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Transporte público no Brasil - Redação corrigida MODELO ENEM

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TRANSPORTE PÚBLICO NO BRASIL
A urbanização do Brasil teve início no século XX, período em que o desenvolvimento da indústria gerou empregos e, assim, as cidades passaram a receber grandes fluxos populacionais para os quais não estavam preparadas no que concerne à infraestrutura. Nesse contexto, diversas questões urbanas surgiram, como a ineficiência do transporte público para suprir as necessidades diárias da sociedade. Tal problema advém da péssima infraestrutura das cidades e da falta de qualidade do transporte oferecido aos cidadãos.
Em primeiro plano, cabe salientar a condição urbana desfavorável ao desenvolvimento de meios de transporte eficientes. Grande parte das cidades brasileiras tendem a contratar empresas para oferecer o serviço de transporte, entretanto, ainda é papel do poder público garantir infraestutura de qualidade, fiscalizar e planejar o sistema. No entanto, nota-se que esse panorama não traduz a realidade brasileira, a qual carece de planejamento urbano adequado que vise ampliar e manter vias, reduzir congestionamentos e otimizar o tempo dos cidadãos. Ademais, vale salientar que não há esforços para desenvolver um
sistema multimodal, capaz de integrar metrôs e trens e, assim, oferecer possibilidades alternativas aos ônibus para os cidadãos. Tal conjuntura corrobora a abordagem do escritor Gilberto Dimenstein, em seu livro “Cidadãos de Papel”, no qual afirma que a legislação brasileira possui caráter exclusivamente teórico, tornando-se evidente que o direito de ir e vir não é assegurado na prática.
Outrossim, o transporte público brasileiro enfrenta a precariedade. Sob a ótica do contrato social proposto pelo teórico político suíço Jean Jacques Rousseau, cabe ao Estado garantir serviços e direitos para que os indivíduos vivam em harmonia. No entanto, observa-se uma falha nesse contrato, uma vez que, embora o transporte público de qualidade seja um direito social garantido pela Constituição Federal, ele é negado à parcela da população que não usufrui de uma mobilidade urbana de qualidade. Nessa perspectiva, percebe-se o sucateamento desses modais, especialmente os ônibus, além dos preços exorbitantes não condizentes ao serviço oferecido. Outrossim, a frota não atende à demanda das grandes cidades, culminando na superlotação, falta de pontualidade e desconforto aos indivíduos que prescindem desse meio para se locomoverem diariamente.
Portanto, são imprescindíveis mudanças para aprimorar o transporte público brasileiro. Primordialmente, é função da Secretaria Municipal de Transportes assegurar a qualidade dos ônibus, por intermédio da correta fiscalização do serviço oferecido pelas empresas licitadas - buscando ouvir as sugestões dos passageiros - a fim de averiguar se a função do contratado está sendo corretamente cumprida, para garantir o direito de ir e vir. Ademais, cabe à prefeitura aprimorar a infraestrutura urbana, por meio de investimentos na ampliação de vias, reparação dos danos e sinalização adequada. Além disso, é papel do Estado desenvolver programas de multimodalidade, através da criação de linhas de trens e metrôs que interliguem os principais pontos das cidades, com o objetivo de otimizar esse sistema. Perante a tais transformações, será possível amenizar os efeitos do processo de urbanização acelerada ocorrido no Brasil no século XX.

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