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Câncer de Endométrio

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Câncer de Endométrio 
Saúde da mulher- Thaynara Oliveira da Silva 
 
Antes de entrar no tema de câncer de endométrio propriamente dito, um poquinho sobre 
patologias endometriais... 
Pólipos (proliferações epiteliais no endométrio) que podem ser: 
- Atróficos; 
- Glandulares 
- Hiperplásicos; 
- Adenomiomas. 
 
Quadro clínico: Sangramento anormal, infertilidade, dismenorreia, Pólipo “parido” e 
abortos de repetição. 
 
Tratamento: exérese 
 
Hiperplasia Endometrial 
Ação estrogênica persistente sem contraposição da progesterona leva a uma proliferação 
endometrial difusa (aumento da espessura endometrial). 
 
Hiperplasia endometrial e progressão para câncer: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de risco: 
 Anovulação 
 Obesidade 
 Nuliparidade 
 Terapia hormanal com estrogênio isolado ou doses insuficientes de progesterona 
 Tumores produtores de estrogênio 
 Menarca precoce 
 Menopausa tardia 
 Tratamento com Tamoxifeno (SERMS) 
 
Apresentação clínica: Assintomática ou Sangramento Uterino Anormal (SUA) 
Diagnóstico: USTV se espessura > ou = 5 mm em mulher pós-menopausa. 
Tratamento: 
Se hiperplasia simples ou complexa sem atipias: Progestogênio VO ou VV ou IM ou 
DIU com levonorgestrel. 
Hiperplasia 
Endometrial 
Típica 
Atípica 
Simples (1%) 
1(1%) 
Simples (8%) 
Complexa (29%) 
Complexa (3%) 
Se hiperplasia simples ou complexa com atipias: Histerectomia. Caso a paciente queira 
engragidar: prgestogênio + biópsia + reavaliação de endométrio (se persistirem as 
atipias=> histerectomia) 
 
Hiperplasia Atípica (Neoplasia Intraepitelial Endometrial- NIE): é a verdadeira 
precursora do CA endometrial. Presença de células epiteliais alargadas, 
hipercromáticas, com nucléolos proeminentes. 
 
 
Dentre os tumores malignos do trato genital inferior, o câncer de endométrio ocupa a 
terceira posição de maior incidência. 
1º CA de mama 
2º CA de colo uterino 
3º CA de endométrio 
 
Fatores de risco: 
 Idade (>60 anos); 
 Raça branca; 
 História familiar; 
 Elevado nível socioeconômico; 
 Síndrome de Lynch tipo II 
 Irradiação na pelve; 
 Passado de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP); 
 Menacme longa (menarca precoce e/ou menopausa tardia); 
 Nuliparidade; 
 Terapia de Reposição Hormonal (TRH) estrogênica isolada; 
 História de câncer de mama; 
 Uso de Tamoxifeno; 
 Tumores ovarianos que aumentam estrogênio; 
 Obesidade; 
 Síndrome metabólica; 
 Hiperplasia endometrial atípica; 
 Doença da vesícula biliar. 
 
# O papel do estrogênio no desenvolvimento da maioria dos cânceres de endométrio está 
comprovado. Qualquer fator que aumente a exposição ao estrogênio sem oposição da 
progesterona aumenta o risco dessa doença. 
 
Fatores Protetores: 
 Multiparidade; 
 Uso de Anticoncepcional Oral Combinado (ACO); 
 Tabagismo; 
 Uso de Sistema Intrauterino Liberador de Progesterona; 
 Terapia hormonal combinada; 
 Perda de peso. 
 
Classificação quanto aos tipos patogênicos: 
 
TIPO I: 75-85% dos casos. Acomete mulheres mais jovens. Tem associação com 
hiperestrogenismo. Grau: G1. Tipo histológico: Endometrioide. Obesidade presente. 
Endométrio hiperplásico que evolui para carcinoma 
 
TIPO II: Não tem associação com hiperestrogenismo e hiperplasia endometrial. Origem 
a partir de endométrio atrófico. Mulheres velhas, magras e pós-menopausadas. Pior 
prognóstico. Tipo histológico: sero-papilar células claras. 
 
Classificação em graus histológicos: 
 G1: bem diferenciado 
 G2: moderamente diferenciado 
 G3: indiferenciado 
 
Classificação quanto aos tipos histológicos: 
 Adenocarcinoma endometrioide (80%) 
 Adenocarcinoma mucinoso (5%) 
 Carcinoma de células claras (5,7%) 
 Carcinoma seroso papilar (4,7%) 
 Carcinoma escamoso 
 
Apresentação clínica: 
Menos de 5% são assintomáticas 
Pós-menopausa: metrorragia, corrimento, hematométrio, piométrio, pressão ou 
desconforto pélvico. 
Pré-menopausa: SUA 
Rastreamento: Não há rastreamento populacional para câncer de endométrio. 
 
Diagnóstico: Ultrassom Transvaginal: seleciona quem vai fazer histopatológico com 
base na espessura endometrial. 
Mulher pós- menopausa sem TRH=> normal até 4 ou 5mm. 
Mulher pós-menopausa com TRH=> normal até 8mm. 
 
Diagnóstico definitivo: estudo anatomopatológico: 
 Histeroscopia com biópsia de endométrio (escolha); 
 Aspiração; 
 Curetagem. 
 
Estadiamento: 
É cirúrgico! (laparotomia ou videolaparoscopia) com coleta de líquido peritoneal 
(lavado peritoneal), histerectomia total com salpingooferectomia bilateral e 
linfadenectomia pélvica. 
 
0 Tis Carcinoma in situ 
1 T1: limitado ao endométrio 
T1a: <50% da espessura endometrial. 
T1b: >50% da espessura endometrial. 
2 T2: Invade estroma cervical, mas não se estende para 
além do útero. 
3 T3: extensão local e/ou regional do tumor 
T3a: invade serosa ou anexos 
T3b: invade paramétrios ou vagina 
T3c1: metástase para linfonodos pélvicos 
T3c2: metástase para linfonodos para-aórticos 
4 T4: Invade bexiga e/ou mucosa intestinal ou apresenta 
metástases a distancia. 
T4a: Invade bexiga e/ou mucosa intestinal 
T4b: metástases a distancia (intra-abdominais e/ou 
gânglios linfáticos inguinais) 
 
 
Disseminação: 
 Linfática (mais comum) 
 Direta (contiguidade) 
 Transtubária 
 Hematogênica 
 
Tratamento: 
O estadiamento cirúrgico é terapêutico. O que vai variar entre os estágios é se está 
indicado tratamento adjuvante (pós- operatório) ou não. 
 
Referências Bibliográficas: 
TRATADO DE GINECOLOGIA FEBRASGO / editores Cesar Eduardo Fernandes, 
Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho [et al.]. 1. ed. - 
Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. 
 
BEREK E NOVAK. Tratado de ginecologia / Jonathan S. Berek ; tradução Claudia 
Lúcia Caetano de Araújo, Tatiane da Costa Duarte. 15. ed. Rio de Janeiro : Guanabara 
Koogan, 2014.

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