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Kant e o Esclarecimento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE CRATEÚS-FAEC
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MARIA ISABELE BEZERRA DE SOUSA
KANT E O ESCLARECIMENTO 
CRATEÚS-CE
2020
Segundo o filósofo prussiano, Immanuel Kant, o processo de esclarecimento pode ser compreendido como a saída do homem da menoridade (que consiste na incapacidade de fazer uso de seu entendimento para decidir questões pertinentes a sua própria vida, deste modo, vivendo sob a tutela de outras pessoas, mediante uma situação de heteronomia), para entrar na maioridade (quando se faz uso público de seu entendimento, e se alcança a liberdade, conquistando assim, a autonomia). 
A menoridade, pela qual, de acordo com Kant, o homem é responsável por nela permanecer, é tão intrínseca à ele, que este passa a aceitá-la, naturalizando-a. Em sua vigência, o homem relega a outrem - guru, líder religioso, Estado - "as rédeas" de sua vida, deixando-a inteiramente sob a responsabilidade deste (s) a decisão do que fazer, como fazer, a distinção do que é certo do que é errado, e de uma forma passiva, bovinamente, absorve, acata e reproduz tudo o que lhe é repassado - abdicando assim, ao seu direito de pensar por si próprio. 
De acordo com o pensamento kantiano, os principais empecilhos para se chegar ao esclarecimento, são: a covardia (falta de coragem do homem em opor-se à seus tutores, as instituições que o controlam e as regras impostas); a preguiça (porque é bem mais cômodo relegar a alguém uma atividade -pensar - que o custará esforços) e os esforços despendidos por aqueles que são seus tutores, em lhe convencer que não é capaz de "andar com suas próprias pernas"; o que mantém o homem tal como está e perpétua o seu estado de menoridade.
Como "não vivemos em uma época esclarecida, mas em uma época de esclarecimentos", é possível constatar que os homens - em sua maioria - vivem em situação de menoridade, o que é nitidamente perceptível nas várias esferas da sociedade: política, relações socias, religião, nas quais os homens dão à terceiros, o direito não só de pensar por eles, mas também de decidir suas vidas.
Deste modo, assim como no pensamento kantiano, o homem precisa ultrapassar a menoridade e alcançar a maioria, para que possa tomar para si sua capacidade de pensar, alcançando a liberdade e livrando-se da tutela de outras pessoas, nas mãos das quais, por intermédio da menoridade, pode estar sendo mero fantoche.

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