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Por uma Sociologia do Turismo Estudo Introdutorio

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Por uma Sociologia do Turismo: Estudo Introdutório1 
 
 
Monlevade, Ana Paula Bistaffa de. 
Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Sergipe - UFS2 
 
 
RESUMO 
 
 
Foi a partir da segunda metade do século XX que o turismo cresceu significativamente até se 
tornar uma “indústria” da diversão e do prazer em constante expansão. Mas o que impulsiona 
hoje a necessidade de viajar? É, sobretudo criada pela sociedade e marcada pelo cotidiano. 
Além disso, o fenômeno turístico desperta interesse, pois causa forte impacto nos indivíduos 
que se deslocam, provoca mudanças no comportamento das pessoas e agrega conhecimentos 
àqueles que o praticam. Dentro deste contexto, o artigo tem como objetivos fazer um estudo 
introdutório sobre a sociologia do turismo e seus principais aspectos e relatar sobre o turismo 
como fenômeno social. Pode-se observar que o que faz uma pessoa viajar é tanto o resultado 
de um impulso pessoal quanto a influência do meio social, que fornece a cada um as suas 
normas existenciais. A decisão pessoal é, de certa forma, condicionada pela sociedade3. 
 
Palavras-chave: Turismo. Sociedade. Fenômeno Social. Fato Social. Ação Social. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
                                                            
1 Trabalho apresentado ao GT 11 “Tópicos Emergentes no Turismo” do VI Seminário de Pesquisa em Turismo do 
MERCOSUL – Caxias do Sul, 9 e 10 de Julho de 2010. 
 
2 Bacharel em Turismo e Especialista em Gestão de Negócios Turísticos pelo Centro Universitário Cândido Rondon – 
UNIRONDON. Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Instituto Cuiabano de Educação – ICE. Mestranda em 
Educação pela Universidade Federal de Sergipe – UFS. anapaula@cuiabatur.com.br 
 
3 Pesquisa financiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE. 
 
2 
VI Seminário de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL (SeminTUR) 
Saberes e fazeres no turismo: interfaces 
Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil, 09 e 10 de Julho de 2010 
 
O turismo deixou de ser apenas um complexo socioeconômico para se converter em 
uma das forças transformadoras do mundo pós-industrial. O setor é hoje considerado como a 
principal atividade econômica, superando setores tradicionais da economia como a indústria 
automobilística, a eletrônica e a petrolífera. Ligado com as novas tecnologias 
(telecomunicações, engenharia genética etc.), o turismo está ajudando a redesenhar as 
estruturas mundiais, influenciando a globalização, os novos blocos econômicos e, em resumo, 
a nova ordem internacional. Este é o setor que mais emprega pessoas em todo o mundo, que 
realiza investimentos sólidos para manter a atividade e que apresenta as melhores perspectivas 
de expansão nos próximos anos, principalmente em função das novas formas de organização 
do trabalho, que permitirão que o homem tenha mais horas para o desfrute do lazer (DIAS, 
2008). 
São inúmeras as pessoas que se deslocam pelo planeta, pelos mais diferentes lugares 
já imaginados, aproveitando todas as oportunidades para viajar e fugir do cotidiano com a 
maior freqüência possível, formando-se gradativamente uma cultura do turismo, que acaba o 
colocando como uma das mais importantes faces da globalização, contribuindo para reduzir as 
distâncias entre as mais variadas partes do globo. 
É dessa forma que o prazer antigamente reservado a alguns privilegiados, seja hoje 
experimentado pela grande massa. Mas o que impulsiona hoje a necessidade de viajar? Ao 
observar como viajam as pessoas, quais as suas principais ocupações nas férias e os assuntos 
conversados, chegou-se a seguinte conclusão: viajar deixou de ser, na maioria das vezes, o 
desejo de fazer descobertas e de realmente aprender alguma coisa (KRIPPENDORF, 2006). 
Nos dias atuais, a necessidade de viajar é, sobretudo criada pela sociedade e marcada 
pelo cotidiano. As pessoas viajam porque não se sentem mais à vontade onde se encontram, 
seja nos locais de trabalho seja onde moram. Sentem necessidade urgente de se desfazer 
temporariamente da rotina massificante do dia-a-dia do trabalho, da moradia e do lazer, a fim 
de estar em condições de retomá-la ao regressarem. O trabalho é cada vez mais estressante, o 
seu dia-a-dia torna-se mais monótono e sem contar as relações humanas que se esgotaram, 
sentimentos são oprimidos e o ser humano perde cada vez mais sua naturalidade. Para muitas 
pessoas isso significa o vazio do dia-a-dia, o esgotamento físico e psíquico e o tédio. Na 
contramão dessa realidade, para viver a liberdade e se desligar desse dia-a-dia, as pessoas 
viajam, refazem as energias, descansam e procuram um pouco de felicidade. Isso significa 
3 
VI Seminário de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL (SeminTUR) 
Saberes e fazeres no turismo: interfaces 
Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil, 09 e 10 de Julho de 2010 
 
viajar para viver, para sobreviver. Pode-se dizer que todo esse fluxo de turistas dos dias atuais 
é conseqüência das condições geradas pelo desenvolvimento da nossa sociedade capitalista. 
Com base nestas informações o presente artigo tem como objetivo geral fazer um 
estudo introdutório sobre a sociologia do turismo e seus principais aspectos e como objetivos 
específicos relatar sobre o turismo como fenômeno social e discorrer sobre a sociedade 
industrial. A pesquisa foi desenvolvida com base em livros e artigos científicos e por tais 
características trata-se de um estudo qualitativo e bibliográfico. 
 
CONCEITUANDO A SOCIOLOGIA DO TURISMO 
 
A partir da segunda metade do século XX, o setor turístico cresceu 
significativamente devido, principalmente, à ampliação do direito as férias remuneradas 
conquistadas pelos trabalhadores, particularmente nos países desenvolvidos, e no final do 
século XX e início do XXI essa importância tem crescido devido ao aumento do tempo livre 
que tem sua origem na variação das formas de trabalho motivadas pelo desenvolvimento da 
tecnologia, o que permitirá uma sociedade com menos horas de trabalho e mais 
disponibilidade para o lazer e o ócio. 
 Segundo Dias (2008, p. 11): 
 
Do ponto de vista sociológico, o fenômeno turístico desperta interesse por 
vários motivos: causa forte impacto nos indivíduos e grupos familiares que 
se deslocam, provoca mudanças no comportamento das pessoas e agrega 
conhecimentos àqueles que o praticam, permite comparação entre diversas 
culturas, contribui para o fortalecimento da identidade grupal, é um meio de 
difusão de novas práticas sociais e aumenta as perspectivas de obtenção da 
paz pela compreensão e aceitação das diferenças culturais. Contribui, ainda, 
para a formação e a educação daqueles que o praticam. 
 
 
Como um dos ramos da Sociologia Geral, a Sociologia do Turismo busca analisar o 
comportamento do ser humano durante as viagens, as relações com as comunidades 
receptoras e os impactos sociais provocados por essa atividade. Desta forma, pretende-se 
estudar o turismo em seus aspectos sociais e sua relação com a sociedade mais geral. 
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VI Seminário de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL (SeminTUR) 
Saberes e fazeres no turismo: interfaces 
Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil, 09 e 10 de Julho de 2010 
 
Compreende-o como um fenômeno social, passível de ser estudado em seus aspectos 
particulares. 
 Pode-se afirmar, portanto, que à Sociologia do Turismo cabe o estudo sistemático das 
relações sociais e da interação entre indivíduos e grupos relacionados com a atividade 
turística, o que inclui seus desdobramentos no que se convencionou denominar de indústria 
turística4. 
Sobre a abordagem sociológica do turismo, Dann e Cohen apud Dias (2008) refletem 
algumas considerações. Primeiramente, afirmam que é importante deixar claro que não existe 
uma teoria exclusiva do turismo, pois este compreende muitos setores e áreas, nos quais 
podem ser aplicadas corretamente várias abordagens teóricas, e como decorrência pode-se 
afirmar que não haverá uma perspectivasociológica única, reclamando para si o monopólio 
da compreensão do fenômeno turístico. Assim, pode-se afirmar que a sociologia por si só 
apresenta somente uma interpretação parcial do fenômeno multifacetado do turismo. Para se 
obter um resultado mais completo, é necessário combinar os resultados obtidos com aqueles 
que foram conseguidos com outras disciplinas do campo das ciências sociais. 
 Ainda segundo Cohen apud Dias (2008), a Sociologia do Turismo é uma 
especialidade interessada no estudo das motivações turísticas, papéis, relacionamentos e 
instituições e de seus impactos nos turistas e nas sociedades que os recebem. E, em seu 
domínio, apresenta quatro áreas de estudo: 
                                                            
4 Segundo Beni (2000, p. 32 e 33), existe uma grande controvérsia na definição precisa do turismo. Alguns autores tratam-
no como indústria e parece ser este qualitativo o de maior uso na literatura comum, não científica. Outros tratam-no 
como fenômeno econômico e social, setor econômico ou atividade social e econômica. Alberto Sessa definiu o turismo 
não como uma atividade terciária, mas como uma atividade industrial real porque nele existe um processo de 
transformação de matérias-primas para a elaboração de produtos que são comercializados e consumidos no mercado. 
Convém aqui mencionar Palomo que, em seu livro, define o turismo como atividade econômica pelos seguintes 
motivos: 
a) a propensão a viajar é um ato humano; 
b) a recreação é uma atividade desenvolvida por indivíduos, isolada ou grupalmente; 
c) os deslocamentos são atos que compreendem gastos e receitas; 
d) o consumo de bens e serviços turísticos pode enquadar-se em mais de uma atividade econômica; 
e) a geração de riqueza por meio de um processo produtivo é clara e tipicamente uma atividade econômica. 
 Ainda segundo Palomo, turismo não é indústria porque esta é um conjunto de operações necessárias para a 
transformação de matérias-primas. Com e apesar de Palomo e Sessa, citados como mais uma fonte de definição, a 
controvérsia prossegue. Afirmamos que o que ocorre, na realidade, é uma agregação de valores aos diferenciais 
turísticos naturais e culturais, e não uma transformação tangível e concreta na matéria-prima original. O produto 
turístico final para venda e pós-venda é de natureza compósita e agregada. 
 
 
 
 
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Saberes e fazeres no turismo: interfaces 
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a) O turista; 
b) A relação entre os turistas e a comunidade local; 
c) A estrutura e o funcionamento do sistema turístico; 
d) As conseqüências do turismo. 
Já para Knebel apud Dias (2008), a Sociologia do Turismo pode ser entendida como 
“a ciência que estuda o comportamento social do homem que transforma durante as férias seu 
papel social, deixando para trás os diferentes papéis que desempenha (profissional, 
econômico, social, etc) e assumindo o papel de turista”. 
 Ainda segundo o autor, o ponto inicial para o estudo do fenômeno turístico é o 
turista, e que há quatro critérios que o definem como tal: 
a) A necessidade de mobilidade, que tem sua expressão na mobilidade regional limitada 
no tempo; 
b) Existência ou inexistência de inter-relações de turistas e habitantes do lugar; 
c) Satisfação consumidora de necessidades de luxo com meios obtidos no lugar de 
origem; 
d) Necessidade de conforto e de segurança física. 
 
Enfim, o objeto de estudo da Sociologia do Turismo são as relações sociais que se 
articulam em torno das interações sociais fundamentais, que são as que ocorrem entre os 
turistas e a comunidade receptora. 
 
TURISMO COMO FENÔMENO SOCIAL 
 
A Organização Mundial de Turismo – OMT (apud OLIVEIRA, 2005, p. 36) definiu 
turismo como “o fenômeno que ocorre quando um ou mais indivíduos se trasladam a um ou 
mais locais diferentes de sua residência habitual por um período maior que 24 horas e menor 
que 180 dias, sem participar dos mercados de trabalho e capital dos locais visitados”. 
 Por ser o turismo uma atividade própria de sociedades de consumo, atividade que 
combina ações públicas e privadas, ele exige grandes investimentos financeiros e tecnológicos 
no fornecimento de bens e serviços aos turistas. Além disso, visa alcançar resultados que 
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permitam o desenvolvimento econômico, político, social e cultural da sociedade envolvida. 
Esses aspectos são contemplados no conceito que segue: 
 
Dá-se o nome de turismo à atividade humana que é capaz de produzir 
resultados de caráter econômico financeiro, político, social e cultural 
produzidos numa localidade, decorrentes do relacionamento entre os 
visitantes com os locais visitados durante a presença temporária de pessoas 
que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma 
espontânea e sem fins lucrativos (OLIVEIRA, 2005, p. 36). 
 
 
Se alguns dos fatos que serão citados a seguir ocorrerem numa localidade receptora 
de turistas, pode-se afirmar, sem medo de errar, que o turismo está sendo explorado 
corretamente. Os fatos são os seguintes: entrada de recursos financeiros pelos gastos 
turísticos; formação de novas empresas de serviços; aumento da oferta de empregos nas 
empresas públicas e privadas que atendem aos visitantes; estabelecimento da infra-estrutura 
urbana (água, luz, rede de esgoto, saneamento básico, comunicação, etc) capaz de responder 
às necessidades da própria população e da população flutuante; investimentos em lojas de 
souvenires, restaurantes, hotéis, parques de diversões; criação de museus, organização de um 
plano diretor de turismo, facilidades para aquisição de material informativo (mapas, folhetos, 
revistas, filmes, etc); construção ou reforma de aeroportos, rodoviárias e portos; aparecimento 
de escolas de formação de mão-de-obra para o turismo; centros de eventos; aumento do 
ingresso de impostos nos cofres públicos com melhoria do padrão de vida da comunidade em 
decorrência dos negócios realizados com os turistas; existência de legislação que ordene as 
construções e a ocupação do espaço físico; conservação da limpeza das vias e logradouros, 
assim como da segurança pública; população falando outro idioma além do próprio; ecologia 
defendida e, principalmente, a população sentindo que o turismo traz vantagens para a 
comunidade (OLIVEIRA, 2005). 
 Pode-se considerar todos esses fatos como um conjunto significativo de fenômenos 
sociais que passaram a ser aglomerado sob uma mesma palavra – turismo. Os fatos sociais 
englobados nesse novo termo passam, portanto, a fazer parte de um subconjunto de 
fenômenos perfeitamente identificáveis que nomina-se fenômenos turísticos. 
 Desta forma, pode-se tomar como referência clássica da sociologia Émile Durkheim 
(1858-1917), que tem como objeto de estudo os fatos sociais: 
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[...] apresentam características muito especiais: consistem em maneiras de 
agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder 
coercitivo em virtude do qual se lhe impõem. (DURKHEIM, 1973, p. 391). 
 
 A sociologia é para Durkheim a ciência das instituições sociais, de sua gênese e de 
seu funcionamento. Instituições, no caso, entendidas em seu sentido largo que abrange 
também as crianças, valores e comportamentos instituídos. Os estudos devem recair sobre 
fatos que se conhecem, que se realizem e sejam passíveis de observação. 
 Sejam eles crenças e práticas constituídas (regras jurídicas, morais, dogmas 
religiosos, sistemas financeiros, etc) ou correntes sociais, que são manifestações(de 
entusiasmo, de indignação, de piedade, etc). Essas manifestações que podem ser passageiras, 
e que nos levam a possibilidade de nos conduzir a ações que poderiam contrariar nossa 
própria natureza, apresentam um princípio que segundo Durkheim: 
 
[...] aplica-se também aos movimentos de opinião mais duradouros que se 
produzem incessantemente à nossa volta, mesmo em círculos mais restritos, 
sobre questões religiosas, políticas, literárias, artísticas, etc. (1973, p. 392) 
 
Desse modo, para o sociólogo, o fenômeno social constitui-se do fato social, que 
pode ser religioso, político, literário, artístico, etc e que é externo ao indivíduo e determinador 
de suas ações. A sociedade, que é externa aos indivíduos, determina as interações sociais. 
Segundo Tura et al (2004, p. 35), o fato social devia estar desembaraçado de razões e 
impulsos pessoais, das consciências individuais e de todo o conjunto de idéias longamente 
formuladas pela filosofia a respeito da vida em sociedade. 
Ainda segundo Durkheim (1987, p. 11), o fato social é toda maneira de agir fixa ou 
não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior e a primeira regra para sua 
observação é considerá-lo como coisa. 
Como objeto da sociologia, o fato social possui três características: 
• Coerção Social: trata-se da força que os fatos exercem sobre os indivíduos que se vêm 
obrigados a seguir as regras e os comportamentos da sociedade; 
• Exterioridade: existe e atua sobre o indivíduo independente da sua vontade; 
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• Generalidade: é social todo fato que é geral, que se repete, que é comum a todos ou a 
maioria dos membros de um grupo. Representa o consenso social e a vontade coletiva. 
 
De acordo com essa análise, pode-se identificar o fato social turístico, que repreende 
os indivíduos, fazendo-os assumir papéis relacionados com esse fenômeno em particular. 
Quando o indivíduo se coloca no papel de turista, por exemplo, costuma se comportar de 
forma diferente do seu dia-a-dia, extravasando suas emoções, muitas vezes reprimidas pelo 
seu ambiente comum. O fato social turístico apresenta, portanto, maneiras de agir, pensar e 
sentir que são exteriores ao indivíduo, e que se lhe impõem, pois são dotadas de um poder 
coercitivo específico. 
Segundo Dias (2008, p. 13), “todas as interações que ocorrem no turismo compõem-
se de ações provocadas pelo poder coercitivo de um tipo de fato social particular, que 
denomina-se turismo”. Em outras palavras, a comunidade de uma região turística, os 
hoteleiros, demais pessoas que trabalham no setor e, principalmente, os turistas assumem um 
comportamento que lhes é imposto pelo poder coercitivo que exerce o turismo como fato 
social, atitudes estas que são diferentes daquelas que assumem quando integram outros tipos 
de fenômenos sociais, como a religião, a política, o sistema financeiro, etc, no qual assumem 
posturas que se identificam com cada tipo em particular. 
Enquanto Durkheim prioriza a sociedade na análise dos fenômenos sociais, 
considerando-a externa aos indivíduos e determinadora de suas ações, Max Weber prioriza o 
papel dos atores e suas ações individuais reciprocamente referidas. A sociedade, para Weber, 
deve ser compreendida com base nesse conjunto de interações sociais. 
A sociologia para Weber (1991, p. 03), significa “uma ciência que pretende 
compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu curso e 
em seus efeitos”. A ação social conquista o significado de uma ação que, quanto ao sentido 
visado pelo indivíduo, tem como referência o comportamento dos outros, orientando-se por 
estes em seu curso. Exemplo: a ação de comprar uma roupa é realizada a partir de um 
conjunto de opiniões de outras pessoas, entre as quais o vendedor, a mãe, o namorado, os 
amigos, etc. 
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Dessa forma, a ação social, orienta-se pelo comportamento de outros, seja este 
passado, presente ou esperado como futuro. Os “outros” podem ser pessoas conhecidas ou 
completamente desconhecidas. 
Assim, segundo Dias (2008, p. 14), a interação turista-comunidade “constitui-se num 
fenômeno social, pois seus agentes têm um ao outro como referência para seus atos”. Da 
mesma forma, podem ser tratadas todas as interações existentes no âmbito do turismo, que de 
uma forma geral tomam o comportamento do turista como referência, orientando-se seus atos 
a partir desse parâmetro. 
Após determinado a definição de ação social, explicam-se seus diferentes tipos, de 
acordo com as ações de seus indivíduos. Segundo Weber (1991, p. 15), a ação social pode ser 
assim classificada: “a. racional, referente a fins; b. racional, referente a valores; c. afetivo, 
especialmente emocional; d. tradicional.”. 
a) Ação Social Racional referente aos fins: é determinada pelo cálculo racional que 
estabelece os fins e organiza os meios necessários. Por exemplo: o turista 
escolherá seu destino de viagem levando em conta as acomodações, o preço, às 
facilidades de acesso, etc; 
b) Ação Social referente a valores: é determinada pela importância do valor, não 
importando o êxito que se possa obter assumindo-se esse valor. É uma ação social 
valorizada socialmente, e é relevante a opinião do grupo social ao qual pertence o 
indivíduo. A escolha do destino, por parte do turista, considerará os valores do 
grupo social ao qual pertence. Por exemplo: pode ser fundamentalmente 
importante para si e para sua família uma viagem pela Europa, pois integra uma 
das ações exigidas para os integrantes de seu grupo de status. As viagens por 
motivos religiosos incluem-se nessa categoria. 
c) Ação Social de modo afetivo: é determinada pelos afetos ou estados emocionais; a 
relação entre os indivíduos expressa-se em termos de lealdade e incompatibilidade. 
A escolha do destino turístico será motivada pela emoção, sentimentos etc. Poderá 
escolhê-lo por ter sido onde passou a lua de mel, ou por ter sido o local onde seus 
pais nasceram, ou porque gosta de lugares quentes, etc. 
d) Ação Social de modo tradicional: é determinada pelas tradições, pelos costumes 
inveterados. O destino turístico nesse caso será escolhido em função dos costumes 
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e tradições adquiridas. A ida ao litoral nas férias e principalmente nos feriados 
prolongados é uma tradição dos moradores mais antigos da capital paulista. As 
férias de fim de ano já há o costume de viajar com a família, por conta das férias 
escolares, para lugares com muita praia e sol; nas férias de julho a maioria dos 
brasileiros procura o frio como opção. 
 
Com isso, fica evidente que as ações sociais não são determinadas, de modo geral, 
por um único tipo. A ação social para Weber é um componente universal e específico na vida 
social e fundamental para a organização da sociedade humana. 
Pode-se observar a partir das diferentes abordagens utilizadas por Weber e 
Durkheim, que o turismo é um fenômeno social, perfeitamente caracterizado e como tal 
passível de ser abordado por uma disciplina específica que corresponde a uma parte da 
Sociologia que denomina-se Sociologia do Turismo (DIAS, 2008). 
 
SOCIEDADE INDUSTRIAL 
 
Pode-se considerar a Revolução Industrial do século XVIII, na Inglaterra, como o 
acontecimento mais importante na transformação geral do conceito de viagens. Com ela 
vieram a urbanização e as horas de trabalho limitadas. Também o ócio passou a ter valor mais 
importante que antes, quando a maioria das pessoasvivia no campo e trabalhava na 
agricultura; antigamente, o conceito de “tempo livre”, como o conhecemos hoje, não existia, 
porque o conceito de trabalho era diferente do que veio estabelecer-se com a consolidação da 
indústria; não havia divisão muito clara entre o “tempo de trabalho” e o “tempo de não-
trabalho”, este dedicado ao lazer e ao descanso. Somente no fim do século XIX e início do 
século XX é que as condições de trabalho irão sofrer evolução, com a criação de jornadas que 
prevêem fins de semana de descanso e férias anuais. Segundo Trigo (2003), isso ocorre após o 
término da Segunda Guerra Mundial, quando alguns países capitalistas e (então) socialistas se 
estabilizam e começam a garantir, para importantes parcelas de suas populações, a 
possibilidade pluralista e democrática de se dedicar a atividades de sua escolha. Isso foi 
possível graças a várias conquistas das classes trabalhadoras e ao entendimento de alguns 
capitalistas, como Henry Ford, de que os operários deveriam ter um salário mais digno e 
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tempo livre para aumentar o mercado de consumo e, conseqüentemente, os lucros dos 
empresários. Para Weber apud Carvalho (2005, p. 44): “O Ocidente veio a conhecer, na era 
moderna, um tipo completamente diverso e nunca antes encontrado de capitalismo: a 
organização capitalística racional assentada no trabalho livre”. 
Atualmente, a economia reina, em nossa civilização. Ela dita a conduta a adotar. A 
exploração dos recursos naturais, a escala de valores do homem e a política do Estado caíram 
sob seu domínio e a ela estão subordinados. 
Houve uma “economização” de todas as esferas da existência. Do nascimento à 
morte, todas as atividades estão literalmente arriscadas a serem comercializadas. Segundo 
Weber apud Carvalho (2005, p. 44 e 45): 
 
A economia capitalista moderna teria se orientado, portanto, pelos interesses 
dos homens no mercado, em que o dinheiro e a busca do lucro adquiriram 
uma finalidade em si mesmo, destruindo as relações pessoais, resultado da 
rivalidade de interesses que o mercado racionalmente organizado exige. 
 
 
É verdade que apenas após a Segunda Guerra Mundial (cerca de 1950) surge o que 
pode ser chamado de turismo de massa acessível às classes médias dos países desenvolvidos. 
Todavia, vários analistas internacionais, como John Naisbitt, Peter Drucker, Alain 
Touraine e Paul Kennedy, apontam para o fato incontestável de que o setor terciário é hoje 
predominante na economia mundial e que o entretenimento e o turismo em geral têm uma 
participação bastante prioritária na construção do PIB5 de vários países e no oferecimento de 
serviços para mercados cada vez maiores, além de proporcionar postos de trabalho cada vez 
mais exigentes em termos de habilidades profissionais. Para Trigo (2003), o significado desse 
desenvolvimento excessivo do setor terciário é, em geral, a caracterização das sociedades do 
fim do século XX e início do século XXI, como “pós-industriais” – designação feita 
principalmente com base na superação da importância econômica que o setor secundário 
representou para os países industrializados desde o fim do século XIX. É válido ressaltar que 
o crescimento do lazer e do turismo acontece com mais intensidade após as décadas de 1970 e 
1980, ou seja, em plena era “pós-industrial”. Fator importante para esse crescimento foi a 
disseminação das novas tecnologias e a globalização, que alavancaram o desenvolvimento do 
                                                            
5 Produto Interno Bruto 
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setor em grande parte do planeta. A nova ordem econômica mundial consolidou-se nos 
últimos anos e o fenômeno da globalização afeta cada vez mais todos os países, 
desenvolvidos e/ou em desenvolvimento. 
Como resposta a esse movimento e à padronização que acontece no setor, tem 
ocorrido um crescente reconhecimento do valor da diversidade cultural. Paralelamente, esse 
reconhecimento é um desejo consciente de manter e divulgar as características únicas e 
especiais de grupos étnicos e sociedades receptivas como um princípio fundamental de 
promoção e desenvolvimento do turismo. 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
A atual situação mundial do setor de serviços refuta a tendência que predominou 
durante a maior parte do século XX, quando a indústria garantia aos trabalhadores, mesmo 
àqueles com pouca qualificação, oportunidades de trabalho e elevação social. Uma série de 
mudanças nas condições mundiais, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, mais 
especificamente a partir de 1950, ofereceu condições para a propagação do turismo de massa. 
Outro conjunto de alterações estruturais, a partir da década de 1980, permitiu que se 
repensasse sobre a importância do lazer e do prazer nas sociedades agora denominadas pós-
industriais. A condição pós-moderna infere a um estilo de vida marcado pelo conforto e bem-
estar. A alta tecnologia e o poderio econômico dos países desenvolvidos possibilitaram 
investimentos para grandes projetos nas áreas de lazer e turismo, levando a grandes parcelas 
da população novas opções de lazer e entretenimento. Essas novas opções surgem em um 
contexto caracterizado por novas exigências de opções de lazer por parte das pessoas e pela 
atuação das grandes empresas que criam novas necessidades e possibilidades para as massas, 
até mesmo o consumo sugerido de emoções fortes. 
Neste novo século, os indicadores econômicos apontam que, nos países 
desenvolvidos e em grande parte dos países em desenvolvimento, a maior parte da população 
economicamente ativa está no setor terciário, e que a maior parte do Produto Interno Bruto 
(PIB) desses países ou regiões provém igualmente do setor de serviços. Isso não quer dizer 
que o setor secundário (indústria) tenha se tornado insignificante. Apenas aponta na direção 
de que, no início do século XXI, a economia internacional está, em sua maior parte, assentada 
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no vasto e complexo setor terciário, que abrange comércio, finanças, transporte, saúde, 
educação, publicidade e propaganda, administração pública e privada, comunicações, artes e 
cultura, lazer e turismo etc. 
Além do suporte tecnológico e das mudanças econômicas, o que contribuiu para o 
aumento das viagens e do turismo foi a valorização que as pessoas começaram a fazer das 
atividades ligadas ao lazer, às artes, à cultura e aos contatos internacionais. Nesse contexto, 
viajar tornou-se mais fácil, até mesmo um hábito, uma prática social ou profissional comum 
ou mesmo uma necessidade para vários segmentos sociais (esportistas, empresários, 
religiosos, políticos, acadêmicos e profissionais). 
As pessoas desejam aproveitar o tempo livre, as férias, para satisfazer os desejos, as 
necessidades que não foram realizadas no dia-a-dia do trabalho, que geralmente são 
reprimidas, mas são de muita importância para todos. Segundo Krippendorf (2006), o que 
acontece são que essas necessidades só podem ser satisfeitas fora e não dentro de casa, exceto 
para alguns poucos beneficiados que exercem uma atividade agradável, criativa e variada, que 
determinam eles próprios as tarefas do dia e o ritmo do trabalho, que são livres, a quem nada 
falta e cujo lar é tão agradável que podem passar as férias no jardim. Todavia, para aqueles 
que trabalham o dia todo e fazem parte da sociedade industrial necessitam de período de 
descanso. Para eles, o repouso e as férias são sinônimos de sair, de viajar, pois as cidades 
poucose preocupam com o lazer e com as necessidades de relaxamento dos seus habitantes. 
A maioria são cidades do trabalho, incompatíveis com uma vida plena. 
O que faz uma pessoa viajar, a procurar fora o que não encontra dentro de casa não é 
tanto o resultado de um impulso pessoal quanto à influência do meio social, que fornece a 
cada um as suas normas existenciais. A decisão pessoal é, de certa forma, condicionada pela 
sociedade. Para o homem em estado de carência, a sociedade oferece o turismo, as férias 
longe do cotidiano, sob as formas mais diversas e as enfeitam com todas as qualidades, 
permitem a evasão, resolvem os problemas, distribuem força e energia, embelezam a 
existência e trazem a felicidade (KRIPPENDORF, 2006). Repouso e férias tornam-se 
sinônimos de turismo. No entanto, esta necessidade poderia, em muitos casos, ser satisfeita 
em casa, se fossem criadas melhores condições. Desta forma, a viagem tornou-se uma norma 
social. 
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“As pessoas saem em férias”. Isso faz parte do modo de vida atual da sociedade ou, 
mais precisamente, é uma norma evidente, introduzida nos esquemas mentais. Não se diz “o 
que você faz nas férias”, mas “aonde você vai nas férias?”. 
Não é mais necessária uma justificativa para a viagem no período de férias ou 
feriados, mas sim, deve-se ter motivos para não viajar nesses períodos. Em uma sociedade 
que já aderiu a essa cultura, ficar em casa pode parecer difícil de justificar sem que haja uma 
perda de prestígio social. Não haveria neste caso uma coerção social de fazer o que todos 
fazem? Tais influências afetam diretamente uma pessoa carente: seu desejo chama-se turismo 
e a faz acreditar que sua necessidade, na verdade, é uma necessidade turística. 
Nesta perspectiva, o turismo, uma “indústria” da diversão e do prazer, em expansão 
permanente, assume de forma completa a necessidade de lazer e de férias. É dessa repetição 
permanente de necessidades insaciadas e insaciáveis que o ciclo tira sua dinâmica própria. O 
turismo funciona como terapia da sociedade, como válvula que faz manter o funcionamento 
do mundo de todos os dias. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BENI, Mario Carlos. Análise Estrutural do Turismo. 3ed. São Paulo: Editora Senac, 2000. 
 
CARVALHO, Alonso Bezerra de. Max Weber: modernidade, ciência e educação. Petrópolis, 
RJ: Vozes, 2005. 
 
DIAS, Reinaldo. Sociologia do Turismo. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
DURKHEIM, Émile. As regras do Método Sociológico. São Paulo: Abril, 1973. (Os 
Pensadores, 33). 
 
_____. As regras do Método Sociológico. 13 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 
1987. 
 
KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do Turismo: Para uma nova compreensão do lazer e das 
viagens. 3 ed. São Paulo: Aleph, 2006. 
 
OLIVEIRA, Antônio Pereira. Turismo e Desenvolvimento: planejamento e organização. 5 
ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
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TRIGO, Luiz Gonzaga Godói. A Sociedade Pós-Industrial e o Profissional em Turismo. 7 
ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. 
WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: 
UnB, 1991.

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