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Ana Flavia Rodrigues Gebert
Turma 21D
Literatura
Romantismo no Brasil (Primeira metade do Século XIX)
O Romantismo foi para além da literatura, foi um movimento artístico e filosófico que surgiu no final do século XVIII na Europa, indo até o final do século XIX. A maior característica do Romantismo era a visão de mundo que se contrapunha ao racionalismo do período anterior (neoclassicismo). O movimento romântico cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, e portanto os autores voltavam-se para si mesmo, retratando dramas pessoais como tragédias de amor, idéias utópicas, desejos de escapismo e amores platônicos ou impossíveis. O século XIX seria, portanto, marcado pela arte voltada para o lirismo, a subjetividade, a emoção e a valorização do “eu”. No Brasil, o período histórico era marcado por um sentimento nacionalista, em especial pelo fato marcante que foi a Independência, em 1822. Encontramos, pois, elementos que caracterizam o período, presentes nas obras dos autores românticos. É o exemplo da exaltação da Pátria feita por Gonçalves Dias, e do clima nostálgico presente nas poesias de Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, sem falar no engajamento nas causas sociais, presente fortemente na obra de Castro Alves, o qual abordou temas polêmicos como a escravidão.
A produção Romântica foi rica e vasta, tanto em outros países, quanto aqui, tanto em prosa, quanto em versos.
Na poesia, a obra que marca o início das produções românticas é “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. A poesia romântica é dividida em 3 gerações:
Primeira geração
Os primeiros românticos são conhecidos como nativistas, pois seus romances retratam índios vivendo livremente na natureza, numa representação idealizada. O índio é transformado no símbolo do homem livre e incorruptível.
Nosso Romantismo apresenta como traço essencial o nacionalismo, destacando o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, e a crítica aos problemas nacionais.
Principais Autores e suas obras 
Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882)
Considerado o fundador do Romantismo Brasileiro, Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro. Foi poeta, professor, ensaísta, diplomata, político e médico brasileiro.
Personagem brasileiro multifacetado recebeu o título de "Visconde Araguaia" no ano de 1874.
Algumas de suas obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836), O poeta e a Inquisição (1839), A Confederação dos Tamoios (1857), Os indígenas do Brasil perante a História (1860).
Antônio Gonçalves Dias (1823-1864)
Gonçalves Dias foi um poeta, jornalista, professor, etnógrafo, advogado e teatrólogo maranhense.Talvez um dos mais representativos poetas da primeira fase romântica no Brasil. Algumas obras: Canção do Exílio (1846), Luca-pirama (1851), Os Timbiras (1857).
Manuel José de Araújo Porto Alegre (1806-1879)
José de Araújo foi escritor, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, crítico, historiador, professor, diplomata e político brasileiro.
Considerado o fundador das revistas: “Guanabara” e “Lanterna Mágica”. Suas principais obras: A destruição das florestas (1846), Brasilianas (1863) e Colombo (1866).
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
Escritor e médico brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo, destaca-se por sua prosa. Sua obra intitulada “A Moreninha”, publicada em 1844, é considerada o primeiro romance brasileiro.
Outras obras que se destacam: O Moço Loiro (1845), A Luneta Mágica (1869), As Vítimas-Algozes (1869).
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)
Manuel Antônio de Almeida foi escritor, jornalista, médico e professor brasileiro. Destaca-se sua única obra em prosa denominada “Memórias de um Sargento de Milícias” (1852). Foi publicada durante um ano (1852-1853) nos folhetins do jornal Correio Mercantil, no qual era redator.
José Martiniano de Alencar (1829-1877)
José de Alencar foi cronista, romancista, jornalista, crítico, político, advogado e dramaturgo brasileiro.
É conhecido por seus romances regionalistas, históricos e indianistas, dos quais se destacam: Cinco Minutos (1856), O Guarani (1857), A Viuvinha (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874), O Sertanejo (1875).
Segunda geração
O tema que fascinou os escritores da segunda geração romântica brasileira foi a morte. Nas obras dos escritores desse período está presente uma visão negativa do mundo e da sociedade, onde expressam seu pessimismo e sentimento de inadequação à realidade, pois viviam uma vida desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leitura de obras literárias, como as de Musset e Byron.
A segunda geração, também conhecida como ultrarromantismo, encontra no Brasil discípulos fervorosos, que diante do amor apresentam uma visão dualista, envolvendo atração e medo, desejo e culpa. Em seus poemas, a imagem de perfeição feminina apresenta os traços de morte, condenando implicitamente qualquer forma de manifestação física do amor.
Principais Autores e suas obras 
Alguns escritores brasileiros que se destacaram nesse fase:
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852)
Álvares de Azevedo foi escritor contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro. Destacam-se as obras publicadas postumamente: Três Liras (1853) e Noite na Taverna (1855).
Casimiro José Marques de Abreu (1837-1860)
Casimiro de Abreu foi poeta brasileiro, autor do célebre poema "Meus Oito Anos" (1857). Ademais, podemos destacar as obras: As Primaveras (1859), Saudades (1856) e Suspiros (1856).
Luís Nicolau Fagundes Varella (1841-1875)
Poeta brasileiro e patrono na Academia Brasileira de Letras, Fagundes Varela foi um importante escritor da literatura romântica brasileira. Mesmo sendo considerado byroniano já apresentava em sua obra, características da terceira geração romântica. De sua obra podemos citar: Vozes da América (1864), Noturnas (1860).
Luís José Junqueira Freire (1832-1855)
Junqueira Freire foi um monge, sacerdote e poeta brasileiro. Com uma obra, muitas vezes considerada conservadora, abordou temas como: horror, desejo reprimido, sentimento de pecado, revolta, remorso e obsessão de morte. Podemos citar: Inspirações do Claustro (1855).
Pedro Luziense de Bittencourt Calasans (1837-1874)
Foi um poeta, crítico e jornalista brasileiro. Publicou seu primeiro livro de poesias Adeus! (1853) com apenas 16 anos. De sua obra poética podemos citar: Páginas Soltas (1855), Últimas Páginas (1858), A Morte de Uma Virgem (1867), A Rosa e o Sol (1867).
Terceira geração
A terceira geração é também conhecida como “O condoreirismo”, os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo, assim, a poesia social.
Castro Alves é o poeta que mais se destaca. Inspirado nos princípios de Victor Hugo, ele começa a escrever poemas sobre a escravidão. Há, retratado em seus poemas, o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
Castro Alves ficou conhecido como “o poeta dos escravos”.
Principais Autores e suas obras 
Os principais escritores brasileiros dessa fase:
Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871)
Escritor baiano de maior destaque da terceira geração romântica, Castro Alves, chamado de "Poeta dos Escravos” apresenta uma poesia dividida em duas temáticas: a poesia social e a poesia lírico-amorosa. Dentre elas podemos destacar: O Navio Negreiro (1869), Espumas Flutuantes (1870), A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883).
Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902)
Mais conhecido por Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade foi um escritor e poeta maranhense muito influente da literatura brasileira.
Em 1857, publicou seu primeiro livro de poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua obra mais destacada é o poema narrativo: O Guesa (1871) baseado na lenda indígena Guesa Errante.
Tobias Barreto de Meneses (1839-1889)
Tobias Barreto foi poeta, filósofo e crítico brasileiro, notável pelos seus poemas românticos com grande influência do escritorVictor-Marie Hugo (1802-1885).Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão (1868).
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910)
Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco foi um poeta, jornalista, diplomata, orador, político e historiador brasileiro.
Os principais temas de sua obra: abolição da escravatura e liberdade religiosa. Suas obras: Abolicionismo (1883), Escravos (1886), Minha formação (1900).
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914)
Sílvio Romero, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, foi um crítico literário, poeta, ensaísta, historiador, filósofo, professor e político brasileiro.
Possui uma vasta obra nas áreas da: filosofia, política, sociologia, literatura, folclore, etnologia, direito, poesia, cultura popular e história.
Destacam-se: A poesia contemporânea (1869), Cantos do fim do século (1878) e Últimos harpejos (1883).
Características
O Romantismo é o movimento artístico que representa a burguesia do século XVIII e XIX, ou seja, o movimento é o de uma produção da nova elite da sociedade, que havia superado os regimes absolutistas em diversos países. Por conta disso, os ideais dessa burguesia são aqueles presentes nas obras românticas. Alguns deles são:
egocentrismo (culto ao “eu”; o indivíduo como centro da existência);
nacionalismo;
exaltação da natureza enquanto cúmplice do sujeito;
idealização do herói, do amor e da mulher;
fuga da realidade por meio da morte, do sonho, da loucura ou da arte.
Para além dessas características gerais, vale ressaltar que as manifestações da poesia e da prosa, dentro do Romantismo, tiveram, cada uma, suas particularidades, conforme vamos explicar a seguir.
 O principal fato histórico que permeia o Romantismo no Brasil é a chegada da Família Real portuguesa, em 1808. Nesse período, o país deixou oficialmente de ser uma colônia de exploração e passou a ser a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Com isso, uma série de modernizações começou a ocorrer no país. Algumas das principais delas são:
criação da imprensa brasileira;
construção do Museu Nacional (incendiado em 2018);
fundação do Banco do Brasil;
decreto de abertura dos portos às nações amigas;
criação do Ministério da Marinha, das Relações Exteriores e do Tesouro Nacional, assim como a fundação da Casa de Suplicação do Brasil (atual Supremo Tribunal da Justiça).

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