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Rodada 02
Rodadas - Temas Específicos e Tópicos
Aprofundados p/ Polícia Federal
(Delegado) - Pós-Edital
Autores:
Cláudio Bandel Tusco, Oto
Andrade, Itawan de Oliveira
Pereira, Fernanda Nobre da Matta,
Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz
Godoy, Felipe Fachineli Peres
Rodada 02
1 de Fevereiro de 2021
 
 
 
Sumário 
Considerações Iniciais ........................................................................................................................................ 4 
1 - Tópicos Específicos e Temas Aprofundados ................................................................................................. 6 
1.1 - Direito Administrativo ............................................................................................................................ 6 
1.1.1 - Responsabilidade Civil do Estado .......................................................................................................................... 6 
1.1.2 - Licitações: Conceitos, finalidades, princípios, dispensa e inexigibilidade ........................................................... 13 
1.1.3 - Licitações: Modalidades, procedimento e sanções penais ................................................................................. 22 
1.2 - Direito Constitucional ........................................................................................................................... 33 
1.2.1 - Crimes de responsabilidades e crimes comuns ................................................................................................... 33 
1.5.1 - Direitos de Nacionalidade ................................................................................................................................... 37 
1.3 - Direito Civil ........................................................................................................................................... 44 
1.3.1 - Pessoa Natural e Pessoa Jurídica – Edital DGP/PF – 15.01.2021 ......................................................................... 44 
1.4 - Direito Processual Civil ......................................................................................................................... 53 
1.4.1 - Competência Internacional ................................................................................................................................. 53 
1.4.2 - Homologação de Sentença Estrangeira ............................................................................................................... 56 
1.4.3 - Competência Federal Cível – Análise do Art. 109, I da CF ................................................................................... 57 
1.5 - Direito Internacional Público e Cooperação Internacional .................................................................. 63 
1.5.1 - Direito Internacional Público ............................................................................................................................... 63 
1.6 - Direito Penal ......................................................................................................................................... 67 
1.6.1 - O Fato Típico: A Relação de Causalidade e a Teoria da Imputação Objetiva. Tipicidade Conglobante. ............. 67 
1.6.2 - O Roubo e o Pacote Anticrime ............................................................................................................................ 76 
1.7 - Direito Processual Penal ....................................................................................................................... 81 
1.7.1 - Poder Requisitório do Delegado de Polícia ......................................................................................................... 81 
1.7.2 - Procedimentos Alternativos de Investigação Criminal ........................................................................................ 86 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
Rodada 02
Rodadas - Temas Específicos e Tópicos Aprofundados p/ Polícia Federal (Delegado) - Pós-Edital
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2 
180 
1.8 - Legislação Penal Especial ..................................................................................................................... 93 
1.8.1 - Lei de Interceptação Telefônica - Lei 9.296/1996 (atualizada pela Lei 13.964/2019) ......................................... 93 
1.9 - Direito Empresarial ............................................................................................................................ 104 
1.9.1 - Direito Comercial ............................................................................................................................................... 105 
1.10 - Criminologia ..................................................................................................................................... 115 
1.10.1 - Teorias Macrossociológicas ou Sociológicas Contemporâneas da Criminologia............................................. 115 
1.11 - Direito Previdenciário ....................................................................................................................... 118 
1.12 - Direito Financeiro e Tributário ......................................................................................................... 122 
1.12.1 - Competência Tributária ................................................................................................................................... 122 
2 - Questões Objetivas ................................................................................................................................... 132 
2.1 - Direito Administrativo ........................................................................................................................ 132 
2.2 - Direito Constitucional ......................................................................................................................... 136 
2.3 - Direito Civil ......................................................................................................................................... 140 
2.4 - Direito Processual Civil ....................................................................................................................... 143 
2.5 - Direito Internacional Público e Cooperação Internacional ................................................................ 151 
2.6 - Direito Penal ....................................................................................................................................... 152 
2.7 - Direito Processual Penal ..................................................................................................................... 156 
2.8 - Legislação Penal Especial ................................................................................................................... 158 
2.9 - Direito Empresarial ............................................................................................................................ 160 
2.10 - Criminologia ..................................................................................................................................... 163 
2.11 - Direito Previdenciário ....................................................................................................................... 164 
2.12 - Direito Financeiro e Tributário ......................................................................................................... 165 
3 - Questões Discursivas................................................................................................................................. 167 
3.1 - Direito Administrativo ........................................................................................................................ 167 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de OliveiraPereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
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3 
180 
3.2 - Direito Constitucional ......................................................................................................................... 168 
3.3 - Direito Penal ....................................................................................................................................... 169 
3.4 - Direito Processual Penal ..................................................................................................................... 170 
3.5 - Legislação Penal Especial ................................................................................................................... 172 
4 - Peça Prática ............................................................................................................................................... 173 
Padrão de Resposta .................................................................................................................................... 175 
Roteiro de Resposta...................................................................................................................................................... 177 
Régua de Correção ....................................................................................................................................................... 180 
 
 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
Rodada 02
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4 
180 
RODADAS DELEGADO DA PF - PÓS EDITAL 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Conforme explicado na aula demonstrativa, todas as segundas-feiras (serão 8 rodadas) publicaremos um 
material como este que conterá: 
 21 tópicos específicos ou temas aprofundados, seguindo as disciplinas e a importância de cada 
uma delas para a prova; 
 100 questões objetivas inéditas de nível superior de complexidade para você lapidar a sua 
preparação; e 
 5 questões discursivas (tal como distribuído em edital); e 
 1 peça (tal como apresentado no edital). 
Com time exclusivo de Delegados de Polícia Federal, você disporá de material de altíssimo nível para garantir 
pontos importantes na prova. 
Matéria Professor 
Direito Administrativo 
 
Cláudio Tusco 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Constitucional 
 
Oto Andrade Teixeira 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Civil 
 
Itawan Pereira 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Processual Civil 
 
Fernanda Nobre da Matta 
Delegada da 
Polícia Federal 
Direito Internacional Público e 
Cooperação Internacional 
 
Rafael Dantas 
Delegado da 
Polícia Federal 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
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5 
180 
Direito Penal 
 
Allan Mattos 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Processual Penal 
 
Oto Andrade Teixeira 
Delegado da 
Polícia Federal 
Legislação Penal Especial 
 
Luiz Godoy 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Empresarial 
 
Felipe Fachineli 
Advogado e 
aprovado 
Delegado da 
Polícia Federal 
Criminologia 
 
Rafael Dantas 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Previdenciário 
 
Rafael Dantas 
Delegado da 
Polícia Federal 
Direito Financeiro e Tributário 
 
Cláudio Tusco 
Delegado da 
Polícia Federal 
Peça 
 
Allan Mattos 
Delegado da 
Polícia Federal 
É isso! Vamos ao trabalho? 
Se houver dúvida de conteúdo, poste-a no fórum. 
Caso haja dúvida a respeito do curso, funcionamento, estarei à disposição em 
ecj@estrategiaconcursos.com.br 
Boa leitura! 
Prof. Ricardo Torques 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
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Rodadas - Temas Específicos e Tópicos Aprofundados p/ Polícia Federal (Delegado) - Pós-Edital
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6 
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1 - TÓPICOS ESPECÍFICOS E TEMAS APROFUNDADOS 
1.1 - DIREITO ADMINISTRATIVO 
1.1.1 - Responsabilidade Civil do Estado 
Muito bem pessoal! Professor Cláudio Tusco, Estratégia Carreira Jurídica, apresenta mais um ponto 
superimportante de Direito Administrativo e que sempre tem questão em provas de concurso para Delegado 
de Polícia Federal é sobre a responsabilidade civil do Estado. Traremos um enfoque com as principais 
atualidades, inclusive quanto ao estado de calamidade sanitária em que nos encontramos em razão da 
pandemia de Coronavírus. 
O tema é disciplinado na inteligência do artigo 37, §6º, da Constituição Federal. Trata-se de tema relevante 
que, mais recentemente, foi discutido em sede de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal. 
Art. 37, §6º, Constituição Federal. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa. 
A Constituição Federal em sua inteligência não prevê responsabilidade objetiva para pessoas físicas, mas 
apenas e tão somente para as pessoas jurídicas, consagrando tal ponto um dogma constitucional. 
Assim, a Constituição Federal prevê dois sujeitos que respondem objetivamente, quais sejam: 
• Pessoas Jurídicas de Direito Público: A responsabilidade jurídica objetiva é INCONDICIONADA. 
Qualquer comportamento pode dar azo a responsabilidade (prestação de serviço, execução de obra 
pública, exercício do poder de polícia, atos correlatos a função de polícia judiciária etc.); 
• Pessoas Jurídicas de Direito Privado que prestam serviços públicos: A responsabilidade jurídica é 
CONDICIONADA a execução de serviços públicos; 
• Logo: sociedades de economia mista; empresas públicas e subsidiárias exploradoras de atividade 
econômica NÃO respondem objetivamente nos termos do Art. 37, §6º da CF. Podemos citar também 
como exemplo uma empresa contratada para executar obra pública: como a obra pública não é 
serviço público, a empresa NÃO responderá de forma objetiva, uma vez que não está submetida ao 
Art. 37, §6º, CF. 
Lembrando: Teoria da Culpa 
A teoria da responsabilidade civil está construída sobre a reparação do dano, pois emerge do art. 186 do 
Código Civil de 2002, recepcionando o art. 159 do Código Civil de 1916, pois “aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito”. 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
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A negligência é uma falta de cuidado ou desleixo relacionado a uma situação. A imprudência consiste em 
uma ação que não foi pensada, feita sem precauções. Já a imperícia que é a falta de habilidade específica 
para o desenvolvimento de uma atividade técnica ou científica, conceito de direito penal, neste caso está 
abarcada pela negligência. 
STF: A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço 
público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, segundo decorre 
do art. 37, §6º, da Constituição Federal. RE 591874 (repercussão geral) 
Questão importante: Responsabilidade dos NotáriosO notário/tabelião é um particular em colaboração, isto é, pessoa física qualificada como agente público. 
O profissional notarial exerce função pública por delegação, nos termos da Constituição, após aprovação em 
concurso de provas ou de provas e títulos, pois vale lembrar que antigamente, remontando a um Brasil 
colonial, os cartórios eram familiares e passados de geração em geração familiar. 
A Lei 8.935/1994, alterada posteriormente pela Lei 13.286/2016 trouxe em seu artigo 22 que os notários e 
oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa 
ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o 
direito de regresso. 
Assim, nos termos da lei, os tabeliães, oficiais e registradores responderão subjetivamente pelos danos que 
causarem a terceiros. 
O STF, porém, entende em sentido contrário: 
“O Estado responde objetivamente pelos atos dos tabeliães registradores oficiais que, no 
exercício de suas funções, causem danos a terceiros, assentado o dever de regresso contra o 
responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa”. RE 842846 
julgado em 27/2/2019. 
Hipóteses que ensejam a Responsabilidade Civil do Estado 
• Condutas Comissivas: são condutas em que o estado pratica uma ação e o Estado produz um dano, 
sendo que responderá objetivamente independente se a ação foi legal ou ilegal. 
• STJ: A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, 
ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal. 
• STJ: A existência de lei específica que rege a atividade militar (Lei n. 6.880/1980) não isenta a 
responsabilidade do Estado pelos danos morais causados em decorrência de acidente sofrido durante 
as atividades militares. 
• Condutas Omissivas: aqui o Estado não faz, e em decorrência da omissão do Estado é gerado um 
dano. Nessa hipótese, o estado responde subjetivamente, embora haja doutrina e jurisprudência 
entendimentos que mesmo na omissão a responsabilidade do Estado é OBJETIVA, como Hely Lopes 
e algumas decisões já proferidas pelo Supremo Tribunal Federal. 
Cláudio Bandel Tusco, Oto Andrade, Itawan de Oliveira Pereira, Fernanda Nobre da Matta, Rafael Dantas, Allan Mattos, Luiz Godoy, Felipe Fachineli Peres
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• STF. 2ª Turma. ARE 897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2015. (...) A jurisprudência 
da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem 
objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no art. 37, § 6º, da 
Constituição Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde que demonstrado 
o nexo causal entre o dano e a omissão do Poder Público. (...) 
• STF. 2ª Turma. RE 677283 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/04/2012. - Assim, o Estado 
responde de forma objetiva pelas suas omissões, desde que ele tivesse obrigação legal específica de 
agir para impedir que o resultado danoso ocorresse. A isso se chama de "omissão específica" do 
Estado. (STF. Plenário. RE 677139 AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 22/10/2015). - 
Dessa forma, para que haja responsabilidade civil no caso de omissão, deverá haver uma omissão 
específica do Poder Público 
• STJ: A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados 
a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade. 
• STJ: Há responsabilidade civil do Estado nas hipóteses em que a omissão de seu dever de fiscalizar 
for determinante para a concretização ou o agravamento de danos ambientais. 
• STJ: Em se tratando de responsabilidade civil do Estado por rompimento de barragem, é possível a 
comprovação de prejuízos de ordem material por prova exclusivamente testemunhal, diante da 
impossibilidade de produção ou utilização de outro meio probatório. 
• STJ: Não há nexo de causalidade entre o prejuízo sofrido por investidores em decorrência de quebra 
de instituição financeira e a suposta ausência ou falha na fiscalização realizada pelo Banco Central no 
mercado de capitais. 
• STJ: O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos do sistema 
penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do ato de fuga. 
Vale lembrar que o Estado adota como regra a Teoria do Risco Administrativo, sendo que o Estado responde 
objetivamente pela sua atividade em razão da mesma ter intrinsecamente um risco. O dano é resultado não 
de uma ação/omissão do Estado, mas sim de uma situação de risco produzida pelo Estado, sem a qual o dano 
nunca teria acontecido. 
Exemplificando: sempre que o Estado assume a guarda de pessoas ou coisas perigosas, ele assume o risco e 
deve arcar com a sua eventual concretização na forma de dano. 
Exemplos: energia nuclear; armas guardadas pelo exército; animais selvagens e perigosos; menores em 
estabelecimento socioeducativo; presos nos presídios; loucos no hospício; etc... 
ATENÇÃO: só faz sentido distinguir ação (responsabilidade objetiva); omissão (responsabilidade subjetiva 
[STJ] ou objetiva [STF]) e danos decorrentes do risco (responsabilidade objetiva), se adotamos o 
entendimento de que existem consequências jurídicas distintas. 
• STF: Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5°, inciso XLIX, da 
Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de detento. - RE 724347 (repercussão geral). 
• STF: Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios 
os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, 
nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, 
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições 
legais de encarceramento. RE 580252/MS (repercussão geral) 
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• STJ: É objetiva a responsabilidade civil do Estado pelas lesões sofridas por vítima baleada em razão 
de tiroteio ocorrido entre policiais e assaltantes. 
• STJ: O Estado possui responsabilidade objetiva nos casos de morte de custodiado em unidade 
prisional. 
• STJ: O Estado responde objetivamente pelo suicídio de preso ocorrido no interior de estabelecimento 
prisional. 
ATENÇÃO: não basta a morte, lesão ou fuga do preso (dano) para que haja direito à indenização, pois se 
assim fosse haveria risco integral, o que não é o caso pois não há previsão normativa nesse sentido. Logo, o 
risco é administrativo, podendo o Estado provar causa excludente e se isentar da responsabilidade. 
Reparação do Dano em razão da Responsabilidade Civil do Estado 
Em relação ao mesmo tema, vamos agora explorar a Reparação do Dano em razão da Responsabilidade Civil 
do Estado. 
A reparação do dano é feita com uma indenização capaz de recompor o patrimônio do lesado, bem como 
compensar os prejuízos advindos dos danos morais e estéticos. 
Formas de reparação do Dano: 
• Administrativa: também chamada de consensual, a reparação do dano administrativa é aquela que 
se faz por acordo entre causador do dano e vítima. O primeiro reconhece que causou o dano e a 
segunda aceita o valor proposto a título de indenização. Coloca-se fim a responsabilidade civil, 
podendo subsistir as demais, se houverem. 
• Pessoas Jurídicas de Direito Público só podem fazer acordos se houverem previsão legal expressa (= 
reserva legal). 
• Judicial: é aquela na qual o lesadoajuíza uma ação judicial contra o causador do dano, requerendo a 
reparação. 
Réu na Ação de Reparação de Danos 
Corrente 1: a ação só pode ser ajuizada em face da pessoa jurídica, em razão do Art. 37, §6º da Constituição 
que estabelece responsabilidade objetiva. Nesse sentido, Helly Lopes Meireles. Tese da dupla garantia, tendo 
sido adotada há alguns anos em um precedente da 1ª Turma do STF (RE 327904, Rel. Min. Carlos Britto, 
julgado em 15/08/2006): o ajuizamento da ação em face somente da Pessoa Jurídica asseguraria uma dupla 
garantia. A primeira garantia seria a da vítima ser indenizada porque o Estado, mesmo atrasado, sempre 
paga. A segunda garantia é proteger o servidor público contra ações judiciais temerárias. E, havendo 
comprovação de dolo ou culpa pelo servidor em momento posterior, o Estado propõe ação regressiva contra 
este. 
No mesmo sentido, mas sem mencionar o nome “dupla garantia”, existe outro precedente: RE 344133, Rel. 
Min. Marco Aurélio, julgado em 09/09/2008; RE 720275/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/12/2012. 
Corrente 2: cabe a vítima escolher contra quem ela deseja ajuizar a ação, surgindo para ele o dever de provar 
dolo ou culpa na hipótese de optar por ajuizar em face do agente causador do dano. Quem pode o mais, 
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propor ação contra Pessoa Jurídica com base em responsabilidade objetiva, pode o menos, propor ação em 
face do agente causador mediante comprovação de dolo/culpa. Nesse sentido Celso Antônio Bandeira de 
Mello (posição majoritária) e precedentes da 4ª Turma do STJ no REsp 1.325.862-PR, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 5/9/2013 (Info 532). 
POSIÇÃO MAJORITÁRIA: No caso de dano causado por magistrado a ação só poderá ser ajuizada em face da 
pessoa jurídica – RE 228.977. 
Denunciação da Lide – Código de Processo Civil: 
Art. 125. CPC É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: II - àquele 
que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de 
quem for vencido no processo. §1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando 
a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. 
• Nos termos da lei, quem tem direito de regresso contra o servidor, pode denunciar a lide ou optar 
por ajuizar ação autônoma em momento posterior. 
• Doutrina: não é possível a denunciação da lide nas ações de responsabilidade civil contra o Estado, 
pois isso traria para a relação processual um debate acerca da existência de dolo/culpa à revelia da 
Constituição, cujo texto legal não parece desejar que isso aconteça. 
Prazo 
• O prazo para a vítima propor ação de reparação é de 5 anos. 
• Pessoas jurídicas de Direito Público: Decreto 20.910/1932 
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer 
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, 
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem. 
• Pessoas jurídicas de Direito Privado Prestadoras de Serviços Públicos: Lei 9.494/1997 
Art. 1º-C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por 
agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos. 
• Doutrina: José dos Santos Carvalho Filho e outros, sustentam que após o Código Civil de 2002 ter 
entrado em vigor o prazo passou a ser de 3 anos. 
• STJ: O prazo prescricional das ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública é quinquenal 
(Decreto n. 20.910/1932), tendo como termo a quo a data do ato ou fato do qual originou a lesão ao 
patrimônio material ou imaterial. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 553) 
• OBS: Lei 8.935/1994, alterada pela Lei 13.286/2016 
Art. 22 Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo 
da data de lavratura do ato registral ou notarial. 
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• As ações indenizatórias decorrentes de violação a direitos fundamentais ocorridas durante o regime 
militar são imprescritíveis, não se aplicando o prazo quinquenal previsto no art. 1º do Decreto n. 
20.910/1932. 
Direito de Regresso 
• O Direito de regresso é direito de ressarcimento, isto é, de pedir de volta do causador do dano aquilo 
que a Pessoa Jurídica pagou a vítima a título de indenização. 
• Fundamento - O fundamento é a prática de ato ilícito. Logo, a responsabilidade do causador do dano 
sempre é subjetiva. 
Formas de exercício do Direito de Regresso 
• Consensual: Desconto em folha, por exemplo pagamento de reparo em viatura policial que se 
envolveu em acidente. - Resp 1.116.855 
• Judicial: indenização fixada em ação judicial de regresso em face do servidor que causou o dano, 
sendo comprovada a sua culpa. 
Prescrição 
STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 3/2/2016 (repercussão geral) (Informativo 
nº 813). - É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. STJ. 2ª 
Turma. AgRg no AREsp 768.400/DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 03/11/2015 4. A jurisprudência 
desta Corte firmou-se no sentido de que a prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em 
ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei 
geral. (...) 5. O STJ tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo prescricional da Fazenda 
Pública deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto 20.910/32, em razão do princípio da isonomia. 
OBS: Ação de improbidade administrativa: - São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao Erário fundadas 
na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. → RE 852475/2018. 
Danos decorrentes de falhas em concursos públicos 
É possível, também, que falhas em concursos públicos acarretem a responsabilização civil do Estado. A 
propósito do tema, vale a pena citar o seguinte trecho de julgado do STF: 
Candidatos que só vieram a ter o direito à nomeação depois de outros que foram nomeados por só terem 
obtido prioridade pela nova ordem de classificação em virtude do reexame de questões do concurso. Nesse 
caso, o direito a serem ressarcidos por não haverem sido nomeados anteriormente não decorre do art. 37, II, 
da Constituição, mas, sim, do seu art. 37, §6º, questão que não foi prequestionada (RE 221.170, Rel. p/ o ac. 
Min. Moreira Alves, j. 04.04.2000, DJ 30.06.2000). 
Atos de multidões 
O STF reconhece a responsabilidade civil do Estado por dano causado por multidões, quando houver culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela segurança, conforme se observa na seguinte ementa: 
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Quando provada a culpa, por omissão ou falta de diligência das autoridades policiais, o Estado responde 
civilmente pelos danos decorrentes de depredações praticadas pela multidão enfurecida. Matéria de fato. 
Não se conhece do apelo (RE 17803, Rel. Min. Barros Barreto, 1.ª Turma, j. 11.10.1951). 
Seguindo esse entendimento, a ESAF, no concursopara provimento de cargos de Procurador do Distrito 
Federal, realizado em 2007, considerou errada a seguinte proposição: “Não tem sido admitida pela doutrina 
nem pela jurisprudência a hipótese de reconhecimento de surgimento da responsabilidade estatal por atos 
danosos causados por multidões”. 
Jurisprudência Sumulada sobre Responsabilidade Civil do Estado 
Súmula Vinculante nº 11 STF - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade 
civil do Estado. 
Súmula nº 37 STJ - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
Súmula nº 39 STJ - Prescreve em vinte anos a ação para haver indenização, por responsabilidade civil, de 
sociedade de economia mista. 
Coronavírus 
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (SARS-
CoV-2) foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China, e provoca a doença 
chamada de coronavírus (COVID-19). 
Os coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, apenas em 1965, o vírus foi 
descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, no dia 11 de março de 2020, a pandemia de Covid-19, 
doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Segundo o órgão internacional, os governos devem 
manter o foco na contenção da circulação do vírus. 
Para o caso, a Lei nº 13.979/2020, que prevê várias medidas para evitar a contaminação ou a propagação da 
doença, destacando-se o isolamento, a quarentena e a realização compulsória de exames médicos, testes 
laboratoriais, vacinação e tratamentos médicos específicos, é a fonte normativa para a matéria. Os entes 
públicos que não as aplicam estão sujeitos à responsabilidade. 
De outro lado, tivemos o questionamento da aplicação do artigo 486 da CLT, editado no longínquo ano de 
1951, no sentido de que, havendo paralisação temporária ou definitiva do trabalho, por ato de autoridade 
de qualquer esfera federada, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do “governo 
responsável”. 
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A interrupção de atividades econômicas por ato governamental, a fim de mitigar sérios prejuízos à vida e à 
saúde da população, trata-se não de fato do príncipe, mas, indiscutivelmente, de caso de força maior, a 
afastar a responsabilidade civil estatal, haja vista a ruptura do nexo de causalidade. 
1.1.2 - Licitações: Conceitos, finalidades, princípios, dispensa e inexigibilidade 
Muito bem pessoal! Um ponto dos mais cobrados em provas de Direito Administrativo é sobre licitações 
chegando a ser até 40% das questões desta disciplina pela Banca CEBRASPE (CESPE) no Concurso para 
Delegado de Polícia Federal. 
A Constituição Federal em seu artigo 37, inciso XXI, diz: 
“ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. 
A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui 
normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. 
É uma Lei bastante ampla e dedica espaço a duas temáticas centrais: licitações e contratos administrativos. 
Em muitos concursos públicos é cobrado apenas o conteúdo de licitações, enquanto em outros é cobrado 
tanto o conteúdo de contratos administrativos quanto o de licitações. No concurso para Delegado Federal a 
Lei nº 8.666/1993 é cobrada na íntegra, ambos conteúdos poderão incidir em questões da prova. Contudo, 
são pontos distintos no edital e serão trabalhados separadamente. 
Conceito de Licitação 
Licitação é o processo pelo qual a Administração Pública contrata serviços e adquire bens dos particulares, 
evitando-se que a escolha dos contratados seja fraudulenta e prejudicial ao Estado em favor dos interesses 
particulares do governante. 
Segundo Carvalho Filho: “não poderia a lei deixar ao exclusivo critério do administrador a escolha das 
pessoas a serem contratadas, porque, fácil é prever, essa liberdade daria margem a escolhas impróprias, ou 
mesmo a arranjos escusos entre alguns administradores públicos inescrupulosos e particulares, com o que 
prejudicada, em última análise, seria a Administração Pública, gestora dos interesses públicos”. 
Deste modo, Carvalho Filho conceitua licitação como “o procedimento administrativo vinculado por meio 
do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta 
entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção 
do melhor trabalho técnico, artístico ou científico”. 
Destaca-se a natureza de procedimento administrativo, pois apesar da Lei nº 8.666/93 se referir à licitação 
como ato administrativo, não se detecta verdadeiramente ato, que é um elemento formal que indica uma 
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intenção de agir da administração, mas sim um procedimento, diante do cumprimento de etapas previstas 
em lei para que se atinja uma meta ou um objetivo. 
Logo, a licitação é um procedimento administrativo que tem por finalidade evitar práticas fraudulentas na 
Administração Pública, garantindo a contratação do serviço ou produto que melhor atenda às expectativas 
de custo/benefício para o aparato público. 
Objeto da Licitação 
O objeto da licitação é a aquisição de bens e serviços pela Administração Pública, bem como a alienação do 
patrimônio dela, conforme a melhor proposta que atenda aos interesses públicos. Toda licitação que é 
aberta volta-se especificamente para isto, permitindo que a Administração desempenhe suas atividades uma 
vez que dispõe dos bens e serviços necessários para tanto. 
Finalidade/Objetivos das Licitações 
Garantir a competição entre os interessados: 
• todos os concorrentes devem ter igualdade de condições quanto à possibilidade de contratar com o 
Poder Público. Trata-se de via de mão dupla, pois se de um lado os concorrentes terão a garantia de 
imparcialidade no processo licitatório, de outro lado a Administração conseguirá atrair um contrato 
mais vantajoso. 
Alcançar a melhor proposta para o interesse público: 
• a finalidade da licitação deve ser sempre atender o interesse público. Afinal, os agentes públicos são 
meros representantes do Estado e jamais devem agir em prol de seus interesses particulares (princípio 
da impessoalidade), sendo dever a preservação e proteção dos interesses públicos. Com efeito, é dever 
do condutor da licitação buscar a proposta mais vantajosa, garantindo a igualdade de condições entre 
os concorrentes, respeitando todos os demais princípios resguardados pela constituição. 
Servir de ferramenta de direito econômico: 
• a licitaçãoé uma ferramenta que pode ser empregada para a intervenção estatal na economia, 
promovendo o desenvolvimento e a tecnologia nacionais (tanto é verdade que empresas nacionais 
poderão vencer a licitação mesmo que ofereçam preço até 25% mais caro que empresas estrangeiras). 
Competência legislativa 
A União tem competência privativa para legislar sobre normas gerais licitatórias, conforme previsto no texto 
constitucional: “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXVII - normas gerais de licitação 
e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais 
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III”. 
Por normas gerais de licitação e contratação, entendam-se aquelas com capacidade de criar, alterar ou 
extinguir modalidades, tipos e princípios licitatórios. 
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Não significa que os Estados e municípios não possam legislar sobre licitações, apenas não podem se imiscuir 
nas normas gerais. Os Estados e municípios podem regulamentar questões instrumentais e de interesse 
local, mas não se trata de competência concorrente. Por isso mesmo, não podem ampliar os casos de 
dispensa e inexigibilidade, alterar os limites de valor para cada modalidade de licitação ou reduzir os 
prazos de publicidade e dos recursos. 
Destinatários (sujeitos) 
Além do próprio Poder Público, também são destinatários os licitantes interessados em contratar com o 
Poder Público e qualquer pessoa interessada em saber sobre os procedimentos públicos de licitação. 
Uma vez que o texto constitucional prevê a obrigatoriedade da licitação (artigo 37, XXVII, CF), estão obrigados 
a licitar todos os entes estatais, incluindo-se a administração direta (e o conjunto de órgãos que a compõem 
no âmbito do Executivo) e a administração indireta, além do Legislativo e do Judiciário, bem como os órgãos 
independentes (Tribunais de Contas, Defensoria Pública e Ministério Público) e os entes sociais autônomos 
(paraestatais). 
Os particulares do terceiro setor (OSCIP) que celebram com o Estado contratos de convênio são obrigados 
a licitar para gastar as verbas públicas recebidas, prestando contas nos termos da Instrução Normativa nº 01 
da Secretaria do Tesouro Nacional. 
ATENÇÃO: As empresas públicas e sociedades de economia mista desempenham operações peculiares de 
nítido caráter econômico, que estão vinculadas aos próprios objetivos da entidade, ou seja, são suas 
atividades-fim. Ex.: Caixa Econômica Federal estabelece relações bancárias, Correios ofertam serviços de 
postagem. Tais operações com caráter econômico relacionadas à atividade-fim da sociedade de economia 
mista ou da empresa pública não se sujeitam às regras de licitação, sendo tratadas conforme as regras 
comerciais comuns. As regras licitatórias apenas incidem quanto às atividades-meio. 
Princípios básicos que regem a licitação 
Princípio da Legalidade: só é possível fazer o que está previsto na Lei. 
Princípio da Impessoalidade: o interesse da Administração prevalece acima dos interesses pessoais. 
Princípio da Moralidade: as regras morais vigentes devem ser obedecidas em conjunto com as leis em vigor. 
Princípio da Igualdade: todos são iguais perante a lei e não pode haver discriminação nem beneficiamento 
entre os participantes da licitação. 
Princípio da Publicidade: a licitação não pode ser sigilosa e as decisões tomadas durante a licitação devem 
ser públicas, garantida a transparência do processo licitatório. 
Princípio da Probidade Administrativa: a licitação deve ser processada por pessoas que tenham 
honestidade. 
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: o Edital é a lei entre quem promove e quem participa 
da licitação, não podendo ser descumprido. 
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Princípio do Julgamento Objetivo: as propostas dos licitantes devem ser julgadas de acordo com o que diz 
o Edital. 
Entre os princípios correlatos, Carvalho Filho destaca: 
Competitividade: correlato ao princípio da igualdade, pelo princípio da competitividade a Administração não 
pode criar regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação; 
Indistinção: correlato ao princípio da igualdade, pelo princípio da indistinção é vedado criar preferências ou 
distinções relativas à naturalidade, à sede ou ao domicílio dos licitantes; 
Inalterabilidade do edital: correlato aos princípios da publicidade e da vinculação ao instrumento 
convocatório, pelo princípio da inalterabilidade do edital a Administração está vinculada às regras que foram 
por ela própria divulgadas; 
Sigilo das propostas: correlato aos princípios da probidade administrativa e da igualdade, pelo princípio do 
sigilo das propostas todas as propostas devem vir lacradas e só devem ser abertas em sessão pública 
devidamente agendada; 
Formalismo procedimental: correlato ao princípio da legalidade, pelo princípio do formalismo 
procedimental as regras do procedimento adotadas para a licitação devem seguir os parâmetros que a lei 
fixar; 
Vedação à oferta de vantagens: correlato ao princípio do julgamento objetivo, pelo princípio da vedação à 
oferta de vantagens as regras de seleção devem ser adstritas aos critérios fixados no edital, não se admitindo 
a intervenção de fatores adversos; 
Obrigatoriedade das licitações: consagrado no artigo 37, XXI, CF, determina que “ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo 
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o 
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações”. 
Também se repete no artigo 2º da Lei nº 8.666/1993. 
Logo, a não ser nos casos em que a lei expressamente fixe exceções, a licitação é uma providência 
obrigatória. 
Dispensa e Inexigibilidade de Licitação (exceção) 
Com efeito, percebe-se que paralelamente à fixação do princípio da obrigatoriedade das licitações é 
determinado que a lei pode excepcionar quando tal princípio será relativizado, o que acontece nas 
hipóteses de dispensa e inexigibilidade. 
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Logo, em alguns casos, a maioria na verdade, a licitação será obrigatória; em outros, poderá ser dispensada 
apesar de viável (dispensa), sendo possível ainda que se enquadre numa exceção em que nem ao menos é 
exigida (inexigibilidade) – ambos casos de contratação direta. 
Todas as hipóteses de contratação direta são excepcionais (justamente por serem peculiares). 
Dispensa e Inexigibilidade de Licitação (exceção) 
Sempre que o administrador enquadrar um caso em dispensa ou em inexigibilidade deve motivar de forma 
clara a sua decisão. 
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as 
situações de inexigibilidade referidasno art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento 
previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 
(três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 
5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. 
Art. 26. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto 
neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: 
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança 
pública que justifique a dispensa, quando for o caso; 
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 
III - justificativa do preço; 
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. 
Artigo 17 §2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real 
de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: 
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do 
imóvel; 
II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, 
haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração 
direta sobre área rural, observado o limite de que trata o §1º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 25 
de junho de 2009 (Dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras 
situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal) 2.500 hectares (25 km²); 
Artigo 17 §4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, 
obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de 
nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente 
justificado; 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
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III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de 
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, 
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens 
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras 
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos 
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos 
respectivos contratos; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser 
repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas; (licitação deserta: nenhum interessado comparece) 
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar 
o abastecimento; 
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos 
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais 
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a 
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao 
constante do registro de preços, ou dos serviços; (disparidade) 
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou 
serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido 
criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos 
estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da 
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde 
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de 
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas 
as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente 
corrigido; 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário 
para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base 
no preço do dia; 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da 
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
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recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos; 
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico 
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente 
vantajosas para o Poder Público; 
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade 
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, 
e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa 
jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração 
Pública, criados para esse fim específico; 
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários 
à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor 
original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a 
vigência da garantia; 
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, 
unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta 
duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de 
movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder 
comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao 
limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei (R$ 80.000, podendo ser relativizado 
em situação de emergência); 
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de 
uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida 
pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de 
comissão instituída por decreto; 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de 
comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de 
serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o 
praticado no mercado; 
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no 
caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” 
do inciso I do caput do art. 23 (R$ 300.000); 
XXII- na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com 
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; 
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XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas 
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de 
serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, 
qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no 
contrato de gestão; 
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de 
fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de 
exploração de criação protegida; 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua 
administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do 
autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação; 
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos 
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por 
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda 
reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de 
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública; 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, 
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de 
comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão; 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares 
das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, 
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e 
ratificadas pelo Comandante da Força; 
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins 
lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do 
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma 
Agrária, instituído por lei federal. 
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei 
no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela 
constantes (incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo: 
ambientes especializados e cooperativos de inovação); 
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para 
o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes 
produtos durante as etapas de absorção tecnológica; 
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XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de 
cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de 
alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular 
de água; 
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos 
para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, 
tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação 
em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e 
tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à 
execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de 
produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste 
artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, 
desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos 
penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública. 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: 
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por 
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, 
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de 
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo 
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
(unicidade) 
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, 
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços 
de publicidade e divulgação; 
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de 
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
Requisitos da dispensa ou inexigibilidade de licitação 
A não ser no caso de dispensa pelo critério do valor, previstos no artigo 24, I (obras e serviços de engenharia 
até R$ 150.000) e II (bens e serviços em geral até R$ 80.000), Lei nº 8.666/93, em que se aceita uma 
motivação mais simples e objetiva, em todas outras situações o administrador deve motivar em detalhes 
sua decisão, notadamente inserindo no processo de dispensa e inexigibilidade: caracterização da situação 
de emergência ou calamidade em que houve dispensa, se for o caso; motivo daquele fornecedor ou 
executante ter sido escolhido; justificativa do preço que será pago; documento que aprove os projetos de 
pesquisa aos quais os bens serão alocados, se for o caso. 
Não obstante, deve o administrador comunicar a situação de dispensa em três dias à autoridade superior, 
cabendo a esta ratifica-la e publicá-la na imprensa oficial em cinco dias, sendo tal publicação condição de 
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eficácia do ato. Também existe o dever de adotar este procedimento em caso de retardamento na execução 
da obra ou serviço quando existir previsão orçamentária para a execução total. 
Caso o contratante seja consórcio público, sociedade de economia mista, empresa pública ou por autarquia 
ou fundação qualificadas o limite dobra: R$ 160.000 para bens e serviços em geral e R$ 300.000 para obras 
e serviços de engenharia. 
Nos termos da Lei nº 11.107/05, que rege normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras 
providências, para as associações públicas por ela regidas o limite também é maior do que o fixado na regra 
geral: 
• nas associações formadas por até três entes estatais, o limite é dobrado (R$160.000 para bens e 
serviços em geral e R$ 300.000 para obras e serviços de engenharia); 
• nas associações formadas por mais de três entes estatais o limite é triplicado (R$ 240.000 para bens e 
serviços em geral e R$ 450.000 para obras e serviços de engenharia). 
Em regra, não é permitido fracionar o objeto da licitação em contratações menores, pois assim o 
administrador estaria burlando os limites fixados pelo legislador e induzindo dispensa ilícita. Contudo, é 
possível fracionar caso exista vantagem ao interesse público, mas não caberá a dispensa, cabendo adotar 
para cada fração a modalidade de licitação que seria empregada se não houvesse fracionamento. 
Resumindo: Regra é a licitação, exceto: 
Licitação dispensada: a Administração pode em alguns casos previstos na lei efetuar a contratação direta, 
todos eles envolvendo alienações subordinadas ao interesse público e respeitadas avaliações prévias; 
Licitação dispensável: A Administração pode em alguns casos previstos taxativamente na lei efetuar a 
contratação direta de bens, produtos, serviços e obras, entre eles: contratação de pequeno valor, 
emergência ou calamidade públicas, licitação fracassada ou deserta; 
Inexigibilidade: Em casos que nem ao menos seja possível a competição, a Administração promoverá a 
contratação direta. O rol é taxativo e mais restrito. 
1.1.3 - Licitações: Modalidades, procedimento e sanções penais 
Muito bem pessoal! Continuamos com este ponto superimportante sobre licitações. Traremos um enfoque 
com as principais atualidades, inclusive quanto ao estado de calamidade sanitária em que nos encontramos 
em razão da pandemia de Coronavírus. 
Lembramos que já iniciamos o tema em tópico anterior que aprofundamos os conceitos de licitação, 
princípios básicos e correlatos, competência, hipóteses de dispensa e inexigibilidade. Por ser muito extenso, 
dividimos em dois pontos. 
Modalidades de Licitação 
As modalidades de licitação estão elencadas no artigo 22 da Lei 8.666 de 1993: 
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• concorrência; 
• tomada de preços; 
• convite; 
• concurso; 
• leilão. 
§8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo. 
Por sua vez, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, trabalha com uma modalidade adicional de licitação, o 
pregão. É a modalidade de licitação voltada à aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados 
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital por meio 
de especificações do mercado. 
As propostas serão julgadas sempre pelo critério de menor preço. Realiza-se em duas fases – interna e 
externa. 
Bens e serviços comuns, que são aqueles cujo padrão de desempenho e qualidade podem ser objetivamente 
definidos pelo edital, a partir de especificações usuais no mercado. 
Pregão 
O pregão apenas serve para bem ou serviço comum, não OBRA que é considerado por natureza um serviço 
especial (complexo)! 
Em se tratando de serviço de engenharia, desde que seja comum, cabe pregão. 
Comum é aquele que é padronizado em desempenho e qualidade. O Decreto nº 3.555/2000 traz uma lista 
exemplificativa dos bens e serviços comuns, contudo, tais anexos foram revogados. 
Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos 
de regulamentação específica. 
É modalidade obrigatória em âmbito federal (Decreto nº 10.024/2019). 
Pregão Eletrônico 
O pregão eletrônico é realizado pela internet, possibilitando a participação de licitantes de todo o Brasil sem 
custas de translado, bastando que possuam acesso à Internet. 
Os provedores mais utilizados no Brasil para realização de pregões eletrônicos são o Sistema Compras 
Governamentais (www.comprasgovernamentais.gov.br) e o Sistema Licitações-e do Banco do Brasil 
(www.licitacoes-e.com.br). 
Outros Estados optaram por desenvolver seu próprio provedor de compras públicas online, tais como a Bolsa 
Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo (www.bec.sp.gov.br), dentre muitos outros. 
Pregoeiro 
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O procedimento de pregão é conduzido por um único servidor, o pregoeiro. 
O pregoeiro pode ser assistido por uma equipe de apoio. Essa equipe de apoio não tem qualquer 
competência decisória, nem poderes para a condução das atividades relativas à sessão do pregão. 
O pregoeiro poderá solicitar manifestação técnica da assessoria jurídica ou de outros setores do órgão ou da 
entidade, a fim de subsidiar sua decisão. 
Novo Decreto do Pregão Eletrônico 
O Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019, regulamenta os novos procedimentos para realização do 
pregão eletrônico nas aquisições de bens e contratações de serviços comuns, inclusive serviços comuns de 
engenharia, bem como dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública 
federal. 
O novo normativo buscou aperfeiçoar o rito do pregão, na forma eletrônica, primando pelos pilares da ampla 
competitividade, transformação digital, desburocratização, sustentabilidade e maior segurança negocial 
ao mercado. 
Modalidades de Licitação 
§1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial 
de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto. 
Obras/engenharia: acima de R$ 1.500.000,00 
Compras/serviços: acima de R$ 650.000,00 
Compra ou alienação de bens imóveis, independente do valor 
Contratações de maior vulto ou valor – A habilitação não depende de cadastro prévio, qualquer um que 
preencha os requisitos pode participar. Publicidade: edital publicado na imprensa. 
§2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados 
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior 
à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
§9º Na hipótese do parágrafo 2º deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante 
não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação 
compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. 
Obras/engenharia: até R$ 1.500.000,00 
Compras/serviços: até R$ 650.000,00 
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Publicidade: edital publicado na imprensa. 
§3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. 
Obras/engenharia: até R$ 150.000,00 
Compras/serviços: até R$ 80.000,00 
Publicidade: edital afixado no local da repartição. 
§4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho 
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantesde edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. 
É instituído um prêmio ou remuneração a ser pago pela Administração aos vencedores. 
Publicidade: edital deve ser publicado com antecedência mínima de 45 dias e deve ser amplamente 
divulgado. 
§5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis 
inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para 
a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior 
ao valor da avaliação. 
Utiliza-se para a venda de bens móveis e imóveis da Administração, exigindo-se prévia avaliação. Publicidade: 
deve ser ampla. 
Bens móveis que não servem mais para a Administração; 
Produtos legalmente apreendidos ou penhorados; 
Bens imóveis cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento (nesse 
caso também seria possível concorrência) 
Tipos de Licitação 
Em relação aos tipos de licitação, apontam-se no Estatuto: melhor preço, melhor técnica, técnica e preço, e 
melhor lance ou oferta. Os tipos licitatórios não passam de critérios de julgamento para a escolha da 
proposta mais adequada aos interesses da Administração Pública. 
A disciplina encontra-se no caput e no §1º da Lei nº 8.666/1993: 
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Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o 
responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios 
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele 
referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. 
§1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: 
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo 
com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; 
II - a de melhor técnica; 
III - a de técnica e preço; 
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de 
uso. 
Fases da Licitação 
As fases descritas pela doutrina são: abertura, habilitação, classificação, homologação e adjudicação. 
Como consta no art. 38 da Lei 8.666/93, o procedimento tem seu início internamente (fase interna), em que 
há a abertura do processo dentro do órgão que vai realizar a licitação, definição do objeto e indicação dos 
recursos para a despesa. 
A fase externa, de maior relevância, se inicia quando a licitação se torna pública. 
Fases da Licitação – Audiência Pública 
Em licitações de valores muito elevados (acima de cento e cinquenta milhões de reais), a Lei de licitações em 
seu artigo 39, estabelece a obrigatoriedade de realização de uma audiência pública prévia à publicação do 
Edital. 
A audiência terá antecedência de 15 dias úteis da data de publicação do edital e divulgação de no mínimo 10 
dias úteis antes de sua realização. 
Na audiência pública os interessados têm acesso às informações que dizem respeito ao objeto da licitação e 
oportunidade de manifestação a respeito. 
Fases da Licitação – Edital 
O instrumento pelo qual a administração torna pública a realização de uma licitação é o Edital. Seria o meio 
usado por todas as modalidades de licitação, exceto o tipo convite. Neste tipo de modalidade, o meio para 
convocação seria a carta-convite. 
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A publicação de aviso com o resumo de edital é divulgada nos termos do art. 21 da lei de licitações. Diário 
Oficial ou jornal ampla circulação. 
O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral 
do edital e todas as informações sobre a licitação. 
O edital será nulo sempre que for omisso em pontos importantes ou que contenha disposições discricionárias 
ou preferenciais, e isto ocorre quando o objeto da licitação é descrito de forma tendenciosa, sob a aparência 
de uma convocação igualitária. 
A divulgação do edital será obrigatoriamente feita pela imprensa oficial e particular, sendo exigido por lei a 
notícia de abertura da licitação, ou seja, o aviso resumido do edital e não o seu texto completo. 
Em se tratando da modalidade Pregão, determina a lei a divulgação por meio de aviso que seja publicado em 
diário oficial do ente federado ou em jornal de circulação local. É facultativa ainda a divulgação feita por 
meios eletrônicos. Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da 
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção 
de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como 
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto 
no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde 
possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e 
forma de apresentação das propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; 
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão 
fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para 
atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso 
de licitações internacionais; 
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação 
de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de 
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variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 
48; 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a 
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, 
ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços 
que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas; 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de 
adimplemento de cada parcela; 
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de 
recursos financeiros;

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