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Apostila de Fundamentos em Enfermagem - Valmir e Michele

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Av. Guilherme Schell, 5000 - Centro - Canoas/RS
CEP 92310-000 Telefone: (51) 2103.3000. 34651125 ou 21033024 E-mail: enfermagem@ipuc.com.br
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM
Colaboração dos professores do curso técnico em enfermagem do IPUC:
Prof.Esp. Enfº. Denis Adir Maapelli 
Prof.Esp. Enfª. Rosani Grando 
Prof. Md. Esp..Enf.ª Susi Carmona 
Revisado por:
Prof.Esp. Enfª Michele Ferreira
Prof.Ms Esp. Enfº Valmir Machado de Almeida
 
Introdução 
Pode – se considerar que a enfermagem sempre esteve voltada para atender as necessidades de assistência de saúde da sociedade. Ela originou-se do desejo de manter as pessoas saudáveis, assim como propiciar conforto, cuidado e confiança ao enfermo. 
“A enfermagem como profissão, é a única na medida, em que se dedica humanista, ás reações dos pacientes e de suas famílias, frente aos problemas reais e potenciais ‘’. 
SAÚDE: é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a ausência de doença ou enfermidade. 
DOENÇA: é um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma pessoa está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões. 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS 
Necessidades fisiológicas 
Estas são as necessidades mais básicas (oxigênio, hidratação, nutrição, temperatura, excreção, repouso, sexo). Uma vez satisfeitas estas necessidades passamos a nos preocupar com outras coisas. 
Necessidades de segurança 
No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da hierarquia. 
Necessidades sociais 
O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas. Esse agrupamento de pessoas pode ser, no seu local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação de pertencer a um grupo. 
Necessidades de "status" ou de estima 
O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento. 
Necessidade de auto-realização 
O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O ser humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo a busca de Deus. 
Os profissionais de saúde preocupam-se que estas necessidades básicas sejam proporcionadas aos pacientes que buscam assistência. 
A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos 
- Período Pré-Cristão 
Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente.
3
Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes. 
- Egito 
Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados. 
- Índia 
Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecção de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo. 
- Assíria e Babilônia 
Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes - médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios. Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Introdução à Enfermagem Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa". 
- China 
Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecção de cadáveres. 
- Japão 
Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas termais. 
- Grécia 
As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes - médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a 
morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais. 
- Roma 
A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego. O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente através da reforma dos indivíduos e da família. Os cristãos praticavam uma tal caridade, que movia os pagãos: "Vede como eles se amam". 
Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiaispor parte da Igreja. 
História da Enfermagem 
Período Florence Nightingale 
	Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: “ Guerra da Criméia.’’ Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%. Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela foi imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida. Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1959. Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de Introdução à Enfermagem de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.
História da Enfermagem no Brasil 
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal. A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina. No que diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses. Foi além. Atendia aos necessitados, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais comuns. A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuciosamente descritas. Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles. Não há registro a respeito. Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (Séc. XVIII). Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio Andrade e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil. 	
	No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata sobre a Enfermagem. Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes de destacaram e, entre eles, merece especial menção o de Anna Nery. 
Anna Nery 
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros. Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. 
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço Municipal. O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. 
A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar. 
SÍMBOLOS DA ENFERMAGEM 
Resolução COFEN-218/1999 
(Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem). Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem. O Conselho Federal de Enfermagem-COFEN, no uso de suas atribuições legais e estatutárias; CONSIDERANDO os estudos e subsídios contidos o PAD-COFEN Nº 50/98, sobre " padronização de Juramento, Pedra, Cor, e Símbolos a serem utilizados nas Solenidades de Formaturas ou representativas da Profissão ", pelo Grupo de Trabalho constituído através da Portaria COFEN-49/98; CONSIDERANDO as diversas consultas sobre o tema, que constantemente são efetuadas; CONSIDERANDO inexistir legislação, normatizando a matéria; CONSIDERANDO 
deliberação do Plenário em sua Reunião Ordinária de nº 273; realizada em 28.04.99. 
Resolve: 
Art. 1º- Aprovar o regulamento anexo que dispõe sobre o Juramento a ser proferido nas Solenidades de Formatura dos Cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e o Brasão ou marca que representará a Enfermagem, em anéis e outros acessórios que venham a ser utilizados em nome da Profissão. 
Art. 2º- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
REGULAMENTO APROVADO PELA RESOLUÇÃO 218/99 
SIMBOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM: 
 
Os significadosdados aos símbolos utilizados na Enfermagem, são os seguintes: 
· Lâmpada: caminho, ambiente; 
· Cobra: magia, alquimia; 
· Cobra + cruz: ciência; 
· Seringa: técnica 
· Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde 
· Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda 
· Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda 
· Símbolo: lâmpada
· Brasão ou Marca de anéis ou acessórios: 
· Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz 
· Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa 
Histórico dos Hospitais 
Inicialmente os hospitais surgiram com a qualificação apenas de albergue, de hospedaria onde os desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e alimentados. As pessoas eram recebidas não por estarem doentes e necessitarem de tratamentos; os que requeressem cuidados médicos permaneciam em suas casas, onde eram visitadas pelos profissionais da época e onde eram tratados, tanto clinico quanto cirurgicamente. Não se conhecia, na época, nada sobre esterilização, desinfecção ou anti-sepsia. Durante muitos anos os hospitais desempenharam exclusivamente a função de albergue, que era mais social do que terapêutico. Posteriormente, com o aparecimento das moléstias repelentes, das doenças deformantes, iniciou-se a exigência de isolamento compulsório desses pacientes apenas como defesa da sociedade. Atualmente para a Organização Mundial de Saúde, (OMS) o Hospital é parte de uma estrutura de caráter médico e social, cuja função consiste em assegurar assistência completa preventiva e curativa à população. Quanto ao atendimento prestado, o Hospital pode apresentar-se sob:
Duas modalidades: 
Geral; 
Especializado. 
Quanto à administração pose ser: 
Particular 
Filantrópico 
Público (federal, estadual ou municipal). 
São funções dos hospitais: 
Proporcionar assistência aos pacientes visando à sua recuperação; 
Colaborar nos programas gerais de saúde pública; 
Participar ativamente na formação dos profissionais da área da saúde; 
Promover pesquisas biossociais e de ciências correlatas. 
O Hospital compreende uma série de serviços ou departamentos, cujo funcionamento está a cargo de uma equipe multiprofissional de saúde. 
Unidade de Internação 
É a área destinada a acomodar e servir a determinado número de pacientes. A unidade de internação é composta por quartos, posto de enfermagem, sala de serviços, copa, sanitários, expurgo, sala para depósitos de materiais, entre outros. 
Unidade do Paciente 
Corresponde a toda área ocupada por ele e é composta de cama, colchão, cadeira, mesa de cabeceira, escadinha e mesa de alimentação, comadre e papagaio. 
UNIDADE DE EMERGÊNCIA = é o conjunto de elementos para atendimento, diagnóstico e tratamento de pacientes, acidentados ou acometidos de mal súbito, com ou sem risco de vida. 
SALA OU CENTRO DE RECUPERAÇÃO = é a área onde se concentram os pacientes egressos das salas de operação para receberem os cuidados pós-anestésicos e ou pós-operatórios imediatos. 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA OU CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA = é o conjunto de dependências destinadas ao tratamento dos pacientes em estado grave, onde se concentra o pessoal mais qualificado e os equipamentos mais diferenciados do hospital. 
SALA DE PEQUENAS CIRURGIAS = é destinada à realização de pequenas intervenções cirúrgicas que, na ma maioria dos casos, possam ser realizadas sob anestesia local e permitam ao paciente retirar-se em seguida. 
SALA DE PRÉ-PARTO = é a dependência da unidade do centro obstétrico destinada a acomodar a parturiente durante a fase inicial do trabalho de parto. 
NECROTÉRIO OU MORGUE = é o local destinado à guarda e conservação do cadáver até sua remoção ou à realização da necropsia. 
UNIDADE DE CENTRO CIRURGICO OU BLOCO CIRURGICO = é o conjunto de elementos destinados a realizações de procedimentos cirúrgicos. 
UNIDADE DE CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO = é o conjunto de elementos destinados e recepção expurgo, esterilização, guarda e distribuição do material para unidades do hospital. 
UNIDADE DE AMBULATÓRIO = é o conjunto de elementos que possibilita o atendimento de pacientes para diagnóstico e tratamento quando constatada a não necessidade de internação.
Terminologia Hospitalar 
Hospital de Pequeno Porte = é o que tem a capacidade normal ou de operação de até 50 leitos; 
Hospital de Médio Porte = é o que tem capacidade normal, ou operação de 51 a 150 leitos; 
Hospital de grande Porte = é o que tem capacidade de 151 a 500 leitos. 
Hospital extra de grande Porte = é o que tem capacidade de acima de 501 leitos. 
O Paciente Hospitalizado 
A assistência ao paciente hospitalizado, desde a admissão até a sua alta, transferência ou óbito, faz parte das funções da equipe de enfermagem, que deve ter preparo especial para desempenhar bem seu trabalho. 
Prontuário do paciente: “o prontuário médico ou do paciente” é o conjunto de documentos e informações relativas à história da vida de um paciente e da sua doença sob o ponto de vista médico-social para garantir a necessária uniformidade estatística. No preenchimento dos impressos, os dados devem ser precisos, sintéticos e escritos com letra que possa ser reconhecida por todos. Como instrumento de comunicação que é, deve conter uma linguagem clara e concisa, e evitar códigos pessoais ou abreviaturas. O prontuário é um instrumento de intercomunicação bastante eficiente, por meio dos quais os profissionais comunicam-se, fornecendo informações sobre o paciente. Portanto, ele é um grande fator de integração dos integrante da equipe de saúde do hospital. 
A utilidade do prontuário é de grande valia para: 
. o paciente; 
. a equipe de saúde; 
. o ensino e pesquisa; 
. a defesa e proteção de todos. 
Documentos que compõem o prontuário do paciente: 	
· Prescrição médica:
Deve ser feita diariamente com validade de 24 horas. O início do dia de uma prescrição médica não obedece ao horário de um dia habitual. O horário varia para cada instituição podendo iniciar as 14h, 16h, 18h ou 20h. Em alguns hospitais a prescrição médica é eletrônica, ficando uma via no prontuário do paciente e outra é enviada online para a farmácia para a dispensação dos medicamentos) . Prescrição de enfermagem (realizada pelo enfermeiro com validade de 24 horas tendo ênfase nos cuidados de enfermagem). 
· Folha de evolução:
É de uso multiprofissional mas o técnico de enfermagem realiza o registro de seus cuidados na Folha de Registros de Enfermagem) 
· Folha de registros de enfermagem:
É utilizada para registrar: os sinais vitais, medicamentos administrados, eliminações do paciente, balanço hídrico e assistência prestada pelo técnico de enfermagem bem como: curativos, recusa de algum item prescrito, sendo anotado o seu motivo, coleta de materiais para exames, encaminhamento e realização de exames, identificação de intercorrências e as condutas adotadas, notificação a outros profissionais da equipe de saúde, orientações prestadas ao paciente e aos seus acompanhantes) 
· Folha de exames e laudos de diagnóstico por imagem 
· Folha de identificação do paciente 
· Outros dependendo da rotina da instituição 
OBS: Não rasurar a anotação. Não apagar a anotação errada nem usar tinta corretiva, escrever a palavra “digo” entre vírgulas, continuando a redação da informação correta. Caso o registro tenha sido feito em prontuário de outro paciente, passar um traço sobre a anotação e escrever “paciente errado”. 
Aprazamento: É o momento em que o enfermeiro ou técnico de enfermagem, analisa a prescrição médica e, utilizando seus conhecimentos sobre medicamentos, estipula horários para sua administração, de acordo com os intervalos prescritos pelo médico e a rotina de aprazamento vigente. 
Checagem: após oferecer o medicamento ao paciente, retorna à prescrição médica para realizar registrar a administração do medicamento e/ou cuidado realizado conforme o aprazamento. A rotina padronizada é que a medicação administrada, o profissional deve fazer traço no horário aprazado da direita p/esquerda( / ), medicação não dada deve ser circulada na prescrição médica.
Admissão 
A internação é uma mudança drástica na vida de uma pessoa. No momento em que se está fisicamente debilitado, ela é obrigada a deixar repentinamente seus entes queridos, a sua vida profissional, os seus objetos pessoais, os seus hábitos. A partir daí os problemas físicos são acrescidos pelos problemas emocionais. O sofrimento da pessoa hospitalizada varia em relação à própria doença, idade ou características individuais, ou ainda, ao tipo de relacionamento familiar. O ato de admitir o paciente requer alguns cuidados que vão tranqüilizá-lo e facilitar sua adaptação às rotinas hospitalares. O paciente deverá ser orientado quanto as normas e rotinas do hospital, bem como horário das refeições, visitas médicas e de familiares, repouso e recreação, serviços religiosos, uso da campainha e instalações sanitárias. 
Transferência 
É a mudança de leito, quarto, enfermaria ou unidade, dentro do mesmo hospital, ou em alguns casos, para outro hospital. Quando a transferência for para outro hospital, os procedimentos de enfermagem serão os mesmos para a alta hospitalar. 
Alta 
Geralmente, o momento da alta é muito gratificante para o paciente e seus familiares. 
A equipe de enfermagem deve preparar emocionalmente o paciente para a alta hospitalar, cuidando para que o mesmo não esqueça os seus pertences e dando as orientações quanto à continuidade do tratamento, à dieta e ao eventual retorno. Dentro da alta podemos ter a alta por: 
. alta clinica; 
. alta por transferência; 
. alta por fuga; 
. alta por óbito. 
Algumas vezes o paciente poderá desejar ir embora, sem a permissão médica. Para isso o mesmo assina um termo de responsabilidade, isentando o médico e o hospital de qualquer responsabilidade que possa ocasionar complicações pela sua saída. 
Quando o médico anunciar a alta do paciente: 
. Verificar sua assinatura na folha de alta; 
. Se necessário o serviço social para avisar os familiares; 
. O serviço de nutrição; 
. Anotar no prontuário ás condições do paciente no momento da alta. 
PASSAGEM DE PLANTÃO 
 A passagem de plantão é um mecanismo utilizado pela Enfermagem para assegurar a continuidade da assistência prestada. Este evento, constitui uma atividade fundamental para a organização do trabalho. Na passagem de plantão acontece a transmissão de informações entre os profissionais que, terminam e os que iniciam o período de trabalho. Abordam sobre o estado dos pacientes, tratamentos, assistência prestada, intercorrências, pendências e situações referentes a fatos específicos da unidade de internação que merecem atenção. Neste processo pode-se adotar várias formas de comunicação, entretanto, as formas verbal e escrita são as mais comuns, destacando-se a verbal. 
Métodos para executar técnicas: 
ATITUDE /OBJETIVO 
1. lavar as mãos /Segurança 
2. preparar o material necessário e levar para o quarto do paciente/Economia, conforto. 
3. tornar o ambiente privativo (fechar, portas e janelas, usar biombos). /Conforto 
4.executar a tarefa proposta /Cuidado 
5. organizar o ambiente e deixa-lo em ordem /Economia, conforto.
6. Lavar as mãos. /Segurança 
7. anotar o procedimento realizado no PP e comunicar alterações. /Segurança. 
SINAIS VITAIS 
CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DOS SINAIS VITAIS: 
Segundo PRADO e GELBCKE (1999), Sinais Vitais é a nomenclatura genérica que se dá ao conjunto de fenômenos objetivos, indicadores das condições de saúde dos seres humanos. 
A verificação da temperatura, a contagem da freqüência cardíaca, a contagem da freqüência respiratória e a aferição ou mensuração da pressão arterial constituem os Sinais Vitais, que são reflexos ou indícios de modificações no estado do cliente, daí sua importância na avaliação geral do cliente. Os sinais vitais são importante fonte de diagnóstico e servem para nortear as ações de assistência de Enfermagem, da Medicina, bem como dos demais profissionais da saúde. 
Os sinais vitais devem fazer parte da Consulta de Enfermagem e da Consulta Médica. 
Devem fazer parte da avaliação de todos os profissionais da saúde (Fisioterapeuta, Farmacêutico, Nutricionista, Cirurgião-Dentista, Profissionais da Educação Física, etc.). 
 Para NASCIMENTO (2004), os sinais vitais, ou seja, a temperatura, a freqüência respiratória, o pulso e a pressão arterial sistêmica são imprescindíveis para a atuação dos profissionais da saúde, pois os mecanismos fisiológicos que os regulam são sensíveis a alterações no estado de saúde. São, então, fundamentais para se detectar quaisquer alterações de imediato e, assim, para se implementar o mais rapidamente possível ações que os normalizem. 
COMPONENTES DOS SINAIS VITAIS 
. TEMPERATURA (T ou Tax) 
. PULSO/FREQÜÊNCIA CARDÍACA (P, FC) 
. RESPIRAÇÃO /FREQUENCIA RESPIRATÓRIA (R, FR) 
. PRESSÃO ARTERIAL (PA) OU TENSÃO ARTERIAL (TA) 
-DOR
TEMPERATURA (T) 
Significa o grau de calor produzido pelos seres vivos, ou seja, representa o equilíbrio entre a produção e a perda de calor. Este equilíbrio relaciona-se com o centro termorregulador. Esta regulação térmica acontece através da Termogênese (reação química relativa à produção de calor) e da Termólise (reação física relativa à perda de calor). A Temperatura é medida através do termômetro clínico. 
UM MERGULHO NA HISTÓRIA DO TERMÔMETRO: Segundo REZENDE (1998), O termômetro foi o segundo instrumento a ser incorporado à prática de saúde. Em 1714 foi inventado por Fahrenheit o primeiro termômetro clínico e usado pela primeira vez por Herman Boerhaave, médico holandês, que utilizava o termômetro clínico para medir a temperatura dos pacientes. 
O uso do termômetro clínico só foi difundido, entretanto, graças a Ludwig Traube , médico de Berlim, que foi o primeiro professor na Europa a dispor de uma enfermaria destinada ao ensino da Semiologia e que publicou gráfico de temperatura. 
Em seguida, Karl Wunderlich, outro médico de Leipzig, publicou um estudo acerca de termometria clínica, no qual a febre foi reconhecida como um sintoma e não como uma doença, tal qual se pensava naquela época. 
O uso do termômetro se difundiu de forma rápida. Os primeiros termômetros clínicos levavam cerca de 20 minutos para fornecer os valores e eram compridos (cerca de 20 a 30 cm de comprimento). Thomas Allbutt foi quem diminuiu seu comprimento e facilitou tanto o uso como o transporte. O termômetro clínico encontra-se disponível em diversos tipos, desde os mais simples como o tradicional termômetro de coluna de mercúrio e o termômetro químico até modelos mais sofisticados como o termômetro de monitorização contínua, comum nos Centros ou Unidades de Terapia Intensiva. 
FORMA DE REGISTRO DA TEMPERATURA: 
 No Brasil, o valor da temperatura é registrado em GRAUS CENTÍGRADOS = ºC 
 Terminologias específicas: 
 Normotermia: temperatura corporal normal 
 Afebril: ausência da elevação da temperatura 
 Febrícula: quando a temperatura corporal encontra-se 37,5º C a 37,6 ºC
 Hipertermia:quando a temperatura corporal encontra-se acima do valor normal.Entre 37,7ºC a 40ºC 
 Hiperpirexia: a partir de 41º C 	
 Hipotermia: temperatura corporal abaixo do valor normal 
TIPOS DE TERMÔMETRO UTILIZADOS, FINALIDADES, COMPONENTES E TEMPO DE PERMANÊNCIA: 
TERMÔMETRO ELETRÔNICO DIGITAL – É composto por um dispositivo com bateria e leitura eletrônicas, com um sensor de temperatura, geralmente coberto por uma peça de plástico descartável, permitindo uma leitura fácil e rápida, sendo um dos mais precisos em termos de registro. Entretanto, seu custo é considerado elevado em relação ao termômetro clínico. O tempo de permanência é o suficiente até soar o “BIP” (em média 01 minuto), podendo ser utilizado em diversas regiões do corpo.O seu Princípio Científico é de quando o calor atravessa o resistor altera a intensidade da corrente. 
TERMÔMETRO CLÍNICO DE COLUNA DE MERCÚRIO: 
 É o mais utilizado em razão de seu baixo custo na grande maioria das instituições de saúde. Entretanto, apresenta diversas desvantagens relacionadas às variações externas sofridas, sendo considerado dealto risco para intoxicação em razão da coluna de mercúrio (metal pesado e tóxico), quebram-se facilmente, acarretando inclusive, riscos de acidentes, tanto para os clientes como para os profissionais de saúde, o tempo de vida útil destes termômetros é considerado curto (pela fragilidade dos materiais), apresenta problemas relativos à qualidade do material (falhas na integridade da coluna de mercúrio), exige realização de desinfecção antes de sua utilização em diferentes clientes e exige muito tempo para uma medida correta. O tempo de permanência varia de acordo com a região anatômica utilizada na verificação da temperatura corporal. O Princípio científico do termômetro de coluna de mercúrio é o de que o calor da pele em contato com o bulbo do termômetro expande e dilata a coluna de mercúrio. O termômetro clínico de coluna de mercúrio é um cilindro composto por bulbo de coluna de mercúrio líquido e por uma haste. Tanto a verificação da temperatura corporal como a leitura da temperatura deve ser realizada sem tocar no bulbo e a leitura deve ser efetuada em nível dos olhos. Existem termômetros para verificação de temperatura oral, axilar e retal, conforme o formato e o comprimento do bulbo. Se o bulbo for de tamanho longo e fino, ele é indicado para verificação de temperaturas oral e axilar.
FATORES QUE ALTERAM OU INFLUENCIAM NA TEMPERATURA CORPORAL: 
. Exercícios físicos – aumentam a temperatura em razão da produção de calor pelos músculos. 
. Emoções fortes – aumentam a temperatura em razão da estimulação do sistema nervoso simpático. 
. Alimentação – o processo digestivo produz vasodilatação. 
. Ambiente e clima 
. Ciclo circadiano – O horário de pico máximo da temperatura, segundo a literatura científica, ocorre por volta das 18 horas e a temperatura mais baixa ocorre por volta das 04 horas da manhã. 
. Vestuário 
. Uso de determinados medicamentos – O uso prolongado de determinados medicamentos como a morfina pode ocasionar febre. Medicamentos como antiinflamatórios possuem efeito antipirético. 
. Determinadas patologias – Infecções, distúrbios metabólicos, patologias do sistema nervoso central e neoplasias. 
. Ciclo menstrual/ Ovulação – Na ovulação, ocorre uma pequena queda seguida de um aumento na temperatura basal. 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO E TEMPO DE PERMANÊNCIA DO TERMÔMETRO CLÍNICO: 
 AXILAR – Região anatômica mais utilizada em razão da praticidade e aceitação por parte dos clientes, porém, é aquela que sofre maior influência de fatores externos, por esta razão, exige diversos cuidados. 
TEMPO DE PERMANÊNCIA: A grande maioria dos autores da literatura científica estabeleceu que o tempo adequado de permanência ideal do termômetro clínico na região axilar é de 07 a 10 minutos, porém, alguns autores estabeleceram que o tempo de 05 a 07 minutos é suficiente para determinar a temperatura axilar. 
BUCAL ou ORAL – Região anatômica que também sofre variações externas e que apresenta algumas contra-indicações: clientes inconscientes, clientes pediátricos (particularmente os menores de cinco anos de idade), clientes portadores de transtornos de natureza psíquica, clientes portadores de má formação da região bucal (Ex: fenda palatina ou lábio leporino ou ainda, “goela de lobo”). O cliente não deve ter ingerido líquidos quentes ou frios imediatamente antes da verificação da temperatura bucal. 
TEMPO DE PERMANÊNCIA: Em média de 05 minutos. 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA E VALORES NORMAIS 
A literatura científica apresenta valores diferenciados conforme o local de verificação da temperatura, existindo divergências entre autores, tanto em relação ao tempo de permanência como em relação aos valores considerados dentro dos parâmetros da normalidade. 
AXILAR – Entre 36 e 37,4C 
BUCAL ou ORAL – Entre 36e 37,4C 
TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR COM TERMÔMETRO CLÍNICO DE COLUNA DE MERCÚRIO: 
· Preparar o material necessário e dispor em uma bandeja; 
· Preparar o cliente, explicar-lhe o procedimento e solicitar a sua cooperação; 
· Posicionar o cliente (sentado, semi-sentado ou deitado); 
· Retirar o termômetro da embalagem protetora; 
· Baixar o nível da coluna de mercúrio com manobras específicas até a coluna de mercúrio chegar à 35 C; 
· Fazer a desinfecção do termômetro com bola de algodão embebida em álcool a 70% a fim de reduzir a possibilidade de transmissão de microorganismos patogênicos; 
· Secar a região axilar do cliente; 
· Colocar o bulbo do termômetro na axila do paciente e posicionar o membro superior sobre tórax, com a mão direcionada para o ombro oposto; 
· Observar o tempo de permanência do termômetro de 07 a 10 minutos; 
· Enquanto o termômetro permanece no cliente, procede-se à verificação dos demais sinais vitais para economizar tempo; 
· Ao término do tempo de permanência, retirar cuidadosamente o termômetro e realizar a leitura do valor encontrado ao nível dos olhos. Anotar o valor. Baixar a coluna de mercúrio e realizar a desinfecção do mesmo. 
· No caso de utilização do TERMÔMETRO DIGITAL, procede-se da mesma maneira que na utilização do termômetro clínico, apenas o tempo de permanência será MENOR, ou seja, até soar o alarme sonoro ou BIP. 
TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA ORAL 
. Preparar o cliente, o material e providenciar privacidade do ambiente; 
. Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos 
. Posicionar (ou solicitar ao cliente para que o faça) o cliente em decúbito dorsal ou sentado; 
. Colocar o termômetro sob a língua do cliente, deixando o termômetro cerca de 04 a 05 minutos e o digital até soar o alarme ou “BIP”; Reforçar a orientação para que o cliente mantenha a boca fechada, conservando o termômetro na posição. 
. Retirar o termômetro e proceder à leitura; 
. Fazer a coluna de mercúrio descer; 
. Lavar muito bem o termômetro e desinfetá-lo com algodão embebido em álcool a 70%; O 
TERMÔMETRO DEVE SER DE USO EXCLUSIVO DO USUÁRIO 
. Retirar as luvas e lavar as mãos; 
. Anotar no prontuário do cliente ou no gráfico de sinais vitais, registrando TB ou TO 
(temperatura bucal ou oral). 
. NÃO verificar temperatura bucal em casos de clientes pediátricos, portadores de má-
formação bucal, clientes inconscientes e portadores de transtornos psíquicos. 
TERMINOLOGIA CIENTÍFICA 
NORMOTERMIA = Temperatura dentro dos parâmetros normais; 
FEBRÍCULA = Temperatura corporal entre 37,3 C e 37,5 C . Geralmente, o cliente recebe alívio de roupas e banho morno.
FEBRE = Temperatura corporal igual ou superior a 37,6 C. 
APIREXIA = Ausência ou cessação da febre. 
AFEBRIL = Que não apresenta elevação da temperatura. 
PIREXIA = Temperatura corporal entre 39oC e 40o C 
HIPERPIREXIA = Temperatura corporal entre 40o C e 41o C 
HIPERTERMIA = Temperatura corporal IGUAL ou SUPERIOR a 38 C. Avaliar a necessidade do uso de antitérmicos conforme prescrição médica. 
HIPOTERMIA = Temperatura corporal abaixo de 36oC. 
PULSO (P) OU FREQUÊNCIA CARDIACA ( FC)
CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA: 
O pulso consiste na expansão e retração alternadas de determinada artéria, correspondente aos batimentos cardíacos, ou seja, o ventrículo esquerdo no momento em que se contrai, envia volume sangüíneo às artérias e estas se distendem e retraem-se, formando ondas, que são identificadas como PULSO. O pulso fornece informações importantes sobre o funcionamento do sistema circulatório. 
FORMAS DE VERIFICAÇÃO DE PULSO: 
PULSO PERIFÉRICO – Verificado através da palpação de determinada artéria. 
PULSO APICAL – Verificado na área do ápice cardíaco, à altura do quinto espaço intercostal, com o auxílio do estetoscópio. É verificado quando se tem dificuldade na localização de pulso periférico ou quando se necessita de maior exatidão na verificação do pulso. O estetoscópio é posicionado no ápice cardíaco, na altura do quinto espaço intercostal. 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DE PULSO PERIFÉRICO: 
. CAROTÍDEO (pulso de emergência) 
. RADIAL (mais comum) 
. BRAQUIAL 
. AXILAR 
. FEMURAL 
. TEMPORAL 
. FACIAL 
. CUBITAL 
. POPLÍTEA 
. PEDIOSO ou DORSAL DO PÉ 
. TIBIAL POSTERIOR 
. APICAL 
FORMA DE REGISTRO DOPULSO: 
Os valores do pulso são registrados em BATIMENTOS POR MINUTO (BPM); 
VALORES NORMAIS DO PULSO: 
ADULTOS: Entre 60 e 100 BPM; 
NEONATO: Entre 120 e 140 BPM; 
12 MESES: Entre 110 e 130 BPM; 
03 A 05 ANOS: Entre 80 e 100 BPM; 
06 A 12 ANOS: Entre 70 e 90 BPM. 
AVALIAÇÃO DO PULSO: 
Avalia-se o pulso quanto à freqüência, ritmo e amplitude. 
O pulso é verificado durante 01 minuto ou se for rítmico, pode-se contar em 15 segundos e multiplicar o valor encontrado por 04. 
TERMINOLOGIA CIENTÍFICA QUANTO À FREQÜÊNCIA: 
BRADICARDIA – batimentos cardíacos abaixo do normal (abaixo de 60 bpm); 
TAQUICARDIA – batimentos cardíacos acima do normal (acima de 100 bpm); 
QUANTO AO VOLUME: 
PULSO IMPERCEPTÍVEL = QUANDO NÃO SE SENTE O PULSO 
PULSO CHEIO = PULSO COM VOLUME NORMAL; 
PULSO FINO OU FILIFORME = O VOLUME É PEQUENO, MENOR QUE O NORMAL. 
QUANTO AO RITMO: 
RÍTMICO = QUANDO OS BATIMENTOS SÃO UNIFORMES E SEPARADOS POR INTERVALOS IGUAIS; 
ARRÍTMICO = QUANDO OS BATIMENTOS SÃO SEPARADOS POR INTERVALOS DESIGUAIS.
TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO 
· Preparar o cliente, explicar-lhe o procedimento; 
· Posicionar o cliente (sentado, semi-sentado ou deitado); 
· Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria do cliente, fazendo leve pressão sobre a mesma. Não exercer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do pulso; 
· Constatar o ritmo e a tensão, procedendo a contagem. Se for rítmico, contar um quarto de minuto e multiplicar o resultado por 4. Se for arrítmico, contar durante 01 minuto inteiro. 
· Não usar o polegar para verificar o pulso, pois usa pulsação pode ser confundida com a do cliente; 
· Registrar o valor e, sem retirar sua mão do braço do cliente, proceder à contagem da respiração. 
RESPIRAÇÃO (R) ou FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ( FR )
A respiração é a sucessão ritmada de movimentos inspiratórios (expansão) e expiratórios (retração), com finalidade 
de realizar trocas gasosas. 
FATORES QUE INTERFEREM NA RESPIRAÇÃO: 
· dor; 
· emoções; 
· esforços; 
· hipertermia; 
· sono; 
· certos medicamentos; 
Observação: como a respiração recebe influência da córtex cerebral, a mesma pode ser controlada pela vontade humana (por um curto período de tempo). Sendo assim, a freqüência deve ser verificada sem que o cliente perceba. 
EM RELAÇÃO À RESPIRAÇÃO, DEVEM SER OBSERVADOS ASPECTOS COMO: 
· ritmo; 
· freqüência; 
· amplitude; 
· tipo respiratório. 
FORMA DE REGISTRO DA RESPIRAÇÃO: 
A respiração é registrada em movimentos por minuto (mpm), aceita-se ainda, segundo literatura científica, outras formas como: 
· mpm (movimentos respiratórios por minuto) 
· rpm (respirações por minuto); 
· mrpm (movimentos respiratórios por minuto)
VALORES NORMAIS DA RESPIRAÇÃO: 
recém-nascido: 40 a 60 mpm 
lactentes: 25 a 35 mpm 
pré-escolar: 18 a 24 mpm 
adolescentes e adultos: 16 a 24 mpm 
TERMINOLOGIA CIENTÍFICA DAS MODIFICAÇÕES DO PARÃMETRO RESPIRATÓRIO: 
QUANTO AO RITMO: 
eupnéia = respiração normal 
dispnéia = dificuldade de respirar 
taquipnéia = aumento da freqüência respiratória 
taquidispnéia = freqüência respiratória acima do normal acompanhada de dificuldade respiratória 
bradipnéia = diminuição da freqüência respiratória 
ortopnéia = condição anormal onde a respiração é facilitada pela posição sentada. 
apnéia = ausência de respiração 
PADRÕES ANORMAIS DE RESPIRAÇÃO: 
RESPIRAÇÃO CHEYNE-STOCKES – caracteriza-se por uma fase de apnéia de duração variável, seguida de série de respirações que vão progressivamente aumentando de amplitude e freqüência, para logo voltar a decrescer até nova fase apnéica e assim periódica e suscessivamente (respiração acidótica). 
RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL – consiste em uma inspiração profunda e ruidosa seguida de uma pausa com os pulmões cheios e de uma expiração ruidosa e rápida, seguida de uma pausa, reiniciando então o ciclo. 
RESPIRAÇÃO BIOT – consiste em apnéias alternadas com respirações normais. 
QUANTO AO TIPO: 
homem: tóraco-abdominal; 
mulher: costal superior;
RN: Abdominal 
TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO: 
1)Como a respiração recebe influências do córtex cerebral, o cliente pode controlar os movimentos respiratórios de forma voluntária, interferindo nos valores encontrados: sendo assim, proceder à verificação da respiração ao mesmo tempo em que se verifica o pulso, de maneira que o cliente não perceba que os movimentos respiratórios estão sendo contados; 
2) A respiração deve ser verificada através dos movimentos do tórax, que pode ser observada pela visão direta ou pela percepção através do dorso da mão no tórax do cliente; colocar os dedos sobre a artéria radial do cliente como se FOSSE CONTAR o pulso e observar os movimentos respiratórios. 
3) Caso o ritmo respiratório seja regular, contar os movimentos respiratórios por 15 segundos e multiplicar por 4; se for arritmico, contar durante 01 minuto. 
 PRESSÃO ARTERIAL (PA) OU TENSÃO ARTERIAL (TA) 
CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA: 
É a pressão exercida pelo sangue existente no interior das artérias, ou seja, a pressão exercida pelo sangue contra as paredes arteriais. 
A pressão arterial é determinada pela força das contrações ventriculares, dependendo da elasticidade das paredes arteriais e da resistência vascular periférica, além da quantidade de sangue que é impulsionada pelo coração a cada contração ventricular (Débito cardíaco). 
O instrumento utilizado para medir a pressão arterial é o ESFIGMOMANÔMETRO – também popularmente denominado de “aparelho de pressão”. Existem três tipos de esfigmomanômetro: o aneróide, que possui um ponteiro, o de coluna de mercúrio e o digital. 
FORMA DE REGISTRO DA PRESSÃO ARTERIAL: É registrada em MILÍMETROS DE MERCÚRIO = mmHg. 
TIPOS DE ESFIGMOMANÔMETRO: 
 ANERÓIDE – é composto de manômetro ou mostrador, manguito e pera. Necessita ser calibrado a cada 06 meses (ou menos). É o mais utilizado nas instituições de saúde. Requer o uso de estetoscópio. O ponteiro do manômetro deverá estar no ponto zero. 
ESFIGMOMANÔMETRO DE COLUNA DE MERCÚRIO – é o mais confiável, porém, seu custo é elevado. Também requer a utilização de estetoscópio. 
ESFIGMOMANÔMETRO DIGITAL – tem a vantagem de permitir a verificação pelo próprio indivíduo, é mais rápido. Ideal para a utilização no domicílio. Desvantagens: alto custo e alguns defeitos de fabricação. 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: 
MEMBRO SUPERIOR (de preferência o membro superior esquerdo, pela proximidade com o coração); 
MEMBROS INFERIORES (utilizado em caso de amputação ou edema de MsSs, mastectomia, fraturas de MsSs) 
 ATENÇÃO: Em cliente femininas, considerar a possibilidade de cirurgia de mastectomia (retirada cirúrgica da mama). 
Perguntar à cliente: em caso de resposta afirmativa, evitar a verificação da pa(e punções) no membro superior correspondente à mama retirada pelo risco de linfedema. Em caso de mastectomia bilateral, utilizar a técnica de verificação de pa em membro inferior. 
FORMAS DE PRESSÃO ARTERIAL: 
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA – É a pressão máxima, representa maior tensão causada pela sístole ou contração cardíaca. 
PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA - É a pressão mínima, representa menor tensão causada pela diástole ou relaxamento cardíaco (ocorre devido à resistência oferecida pelos vasos periféricos). 
FATORES QUE INTERFEREM NOS VALORES PRESSÓRICOS NORMAIS: 
. Fatores emocionais (ansiedade, medo, angústia, “Síndrome do avental branco*) 
. Fatores fisiológicos (atividade física, desconforto físico provocado por dor ou angústia, idade, frio, calor). Fatores patológicos (obesidade, pós-operatório, cardiopatias, hemorragias, anemias, nefropatias, infecções). 
*EFEITO E HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO OU “SÍNDROME DO AVENTAL BRANCO” : Representam as mudanças ocorridas na pressão intra-arterial na presença do médico e da enfermeira, sendo mais altas quando verificadas pelos médicos, em indivíduos previamente normotensos, ou seja, que possuem valores de pressão arterial sistólica e diastólica normais. 
VALORES NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL: PA 120/80 mmHg (considerado padrão de normalidade)VALORES NORMAIS PARA ADULTOS: PA SISTÓLICA ENTRE 120 E 135 mmHg E PA DIASTÓLICA ENTRE 80 E 85 mmHg 
ATÉ 03 ANOS: 80/50 mmHg 
04 A 06 ANOS: 85/55 mmHg 
06 A 08 ANOS: 90/60 mmHg 
09 A 11 ANOS: 100/60 mmHg 
12 A 14 ANOS: 110/65 mmHg 
ERROS DE MEDIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL: 
Estudos desenvolvidos por VEIGA apontam para erros importantes, capazes de interferir na confiabilidade dos resultados dos valores da pressão arterial. Para esta autora, existem 04 grupos de fatores: 
Fatores relacionados ao observador/ profissional: 
· Dígitos finais zero/pares 
· Posicionamento inadequado da escala de valores. 
· Pressão excessiva do diafragma sobre a artéria. 
· Inflação excessiva 
· Deflação muito rápida 
· Mãos e equipamentos excessivamente frios 
· Interação 
Fatores relacionados ao indivíduo/ usuário: 
· Indagar sobre ingestão de drogas que possam vir a interferir com os mecanismos de regulação da PA. 
· EVITAR: Fumo, alimentação, álcool, café, conversar durante a verificação, dor, tensão, ansiedade durante o procedimento, bexiga cheia. 
· Braço deve estar ao nível do coração; 
· Estipular repouso prévio 05 a 10 minutos antes da verificação; 
· Posições para verificação: sentada, decúbito lateral esquerdo para as gestantes (pela descompressão da veia cava), em pé com o braço na altura do coração ou deitado, com a palma da mão para cima e o cotovelo discretamente fletido. 
Fatores relacionados aos instrumentos de verificação da pressão arterial: 
· É fundamental que estejam calibrados! 
· Recomenda-se calibração semestral (Menu ect al.1998) 
· Estudo tem evidenciado as más condições de uso dos equipamentos: Brasil: 60% dos esfigmomanômetros descalibrados. 
· Portaria n°24, de 22/02/96 - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO 
· Publicada no D. O . Seção I , n°39,p. 3207 , 27/02/96: 
· Art. 5° - Todos os esfigmomanômetros mecânicos do tipo aneróide, fabricados ou importados a partir de 01/07/96, deverão estar de acordo com o Regulamento Técnico Metrológico INMETRO. 
· Largura do Manguito ( MLC= CB x 0,4 ) 
· Hipoestimação / hiperestimação 
· Largura = 40% CB 
· Comprimento=80% CB 
· Observar periodicamente sistemas de válvulas (vazamentos). 
· Verificar a integridade tubos de borrachas ( integridade). 
Fatores relacionados ao ambiente: 
· . Temperatura ambiental agradável; 
· . Ambiente calmo, sem ruídos. 
TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL EM ESFIGMOMANÔMETRO ANERÓIDE. 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ANTES DE PROCEDER A VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL. 
Explicar o procedimento da verificação da pressão arterial para o cliente. Esclareça todas as dúvidas do mesmo. 
Certificar-se de que o cliente: 
· NÃO está com a bexiga cheia; 
· NÃO praticou exercícios físicos; 
· NÃO ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou 30 minutos ANTES da verificação da pressão arterial. 
1. Recomenda-se que o paciente permaneça descansando por 05 a 10 minutos antes de proceder a verificação da 
pressão arterial, em ambiente calmo e com temperatura agradável, para que fatores externos não venham interferir nos valores encontrados. 
2. O profissional deverá proceder à lavagem prévia das mãos antes de realizar o procedimento. 
3. Proceder à desinfecção das olivas do estetoscópio (que têm contato direto com os condutos auditivos e representam importante fonte de infecção, principalmente para otites ) com bolas de algodão embebidas em álcool a 70%. 
4. Posicionar o paciente sentado (salvo se houver necessidade de verificação nas posições de pé e deitado), com o membro superior (de preferência o esquerdo) apoiado; Localizar, através da palpação, a artéria braquial; 
5. Colocar o manguito (de tamanho adequado à circunferência do braço do paciente), firmemente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa ante-cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial; 
6. Manter o membro superior na altura do coração; 
7. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de marcúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 
8. Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso para estimar o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 01 minuto antes de inflar novamente; 
9. Colocar o estetoscópio no ouvido com a curvatura voltada para a frente; 
10. Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria, na fossa ante-cubital, evitando compressão excessiva; 
11. Solicitar ao paciente para que não fale durante o procedimento; 
12. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica; 
13. Proceder a deflação na velocidade de 2 a 4 mmhg por segundo. Após a determinação da pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg por segundo, evitando a congestão venosa e desconforto ao paciente; 
14. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do 1o som, que é um som fraco, seguido de batidas regulares; 
15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa; 
16. Registrar os valores da pressão sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, tamanho de manguito usado e membro superior onde foi realizada a verificação. Registrar o valor exato e real obtido na escala evitando arredondamentos para valores terminados em zero ou em cinco. 
17.Esperar de 01 a 02 minutos para realizar novas medidas.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
Convém que em pacientes com história prévia de alteração de valores pressóricos e em pacientes cardiopatas seja realizada a verificação da pressão arterial com o paciente nas 03 posições, ou seja, em pé, sentada e deitada. O esfigmomanômetro de coluna de mercúrio é o ideal para essas medidas. Os aparelhos do tipo aneróide, quando usados, devem ser periodicamente testados e devidamente calibrados. A medida da pressão arterial deve ser realizada na posição sentada, de acordo com o procedimento descrito a seguir: 
1) Explicar o procedimento ao paciente. 
2) Certificar-se de que o paciente: 
— não está com a bexiga cheia; 
— não praticou exercícios físicos; 
— não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. 
3) Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. 
4) Localizar a artéria braquial por palpação. 
5) Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente (Tabela I). 
6) Manter o braço do paciente na altura do coração. 
7) Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 
8) Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente. 
9) Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para a frente. 
10) Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 
11) Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição. 
12) Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial. 
13) Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 
14) Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 
15) Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depoisproceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). 
16) Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”. 
17) Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 
18 ) O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. 
Para a medida da pressão arterial na coxa, o procedimento é o seguinte: 
1) Utilizar manguito de tamanho adequado, colocado no terço inferior da coxa. 
2) Colocar o paciente em decúbito ventral. 
3) Realizar a ausculta na artéria poplítea. 
Na medida da pressão arterial na posição ereta, o braço deve ser mantido na altura do coração, com apoio. Na presença de fibrilação atrial, pela dificuldade de determinação da pressão arterial, deverão ser considerados os valores aproximados. Nos indivíduos idosos, portadores de disautonomia, alcoólatras e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva, a pressão arterial deve ser medida também na posição ortostática. 
Em cada consulta, deverão ser realizadas no mínimo duas medidas, com intervalo de 1 a 2 minutos entre elas; caso as pressões diastólicas obtidas apresentem diferenças superiores a 5 mmHg, sugere-se que sejam realizadas novas aferições, até que seja obtida medida com diferença inferior a esse valor. De acordo com a situação clínica presente, recomenda-se que as medidas sejam repetidas em pelo menos duas ou mais visitas. As medições na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores. As posições recomendadas na rotina para a medida da pressão arterial são sentada e/ou deitada. 
Medida Domiciliar e Auto medida da Pressão Arterial 
Esses procedimentos são úteis para: 
— identificar a hipertensão do avental branco (hipertensão de consultório isolada); 
— avaliar a eficácia da terapêutica anti-hipertensiva; 
— estimular a adesão ao tratamento; e 
— reduzir custos. 
Os aparelhos eletrônicos devidamente validados e calibrados são os mais indicados para a medida da pressão arterial domiciliar. Os aparelhos de coluna de mercúrio e os aneróides podem ser usados, desde que calibrados e após treinamento apropriado. Os aparelhos de medida da pressão arterial no dedo não são recomendados. Apesar de ainda não existir consenso quanto aos valores de normalidade para a medida da pressão arterial domiciliar, consideram-se valores normais até 135/85 mmHg. 
Situações Especiais de Medida da Pressão Arterial: 
Crianças 
A determinação da pressão arterial em crianças é recomendada como parte integrante de sua avaliação clínica. À semelhança dos critérios já descritos para adultos: 
1) A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. 
2) O comprimento da bolsa do manguito deve envolver 80% a 100% da circunferência do braço. 
3) A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff. 
Idosos 
Na medida da pressão arterial do idoso, existem dois aspectos importantes: 
1) Maior freqüência de hiato auscultatório, que subestima a verdadeira pressão sistólica. 
2) Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Pode ser detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito até o desaparecimento do pulso radial. Se a artéria continuar palpável após esse procedimento, o paciente é considerado Osler positivo. 
Gestantes 
Devido às alterações na medida da pressão arterial em diferentes posições, atualmente recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestantes seja feita na posição sentada. A determinação da pressão diastólica deverá ser considerada na fase V de Korotkoff. Eventualmente, quando os batimentos arteriais permanecerem audíveis até o nível zero, deve-se utilizar a fase IV para registro da pressão arterial diastólica. 
Obesos 
Em pacientes obesos, deve-se utilizar manguito de tamanho adequado à circunferência do braço. Na ausência deste, pode-se: 
- corrigir a leitura obtida com manguito padrão (13 cm x 24 cm), de acordo com a tabelas próprias; 
- usar fita de correção aplicada no manguito; 
-colocar o manguito no antebraço e auscultar a artéria radial, sendo esta a forma menos recomendada.
 DOR: 
A dor é definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como: “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, podendo ser descrita tanto em termos desses danos quanto por ambas as características. A dor é considerada uma experiência pessoal e subjetiva e sua percepção é caracterizada de forma multidimensional, diversa tanto na qualidade quanto na intensidade sensorial, sendo ainda afetada por variáveis afetivo-emocionais”. “Dor: o quinto sinal vital”.
INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA DOR: Escalas unidimensionais
As escalas unidimensionais de dor, nas quais o paciente é questionado para descrever a intensidade de sua dor, podem ser de três tipos:
1. visual analógica: o paciente, através de uma régua, indica a intensidade de sua dor; em uma extremidade tem-se “ausência de dor” e na outra “a pior dor possível”
2. numérica: o paciente quantifica a intensidade de sua dor em uma escala de 0 a 10.
3. categórica: o paciente classifica a sua dor como ausente, leve, moderada ou severa.
Estas escalas são confiáveis e válidas e podem ser usadas em associação com as recomendações de analgésicos da OMS. Trata-se de escalas que são freqüentemente empregadas em ambientes clínicos por serem de aplicação fácil e rápida. Particularmente, as escalas numérica e categórica são fáceis para os pacientes e, em geral, podem ser usadas para avaliar a severidade da dor tanto em ambulatórios quanto em hospitais. A escala categórica é facilmente entendida até mesmo por aqueles pacientes com déficit cognitivo.
 
 
 Fonte: site prática hospitalar
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:
É o ato de verificar peso e altura 
Finalidade 
· Acompanhar o crescimento pondo-estatural 
· Detectar variações patológicas do equilibrio entre peso e altura . 
Método de verificação do peso 
· Forrar a balança com papel toalha 
· Regular ou tarar a balança 
· Solicitar ao paciente que use roupas leves 
· Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados, colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo 
· Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente 
· Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança 
· Ler e anotar o peso indicado na escala 
· Auxiliar o paciente a descer da balança 
· Colocar os mostradores em zero e travar a balança 
· Método de verificação de estatura 
· Colocar o paciente de costas para a escala de medida 
· Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do paciente (cuidadosamente) 
· Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com os pés unidos 
· Travar a haste 
· Auxiliar o paciente a descer da balança 
· Realizar a leitura e anotar 
· Destravar e descer a haste 
 Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e régua apropriada, onde a criança permanece deitada.
HEMOGLICOTESTE (HGT) 
 Glicemia: É o nível de glicose no sangue. 
Bem logo após se alimentar, Ocorre um aumento temporário da glicemia. 
 Hiperglicemia: É a glicemia acima do nível normal. Sendo que a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), considera, acima de 120 mg/dL. 
Manifestações clinicas da hiperglicemia: 
· Letargia (movimentos e pensamentos lentos); 
· Fome com emagrecimento; 
· Cansaço, pele seca; 
· Dor de cabeça podendo evoluir para náuseas, vômito; 
· Sonolência, dispnéia, hálito cetônico (odor de frutaspodres); 
· Poliúria, contrações musculares involuntárias e COMA. 
Ações da Enfermagem: 
· Realizar o teste glicêmico; 
· Aplicar insulina regular SC conforme prescrição médica; 
· Repetir o teste glicêmico 30 minutos após aplicar a insulina regular prescrita. 
· Hipoglicemia: É a glicemia abaixo do nível normal. 
· Manifestações clinicas da hipoglicemia: 
· Sensação de fome aguda, dificuldade para raciocinar; 
· Sensação de fraqueza com um cansaço muito grande, sudorese exagerada; 
· Tremores finos ou grosseiros de extremidades, bocejamento, sonolência; 
· Visão dupla, confusão que pode caminhar para a perda total da consciência, ou seja, COMA. 
· Se o paciente estiver com alteração no nível de consciência, aplicar glicose EV conforme prescrição médica; 
· Oferecer balas, chocolate ou líquidos com duas colheres de sopa de açúcar em meio copo de líquido (água, guaraná ou suco); 
· Repetir o teste glicêmico 30 minutos após aplicar a glicose prescrita. 
VERIFICAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR 
Teste realizado para identificar a taxa de glicose através da gota de sangue, utilizando glicômetro. 
 Materiais: 
· glicômetro 
· 1 lanceta ou agulha 13x4,5
· lancetador / caneta 
· luvas de procedimento 
· algodão seco
· fita teste 
 Procedimento:
· Reunir o material 
· Armar o lancetador e adaptar a lanceta 
· Explicar o procedimento ao paciente 
· Escolher o local mais adequado para a punção ( face lateral da polpa digital ) 
· Conectar a fita no glicômetro 
· Realizar a antissepsia do local com algodão com seco e disparar o lancetador 
· Colocar a gota de sangue no local indicado na fita teste
· Pressionar o local da punção por alguns segundos 
· Realizar a leitura do resultado 
· Retirar a fita e desprezá-la juntamente com a lanceta 
· Realizar a desinfecção do glicômetro 
· Registrar o resultado no prontuário 
· Checar o procedimento 
· Valor normal : 80 a 120 mg / dl 
PREPARO DA CAMA HOSPITALAR 
O preparo da cama hospitalar consiste em arrumá-la, de acordo com as características do paciente que vai ocupá-la. 
Tipos de preparo 
· Cama fechada 
· Cama aberta 
· Cama para operado 
· Cama com paciente (banho no leito) 
 Cama fechada 
É aquela que está desocupada, aguardando chegada (admissão) do paciente. 
 Material 
. 2 lençóis (de cima e de baixo) 
. 1 toalha de rosto 
. 1 toalha de banho 
. 1 fronha 
. 1 cobertor 
. 1 colcha 
Método de Dobradura 
· Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior e o lado mais próximo do lençol 
· Dobrar duas vezes no sentido da largura (ponta com ponta) 
· Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar na cadeira, seguindo a ordem: 
1. toalhas 
2. fronha 
3. colcha 
4. cobertor 
5. lençol de cima 
6. lençol de baixo 
 Método 
· Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto 
· Afastar a mesa de cabeceira 
· Colocar a cadeira aos pés da cama 
· Pegar o lençol sobre o centro do colchão 
· Ajeitar o primeiro lençol, prendendo-o por baixo fazendo a dobra ao cobrir o canto 
· Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao colchão, deixando-o solto 
· Colocar o cobertor na mesma técnica e também deixá-lo solto 
· Colocar a colcha utilizando técnica anterior, prendendo o lençol de cima, o cobertor e colcha (todos juntos), realizando a dobradura nos pés da cama 
· Na cabeceira superior dobrar as três peças juntamente ( lembrar da estética ) 
· Cobrir o travesseiro com a fronha, deixando-o na cabeceira superior 
· Ajeitar as toalhas na mesa de cabeceira 
Cama aberta 
É aquela que está sendo ocupada por um paciente. 
 Material 
· 2 lençóis (de cima e de baixo) 
· lençol móvel (se paciente dependente) 
· lençol impermeável (se paciente dependente) 
· fronha 
· cobertor 
· colcha 
· luvas de procedimentos 
· hamper 
· Se paciente acamado providenciar colchão piramidal, conforme rotina da instituição. 
 Método 
· Método utilizado anteriormente (cama fechada) 
· Não esquecer de fazer a higienização do colchão com álcool 70% 
Cama para operado 
É realizada para receber o paciente pré e pós operatório. 
Finalidade 
· Proporcionar conforto e segurança ao paciente 
· Facilitar colocação do paciente no leito 
· Prevenir infecção 
 Materiais 
· 2 lençóis (de cima e de baixo) 
· 1 lençol móvel + impermeável (dependendo da cirurgia) 
· 1 cobertor 
· 1 colcha 
· 1 travesseiro 
· 1 fronha 
Método 
· Reunir o material necessário 
· Retirar toda a roupa da cama enrolando-as com cuidado e colocando-as no hamper 
· Dobrar a roupa e colocá-la na cadeira em ordem de uso 
· Realizar a higiene do colchão com álcool 70% 
· Estender o lençol de baixo na mesma técnica das camas anteriores 
· Colocar o lençol móvel (conforme cirurgia realizada) 
· Colocar as demais roupas sem prender os cantos 
· Dobrar as roupas até o meio do colchão e proceder dobradura envelope 
POSICIONAMENTO, MUDANÇA DE DECÚBITO E POSIÇÕES DE CONFORTO
 Há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames, tratamentos e cirurgias. 
A enfermagem deve conhecê-las para ajudar o paciente a adotar posições específicas . 
Decúbito dorsal, horizontal ou supina 
O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades inferiores apoiadas em coxim e superiores sobre o abdome. Sob a cabeça coloca-se um travesseiro. Cobre-se o paciente com lençol. Esta posição é muito utilizada para exame físico.
 
 Fonte: site ciências morfológicas
Posição de Fowler 
Posição em que o paciente fica semi sentado, com apoio sob os joelhos. É indicada para descanso e conforto dos pacientes, bem como para dificuldades respiratórias. 
 
 Fonte: site enfermagem continuada
Decúbito ventral ou de PRONA 
É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome, com a cabeça lateralizada. É indicada para exames da coluna vertebral e região cervical. 
 Fonte: site ciências morfológicas
 Decúbito lateral 
O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O membro inferior que está sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve permanecer flexionado. Essa posição é utilizada para repouso. 
 Fonte: site biomed maringa
Posição de Sims
Serve para realizar enemas. Consiste em manter o paciente em decúbito lateral esquerdo, com o MIE esticado e o MID fletido.
 Fonte: site ciências Morfológicas
 Genupeitoral 
O paciente se mantem ajoelhado sobre o colchão com o tórax na cama. Os membros superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando a amparar o paciente. Esta posição é utilizada para exames vaginais e retais. 
Fonte: site enfermagem continuada
 Ginecológica 
A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes (perneiras). Cobre-se a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para cirurgias por vias baixas, exames ginecológicos. 
 Fonte: site radiologia em evidencia
 Trendelemburg 
Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais baixo que o restante do corpo. É indicada para facilitar drenagem de secreções brônquicas e para melhorar o retorno venoso. 
 Fonte: site aula de anatomia
 
MOVIMENTAÇÃO DO PACIENTE 
É de responsabilidade da equipe de enfermagem a movimentação do paciente que não se movimenta sozinho; 
O paciente dever ser mudado de decúbito a cada duas horas e sempre que solicitado pelo mesmo; 
A movimentação e posição deve ser de acordo com o quadro do paciente; 
É de responsabilidade da enfermagem o transporte do paciente dentro da área hospitalar; 
TECNICA DE MOVIMENTAR O PACIENTE PARA UM DOS LADOS DA CAMA 
Utilizando 02 pessoas: 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente o procedimento; 
03 - Ficar em pé ao lado da cama, de frente para o paciente, uma pessoa de cada lado da cama; 
04 - A primeira pessoa segura olençol móvel do paciente do lado esquerdo; 
05 - A segunda pessoa segura o lençol móvel do paciente do lado direito; 
06 - Trazer o paciente em movimentos ritmados para o lado direito ou esquerdo; 
07 - Lavar as mãos; 
08 - Anotar no prontuário horário e posição o em que foi colocado o paciente; 
Observação: 
- As pessoas que vão movimentar o paciente devem permanecer com uma das pernas frente a outra, com os joelhos e quadril fletidos, trazendo o braço ao nível da cama; 
TECNICA DE MOVIMENTAR O PACIENTE EM DECUBITO LATERAL E/D 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente o procedimento; 
03 - Posicionar-se ao lado do qual se quer virar o paciente; 
04 - Aproximar o paciente para a beira oposta da cama; 
05 - Vira-lo para o lado D ou E com movimentos firmes e suaves; 
06 - Apoiar o dorso com travesseiros ou rolo de cobertor; 
07 - Colocar o travesseiro sob a cabeça e o pescoço; 
08 - Flexionar o membro inferior que esta por cima e apoiá-lo sobre o travesseiro; 
09 - Manter fletido o membro superior que esta em contato com o colchão; 
10 - Recompor a unidade; 
11 - Lavar as mãos; 
12 - Anotar no prontuário. 
TÉCNICA DE MOVIMENTAR O PACIENTE DEPENDENTE MAIS PARA CIMA NA CAMA 
Utilizando 02 pessoas 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente que ser feito; 
03 - Deixar o paciente em posição horizontal; 
04 - A primeira pessoa solta um dos lados do lençol móvel, a segunda pessoa solta o outro lado do lençol móvel; 
05 - As duas pessoas, uma de cada lado do leito, num movimento ritmado, movimentam o paciente para a cabeceira. 
CUIDADOS COM A PELE 
A fragilidade da epiderme ocorre por: 
· Raspagem ou descamação de sua superfície pelo uso de lâminas de barbear secas 
· Remoção de fitas adesivas 
· Técnicas inadequadas de posicionamento do paciente 
· Ressecamento excessivo que causa fissuras 
· Exposição constante da pele á umidade 
· Uso incorreto de sabões, cosméticos 
· Banhos muito quentes ou frios 
· Fricção excessiva 
Riscos para o comprometimento com a pele: 
· Imobilização 
· Redução da sensibilidade 
· Alterações nutricionais 
· Secreções e excreções da pele 
· Insuficiência vascular 
· Dispositivos externos 
Higiene Oral 
Objetivos 
Prevenir halitose e ocorrência de infecções; evitar o acúmulo de partículas alimentares sobre e entre os dentes e cavidade oral; remover placa bacteriana, limpar e massagear as gengivas. 
Material Necessário 
Bandeja contendo: 
· material do próprio paciente ( escova de dente e creme dental); 
· abaixador de língua com gases, ou kit de higiene oral, fornecidos pelo próprio hospital; 
· luvas de procedimento; 
· copo descartável com água, cuba rim ou bacia; 
· soluções para higiene oral padronizados pelo hospital (sulfato de cobre, cepacol diluído, água oxigenada com soro fisiológico); 
· compressa; 
· toalha de rosto; 
· lubrificante para os lábios (vaselina); 
· biombo; 
· material para aspiração. 
 Procedimento: 
· Quando o paciente for independente em relação a fazer a higiene, sem levantar do leito: 
· Elevar o decúbito da cama e colocar a toalha do mesmo ou uma compressa ou toalha sobre o tórax do paciente; 
· Fornecer o material necessário e orientar na escovação; 
· Oferecer água para enxaguar a boca, solicitando que despreze o líquido na cuba rim ou na bacia; 
· Lavar e guardar o material utilizado. 
Quando o paciente necessita ser ajudado: 
· Explicar para o paciente o procedimento; 
· Elevar a cabeceira da cama e colocar a toalha ou compressa sobre o peito do paciente; 
· Colocar a cuba rim ou bacia próxima à boca do paciente; 
· Molhar e escova na solução de higiene oral ou creme dentar e escovar os dentes do paciente, sempre com movimentos circulares de cima para baixo; 
· Oferecer água para bochecho e a cuba rim para desprezar o líquido; 
· Enxugar a boca do paciente, recolher e organizar todo o material. 
Quando o paciente esta inconsciente ou estado grave: 
· Colocar o paciente em decúbito lateral; 
· Cobrir o tórax com a toalha ou compressa; 
· Molhar a gase montada na pinça, na solução anti-séptica e realizar a limpeza de dentro para fora, com movimentos circulares: 
· Lubrificar os lábios; 
· Recolher o material, limpar e guardar, deixando o ambiente em ordem. 
Cuidados Gerais: 
Se o paciente possuir prótese dentária é de responsabilidade da enfermagem a manutenção, zelando para que não se extravie ou quebre, durante a sua permanência no hospital, bem como cuidar da sua higiene, se o paciente não conseguir fazê-lo; 
Os familiares também devem ser orientados a colaborarem com a enfermagem em qualquer procedimento de higiene do paciente; 
Observar a integridade da cavidade bucal do paciente. Verificar a presença de crostas, lesões, sempre registrando no prontuário ou relatório as alterações encontradas. 
Higiene do Couro Cabeludo e Cabelos 
Objetivos: 
Remover sujidades, células mortas e resíduos; proporcionar conforto e bem estar ao paciente; tratar e prevenir pediculose (piolho) e estimular a circulação do couro cabeludo. 
Material Necessário: 
· 1 bacia; 
· Luvas de procedimento; 
· Jarra com água morna; 
· Xampu do paciente ou sabão de glicerina; 
· Toalha ou compressas; 
· Impermeável para forrar a cama; 
· Pente ou escova pessoal;
· 2 bolas de algodão pequenas; 
· Biombo. 
Procedimento: 
· posicionar a cama horizontalmente; 
· retirar travesseiros e apoiar nas costas; 
· colocar impermeável na altura da cabeceira e a toalha; 
· acomodar a bacia, derramar a água morna e colocar o xampu; 
· ensaboar e enxaguar o couro cabeludo e cabelos quantas vezes for necessário; 
· espremer a água dos cabelos, retirando o excesso e retirar a bacia; 
· secar o cabelo; 
· deixar o ambiente em ordem; 
· observar a integridade do couro cabeludo ou qualquer outra alteração, comunicar e anotar. 
Higiene da Barba 
Os pacientes masculinos mesmo estando internados devem realizar a retirada da barba ou apara - lá, proporcionando conforto e dando uma aparência agradável ao paciente. 
Material Necessário: 
· aparelho de barbear descartável de uso individual; 
· luva de procedimento; 
· um pacote de gaze; 
· sabonete de glicerina ou espuma de barbear do paciente; 
· bacia ou cuba com água morna; 
· compressas limpas; 
· tesoura para aparar a barba de uso individual do paciente. 
Procedimento: 
· Lavar as mãos e reunir o material; 
· Explicar o procedimento ao paciente; 
· Colocar o paciente sentado ou semi-sentado, se não houver restrições; 
· Colocar uma toalha ou uma compressa sobre o queixo do paciente; 
· Umedecer a barba do paciente, com uma gaze embebida em água morna; 
· Aplicar o sabonete de glicerina até formar espuma; 
· Esticar delicadamente a pele do paciente com uma mão e com a outra remover a barba com o aparelho descartável, cuidando para não cortar o paciente, enxaguar a lâmina com freqüência; 
· Começar na região das costeletas e seguir em direção ao queixo; 
· Mudar a água e remover o restante dos pêlos do rosto do paciente; 
· Secar a face do paciente com toalha; 
· Reposicionar o paciente, e deixar o ambiente em ordem; 
· Lavar as mãos e registrar alterações no prontuário do paciente. 
ATENÇÃO, SEMPRE QUE PRECISAR REMOVER A BARBA OU BIGODE DO PACIENTE INCONSCIENTE PRIMEIRO PEDIR AUTORIZAÇÃO PARA O FAMILIAR RESPONSÁVEL. 
Pacientes lúcidos, restritos ao leito, mas que podem realizar o procedimento, alcançar o aparelho descartável, o sabonete de glicerina ou espuma de barbear, elevar o decúbito se não houver restrições e auxilia-lo se necessário. 
Higiene das Unhas 
As unhas, geralmente requerem uma atenção especial, a fim de evitar infecções, odores e lesões. As unhas são tecidos epiteliais que crescem da raiz do leito ungueal, localizado na pele no sulco da unha. Uma unha normal e saudável é transparente, mole, convexa, com um leito róseo e extremidade branca translúcida. Uma doença pode causar alterações na forma, espessura e curvatura da unha. 
Material: 
· lixa de unha própria do paciente( solicitar para que o familiar traga); 
· acetona para remover esmaltes escuros se o paciente for realizar procedimento no bloco cirúrgico ou esmaltes

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