E PERSONALIDADE 
 
Temperamento, personalidade e caráter são palavras utilizadas com freqüência desde a antiguidade. Porém, seus significados quase sempre são confusos e/ou 
utilizados de forma errônea. 
A palavra temperamento tem sua origem do latim (temperamentum = medida). Representa a intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante 
de humor e motivação. 
O temperamento pode ser transmitido de pais para filhos, porém, não é aprendido, nem pode ser educado; apenas pode ser abrandado em sua maneira de ser, o 
que é feito pelo caráter. 
A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico-afetivo pelas quais passa a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto 
os elementos geneticamente herdados (temperamento) como também adquiridos do meio ambiente no qual a criança está inserida. 
Então, podemos dizer que a personalidade é formada por dois fatores básicos: 
Hereditários: são os fatores que estão determinados desde a concepção do bebê. É a estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares e vários 
outros. É aquilo que o bebê recebe de herança genética de seus pais. 
Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem respeito à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral 
e ética, etc. São experiências vividas pela criança que irão lhe dar suporte e contribuir para a formação de sua personalidade. 
Mesmo que alguns traços possam ser parecidos com os de outra pessoa, a personalidade é única. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
ATIVIDADES 
 
1. Responda: 
a) Como Reich define caráter? 
b) Quais as atitudes e comportamentos das pessoas que definem seu caráter? 
c) Como os atores representavam os personagens na Grécia Antiga? 
d) Como age o “homem de caráter”? 
e) Como se dá o aperfeiçoamento do caráter? 
 
2. Conceitue os termos: 
I. Temperamento: 
II. Personalidade: 
III. Fatores hereditários e fatores ambientais. 
 
A IMPORTÂNCIA DO GRUPO FAMILIAR 
 
O QUE É A FAMÍLIA? 
A família é um sistema complexo de relações, onde seus membros compartilham um mesmo contexto social de pertencimento. A família é o lugar do 
reconhecimento da diferença, do aprendizado de unir-se e separar-se, a sede das primeiras trocas afetivo-emocionais, da construção da identidade. É a matriz: na família 
nascemos, na família morremos! 
É no cenário familiar que aprendemos a nos definir como diferentes e enfrentar os conflitos de crescimento. 
 
21 
 
Falar de família é também falar de mito, memória, transmissão. 
Podemos também definir uma família como um grupo que vive junto pela paixão de estar junto, onde uns entram e outros saem, num aprendizado constante de 
mudança e atualização da rede de afetos. É no seu seio que vivemos as nuances do amor intercalado no aprendizado de unir-se e separar-se, mudando nossos jeitos de 
estar com as mesmas pessoas no decorrer de toda nossa vida. É o lugar da primeira relação, da primeira mulher, do primeiro homem, da dor da primeira separação. 
A família é composta de indivíduos que estabelecem relações entre si, compartilhando a mesma cultura, as mesmas crenças, onde cada um exerce uma função 
distinta e complementar. Família é dentro de nós: somos ao mesmo tempo avós, pais, filhos, irmãos, tios, primos, etc. 
Foi na década de cinqüenta, que alguns estudiosos se reuniram em torno da família, buscando explicações para seu funcionamento. Perceberam em seu interior 
uma dança relacional cuja coreografia era própria daquele grupo e envolvia todos os seus membros: uma entidade autônoma, um “todo”, com sua estrutura, suas regras e 
finalidades. 
 
O CICLO VITAL DA FAMÍLIA 
 
As etapas do ciclo vital estão marcadas por eventos significativos: nascimentos e mortes, separação da família de origem e formação do novo casal, nascimento do 
primeiro filho, o primeiro irmão, o nascimento dos filhos na evolução da relação conjugal e parental, a adolescência e passagem à idade adulta dos filhos, a desvinculação 
progressiva de pais e filhos, o casal conjugal e parental na maturidade e envelhecimento, o acontecimento avós e netos, a separação pela morte de um dos membros do 
casal. 
Paralelamente a família vive o impacto de eventos inesperados como divórcios, mortes imprevistas, doenças, desempregos, etc. que atuam nas modificações da 
estrutura relacional e dificultam as tarefas de superação e coesão próprias de sua natureza. Em situações críticas, cada família encontra modos singulares de enfrentar 
situações semelhantes, e mesmo atuando com as mesmas modalidades, obtém resultados diferentes. 
 
 
 
22 
 
A FAMÍLIA HOJE 
 
A partir da segunda metade do século passado, a família vem se apropriando de sua diversidade. A família tradicional, hierarquizada, organizada em torno do poder 
do patriarca torna-se cada vez mais horizontal, cedendo lugar a uma família onde o poder é distribuído de forma mais igualitária: entre o homem e a mulher, entre pais e 
filhos. O ingresso das mulheres no mercado de trabalho, a emancipação feminina, as mudanças sócio-econômicas, o divórcio, mudaram o jeito de estar em família. A 
família se nucleariza e o tempo de convivência entre seus membros diminui. 
Antes, o relacionamento se dava na rede de convívio: famílias grandes, todos juntos, gerações que coabitavam. Os saberes de avós e pais para filhos e netos eram 
transmitidos no cotidiano: receitas de bolos, canções infantis, de se comportar com os moços ou com as moças. Os diálogos se davam no contar histórias, nos 
ensinamentos da religião, das distâncias a serem mantidas entre os sexos, entre primos e irmãos. Os avós, sempre presentes, muitas vezes mediavam os conflitos entre 
pais e filhos. As filhas ficavam perto das mães, os filhos dos pais. As mães eram auxiliadas na educação dos filhos, mas eram fortes figuras identificatórias. 
 
A estrutura da família tradicional veio se modificando, a pílula anticoncepcional diminuiu o número de filhos e liberou a sexualidade. O número de separações e 
divórcios vem aumentando e as famílias vão se organizando mais de acordo com os desejos antes reprimidos. Aumenta o número de mulheres sozinhas com os filhos, e a 
gravidez não programada dos adolescentes faz avós mulheres jovens que cuidam de filhas e netos. As distâncias intergeracionais diminuem. 
Valores ainda enraizados convivem com os novos, se enriqueceu em relações menos hierarquizadas. Vazio deixado pela mulher-mãe é preenchido por outras 
mulheres cuidadosas e pela escola. Homem-pai, antes tão distante, se aproximaafetivamente dos filhos, participando ativamente do cuidar, facilitando as identificações e 
os diálogos. Neste novo cenário os mais jovens se beneficiam e os mais velhos se modernizam. 
O aumento da longevidade traz uma convivência maior no decorrer do tempo beneficiando bisnetos, netos, filhos pais, avós, bisavós. Antes, dentro da família as 
cartas já estavam marcadas, tudo já estava escolhido: os parceiros ideais para os filhos, os trabalhos de êxito, os diálogos já vinham prontos e regulamentados pelo 
respeito às distâncias geracionais. 
 
 
23 
 
A família hoje mudou, está em desordem! Mas baseado em que ordem? Está desestruturada, mas baseado em que estrutura? A conquista de mais autonomia na 
família enriqueceu os relacionamentos. Nesta família plural convivem irmãos e pais que vêm de outros casamentos e, portanto, de culturas e gerações diferentes; mulheres 
sozinhas criam seus filhos com a ajuda da rede de amigos (o que em algumas camadas sociais já se faz há muito tempo). Enfim, se pudermos olhar para o novo sem a 
nostalgia do que já foi, vamos nos deparar com um cenário melhor sem os medos e fantasmas que durante muito tempo mantiveram as distâncias e bloquearam os diálogos 
entre as gerações. 
 
ATIVIDADES 
 
TEATRO: 
 Simular uma família patriarcal e os tipos de família da nossa atualidade. 
 
APRENDER PARA PARTICIPAR 
 
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO 
 
 Para participar na solução dos problemas do país e da comunidade, precisamos estudar. 
 A aquisição de cultura e técnica é fundamental para uma participação eficiente na vida política do país. Além de cultura e técnica, a escola oferece ao indivíduo o 
meio de desenvolver-se socialmente, estabelecendo laços de amizade e solidariedade.. 
 
A EDUCAÇAO NO BRASIL 
 
 
24 
 
 A história da educação no Brasil pode ser dividida em quatro etapas: 
 Primeira etapa (até 1930): a educação não era considerada muito importante pela elite que governava o país. A palavra educação nem era mencionada na 
Constituição, era inteiramente desligada da realidade nacional e servia apenas às classes altas. Nesse período, quase todas as escolas eram particulares, na maior 
parte de responsabilidade da igreja. 
 Segunda etapa (1930 – 1961): com a Revolução de 1930, a educação começou a ser encarada como problema nacional. Em 1931, o Presidente Getúlio Vargas 
criou o Ministério da Educação. Em 1932 surgiu o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, assinado por um grande número de intelectuais. Defendiam uma nova 
política de educação, contra escola para poucos, em benefícios das classes populares. Por esse manifesto, a escola não podia ser religiosa e tinha de ser gratuita e 
obrigatória dos sete aos quinze anos, permitindo-se o ensino privado. A Constituição de 1934 tornou um ensino primário obrigatório para as crianças a partir dos 
sete anos. 
 Terceira etapa (1961 – 1971): a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1961, foi a primeira lei para uma política educacional 
sistemática, nacional e eficiente. Na década de 1960, com a crescente urbanização, ocorreu um grande crescimento da rede escolar, nos níveis de 1º e 2º graus. 
Mas o ensino ainda não satisfazia as reais necessidades da sociedade, principalmente em termos de formação profissional. 
 Quarta etapa (1971...): em 1971 foi promulgada a Lei 5692, que fixa novas diretrizes e bases para o 1º e 2º graus, determinando a união do primário e o ginásio em 
uma seqüência de oito anos letivos, considerados fundamental, obrigatório no país para crianças entre sete a quatorze anos. No ensino de 2º grau, o aluno poderia aprender 
uma profissão que o preparasse para ingressar no trabalho. A falta de recursos, de preparação dos professores e de instalações adequadas dificultaram a realização dessas 
metas. Por isso, em 1982 foi promulgada uma lei que visava melhorar o ensino de 2º grau, promovendo a formação integral do aluno através de uma sólida formação geral, 
retirando o caráter profissionalizante e estimulando o equilíbrio entre as disciplinas. 
 
PROBLEMAS ATUAIS 
 
 Para analisar alguns problemas relativos a educação brasileira, precisa conhecer as principais metas da educação no Brasil hoje: 
 
25 
 
1. Erradicação do analfabetismo; 
2. Universalização do atendimento escolar; 
3. Melhoria da qualidade do ensino; 
4. Formação para o trabalho; 
5. Promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
 Para que a Constituição e a LDB fossem cumpridas, deveria haver número de salas de aula suficientes em todo território nacional, professores bem renumerados, 
material didático, alimentação, assistência médica e odontológica, além de transporte coletivo gratuito para alunos de baixa renda. 
 As principais causas da evasão escolar são: 
1. Condições sócio-econômicas precárias da maioria da população (desemprego, má distribuição de renda, salários baixos, deficiência de habitação, alimentação Etc.) 
influem de maneira decisiva na evasão escolar. 
2. A pobreza das famílias, que, principalmente na zona rural, leva a criança a trabalharem cedo, impedindo-a de estudar. 
3. A distância das escolas e estradas má conservada na zona rural, que muitas vezes são obstáculos para a freqüência nas aulas. 
4. Inadequação entre o ensino oferecido e a realidade vivida pela criança. 
5. Falta de preparação dos professores e baixa renumeração, que os obriga a sobrecarregar-se de aulas, prejudicando o seu aprimoramento e uma maior dedicação 
aos alunos. 
Outro problema é o analfabetismo. Mesmo o ensino fundamental e médio sendo obrigatório e gratuito, o país ainda não conseguiu superar esse problema. 
Com relação ao ensino profissionalizante, o principal problema refere-se à falta de recursos. É preciso equipar as escolas com laboratórios e oficinas, bem como 
preparar professores especializados. Mas isso exige verbas para a educação. 
 
 
 
 
26 
 
EDUCAÇAO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
 
 Para um país alcançar alto grau de desenvolvimento, é necessário que todos os seus cidadãos tenham oportunidade de estudar. Dessa maneira, a nação pode 
crescer através de um desenvolvimento integral, que abrange tanto o plano econômico quanto o plano social. 
 Os países mais desenvolvidos investem somas maiores em educação que os subdesenvolvidos. Atualmente não se fala mais em países ricos ou pobres de acordo 
com o potencial de recursos naturais. O que conta é o grau de instrução da população e a capacidade de produzir riquezas. É o caso de pequenos países como Japão, 
Suíça, Bélgica, Holanda e Suécia. O elevado grau de desenvolvimento desses países deve-se, em grande parte, à importância dada à educação. 
 
ALÉM DA ESCOLA 
 
 Não aprendemos só na escola, , lugar de ensino sistematizado, formal. Na aprendizagem informal, nosso aprendizado começa na família. Além disso, aprendemos 
com os amigos e pessoas experientes, em viagens, no trabalho, e, atualmente, com os meios de comunicação que temos acesso. Quantas informações recebemos no 
nosso dia-a-dia! 
 Mas a escola continua sendo importante, principalmente no sentido de organizar e orientar nossa aprendizagem. Por isso, costuma-se dizer que na escola 
aprendemos a aprender. Mesmo porque nosso aprendizado não termina com a conclusão de cursos superiores. Se quisermos estar sempre atualizados, teremos de 
estudar sempre, pois o progresso é constante. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Após a leitura e discussão do texto, escreva o que você entendeu sobre a importância do estudo: 
2. Cite as quatro etapas da educação brasileira: 
 
27 
 
3. Quais as principais metas da educação no Brasil? 
4. Dê alguns exemplos de problemas que a atual educação brasileira enfrenta: 
5. Qual a importância da educação para o desenvolvimento econômico de um país? 
 
 Pesquise e apresente em seminário na sala de aula: 
 Entreviste um professor ou o representante da educação do município e do Estado sobre os principais problemas educacionais do município: 
 Pesquisena internet ou entreviste um gestor da sua escola sobre a atual LDB – quando foi aprovada, quais as mudanças e os benefícios, o que se pode 
fazer pra amenizar os problemas da educação atual... - 
 
ESSA TAL ADOLESCÊNCIA 
 
 A adolescência e seu conceito surgiriam devido à necessidade de reestruturar as diversas fases da vida, abrindo assim um espaço entre a infância e a idade adulta. 
Diversos foram os fatores que contribuíram para o surgimento dessa fase de transição, a adolescência. O aumento da esperança de vida, ao nascer, a queda dos índices de 
mortalidade infantil são alguns fatores. 
 Antes de se estabelecer à fase da adolescência, a mudança da infância para a idade adulta era marcada por ritos de passagem. 
 Na antiguidade o rito de passagem era o período de aprendizagem que o jovem tinha com seu mestre. Na Idade Média o jovem ingressava na vida adulta quando 
era ordenado cavaleiro. 
 Em todos os dois exemplos a expectativa de vida era bem menor. Sendo assim, a infância se prolongava, mais ou menos, até os 14 ou 15 anos. Na sociedade 
ocidental esta era a época das calças curtas. Depois dessa idade ingressava-se na idade adulta e passava a usar roupas de adulto. Eram jovens senhores e senhoras. 
 
28 
 
 A partir da década de 50 que as transformações realmente abalaram essa antiga divisão de idades. O desenvolvimento científico e tecnológico proporcionou o 
prolongamento da vida. Se o tempo de vida aumentou, redimensiona-lo de maneira mais equilibrada se faz necessário. Uma dessas maneiras foi retardar o ingresso na fase 
adulta, criando assim uma brecha entre ela e a infância. Foi aí que se estabeleceu a adolescência, a famosa fase de transição. 
 Através do tempo a adolescência foi criando diferentes padrões e atitudes e sempre causaram e causarão surpresas na geração passada e sempre ouviremos dos 
saudosistas a famosa frase: “No meu tempo é que era bom”. 
 
ATIVIDADES 
 
a) Quais são as principais características físicas e psicológicas que os jovens apresentam durante a adolescência? 
 
b) Coloque em forma de quadro os aspectos negativos e os positivos da adolescência de ontem e da de hoje. 
 
SOZINHA 
Às vezes sinto que estou sozinha. 
Sozinha na minha solidão. 
Mergulhada nos meus pensamentos. 
Meu exílio é o meu quarto. 
Onde fico isolada 
Do mundo e de todos. 
È o meu cantinho personalizado. 
Nele tudo é do meu jeito. 
 
29 
 
Onde tudo está ao meu alcance. 
Papai está sempre preocupado. 
Mamãe muito ocupada. 
Cada um com seus afazeres. 
Ligo o som no último volume 
E com ele a TV e o computador. 
Tudo para chamar atenção. 
Ninguém me telefona. 
Ninguém reclama. 
Será que vivo numa redoma? 
 
ATIVIDADES 
 
a) Procure no dicionário a palavra solidão e compare com o significado expresso no poema. 
b) A personagem do poema se sente sozinha. Por quê? 
c) O poema cita atitudes que qualquer adolescente gosta de fazer. Você tem atitudes iguais à de adolescente do poema? 
d) Como é a família da menina? 
e) E a sua, como é? 
f) A jovem do poema utiliza artifícios para chamar a atenção dos pais. Você também utiliza esses métodos. Por quê? 
 
 
30 
 
LIMITES E NECESSIDADES DOS ADOLESCENTES 
 
 Às vezes, os pais se queixam das atitudes de seus filhos adolescentes, mas muitas vezes eles mesmos têm certa parcela de culpa. 
 Os filhos, quando percebem que estão se tornando donos da situação, sentem-se poderosos. Contraditoriamente, eles anseiam por limites. 
 A liberdade, tão desejada pelos jovens, deve ser conquistada aos poucos para ser saboreada. O mais adequado é negociar, para que exista diálogo e um bom 
relacionamento. 
 
ATIVIDADES 
 
a) Como você e sua família lidam com o limite? 
b) Na sua casa há regras a serem seguidas? Conte-as: 
c) Na sua opinião, você acha as regras e os limites impostos por seus pais importantes? 
d) Faça um acróstico com a palavra “Limite”, revelando os sentimentos que tal palavra desperta em você. 
 
PROIBIDO PARA MENORES 
 
 A maioridade é sem dúvida um tema complexo, polêmico e delicado no mundo todo. 
 Como todo tema polêmico ele está recheado de divergentes pontos de vista, de interpretações simplistas e até mesmo equivocadas. 
 Todo jovem sonha atingir sua maioridade, aquela que lhe proporcionará a possibilidade de maior liberdade e independência. 
 Associada a liberdade de ir e vir existem logicamente os deveres e obrigações decorrentes dessa fase, e está tudo incluído no pacote. 
 
31 
 
 É muito diferente a forma como os vários países do mundo tratam a questão da maioridade. A maioridade afeta vários segmentos de nossa vida: emocional, 
profissional e sexual. 
 
ATIVIDADES 
 
a) A maioridade lhe traz receio? Por quê? 
b) Há uma grande discussão entre políticos, para diminuir a idade para tirar a carteira de habilitação aos 16 anos. Qual sua opinião sobre esse assunto? 
c) A nossa legislação prevê que o jovem aos 16 anos está apto a votar: 
 Você se sente preparado para tal responsabilidade? 
 Como você escolhe seu candidato? 
 Na sua opinião, qual é a importância do seu voto? 
 Você acompanha a vida política do seu candidato após as eleições? 
 
VEJA ALGUNS PAISES E SUA MAIORIDADE: 
 
Argentina: 16 anos Austrália: 16 anos 
Brasil: 18 anos Bolívia: 10 anos 
Canadá: 14 anos China: Nenhuma lei 
Costa Rica:17 anos França: 16 anos 
Nova Zelândia: 16 anos Suécia: 15 anos 
 
32 
 
Tailândia: 13 anos Grã-Bretanha: 16 anos 
EUA: 17 anos 
 
A GRANDE FAMÍLIA EM CONTRUÇÃO 
 
 Nas últimas décadas tem havido uma inequívoca tensão nos núcleos familiares. Os pais dedicam cada vez menos tempo para a convivência com os filhos, o nível 
de desemprego se elevou, a instabilidade social cresceu, as taxas de divórcios e separações são cada vez maiores e o aumento da mobilidade vem provocando uma 
sensação de desenraizamento nas pessoas. 
 O núcleo familiar no qual as crianças e adolescentes vêm sendo criadas é bastante restrito, limitando-se a seus pais e irmãos. Esse fato faz com que elas conheçam 
e convivam muito pouco com a família “maior”, resultado em uma certa indiferença no seu relacionamento com os demais parentes. 
 É difícil, nas grandes cidades, uma convivência íntima com os tios, primos e, lamentavelmente, até com os avós, figuras tão importantes no desenvolvimento das 
crianças. 
 Esses fatos, somados, causam uma diminuição das fontes estáveis que colaboram para a construção dos relacionamentos sociais, causando uma ascensão do 
individualismo. Tudo isso gera um indiscutível incremento no estresse da família nuclear. 
 Nesse sentido, nossas crianças e adolescentes estão mais dependentes de amparo da comunidade, de instituições que representem lugares adicionais de 
segurança, apoio e esperança, que ofereçam figuras identificadoras confiáveis. Entre esses lugares comunitários de força e estrutura estão indivíduos os que propiciam a 
crença em um ser superior e a confiança no ambiente escolar. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Como está a família na era moderna? 
 
33 
 
2) Por que a família está se desestruturando? 
3) Quais são os motivos que levam uma família cada vez mais se isolar principalmente nas grandes cidades? 
4) Como os adolescentes dessa época estão se comportando em relação à sociedade? 
5) Você concorda que entre os jovens está prevalecendo o individualismo? 
 
O ADOLESCENTE E A FAMÍLIA 
 
 Na ausência dessa grande comunidade, é freqüente a criança ou adolescente se tornar vulnerável e deixar que uma derrota momentânea se transforme em um 
tormento permanente. 
 Não devemos perder de vista que a construção de ambientes que transmitam confiança e a reconstrução da grande família é de vital importância para o 
desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes, favorecendo-os na busca incessante da felicidade, que é uma busca própria do ser humano. 
 Desnecessário dizer que a comunidade escolar ganha uma importância cada vez maior como espaço confiável para nossos jovens. Não apenas comofonte de 
aquisição do saber, mas, principalmente, como lugar para se viver. Não é incomum que, ao perguntarmos às nossas crianças ou adolescente quem são seus melhores 
amigos, nos sejam apresentados seus amigos de escola. 
 A comunidade escolar cada vez mais se aproxima, no imaginário infantil, do espaço ocupado anteriormente pela grande família. 
 Nada impede de reatar os laços na grande família original, mas, à medida que na mente infantil e adolescente a escola ocupa grande parte desse lugar, devemos 
estar atentos para que ela possua valores como sabedoria, afetividade, fé e capacidade de acolhimento, desejáveis em qualquer comunidade estruturada, saudável e 
sentida como agradável. 
 
 
 
 
34 
 
ATIVIDADES 
 
1) Por quê a escola está ocupando o espaço que deveria ser da família? 
2) Onde os jovens buscam suas melhores amizades? Por quê: 
3) De que maneira os adolescentes estão vendo o espaço escolar? 
4) Por quê a família é importante para o desenvolvimento saudável dos adolescentes? 
 
EMOÇÕES 
 
 No processo de crescimento, uma das principais expressões da vida são as emoções e sentimentos. Saber lidar com essas energias é um dos grandes 
aprendizados na construção da personalidade de um indivíduo. 
 Progressivamente a criança/jovem vai percebendo que dentro do peito sente uma dor profunda cada vez que algo triste acontece com ela, ou uma vontade de 
atacar alguém quando é agredido ou alguém limite é imposto: que às vezes ela sente falta de alguém e a sua vontade é de ficar bem juntinho dessa pessoa, saber que vai 
poder estar ali o tempo que precisar: que o riso vem fácil, assim como a vontade de contar para alguém querido quando algo alegre acontece, ou aquela vontade de fugir e 
ficar perto de alguém em quem confia quando se sente ameaçada; e assim por diante. 
 Infelizmente, a educação tem reprimido os sentimentos dos indivíduos e raros são os pais que ajudam os filhos a conhecer a energia das emoções e a aprender a 
expressa-las com serenidade. 
 Muitos pais se sentem incomodados com as emoções dos filhos e procuram destruí-las ou muda-las. “Homens não chora”. Faça que nem eu, que nem me abalo. 
“Agora não tenho tempo para você”. 
 Quando o filho vê que suas emoções incomodam os pais, acaba por esconde-las ou manifesta-las outras formas, tais como com problemas de aprendizagem, 
distúrbios de sono, alimentares, enurese noturna, dificuldades de relacionamento etc... 
 
35 
 
ATIVIDADES 
 
1) Você sabe lidar com suas emoções? 
2) Como a educação te tratado as emoções dos jovens? 
3) Muitos pais sentem-se incomodados com as emoções dos filhos que atitudes eles tomam? 
4) Quais são as reações mais comuns dos filhos diante dos pais, quando suas emoções não são respeitadas? 
5) Você concorda que as emoções devem ser controladas pelos pais pela escola ou pela sociedade: Dê sua opinião: 
 
SABER LIDAR COM AS EMOÇÕES 
 
 A partir do momento em que seus pais sabem escute-lo ele pode falar da sua dor, do seu medo, chorar a sua tristeza, sentir a proteção deles e voltar a ter a cabeça 
livre para estudar. 
 As emoções mais comuns nas pessoas são alegria, afeto, tristeza, medo e raiva. 
 Nas situações de medo, o filho precisa se proteção, manifesta especialmente através do contato físico ( pegando-o no colo, segurando-lhe a mão, etc...) Quando 
sente tristeza, deve ser ajudado a aceitar as perdas e frustrações, pois inevitavelmente elas acontecem. Ele precisa ter permissão para manifestar também a raiva, a fim de 
aprender a se defender, mas deve ser orientado a não agredir os outros e, muito menos, a si mesmo. 
 Precisa ainda ser estimulado a compartilhar seu afeto e sua alegria, a partir do exemplo dos pais, que devem celebrar as vitórias e comemorar as conquistas dos 
filhos. 
 É com os pais que os filhos aprendem a manifestar os próprios sentimentos. 
 É inevitável, pois, que valorizem mais: a tristeza, se os pais são depressivos; o medo, se os pais estão sempre assustados; a raiva, se estão sempre brigando; o 
amor; se eles se tratam carinhosamente. 
 
36 
 
 Geralmente os pais tendem a valorizar mais determinadas emoções e a desprezar outras, e criam um estilo de vida que não estimula os filhos a expressa-las. 
 Manifestar bem as emoções provém da capacidade de a pessoa viver o momento presente, e não simplesmente repetir os sentimentos que foram estimulados na 
infância. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Quais são as emoções mais comuns? 
2) Como devem ser enfrentada as emoções de tristeza? 
3) Onde os filhos devem procurar principalmente o apoio para suas emoções? 
4) Por que os pais devem ser o exemplo para os filhos? 
5) Por que as pessoas devem manifestar bem suas emoções? 
 
SOCIOLOGIA DA JUVENTUDE 
 
 O interesse acadêmico pela juventude como categoria social específica tomou vulto a partir da década de 1960, quando começaram a surgir formas ousadas de 
manifestações cultural juvenil e o comportamento de grupos de jovens contestadores passou a contratar abertamente com os padrões sociais estabelecidos. 
 O conceito usual de juventude refere-se a uma faixa de idade que vai dos 14 aos 19 anos. Um período da vida em que o jovem completa seu desenvolvimento 
físico e passa por importantes mudanças biológicas, psicológicas e sociais. 
 No Brasil, enquanto a geração de jovens adolescentes de 1990 foi numericamente superior em 1 milhão de pessoas à de 1980, a nova geração de adolescentes no 
ano 2000 já era 2,3 milhões superior à dos jovens de 1990. 
 
37 
 
 Seria, preciso, então, oferecer a esses milhões de jovens, educação e preparação profissional adequadas para facilitar seu ingresso no mercado de trabalho, 
criando-lhes, ao mesmo tempo, formas de convivência e de participação na sociedade. 
 Há, atualmente, no país, uma oferta insuficiente de postos de trabalho e uma enorme competição pelas poucas vagas existentes. Os dois fenômenos somados – 
escassez de emprego e aumento no número de jovens – criam uma situação socialmente explosiva. Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem se mostrado incapaz de 
absorver aos dois milhões de jovens que entram todos os anos no mercado de trabalho. Nessas condições, milhares de jovens não conseguem sequer seu primeiro 
emprego. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Dê sua opinião sobre a juventude atual? 
2) Por quê a juventude atual tem outros padrões de comportamento em relação ao passado? 
3) Você concorda que a juventude atual mudou para melhor? 
4) Qual sua opinião sobre o futuro da nossa juventude no Brasil hoje? 
 
TEXTO: SOBRE OS JOVENS 
 
 A intensificação da economia globalizada na última década reduziu drasticamente as oportunidades de trabalho para os jovens. Os jovens e os idosos poderão ser 
os primeiros excluídos das novas sociedades que ainda estão se formando. 
 De acordo com alguns economistas, uma parcela da juventude poderá passar até a vida inteira sem obter trabalho. Essa perspectiva pode levar o jovem a uma nova 
direção. Desta vez não há um mero conflito de gerações. Agora, os jovens se revoltam contra outros grupos sociais e até contra toda a sociedade, contra um sistema que os 
marginaliza. Já há claros indícios de que isso esteja acontecendo. 
 
38 
 
 Não se trata, desta vez da utopia dos jovens rebeldes dos anos 1960, que queriam construir um novo mundo, reformar a sociedade, mas de jovens que desejam 
participar dela, serem nela incluídos. Uma sociedade que lhes oferece tudo, mas que, ao mesmo tempo, nega-lhe essa possibilidade. Acena para uma vida de grandes 
confortos e prazeres, mas que estão fora de seu alcance. 
 Tudo isso gera resposta agressivas. Os mais pobres sentem-se cada vez mais atraídos pela marginalidade, ingressando no crime organizado ou em gangues 
extremamente violentas. Os jovens de classes média, cujo padrão de vida esteja se reduzindo, tenderão a adotar atitudes ostensivas de constentação, podendo participar 
tanto de grupos neofascistas e racistas como de movimentos anarquistas, que desejam destruira sociedade, acabar, simplesmente, com qualquer forma de vida 
organizada. 
 É nesse contexto que a juventude surge como tema para a Sociologia. Não se trata mais de um jovem que está em permanente conflito de gerações, mas de um 
jovem que tem dificuldade de se integrar à sociedade globalizada, que está se tornando mais violento por se sentir socialmente excluído e que participa de grupos tribais, 
para não se sentir solitário. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Como está a oferta de trabalho para os jovens nos dias de atuais? 
2) Cite as diferenças entre os jovens dos anos 60 com os jovens de hoje? 
3) Que atitudes os jovens vem tomando para não se sentirem excluídos? 
 
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL 
 
 É o conjunto ordenado de partes encadeadas que formam um todo. Dito de outro modo, a estrutura social é a totalidade dos status existentes num determinado 
grupo social ou numa sociedade. 
 
39 
 
 Cada participante de uma estrutura desempenha o papel correspondente à posição social que ocupa (status). O conjunto de todas as ações realizadas quando os 
membros de um grupo desempenho seus papéis sociais compõe a organização social. Esta correspondente, portanto, ao funcionamento do organismo social. 
 Durente o período letivo, a organização da escola é bastante dinâmica. No período de férias baixa a níveis mínimos, pois quase todos os indivíduos que a 
constituem não estão desempenhado seus papéis. 
 Assim, enquanto a estrutura social dá idéia de algo estático, que simplesmente existe, a organização social dá idéia de algo dinâmico, em permanente movimento. 
 A estrutura de partes, enquanto a organização social se refere às relações que se estabelecem entre essas partes. 
 Quanto mais complexa a sociedade, maiores e mais complexas sua estrutura e sua organização social. 
 Tanto a estrutura quanto a organização social são passíveis de mudanças, não permanecem sempre iguais. Elas podem passar, e passam com freqüência, por 
processos de mudanças sociais. Exemplos disso já foram dados em diversas passagens deste capítulo e de outros, nas referências a mudanças de comportamento do 
homem que divide as tarefas domésticas com a mulher ou as mudanças de papel da mulher no decorrer do tempo. 
 
ATIVIDADES 
 
1) O que são Estruturas Sociais? 
2) O se entende por Organização Social? 
3) Como é a estrutura e a organização social numa sociedade complexa? 
4) Por que as estruturas e a organização social são flexíveis?

Continue navegando