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3 Processo de Trabalho na Central de Regulação Médica de Urgências

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1 UE I – aula 3 
Processo de Trabalho na Central de Regulação Médica de Urgências
TERMINOLOGIA 
• Urgência e emergência 
• Necessidades não agudas e agudas 
• Agudas: urgentes ou críticas 
A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS 
• Portaria MS 2048/ 2002 
• Competência técnica: discernir o grau de urgência e 
prioridade de cada caso 
• Competência gestora: o autoriza decidir sobre os meios 
disponíveis, acionando-os de acordo com seu julgamento 
AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA 
NECESSIDADE DO PACIENTE 
• Diretamente proporcional a gravidade do caso, a 
quantidade de recursos necessários para o tratamento 
do paciente e o valor social que envolve o caso 
• O grau de urgência é inversamente proporcional ao 
tempo para iniciarmos o tratamento 
CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES EM 
NÍVEL DE PRIORIDADE 
• Nível 1: vermelha → prioridade absoluta 
• Nível 2: laranja → prioridade alta 
• Nível 3: amarela → prioridade moderada 
• Nível 4: verde → prioridade baixa 
• Nível 5: azul → prioridade mínima 
REGULAÇÃO: SEMIOLOGIA MÉDICA À 
DISTÂNCIA 
• Reconhecido pela normativa do CFM, junto a 
telemedicina 
• Etapas da regulação médica: 
a. Recepção do chamado: 
- Atender prontamente 
- Identificar o solicitante 
- Localizar o chamado 
- Objetividade e precisão 
- Identificar a gravidade 
 
b. Abordagem: 
- atendimento primário: solicitação oriunda da 
população 
- atendimento secundário: solicitação oriunda de 
profissional de saúde, mesmo estando dentro de um 
sistema de saúde, encontra-se sem assistência 
adequada. Falta de equipamento necessário, falta de 
médico 
c. Decisão e acompanhamento: 
- encaminhamento para unidade que atenda 
prontamente a devida necessidade 
- lembrando dos serviços que compõem as redes, não 
necessariamente um hospital, podendo ser em UBS 
ou UPA 
É ESSENCIAL A EQUIPE DE REGULAÇÃO 
INFORMAR E COMUNICAR O 
ENCAMINHAMENTO À UNIDADE DE SAÚDE 
RECEPTORA-DESIGNADA. ESSA UNIDADE 
RECEPTORA DEVERÁ TER CIÊNCIA DAS 
PECULIARIDADES DO CASO PARA QUE ESTEJA 
PREPARADA PARA O ATENDIMENTO 
VAGA ZERO 
• Vaga zero é um recurso essencial para garantir acesso 
imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento 
intenso, devendo ser considerada como situação de 
exceção e não uma prática cotidiana na atenção às 
urgências 
• Prerrogativa do médico regulador 
• Reflete problema sério de estrutura e organização 
• Equipe de atendimento deverá sempre manter contato 
com o médico da regulação 
ÁREA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
• A área de urgência e emergência constitui-se em um 
importante componente da assistência à saúde 
• Considerando a necessidade de ordenar o atendimento às 
urgências e emergências, garantindo acolhimento, 
resolução, estabilização das urgências e referência 
adequada dos pacientes graves dentro do Sistema único de 
Saúde, por meio do acionamento e intervenção das 
Centrais de Regulação Médica de Urgências 
 
2 UE I – aula 3 
• Considerando o crescimento da demanda por serviços 
nesta área nos últimos anos, devido ao aumento do 
número de acidentes e da violência urbana 
• Considerando grande extensão territorial do país, que 
impõe distâncias significativas entre municípios de 
pequeno e médio porte e seus respetivos municípios de 
referência para atenção hospitalar especializada e de alta 
complexidade 
• Aprovou-se a portaria 2048 de 05 de novembro de 2002 
INSTITUIÇÃO DO REGULAMENTO TÉCNICO 
DOS SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA 
E EMERGÊNCIA – CRIAÇÃO DO SAMU: 
PORTARIA 2048, 05 DE NOVEMBRO DE 2002 
• Central de regulação; elemento ordenador de sistema 
estaduais de urgências e emergências. Cérebro do sistema 
• Portaria 2657, 16 de dezembro de 2004: estabelece as 
atribuições das centrais de regulação médica de urgências 
e o dimensionamento técnico para a estruturação e 
operacionalização das centrais (SAMU 192) 
• Portaria 1010, 21 de maio 2012: redefiniu as diretrizes 
do SAMU e formatou a Central da Regulação. Portaria a 
qual seguimos até o dia de hoje 
REGULAÇÃO MÉDICA DE URGÊNCIA 
OBJETIVO DE TRABALHO 
• A regulação médica das urgências, operacionalizada 
através das Centrais de Regulação Médica de Urgências, é 
um processo de trabalho através do qual se garante escuta 
permanente pelo Médico Regulador, com acolhimento de 
todos os pedidos de socorro que ocorrem à central e o 
estabelecimento de uma estimativa inicial do grau de 
urgência de cada caso, desencadeando a resposta mais 
adequada e equânime a cada solicitação 
• Há monitorização contínua do grau de urgência até a 
finalização do caso 
• Assegura-se a disponibilidade dos meios necessários para 
a efetivação da resposta definitiva, de acordo com grades 
de serviços previamente pactuadas, pautadas nos preceitos 
de regionalização e hierarquização do sistema 
SAMU 
• As centrais, micro ou macrorregional, devem prever 
acesso a usuários por intermédio do número público 
gratuito nacional 192 
• Exclusivo para as urgências médicas 
• Funcionando como importante “porta de entrada” do 
sistema de saúde 
• Esta porta de entrada necessita, portanto, de portas de 
saída qualificadas e organizadas, por meio das demais 
centrais do complexo regulador da atenção, garantindo 
acesso à rede básica de saúde, à rede de serviços 
especializados (consultas médicas, exames subsidiários e 
procedimento terapêuticos), à rede hospitalar (internações 
em leitos gerais, especializados, de terapia intensiva e 
outros), assistência e transporte social e outras que se 
façam necessárias 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DA 
REGULAÇÃO MÉDICA DE URGÊNCIAS 
I - manter escuta médica permanente e qualificada para este 
fim, nas 24 horas do dia, todos os dias da semana, pelo 
número gratuito nacional das urgências médicas: 192; 
II - identificar necessidades, e classificar os pedidos de 
socorro oriundos da população em geral. 
 III - identificar, qualificar e classificar os pedidos de socorro 
oriundos de unidades de saúde, julgar sua pertinência e 
exercer a telemedicina sempre que necessário. Discernir sobre 
a urgência, a gravidade e o risco de todas as solicitações; 
 IV - hierarquizar necessidades; 
V - decidir sobre a resposta mais adequada para cada 
demanda; 
VI - garantir os meios necessários para a operacionalização de 
todas as respostas necessárias; 
VII - monitorar e orientar o atendimento feito pelas equipes de 
Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida; 
 VIII - providenciar os recursos auxiliares de diferentes 
naturezas necessários para complementar a assistência, sempre 
que necessário; 
IX - notificar as unidades que irão receber pacientes, 
informando às equipes médicas receptoras as condições 
clínicas dos pacientes e possíveis recursos necessários; 
X - permear o ato médico de regular por um conceito 
ampliado de urgência, acolhendo a necessidade expressa por 
cada cidadão, definindo para cada um a melhor resposta, não 
se limitando apenas a conceitos médicos pré-estabelecidos ou 
protocolos disponíveis; 
XI - constituir-se em “observatório privilegiado da saúde e do 
sistema”, com capacidade de monitorar de forma dinâmica, 
sistematizada, e em tempo real, todo o seu funcionamento; 
 XII - respeitar os preceitos constitucionais do País, a 
legislação do SUS, as leis do exercício profissional médico, o 
 
3 UE I – aula 3 
Código de Ética Médica, bem como toda a legislação correlata 
existente 
SAMU 192 
• SERVIÇO ASSISTENCIAL MÓVEL DE URGÊNCIA 
• Componente assistencial móvel da rede de atenção às 
urgências, que tem como objetivo chegar precocemente à 
vítima após ter corrido um agravo à sua saúde, mediante o 
envio de veículos tripulados por equipe capacitada, 
acessado pelo número “192” e acionado por uma central 
de regulação 
• Regionalização: o componente SAMU 192 é 
regionalizado, a fim de ampliar o acesso às populações 
dos municípios em todo o território nacional, por meio de 
diretrizes e parâmetros técnicos definidos 
CENTRALDE REGULAÇÃO DAS 
URGÊNCIAS 
• Estrutura física constituída por profissionais: médicos, 
telefonistas, auxiliares de regulação médica e rádio-
operadores capacitados em regulação dos chamados 
telefônicos que demandam orientação e atendimento de 
urgência, por meio de uma classificação e priorização das 
necessidades de assistência em urgência 
BASE DESCENTRALIZADA 
• Infraestrutura que garante qualidade e racionalidade na 
utilização dos recursos do componente SAMU 192 
regional ou sediado em município de grande extensão 
territorial e/ou baixa densidade demográfica, conforme 
definido no plano de ação regional, com a configuração 
mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das 
equipes e estacionamento das ambulâncias 
SAMU É FORMADO POR 
• Coordenador do serviço: profissional; oriundo da área 
da saúde, com experiência e conhecimentos comprovados 
na atividade de atendimento pré-hospitalar às urgências e 
de gerenciamento de serviços e sistemas 
• Responsável técnico: profissional médico responsável 
pelas atividades médicas do serviço 
• Responsável de enfermagem: profissional enfermeiro 
responsável pelas atividades de enfermagem 
• Médicos reguladores: profissionais médicos que, com 
base nas informações colhidas dos usuários, sendo os 
responsáveis pelo gerenciamento, definição e 
operacionalização, utilizam de protocolos técnicos para o 
adequado atendimento do paciente 
COMPOSIÇÃO DA CENTRAL DE 
REGULAÇÃO DAS URGÊNCIAS 
• I – médicos com capacitação em regulação médica das 
urgências (MR) 
• II – técnico auxiliar de regulação médica (TARM) 
• III – rádio-operador (RO) 
NORMAS GERAIS E FLUXO DA 
REGULAÇÃO 
• A Central de Regulação Médica de Urgências deve ser 
acessada pelo número gratuito Móvel 192. 
• O funcionamento deve ser ininterrupto, na sala de 
regulação, nas 24 horas, todos os dias. 
• Todo chamado deve ser atendido pelo telefonista auxiliar 
de regulação médica e, após a devida identificação e 
localização do solicitante, ser repassado ao médico 
regulador; 
• Nos trotes ou enganos, o chamado deverá ser registrado, 
mas não contabilizado como “caso” e a ligação pode ser 
encerrada sem a interveniência do médico regulador; 
• O telefonista auxiliar de regulação médica deverá ser 
treinado e devidamente instrumentalizado para atender 
aos pedidos de informação que acorrerem à central; 
• Os chamados em que o solicitante necessite apenas de 
informação que não caracterize pedido de socorro de 
urgência, o telefonista auxiliar de regulação médica está 
autorizado a fornecer a informação, se ela estiver 
disponível em suas ferramentas de trabalho e encerrar a 
solicitação, sem a interveniência do médico regulador. 
Caso não possua a informação, deverá repassar o 
chamado ao médico regulador, para que ele dê a melhor 
orientação possível ao solicitante; 
• O médico regulador, ao receber o caso, deverá, num 
curto espaço de tempo (de 30 segundos a 1 minuto), por 
meio da utilização de técnicas específicas para este fim, 
julgar a gravidade de cada caso e, em se tratando de 
situação crítica, deverá desencadear imediatamente a 
melhor resposta, acionando, inclusive, múltiplos meios, 
sempre que necessário, podendo, em seguida, concluir o 
detalhamento do caso; 
• Em casos de menor gravidade, o médico poderá optar 
inclusive pelo não envio de equipe ao local, orientando o 
solicitante sobre como proceder em relação à queixa 
relatada; 
• Nos casos de simples orientação, o médico regulador deve 
colocar-se à disposição do solicitante para novas 
orientações, caso haja qualquer mudança em relação ao 
quadro relatado na primeira solicitação; caso o médico 
regulador opte pelo envio de equipe de suporte básico ou 
avançado de vida ao local, deve monitorar todo seu 
deslocamento e receber o relato do caso quando a equipe 
 
4 UE I – aula 3 
lá chegar, confirmando ou alterando a gravidade estimada 
inicialmente. 
• Após essa reavaliação, o médico regulador deverá tomar 
uma segunda decisão a respeito da necessidade do 
paciente, definindo inclusive para qual unidade de saúde o 
paciente deve ser transportado. 
• Se o paciente for transportado, cabe ao médico regulador 
monitorar e acompanhar todo o atendimento prestado no 
trajeto; 
• O médico regulador deve estabelecer contato com o 
médico do serviço receptor, repassando a ele as 
informações técnicas sobre cada caso, para que a equipe 
local possa preparar-se para receber o paciente da melhor 
maneira possível; 
• Nas situações de atendimento médico no pré-hospitalar 
móvel, sempre que possível e com conhecimento e 
autorização do médico regulador, o médico assistente 
deverá manter-se em contato direto com o médico 
assistente do serviço de destino definido pela regulação, 
para repasse das informações sobre o paciente, a fim de 
instrumentalizar a organização da melhor recepção 
possível para os casos graves; 
• Após o adequado recebimento do paciente no serviço 
determinado, o médico regulador poderá considerar o 
caso encerrado. 
INDICADORES DO SAMU 192 
I - número geral de ocorrências atendidas no período; 
II - tempo mínimo, médio e máximo de resposta; 
III - identificação dos motivos dos chamados; 
 IV - quantitativo de chamados, orientações médicas, saídas de 
Unidade de Suporte Avançado (USA) e Unidade de Suporte 
Básico (USB); 
V - localização das ocorrências; 
VI - idade e sexo dos pacientes atendidos; 
VII - identificação dos dias da semana e horários de maior 
pico de atendimento; 
VIII- pacientes (número absoluto e percentual) referenciados 
aos demais componentes da rede, por tipo de estabelecimento. 
ESPÉCIES DAS UNIDAADES MÓVEIS 
I - Básico de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 2 (dois) 
profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência e um 
técnico ou auxiliar de enfermagem; 
II - Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada 
por no mínimo 3 (três) profissionais, sendo um condutor de 
veículo de urgência, um enfermeiro e um médico;17/04/2021 
Ministério da Saúde 
III - Equipe de Aeromédico: composta por no mínimo um 
médico e um enfermeiro; 
IV - Equipe de Embarcação: composta por no mínimo 2 (dois) 
ou 3 (três) profissionais, de acordo com o tipo de atendimento 
a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um 
auxiliar/ técnico de enfermagem, em casos de suporte básico 
de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte 
avançado de vida; 
V - Motolância: conduzida por um profissional de nível 
técnico ou superior em enfermagem com treinamento para 
condução de motolância; 
VI - Veículo de Intervenção Rápida (VIR): tripulado por no 
mínimo um condutor de veículo de urgência, um médico e um 
enfermeiro. 
NÚMERO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS 
REGULADORES (MR) MÍNIMA 
TELEFONISTAS AUXILIARES DE 
REGULAÇÃO MÉDICA (TARM) 
RÁDIO OPERADORES 
RECURSOS FINANCEIROS 
 
5 UE I – aula 3 
• A liberação dos recursos de que trata esta portaria ficará 
condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira 
do ministério da saúde 
• As despesas de custeio mensal do componente SAMU 
192 são de responsabilidade compartilhada: 
I – união 50% da despesa 
II – estado: no mínimo 25% da despesa 
III – município: no máximo, 25% da despesa 
• Os custos do componente SAMU 192 e da central de 
regulação das urgências devem estar previstos no Plano 
de ação regional e o registro da produção no sistema de 
informação ambulatorial (SAI/ SUS) é obrigatório, 
mesmo não se convertendo em pagamento