Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direit� Pena� | Culpabilidad� Anotações 08.04.2021 ● Culpabilidade - Fernando Capez “ é a possibilidade de considerar alguém culpado pela prática de um crime”. É uma espécie de juízo de reprovabilidade e de censura, exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. - Se ele é ou não considerado culpado. - Adota-se a culpabilidade do fato e não a culpabilidade do autor. - Grau de culpabilidade é diferente de culpabilidade. Posto que o primeiro integra a fase relativa à dosagem da pena. ● Grau de culpabilidade - Serve para a dosimetria da pena. - Grau de dolo ou grau de culpa. ● Teoria normativa pura da culpabilidade - Nasceu juntamente com a Teoria Finalista da Ação, na década de 30. Comprovado que o dolo e a culpa integram a conduta, a culpabilidade passa a ser valorativa ou normativa, isto é, um juízo de valor, de reprovação, que recai sobre o autor do injusto penal excluído de qualquer dado psicológico. ● Elementos da culpabilidade - 1° Elemento : Imputabilidade - É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. A regra é a imputabilidade. ● Causas que excluem a imputabilidade - 1° Doença mental: É a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de afetar a capacidade de entendimento do agente quanto ao caráter criminoso da sua conduta. - 2° Desenvolvimento mental incompleto: Menores de 18 anos e os dos silvícolas. - 3° Desenvolvimento mental retardado: Quando o individuo está abaixo do desenvolvimento normal atribuido a sua idade. - 4° Embriaguez1: Causa capaz de levar a exclusão da 1 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1 º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) capacidade de entendimento e de vontade do agente, em virtude de intoxicação transitória causada por álcool ou qualquer outra substância de efeitos psicotrópicos. (Art. 28, inciso II, CP) Fases: - Fase do macaco - Fase da depressão (fase do leão) - Fase porco ● Embriaguez não acidental - Embriaguez dolosa ou voluntária: O agente ingere a substância com a intenção de embriagar-se, quer ficar bêbado. - Embriaguez culposa: O agente deseja ingerir a substância, mas sem a intenção de embriagar-se, porém, isso vem a acontecer em virtude da imprudência. - Embriaguez Completa: Retira a capacidade total de entendimento do agente. - Embriaguez Incompleta: Retira apenas a capacidade parcial de entendimento do agente. ● Consequências (Teoria da Actio libera in causa): A ação é livre na causa. Analisa antes da embriaguez. - Consequências: - A embriaguez não acidental Jamais exclui a imputabilidade do agente, seja voluntária, culposa, completa ou incompleta. Isso porque no momento que o agente ingeria a substância, possuía consciência e vontade na sua atitude. Mesmo a conduta ilícita, tendo sido praticada em um estado alcoólico completo, inicialmente surgiu do livre-arbítrio do sujeito. Considera-se o momento da ingestão de substância e não da prática delituosa. Sendo assim, a ação é livre na causa. É como se o agente estivesse totalmente sóbrio no momento da conduta. - Embriaguez acidental Aquela que decorre de caso fortuito ou força maior. - Caso fortuito Ex: O agente sem saber que não podia beber qualquer substância alcoólica. Após a ingestão de um forte remédio, assim o faz perdendo completamente o poder de compreensão. - Caso de força maior Deriva de uma força externa que obriga o agente através de coação física ou moral irresistível a consumir bebida alcoólica, perdendo assim o controle sobre suas ações. - Consequências Quando completa - Exclui a imputabilidade. Quando incompleta - Permite a redução da pena de um terço a dois terço, dependendo do caso concreto. Aqui afasta-se a teoria da actio libera in causa. - Embriaguez patológica Ex: O dependente/viciado. - Embriaguez preordenada Bebe com a intenção de praticar crime. Causa de aumento de pena. Art. 61, inciso II do CP. OBS: Emoção e paixão não afasta a imputabilidade, mas pode ser causa de redução de pena. ● Semi imputabilidade - Não exclui a imputabilidade, de modo que o agente será condenado pelo fato típico, podendo o juiz reduzir a sua pena a um terço a dois terço ou impor medida de segurança. ● Critérios para aferição da inimputabilidade. - Critério biológico2: Leva em conta apenas se o agente é portador de uma doença mental, tem o desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Existe uma presunção de que o indivíduo não tem a capacidade de entender o caráter ilícito do fato. Art. 27 do CP. - Critério Psicológico: Avalia apenas o momento do crime. Se o agente tinha ou não condições de entender o caráter ilícito do fato. - Critério Biopsicológico3: Combina os dois sistemas anteriores. (Teoria adotada no Brasil) OBS: Incidente de insanidade mental - para saber se a pessoa tinha condições ou não entender o caráter ilícito do fato. A investigação fica suspensa. Até saber se a pessoa tinha sanidade mental. 3 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 2 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Compartilhar