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Julia Paris Malaco – farmacologia Farmacologia - Ansiolíticos, hipnóticos e sedativos Ansiolíticos Ansiedade Ocorrência fisiológica e normal Atitude biológica necessária para a adaptação do organismo a uma nova situação. Mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida, indispensável à sobrevivência. Lei de Yerkes-Dodson: Curva de desempenho humano e stress Patológica: Interferência com a atividade normal, com frequentes interrupções nas tarefas e precipitações nas atitudes. Transtorno: Apreensão contínua, até ataques de pânico - Impedimento do comportamento Grau de sofrimento Frequência e intensidade o Sintomas físicos da ansiedade grave: Taquicardia o Sudoração o Tremores o Palpitações Envolvem a ativação simpática Transtornos de ansiedade: Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): estado contínuo de excessiva ansiedade sem nenhuma razão ou foco claros. Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) Fobias Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) Transtorno do pânico Fisiopatologia da ansiedade Neurotransmissores: Noradrenalina: medo, vigília Serotonina: humor, apetite, sono, libido, diminuição da agressividade GABA: principal neurotransmissor inibitório, sono, tônus muscular, controle motor Diminuição de GABA e serotonina e aumento de noradrenalina. GABA se liga aos receptores GABA e abrem-se os canais de cloreto, causando uma hiperpolarização de membrana, bloqueando os potenciais de ação Estratégias farmacológicas Aumentar GABA: barbitúricos e benzodiazepínicos. Aumentar serotonina: buspirona. Barbitúricos Mecanismo de ação: Ligam-se a um sítio específico no canal de Cl, aumentando o tempo de abertura do canal e influxo de Cl, hiperpolarizando a membrana e inibindo o potencial de ação = potencializando ação do GABA = depressão do SNC Farmacocinética/farmacodinâmica Administração oral (EV anestesia) - ↑ Ligação a proteínas (albumina) Lipossolubilidade com redistribuição Metabolismo: hepático, rins e pulmões - Indutores enzimáticos Atravessam facilmente a placenta e podem deprimir o feto Julia Paris Malaco – farmacologia ↑ Tolerância Efeitos adversos: Efeito de ressaca Sedação profunda (exceto fenobarbital) Privação de sono REM Depressão respiratória Tolerância e Dependência: com síndrome de abstinência severa: tremores, ansiedade, fraqueza, intranquilidade, náuseas e êmese, convulsões, delírio e parada cardíaca Intoxicação aguda Benzodiazepínicos Midazolam: pré-anestésico Clorazepato, Clonazepam: transtornos de ansiedade, convulsões Alprazolam: transtornos de ansiedade, fobias Clordiazepóxido: transtornos de ansiedade, abstinencia de alcool Diazepam, Lorazepam, Triazolam: transtornos de ansiedade, estado de mal epilético, anestésico geral EV Estazolam, Flurazepam, Quazepam: Insônia Mecanismo de ação: Ligam-se ao sítio específico, provocando o aumento de afinidade entre o receptor e o GABA = potencializa a atividade do GABA = depressão do SNC Aumenta frequência de abertura dos canais Cl Diminuição da excitabilidade do neurônio pós- sináptico. Usos terapêuticos: Ansiedade: reservados para ansiedade grave o Clonazepam, lorazepam e diazepam (ação longa) Distúrbios do sono: o Temazepam (ação intermediária): pacientes que acordam com frequência o Triazolam (ação curta): pacientes com dificuldade em começar a dormir Amnésia: o Midazolam: procedimentos desconfortáveis, sedação consciente Relaxante muscular: o Diazepam Convulsões: o Clonazepam: tratamento adjunto o Lorazepam e diazepam: estado epilético o Clordiazepóxido, clorazepato, diazepam, lorazepam e oxazepam: tratamento agudo da abstinência do etanol, reduzindo o risco de convulsões Fatores fisiológicos que afetam a farmacocinética: Idade: aumento T1/2, Vd, diminuição da depuração Sexo: diminuição metabolismo em homens Obesidade: aumento T1/2 Doença hepática = obesidade Etnia: asiáticos têm baixo nível de CYP2C19 Vantagens: Mais seguros que Barbitúricos Efeito ansiolítico observado rapidamente Pode ser associado a Antidepressivo Efeitos adversos: Efeito ressaca (BZD ação prolongada) Tolerância e Dependência Amnésia anterógrada Prejuízos Psicomotores Descontinuidade: síndrome de retirada do medicamento, deve ser retirado gradualmente ↓ eficácia em sintomas de depressão Interação medicamentosa: outros depressores SNC Monoterapia: não são 1ª escolha Intoxicação: Sonolento: responde a perguntas Semicomatoso: responde a estímulos Comatoso: depressão respiratória com cianose e deficiência circulatória Choque: hipotensão severa, falência renal, óbito Antídoto: flumazenil (antagonista de BZD) Julia Paris Malaco – farmacologia Benzodiazepínicos X Barbitúricos Buspirona Prolonga o tempo de permanência da serotonina (5-HT) na sinapse Mecanismo de ação: Agonista seletivo do receptor 5HT1A Se a liberação/atividade aumentada de 5-HT participa dos sintomas de ansiedade, diminuir a liberação/ação da 5-HT pode diminuir os efeitos de ansiedade. Indicação: Desordem de ansiedade generalizada - eficácia ansiolítica é escassa e lenta (2 semanas após início de tratamento). Efeitos adversos: Taquicardia Palpitações Nervosismo Desconforto gastrointestinal Parestesia ↓ ansiedade e agressividade Não possui ações hipnóticas, anticonvulsivantes ou miorrelaxantes. Não altera a memória Não apresenta ação antiepiléptica, nem dependência e tolerância cruzada com outros ansiolíticos Hipnóticos Sono: Estado de inconsciência, em que o indivíduo pode ser despertado. Privação ou prejuízo na qualidade ou quantidade de sono = problemas (Sistema imunológico, funcionamento do SNC, aprendizado e crescimento celular) Bebês: 16-18h por dia Crianças: cerca de 10h por noite Adultos: 7-8h por noite Acima de 65 anos: 5-7h por noite Insônia: pode ocorrer em diferentes fases do sono (Início - Despertar (terminal) – Interrupções) Tratamento farmacológico: Trazodona e Mirtazapina Antidepressivos tricíclicos (H1) Barbitúricos Benzodiazepínicos Zolpidem, Zaleplona, Eszopiclona, Ramelteona Anti-histamínicos: Difenidramina, hidroxizina e doxilamina Utilidade: insônia leves ou situacionais. Efeitos anticolinérgicos Zolpidem, zaleplona, eszopiclona: Pouco efeito de abstinência; Insônia de rebote mínima; Pouca tolerância Zaleplona: < efeitos residuais - Indução do sono (T1/2 → 1h) Julia Paris Malaco – farmacologia Agonista seletivo dos subtipos de receptores de melatonina (MT1 e MT2) Melatonina: hormônio do sono Indicação: pacientes com dificuldade em começar a dormir Efeitos adversos: Tonturas Fadiga Sonolência Aumento prolactina.
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