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01/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21713&page=Edit&wd=target%28LPF.one%7C4a42d5df-cc4b-42ae-8512-fd89d291d5… 1/4 18/05 domingo, 16 de maio de 2021 16:41 Roteiro aula 11 – UCXV: Farmacologia gastrointestinal 1. Quais são os medicamentos utilizados na clínica utilizados para tratamento de úlceras gástricas? CLÍNICO Objetivos: alívio da dor, cicatrização, prevenção das complicações e da recidiva. Para a UG, excluir a presença de doença maligna (acompanhamento endoscópico até ocorrer a cicatrização). A restrição dietética é desnecessária com os medicamentos mais recentes. Os AINEs e o tabagismo devem ser suspensos porque podem impedir a cicatrização. A erradicação do H. pylori reduz de maneira acentuada a taxa de recidiva da úlcera e está indicada para todos os pacientes com UD e UG associadas ao H. pylori. A supressão ácida em geral é incluída no esquema. As taxas de reinfecção são < 1% ao ano. Os medicamentos padronizados (bloqueadores do receptor H2, sucralfato, antiácidos) induzem à cicatrização em 80 a 90% das UD e em 60% das UG em 6 semanas; a cicatrização é mais rápida com omeprazol (20 mg/dia). CIRURGIA Utilizada para as complicações (sangramento persistente ou recorrente, obstrução, perfuração) ou, raras vezes, para os casos refratários ao tratamento (em primeiro lugar, rastrear o uso não revelado de AINEs e um possível gastrinoma). Em relação à UG, realizar gastrectomia subtotal. <Larry, JJ Manual de Medicina de Harrison . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. 9786558040040. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 16 de maio de 2021> 2. Qual a importância da histamina na secreção gástrica e a ação emética? 3. Entendendo que a via histaminérgica corresponde em média 60% da secreção gástrica, explique o motivo que as outras vias não podem ser utilizadas. 4. Qual é o melhor tratamento medicamentoso para a Helicobacter pylori O tratamento de primeira linha deve ser feito com amoxicilina 1g + claritromicina 500 mg + omeprazol 20 mg (ou outro IBP – por exemplo: pantoprazol 40 mg, lansoprazol 30 mg, esomeprazol 20 mg, dexlansoprazol 60 mg), todos os medicamentos a cada 12 horas, por 14 dias. A duração do tratamento de erradicação do H. pylori deve ser de 14 dias, conforme as mais recentes diretrizes, tanto brasileira como internacionais, especialmente nos esquemas tríplices, compostos por dois antibióticos e um inibidor de bomba de prótons (IBP). Para retratamento, o esquema de segunda linha mais utilizado é feito com a substituição da claritromicina por levofloxacino. Este esquema pode ser feito por 10 a 14 dias. Outros 01/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21713&page=Edit&wd=target%28LPF.one%7C4a42d5df-cc4b-42ae-8512-fd89d291d5… 2/4 esquemas de tratamento (que também podem ser usados como primeira em alérgicos à penicilina) podem ser feitos substituindo-se a amoxicilina por furazolidona ou metronidazol. Esquemas quádruplos são alternativas eficazes, embora tenham uma posologia mais complexa. Em pacientes com úlcera péptica, recomenda-se a extensão do uso de IBP por 4 a 8 semanas após o término do esquema de erradicação. <https://aps.bvs.br/aps/quais-sao-as-opcoes-de-tratamento-para-erradicacao-de- helicobacter-pylori/> 5. Diferencie laxativos formadores de bolo fecal, laxativos osmóticos, emolientes fecais e purgativos estimulantes. Laxativos osmóticos: agem fluidificando as fezes por meio de substâncias osmoticamente ativas, que “roubam” água do organismo humano através da mucosa digestiva. Correspondem a um grupo heterogêneo no qual se destacam o polietilenoglicol (PEG), os osmóticos salinos (sal de sódio ou magnésio) e os sacarídeos (lactulose). <http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2013/v101n2/a3987.pdf> Amaciantes (emolientes, lubrificantes): Esses laxativos agem facilitando o deslizamento das fezes. São substâncias oleosas que podem, em médio prazo, diminuir a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Riscos especiais em pacientes disfágicos, principalmente idosos, consistem na broncoaspiração e na pneumonia lipoídica. Em situações agudas recomenda-se a utilização de medicamentos de apresentação oral e retal. <http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2013/v101n2/a3987.pdf> 6. Diferencie antidiarreico de antiespasmódico Antidiarreico: Os antidiarreicos são utilizados no tratamento da diarreia. A difenoxina e o difenoxilato são fármacos quimicamente relacionados com os opioides; por essa razão, diminuem o peristaltismo intestinal, que frequentemente está aumentado quando o paciente apresenta diarreia. Como estão relacionados com os opioides, esses medicamentos podem ter efeitos sedativos e euforizantes, porém sem atividade analgésica. Existe o potencial de dependência desses fármacos; por conseguinte, são combinados com atropina (um agente bloqueador colinérgico), que provoca boca seca e outros efeitos adversos leves. O potencial de abuso é reduzido em virtude desses efeitos adversos desagradáveis. Esses medicamentos são contraindicados para pacientes cuja diarreia esteja associada a microrganismos que lesionam a mucosa intestinal (Escherichia coli, Salmonella e Shigella spp.). Os pacientes com colite pseudomembranosa, dor abdominal de origem indeterminada e icterícia obstrutiva também não devem fazer uso de antidiarreicos. Os antidiarreicos estão contraindicados para crianças com menos de 2 anos de idade. <M., F. S. Farmacologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2019. 9788527735681. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735681/. Acesso em: 16 May 2021> Antiespasmódico: Os fármacos anticolinérgicos (“espasmolíticos” ou “antiespasmódicos”) são usados comumente pelos pacientes com SCI. Nos EUA, os fármacos mais comuns desse grupo são os antagonistas inespecíficos dos receptores muscarínicos, que incluem as aminas terciárias diciclomina e hiosciamina e os compostos de amônio quaternário glicopirrolato e metescopolamina. A vantagem dos dois últimos fármacos é que eles pouco atravessam a barreira hematencefálica e portanto causam riscos menores de efeitos adversos neurológicos como tontura, sonolência e nervosismo. Em geral, esses fármacos são utilizados de acordo com a necessidade ou antes das refeições para evitar a dor e a urgência fecal, que ocorrem em alguns pacientes com SCI. <RANDA, H.; LAURENCE, B. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2015. 9788580555066. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555066/. Acesso em: 16 May 2021> 7. Quais são as vantagens x desvantagens da Metoclopramida em relação a ondansentrona? METOCLOPRAMIDA: A metoclopramida e outras benzamidas substituídas são derivadas do ácido para-aminobenzoico e relacionadas estruturalmente com a procainamida. Os mecanismos de ação da metoclopramida são complexos e envolvem o agonismo dos receptores 5-HT4, o antagonismo vagal e central dos receptores 5-HT3 e, possivelmente, a sensibilização dos receptores muscarínicos dos músculos lisos, além do antagonismo dos receptores da DA. A administração de metoclopramida provoca contrações coordenadas que aceleram o trânsito. Os seus efeitos limitam-se em grande parte ao trato digestivo superior, em que ele aumenta o tônus do esfincter esofágico inferior e estimula as contrações do antro gástrico e do intestino delgado. A metoclopramida não tem efeitos clinicamente significativos na motilidade do intestino grosso. ADME. A metoclopramida é rapidamente absorvida depois da administração oral, submetida à sulfatação e conjugação com glicuronídeos no fígado e excretada principalmente na urina com meia-vida de 4-6 h. As concentrações máximas ocorrem 1 h depois da administração de uma única dose oral e a duração da ação é de 1-2 h. Uso terapêutico. A metoclopramida é indicada para pacientes sintomáticos com gastroparesia, nos quais pode causar melhora modestano esvaziamento gástrico. A metoclopramida injetável é usada como medida coadjuvante em procedimentos clínicos ou diagnósticos como entubação intestinal ou radiografia contrastada do trato GI. Sua maior utilidade é aliviar as náuseas e os vômitos que geralmente acompanham as síndromes de dismotilidade do trato GI. A metoclopramida está disponível em preparações orais (comprimidos e solução) e injetável para administração intravenosa ou intramuscular. A dose oral inicial habitual é de 10 mg administrados 30 min antes de cada refeição e ao deitar. O início da ação ocorre 30-60 min depois da dose oral. Nos pacientes com náuseas intensas, a dose inicial de 10 mg pode ser administrada por via intramuscular (início de ação em 10-15 min) ou intravenosa (início de ação em 1-3 min). Como profilaxia dos vômitos induzidos pela quimioterapia, a metoclopramida pode ser administrada em 01/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21713&page=Edit&wd=target%28LPF.one%7C4a42d5df-cc4b-42ae-8512-fd89d291d5… 3/4 infusão de 1-2 mg/kg de massa corporal, lentamente por 15 min pelo menos, começando 30 min antes do início da quimioterapia e repetida a cada 2 h por duas dosificações e, então, a cada 3 h, por três dosificações, se necessário. Efeitos adversos. Os efeitos adversos principais da metoclopramida são reações extrapiramidais. As distonias, que geralmente ocorrem logo depois da injeção intravenosa, e os sintomas parkinsonianos que podem começar várias semanas depois do início do tratamento, em geral; respondem ao tratamento com fármacos anticolinérgicos ou anti- histamínicos e são reversíveis com a interrupção do uso da metoclopramida. Discinesia tardia também pode ocorrer com o tratamento crônico (meses a anos) e pode ser irreversível. Os efeitos extrapiramidais parecem ocorrer mais comumente em crianças e adultos jovens e com as doses mais altas. A metoclopramida também pode causar galactorreia decorrente do bloqueio do efeito inibitório da dopamina na secreção da prolactina (observação incomum na prática clínica). Existem relatos ocasionais de metemoglobinemia em recém-nascidos prematuros e a termo tratados com metoclopramida. <RANDA, H.; LAURENCE, B. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2015. 9788580555066. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555066/. Acesso em: 16 May 2021> Ondansetrona (ANTAGONISTAS DO RECEPTOR 5-HT3 ): Os receptores 5-HT3 estão presentes em várias estruturas críticas envolvidas nos vômitos, incluindo-se aferentes vagais, NTS (que recebem estímulos dos aferentes vagais) e a própria RP. A 5-HT é liberada pelas células enterocromafínicas do intestino delgado em resposta aos quimioterápicos e pode estimular os aferentes vagais (via receptores 5-HT3) a iniciar o reflexo do vômito. As concentrações mais altas dos receptores 5-HT3 no SNC são encontradas no NTS e na ZDQ e os antagonistas desses receptores também podem suprimir as náuseas e os vômitos por sua ação nesses locais. ADME. Esses fármacos são bem absorvidos pelo trato GI. A ondansetrona é amplamente biotransformada no fígado pelas CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A4 seguida de conjugação com glicuronídeo ou sulfato. Os pacientes com disfunção hepática têm depuração plasmática mais lenta e é recomendável efetuar algum ajuste da dosagem. A granissetrona também é biotransformada principalmente pelo fígado pela a família CYP3A. A dolassetrona é convertida rapidamente pela carbonil redutase plasmática em seu metabólito ativo hidrodolassetrona. Parte desse composto sofre biotransformação adicional pela CYP2D6 e pela CYP3A4 no fígado, enquanto ~ 33% é excretado sem alterações na urina. A palonossetrona é biotransformada principalmente pela CYP2D6 e excretada na urina em suas formas metabolizada e inalterada em proporções praticamente iguais. Os efeitos antieméticos desses fármacos persistem depois do seu desaparecimento da circulação, sugerindo sua interação persistente com os receptores. De fato, todos esses fármacos podem ser eficazes administrados em dose única diária. Uso terapêutico. Esses fármacos são mais eficazes para o tratamento das náuseas induzidas pela quimioterapia e das náuseas secundárias à irradiação do abdome superior. Também são eficazes no tratamento da hiperêmese gestacional e, em menor grau, no controle das náuseas pós-operatórias, mas são ineficazes na cinetose. Ao contrário dos outros fármacos desse grupo, a palonossetrona também pode ser útil nos vômitos tardios, talvez refletindo sua meia-vida longa. Os fármacos desse grupo estão disponíveis em comprimidos, solução oral e preparações intravenosas. Para os pacientes em tratamento quimioterápico contra o câncer, esses fármacos podem ser administrados em dose intravenosa única infundida durante 15 min, começando 30 min antes da quimioterapia, ou em 2-3 doses fracionadas, das quais a primeira geralmente é administrada 30 min antes e as doses seguintes a intervalos variados depois da quimioterapia. Esses fármacos também podem ser administrados por via intramuscular (somente a ondansetrona) ou via oral. A granissetrona é disponibilizada em uma formulação transdermal que é aplicada 24-48 h antes da quimioterapia e perdura por até 7 dias. Efeitos adversos. Em geral, esses fármacos são muito bem tolerados e os efeitos adversos mais comuns são constipação ou diarreia, cefaleia e tontura. <RANDA, H .; LAURENCE, B. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2015. 9788580555066. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555066/. Acesso em: 16 de maio de 2021> 8. Diferencie diarreia aguda de diarreia crônica Diarreia aguda: Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO), diarreia aguda é a passagem de uma quantidade maior do que o normal de fezes amolecidas, além do aumento do número de evacuações, que durem menos de 14 dias (1). Pode ser interpretada como um aumento na quantidade de água e eletrólitos nas fezes, levando à produção frequente de fezes malformadas. É esse comprometimento no equilíbrio entre reabsorção e secreção pela mucosa intestinal que leva à liquidificação das fezes As causas da diarreia aguda podem ser agrupadas em quatro categorias principais: bacterianas, virais, parasitárias e não infecciosas. Frequentemente, nos quadros infecciosos, estão envolvidos microrganismos não invasivos, que são especialmente ativos no intestino, causando diarreia aquosa. Esses microrganismos levam à diarreia através de interações variadas com a mucosa intestinal. Por exemplo, a E. coli enterotóxica e o Vibrio cholerae não se disseminam além da mucosa intestinal e causam o quadro sem qualquer invasão do epitélio intestinal, através da produção de enterotoxinas, que induzem à secreção de fluidos. Apesar de menos comuns, alguns casos são por microrganismos invasivos. Estes penetram o epitélio intestinal, resultando em distúrbio inflamatório. O melhor exemplo é o da infecção por Shigella. 01/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21713&page=Edit&wd=target%28LPF.one%7C4a42d5df-cc4b-42ae-8512-fd89d291d5… 4/4 <http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2014/v102n2/a4191.pdf> 9. A diarreia pode ocorrer por inúmeras causas, diante disso, construa um quadro comparativo entre os principais microrganismos (bactérias, vírus e parasitas) causadores de diarreia. O quadro deve conter: a. Agente etiológico envolvido b. Patogenia (resumida) c. Tipo de diarreia d. Diagnóstico 10. Quais os possíveis exames laboratoriais envolvidos para quadros de gastrites, diarreias e constipação?
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