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História da literatura brasileira - períodos literários, autores e obras - InfoEscola

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21/10/2019 História da literatura brasileira - períodos literários, autores e obras - InfoEscola
https://www.infoescola.com/literatura/historia-da-literatura-brasileira/ 1/3
História da literatura brasileira
Por Carlos Eduardo Varella Pinheiro Motta
Doutorado em Letras - Literatura e Língua Portuguesa (PUC-Rio, 2013)
Mestrado em Linguística, Letras e Artes (PUC-Rio, 2008)
Graduação em Jornalismo (PUC-Rio, 2001)
Século XVI: Quinhentismo
Fase inicial da literatura brasileira, tendo ocorrido no início da colonização.
O primeiro registro literário em terras brasileiras é a carta de Pero Vaz de Caminha, o
escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Além das cartas, há os diários onde o autor
elabora uma literatura informativa, algo próximo às narrativas de viagens, sobre o
Brasil. Seu objetivo era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas e
sociais da nova terra.
Entre as manifestações da época, destaca-se também a Literatura Jesuíta ou de
Catequese, sendo seu principal representante o Padre José de Anchieta, com seus
autos, cartas, hinos, poemas e sermões. O objetivo principal do jesuíta espanhol era
catequizar os índios brasileiros.
Século XVII: Barroco
Época marcada pelos conflitos e contradições espirituais, o que acabou,
consequentemente, influenciando na literatura. As obras do período são marcadas pela
angústia, melancolia e oposição entre o mundo material e o espiritual, emulando o
confronto interno dos indivíduos divididos entre os mundos Medieval (teocêntrico) e
Moderno (Antropocêntrico).
Nas obras, as figuras de linguagem mais utilizadas são as antíteses, hipérboles e
metáforas.
Entre os principais representantes da época, podemos citar: Bento Teixeira
(Prosopopeia); Gregório de Matos Guerra, conhecido como “Boca do Inferno” por sua
veia satírica e mordaz, autor de vários poemas e críticas; e o Padre Antônio Vieira, autor
do célebre Sermão de Santo Antônio aos Peixes.
Século XVIII: Arcadismo ou Neoclassicismo
Época marcada pela ascensão dos valores burgueses, refletindo a ascensão da classe
que chegara ao poder na Inglaterra (meados do século XVIII), EUA e França (fins do
século XVIII), influenciando, no Brasil, os ideais que pautaram a Inconfidência Mineira.
Esse fato, aliado ao surgimento do Iluminismo no campo do pensamento, influenciou
consideravelmente a produção das obras desta época.
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21/10/2019 História da literatura brasileira - períodos literários, autores e obras - InfoEscola
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Os conflitos do barroco são deixados de lado e substituídos pela razão e o objetivismo,
refletidos na linguagem mais simples e direta das obras. Os ideais da Antiguidade
Clássica (Greco-Romana) de fuga das cidades e vida no campo são retomados, de modo
que o bucolismo passa a ser consideravelmente valorizado, assim como a idealização da
natureza e da mulher amada.
Os principais representantes dessa época são: Cláudio Manuel da Costa (Obra Poética);
Basílio da Gama (O Uraguai); Tomás Antonio Gonzaga (Cartas Chilenas e Marília de
Dirceu); e o Frei José de Santa Rita Durão (Caramuru).
Primeira Metade do Século XIX: Romantismo
A chegada da família real portuguesa ao Brasil, trouxe consigo a modernização, que, por
sua vez, contribuiria ativamente para a Independência, proclamada em 1822. Tais fatos
históricos influenciaram consideravelmente na literatura do período.
Entre as principais características do romantismo, pode-se destacar: espírito idealista e
sonhador, idealização da mulher, individualismo, nacionalismo, retomada passado
histórico (indianismo) e a valorização da liberdade.
Os principais representantes dessa época são: José de Alencar (O Guarani), no
romance; Gonçalves Dias (Primeiros Cantos), Álvares de Azevedo (Lira dos Vinte Anos),
Castro Alves (Navio Negreiro) e Fagundes Varella (Cântico do Calvário), na poesia.
Segunda Metade do Século XIX: Realismo / Naturalismo
Nesse período, a literatura romântica e seus ideais entram em declínio. Desse modo, os
escritores começam a se preocupar em enunciar, principalmente, a realidade social e os
conflitos existenciais do ser humano.
Entre as principais características, pode-se destacar: crítica social, linguagem popular,
objetivismo, tramas psicológicas, utilização de cenas cotidianas, valorização de
personagens inspirados na realidade, crítica social, visão irônica da realidade.
O principal representante dessa fase foi Machado de Assis, com as obras O Alienista,
Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba.
Posteriormente, surge a corrente naturalista, ou “ultrarrealista”, influenciada pelas ideias
darwinistas de evolução das espécies em alta na Europa. O principal representante
dessa corrente foi Aluísio de Azevedo, autor do romance O Cortiço, no qual o
protagonista é o cenário.
Fins do Século XIX: Parnasianismo e Simbolismo
O parnasianismo buscou o retorno aos temas clássicos, em oposição à poesia romântica,
valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores usavam linguagem
rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Por adotarem
um postura anti-engajada, foram tachados, principalmente pelos primeiros modernistas,
como representantes de uma literatura alienada, uma vez que não focava nos
problemas sociais. Os principais representantes foram: Olavo Bilac, Raimundo Correa,
Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.
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O simbolismo se caracteriza por uma linguagem abstrata e meditativa, flertando
continuamente o misticismo e religiosidade. Entre os temas preferidos, estavam os
mistérios da morte e dos sonhos, o que carregava os textos de um teor de subjetivismo
metafísico. Os principais representantes foram: Cruz e Sousa (Sete Tons de uma Poesia
Maior) e Alphonsus de Guimaraens (Ismália).
Primeiras décadas do Século XX: Pré-Modernismo
Período de transição, marcado, entre outros aspectos, pela busca dos valores
tradicionais, linguagem coloquial, regionalismo e valorização dos problemas sociais. Os
principais representantes foram: Euclides da Cunha (Os Sertões), Monteiro Lobato
(Reinações de Narizinho), Lima Barreto (O Triste Fim de Policarpo Quaresma) e Augusto
dos Anjos (Eu e Outras Poesias).
1922 a 1930: Modernismo
Tem início em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Entre os seus principais atributos,
estão: o humor, o flerte com as vanguardas europeias, o desenvolvimento de temas do
cotidiano, a liberdade formal e um diálogo crítico com o passado histórico. Os principais
representantes foram: Mário de Andrade (Macunaíma), Oswald de Andrade (Pau-Brasil),
Cassiano Ricardo (A Face Perdida) e Manuel Bandeira (Estrela da Manhã).
1930 a 1945: 2ª Fase do Modernismo ou Neorrealismo
Período no qual são retomados tanto o caráter de crítica social como os temas místicos.
Os principais representantes foram: Graciliano Ramos (Vidas Secas), José Lins do Rego
(Fogo Morto), Raquel de Queiróz (O Quinze) e Jorge Amado (O País do carnaval), no
romance; Vinícius de Moraes (O Caminho para a Distância), Carlos Drummond de
Andrade (Sentimento do Mundo) e Cecilia Meireles (Vaga Música).
Depois de 1945
Entre os principais representantes da época, destacam-se a prosa regional de
Guimarães Rosa (Grande Sertão Veredas), o experimentalismo introspectivo de Clarice
Lispector (A Hora da Estrela) e os romances, contos e crônicas urbanas de Nelson
Rodrigues (Asfalto Selvagem).

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