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Endoderma

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Durante o dobramento lateral, o endoderma formará 
um tubo dentro dele, denominado intestino primitivo. E 
o mesoderma esplâncnico será responsável pela 
sinalização para diferenciação dessa região. Além disso, 
o celoma intraembrionário irá acolher a formação dos 
órgãos internos com a formação da cavidade 
intraperitoneal. Os órgãos acolhidos por essa cavidade 
intraperitoneal estarão presos ao mesentério dorsal, 
uma diferenciação do mesoderma esplâncnico. A 
diferenciação do mesoderma esplâncnico dá origem à 
lâmina própria, submucosa, paredes musculares, 
elementos vasculares e ao tecido conjuntivo associado à 
essa região. 
 
 
 
Já durante o dobramento craniocaudal, percebe-se a 
formação de três divisões intestinais: 
 
 Intestino primitivo anterior: Encontra-se desde a 
membrana bucofaríngea até a porção hepática; 
 Intestino primitivo medial: Encontra-se em 
contato com o saco vitelínico; 
 Intestino primitivo posterior: Encontra-se entre 
a membrana cloacal até a porção anterior do 
colo. 
 
Tanto o intestino primitivo anterior quanto o intestino 
primitivo posterior são tubos cegos que irão se abrir 
posteriormente à abertura das regiões da boca e do 
ânus. 
 
 
 
 
 
 
Como o embrião e o tubo digestório se alongam em 
relação ao saco vitelínico e o dobramento continua a 
converter o intestino médio aberto em um tubo, o colo 
do saco vitelínico se estreita até que ele se torne o 
delicado ducto vitelínico. 
 
DIVISÕES DO INTESTINO 
 
INTESTINO ANTERIOR 
 
Inclui o intestino faríngeo, que vai da membrana 
bucofaríngea até o divertículo respiratório (parte do 
intestino anterior). O restante do intestino anterior se 
encontra caudal ao tubo faríngeo e se estende até a 
invaginação hepática. 
 
INTESTINO MÉDIO 
 
Começa caudalmente ao broto hepático e se estende 
até a junção dos dois terço direitos com o terço esquerdo 
do colo transverso no adulto. 
 
INTESTINO POSTERIOR 
 
Se estende do terço esquerdo do colo transverso até a 
membrana cloacal. 
 
 
Embriologia 
Endoderma 
Beatriz Fernandes 
DERIVADOS DO ENDODERMA 
 
 
 
ENDODERMA FARÍNGEO 
 
Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no início 
da quarta semana, quando as células da crista neural 
migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço. 
Cada um dos cinco arcos faríngeos consistem em um 
centro de mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) 
e é recoberto externamente por ectoderma e 
internamente por endoderma, formando as bolsas 
faríngeas em seu interior. 
 
 Primeiro par de bolsas faríngeas: Origina a 
cavidade timpânica e a tuba auditiva; 
 Segundo par de bolsas faríngeas: Origina a 
tonsila palatina; 
 Terceiro par de bolsas faríngeas: Origina o timo 
e a paratireoide inferior; 
 Quarto par de bolsas faríngeas: Origina a 
paratireoide superior. 
 
 
 
DIVERTÍCULO RESPIRATÓRIO 
 
Logo após o último arco faríngeo ocorrerá a formação 
de um brotamento ventral, o divertículo respiratório. A 
partir dele se formará a traqueia e os brotos 
pulmonares. O divertículo respiratório é um brotamento 
do tubo endodérmico ou intestino primitivo anterior. 
Dorsalmente a esse brotamento haverá a formação do 
esôfago. E, para que haja a separação entre a traqueia 
e o esôfago, haverá a formação do septo 
traqueoesofágico por meio de uma força exercida pelo 
mesoderma esplâncnico. 
 
O mesoderma esplâncnico, que envolve o intestino 
primitivo anterior, também será importante para a 
sinalização que irá induzir a diferenciação do 
endoderma nesta região. 
 
O divertículo respiratório sofrerá influência do 
mesoderma cardiogênico, do septo transverso e do 
mesoderma esplâncnico. Com isso, as porções ventral e 
dorsal do intestino primitivo irão expressar fatores 
distintos para a sua diferenciação. 
 
 
 
DEFEITOS NA SEPARAÇÃO DO DIVERTÍCULO RESPIRATÓRIO 
 
 Fístula traqueoesofágica: Conexão anormal 
persistente entre os dois órgãos, resultante da 
separação incompleta do intestino anterior em 
traqueia e esôfago. Essa enfermidade é também 
conhecida como fístula esofagotraqueal; 
 Atresia esofágica: De estreitamento a total 
obstrução do lúmen esofágico, esôfago fecha 
em saco cego. Proliferação insuficiente do 
endoderma esofágico. 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO ESTÔMAGO 
 
Na porção mais caudal do intestino primitivo anterior 
haverá a formação do estômago. O estômago será 
formado durante a quarta semana como uma dilatação 
do intestino primitivo anterior. A dilatação ventral desse 
tubo endodérmico ocorre de maneira distinta nas 
porções ventral e dorsal, o epitélio da região dorsal irá 
proliferar mais que aquele da região ventral, fazendo 
com que se forme uma curvatura maior na parede 
dorsal e uma curvatura menor na parede ventral. Com 
o aumento do estômago, ele gira em 90o no sentido 
horário ao redor do seu próprio eixo até dar origem à 
conformação final do estômago. 
 
 
 
FÍGADO, VESÍCULA BILIAR E PÂNCREAS 
 
Caudal ao estômago, haverá a formação de 
brotamentos no tubo endodérmico que darão origem ao 
fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas. O brotamento 
hepático, formado a partir do divertículo hepático, 
depende da sinalização do septo transverso, um dos 
precursores do diafragma. O septo transverso, então, 
estimulará a formação não só do divertículo hepático, 
que dará origem, posteriormente, ao fígado, mas 
também do divertículo cístico, que dará origem a 
vesícula biliar. O pâncreas é formado a partir dos 
brotamentos pancreáticos ventral e dorsal, que irão se 
fundir após o giro do intestino primitivo. 
 
 
 
INTESTINO MÉDIO 
 
O intestino médio é aquele que está em comunicação 
com o saco vitelínico e com o cordão umbilical. Com o 
dobramento caudal, o pedículo de conexão se aproxima 
da região ventral do embrião e se une ao ducto vitelínico, 
dando origem ao cordão umbilical. Posteriormente, o 
saco vitelínico irá regredir, porém até a 10a semana 
haverá uma alça do intestino médio que permitirá com 
que o intestino primitivo cresça mais que a cavidade 
intraperitoneal. Para que o intestino médio cresça de 
forma correta ocorrerá uma herniação umbilical 
fisiológica e dentro dela ele sofrerá a sua primeira torção 
de 90o em sentido anti-horário. Com o desenvolvimento 
do embrião, o intestino já possuirá um espaço para se 
manter dentro da cavidade intraperitoneal e retornará 
ao abdômen. Ao retornar à cavidade abdominal, ele 
sofrerá uma rotação adicional de 180o em sentido anti-
horário, dando origem ao intestino em sua conformação 
final. 
 
 
 
O ducto vitelínico deve regredir e desaparecer, porém, 
caso isso não aconteça, ele formará um divertículo 
associado ao intestino, denominado divertículo de 
Meckel. 
 
INTESTINO POSTERIOR 
 
O intestino posterior, que termina na membrana 
cloacal, dará origem ao cólon transverso, ao cólon 
descendente, ao cólon sigmoide, ao reto e à porção 
superior do canal anal. A sua porção mais caudal irá ser 
dividida pelo septo urorretal, formando o seio urogenital, 
o canal anorretal e uma porção da bexiga e da uretra.

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