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TRABALHO FINALIZADO DE TRADIÇÕES RELIGIOSAS

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ATIVIDADE ESTRUTURADA DE TRADIÇÕES RELIGIOSAS
Tutor/Professor: Thauana Paiva de Souza Gomes
CEL: 1018
Discente: Ana Cristina de Almeida do Carmo
Matrícula: 201907090861
TEOLOGIA
Rio de Janeiro, 25/11/2020.
TRADIÇÕES RELIGIOSAS: ESTADO LAICO NÃO É ESTADO LAICISTA.
Introdução:
Fé, crença, convicção da existência de algum fato ou de veracidade de alguma asserção. Fidelidade a compromissos e promessas. Crença nas doutrinas da religião cristã. Algumas definições de um sentimento presente na existência humana que influenciou, influencia e influenciará a vida, tanto no sentido íntimo, pessoal, como também no sentido coletivo, de um povo, uma nação, um Estado.
A história é incontestável, o homem sempre buscou acreditar em algo sobrenatural a sua realidade, adorando a Deus, a deuses, a ídolos, a animais, a qualquer coisa que sua imaginação permitisse e determinasse. A necessidade a uma crença, uma fé, uma convicção não nos deixa dúvida que o ser humano é motivado, coagido, conduzido por tal sentimento.
Muitos defendem o Estado laico, mas se confundem com as ideias de laicização que existem por aí. Tenho visto inúmeras pessoas falando, nas redes sociais, sobre a importância do Brasil ser um Estado laico; o que de certa forma concordo. Contudo, julgo que seja fundamental que aqueles que defendem essa premissa saibam diferenciar Estado laico de laicismo.
Estado laicista é aquele que impede o conjunto das religiões apresentar sua visão sobre a sociedade.
Estado laico e aquele que é o ideal e é defendido pela maior parte dos países do mundo, é aquele que o Estado não só atura ou tolera, mas promove o debate das religiões, do conjunto das religiões permitindo, obviamente, como outras instituições, que essas religiões apresentem sua proposta de mundo para que a sociedade livremente, não determinada pela religião, mas sim influenciada pelo conjunto de atores sociais, repercuta, debata, e escolha o melhor caminho. É salutar que em todas as sociedades o Estado seja laico. A palavra laico no latim(LAICU)significa “leigo” e do grego(LAIKUS),aquele que não é crente ou religioso, algo que não seja clerical. Quando se fala em Estado laico, não se ignora a religiosidade de um povo. Estado laico significa simplesmente uma religião que não tem uma religião oficial, mas que respeita e tolera todas as formas de expressão religiosa.
Diferente disso, temos o laicismo que na verdade é uma forma de ideologia que prega o racionalismo. Tudo aquilo que não é racional, ou tudo aquilo que não tem um pouco de expressão religiosa, é tido como não racional e portanto dogmático.
• Estabelecer respeito pelas diferentes doutrinas, apontando o valor de cada uma para a construção da Cultura de Paz, Tolerância e de Unidade na Diversidade.
No Ocidente cristão,as formas de expressões religiosas dos africanos são vistas com preconceito e sofrem discriminação. No entanto, as religiões africanas são ricas em simbolismos e possuem significados que norteiam seus praticantes, pois refere-se a ancestralidade. Há uma divindade maior que deu ordem ao universo. O nome dessa divindade se altera e acordo com o clã.Em alguns ele é chamado de Olorum, em outros de Onyankopon, Nzambi, Mawu.
Buscando parecer de alguns especialistas
Rudolf von Sinner - Teólogo e Livre Docente em Teologia: "A atuação do Estado frente às religiões é variada e, às vezes, questionável [...]. Já a laicidade, de direito, não é ambígua. Para defini-la, me atenho à Constituição Federal de 1988. Sem utilizar a palavra, o artigo 19, inciso I, prevê que não pode haver aliança ou subvenção de uma religião específica, a não ser pela colaboração em interesse público. Ou seja: o Estado é neutro em relação à religião, não adota nenhuma nem promove nenhuma em específico, mas precisa garantir a existência e o bom funcionamento de todas as religiões de forma isónoma."
Rodrigo Portella - Doutor em Ciência da Religião: "Religiões como o Islã, o Confucionismo, dentre outras, têm perspectivas diferentes sobre a organização da sociedade, que diferem dos modelos democráticos modernos. Mesmo a Igreja Católica não reflete, em sua organização interna, um modelo democrático moderno e, assim, como poderá dialogar sobre democracia na sociedade? Não seria incoerente? Contudo, como certa vez afirmou o frade dominicano português, Bento Domingues, se a Igreja não é uma democracia, não precisa, por isso, ser uma ditadura. Penso que aqui está um paradigma interessante: as religiões podem não conter mensagens explicitamente democráticas em suas mensagens fonte, mas as instituições que as representam não necessitam, por isso, fugir a este debate, ou propor modelos autoritários de sociedade."
Fábio Py - Teólogo (professor doutor): "Para que se aprofunde a democracia se deve construir um projeto de “Paz” que venha abolir o medo, a falcatrua, a injustiça. Esse é o projeto de paz concebido por Martin Luther King, negro americano, debruçado sobre as lutas sociais. Por outro lado, a percepção de “Paz” ecumênica das grandes instituições internacionais é filha do placebo europeu de lindas rosas compradas pelos ricos que pisoteiam os demais continentes a custa das escravidões modernas. Afinal, as chibatadas seguem arrancando os sangues dos negros, dos indígenas..."
Ezequiel Hanke - Teólogo (Reju): "É dever de cada pessoa cidadã não dar espaço para valores ou ideias que contrariem o bem comum e direitos básicos conquistados a duras penas pelo povo. Ideias totalizantes ou homogeneizantes podem rapidamente se aproximar a regimes totalitários que impõe a sua crença como “única e verdadeira”. Não são compatíveis com o Estado Democrático de Direito que assegura as liberdades de crença, consciência e expressão. Garantir e preservar as liberdades é fundamental numa democracia. Esta é também tarefa das Igrejas e expressões religiosas!"
• Identificar as Tradições Religiosas no Brasil, destacando o ecumenismo e no diálogo inter-religioso a superação do proselitismo público”.
Ecumenismo por definição é a busca da cooperação e aproximação, o entendimento, a superação das diferenças das igrejas cristãs. O diálogo religioso deve ser promovido a qualquer preço. Temos que entender que o que nos une como seres humanos é exatamente a humanidade, não importam as crenças nem as religiões(são conceitos diferentes). Somos instintivamente seres sociais, somos “animais” fracos na natureza,(um homem de 100k vai perder uma luta por alimentos com qualquer animal com menos da metade de seu peso),por isso desenvolvemos o instinto de socialização. Nesse ponto se coloca uma questão muito interessante: “qual a principal ferramenta que temos para a socialização?” A ferramenta natural é a mimetização, nossa capacidade de ver e imitar, por comportamento e utilizando os nossos neurônios espelho. Como temos uma necessidade de pertencimento aos grupos sociais, tendemos a imitar seus comportamentos, as associações religiosas, que se utilizam das crenças das pessoas, são agregadoras como grupos sociais, as pessoas imitam o grupo e tendem a pensar que o seu grupo é o melhor, causando a discórdia entre grupos que têm diferentes formas de agir e pensar, mesmo com afinidades. A própria ideia de um Deus único deveria ser uma afinidade mas... gera as discórdias pelas diferenças. O etnocentrismo não é possível por definição do que é etnia. Historicamente tentou-se implantar pela dominação e pela força. A santa inquisição da Igreja Católica é um capítulo doloroso da história com esta tentativa por motivos políticos e econômicos.
O respeito às diferenças sempre tem que ser perseguido, mas é tão difícil que precisamos de uma legislação para impor.
Tudo que necessita de uma lei para ser seguido, se deve a dificuldade humana de respeitar as diferenças e também por ir contra a nossa essência, nossa natureza para aceitar e conviver com as diferenças, esta é a fonte dos conceitos de certo e errado e dos preconceitos.
Se nós olharmos para a realidade do Brasil, nós temos uma história e uma cultura impregnada de religiosidade, inclusive em muitos nomes de Estados, como SãoPaulo, São José do Rio Preto, entre outros ,teríamos que emolir o Cristo Redentor que simboliza uma fé como o cristianismo e muitas outras imagens que fazem parte de uma cultura religiosa.
Já tivemos experiências de que o Estado tentou excluir todas as religiões da sociedade e já tivemos exemplos de sociedades em que a religião determinava os rumos da sociedade. Esses dois cainhos não são benéficos, mas o que é benéfico é o caminho do meio, onde o Estado e religiões conforme o Concílio Vaticano II demonstrou muito claramente que a igreja católica aprova o diálogo com outras religiões, é fazer portanto com que o Estado junto com as religiões congreguem unanimemente o pensamento de uma sociedade debata de forma coesa para que essa sociedade livremente escolha seu melhor caminho.
ENTREVISTA COM ALGUÉM DE RELIGIÕE DIFERENTE:
Perguntei ao judeu Ronaldo PS, qual a importância do diálogo religioso para o bem comum?
Resposta: Os judeus sofrem discriminação sempre no Brasil e no mundo. Historicamente se plantam preconceitos em relação aos judeus, até a admiração pelo judaísmo é uma forma de preconceito. Nós nos sentimos discriminados quando ouvimos que somos melhores em alguma coisa. Judeus são inteligentes, são bons negociantes,são mais estudiosos e etc. Somos seres humanos como todos os outros de qualquer etnia ou religião do planeta. Temos tradição de investir em estudo e cultura porque ao longo da nossa história de quase 3000 anos, foi a única coisa que nunca puderam saquear dos judeus: o conhecimento, que talvez seja o maior valor que se possa ter, e acho que sempre se deve buscar superar as diferenças em todos os âmbitos da vida.
Sônia Mota - Teóloga (CESE): "A experiência de fé pode ser tão marcante e forte que tende a absolutizar-se , ou seja, a reconhecer a própria experiência como a única verdadeira e a própria religião como sendo a única certa. Esta tendência exclusivista é, por natureza, contrária ao pluralismo de ideias, instituições, credos, ideologias. Cabe à teologia distinguir entre legitimidade da opção de fé própria e a aceitação da possibilidade de a verdade revelada ser mais ampla do que uma experiência específica ou uma religião específica. Lamentavelmente, para alguns grupos, a democracia e o pluralismo são, muitas vezes, entendidos como uma relativização de valores que ameaça as bases de fé e a identidade desses grupos religiosos."
CONCLUSÃO
O Brasil é sim um Estado laico, pelo menos no papel. E não estamos falando de nenhuma novidade, até porque a laicidade do Estado brasileiro é garantida desde a publicação do Decreto 119-A, de 07 de janeiro de 1890. Ou seja, da proclamação da República, estabeleceu-se a SEPARAÇÃO institucional entre ESTADO e INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS. E essa condição foi reafirmada expressamente pelo artigo 19, inciso I, da atual Constituição Federal (1988), segundo a qual é vedado a todas as entidades da federação “estabelecer cultos religiosos ou subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relação de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse.	Constatar que a manifestação religiosa é inerente à condição humana e que a defesa do estado laico não pode ser confundida com a defesa do estado antirreligioso.
A Proclamação da República no ano de 1889 foi fator decisivo para a mudança de tratamento pelo Estado com relação à questão religiosa. Percebe-se que os republicanos queriam se desvencilhar de algumas práticas do período imperial o mais rápido possível, inclusive em relação à ligação oficial do Estado com a Igreja Católica.
O Decreto nº 119-A de 07 de janeiro de 1890 redigido por Rui Barbosa tratou de transformar o sistema de relação entre Religião e Estado. Deixamos de ser um Estado confessional para ser um Estado laico antes mesmo da primeira Constituição Republicana.
O referido decreto proibiu a intervenção da autoridade federal e doe Estados em matéria religiosa, consagrando a plena liberdade de cultos e extinguindo o padroado, além de dar outras providências com relação ao tema. Foi um marco na história do Brasil, pois, pela primeira vez em quase quatrocentos anos de história a partir da “descoberta” pelos colonizadores portugueses, o Estado brasileiro se via separado de uma religião oficial e permitia a liberdade de crença e de culto.
A nossa primeira Constituição republicana, promulgada em 1891, influenciada pelo positivismo e racionalismo daquela época, confirmou a nova opção pela separação entre Igreja e Estado, consagrando o Estado Laico e a liberdade de religião, conforme o artigo a seguir:
Art. 11: É vedado aos Estados, como a União:
2ª) estabelecer, subvencionar ou embaraçar o exercício de cultos religiosos.
	
FONTES:
https://conic.org.br/portal/religioes-e-democracia
https://www.campograndenews.com.br/artigos/-afinal-o-brasil-e-um-estado-laico
https://mauriciopiresadvogado.jusbrasil.com.br/artigos/167709988/a-religiao-e-o-estado-laico

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