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Giovana Rossi do Carmo T16B Atividade de semiologia Profª Edson– FASM 2020 Giovana Rossi do Carmo T16B Febre Oscilações normais da temperatura do corpo A temperatura do corpo segue um ritmo circadiano padronizado que é mudado dependendo da hora do dia. Além disso, condições ambientais, hábito de fumar, gravidez, ovulação, exercícios físicos, refeições são fatores que faz com que a temperatura corpórea varie de pessoa pra pessoa. É regulada pelo centro termorregulador no hipotálamo, o qual realiza o equilíbrio entre a produção e perda de calor para o ambiente. [-Produção: atividade muscular, metabolismo basal -Perda: transferência do calor do sangue para o ambiente externo por meio de convecção, condução, radiação(60%) e evaporação(25%)). Obs:O centro termorregulador atua mais na perda, uma vez que tem pouca influência na produção. Febre Febre é a elevação da temperatura corporal acima da faixa dita como normal (axilar = 35,5°C a 37,0° C , bucal= 36°C a 37,4°C, retal= 36,0°C a 37,5°C) A mensuração pode ser feita oralmente, retalmente, através das axilas ou pela membrana timpânica (mais elevada que a oral cerca de 0,8°) Febre Leve ou Febrícula: até 37,5°C; Febre Moderada: 37,6°C a 38,5°C; Febre Alta ou Elevada: > 38,5°C (axilar) Pode ser causada por transtornos no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros reguladores térmicos. Consequências= vasoconstrição periférica e abolição da sudorese; Sensação de frio e tendência de diminuir a superfície corpórea (posição em flexão); Tremores (produção de calor pela atividade muscular)e extremidades frias. •Pirógeno exógeno são substâncias infecciosas (como vírus, bactéria e fungos) ou não infecciosas (como o complexo Ag-Ac, antígenos resultantes da destruição celular no organismo) estimulam macrófagos a produzir pirógeno endógeno capazes de desencadear a febre. Efeitos positivos da febre= Aumenta o metabolismo;Aumenta o consumo de O2;Melhora o desempenho dos mecanismos de defesa (ativação dos macrófagos, aumenta a produção do fator de inibição da migração de macrófago, potencializa a atividade bactericida de macrófago, aceleração da produção de Ac); potencializa os efeitos do intérferon; Diminui o nível férico de Fe devido a diminuição da absorção intestinal e aumenta a captação pelo fígado e baço. Na anamnese é importante que o paciente relate: o O início (gradual ou súbito) o A intensidade (leve, moderada ou alta – de acordo com a medição da temperatura) Obs: alguns pacientes não tem condições financeiras de ter termômetro em casa, porém é necessário anotar o que ele relata e, depois, no exame físico, medir a temperatura momentânea. o Se houve calafrios, crises ou rubor o Duração(considerar prolongada caso > 1 semana) o Evolução ( continua- como a febre tifoide, intermitente- malária, recorrente- linfoma) o Término ( crise-como a malária ou lise, gradual) Técnicas e tipos de termômetros usados no exame físico: o Termômetro de Vidro (Obs:não é muito comum pois há risco de quebra e exposição com o mercúrio e, assim, poluição do solo ou até mesmo intoxicação por ingestão- os mais novos tem outra no líquido outra composição química):Balance-o até a temperatura atinja 35°C [3min]. o Termômetro eletrônico(Mais comum e prático)É adequado para uso oral, retal e axilar.[10 seg] o Oral=introduzir o termômetro abaixo da língua solicitando que o paciente feche a boca [aguardar 3 a 5 min] Fazer a leitura e reintroduzir novamente [por mais 1 min] para fazer nova leitura. o Retal= o paciente devera estar em decúbito lateral com o quadril fletido, introduzir o termômetro na ampola retal[aguardar 3 minutos]. o Termômetro de Membrana Timpânico (São mais rápidos e mais utilizados em bebês para facilitar o exame) Deve ser inserido no canal auditivo externo direcionado para a membrana timpânica. [2-3 seg]. Importante: Em caso de abdome agudo ou inflamações pélvicas a temperatura deve ser mensurada pela axila e pelo reto pois valoriza a diferença maior que 0,5°C. Giovana Rossi do Carmo T16B Indicações para o uso de antitérmicos o Cardiopatias: para cada 1°C de elevação da temperatura há aumento de até 15 batimentos cardíacos/min; o Pneumopatias crônicas: devido ao aumento da frequência respiratória; o Crise convulsiva febril; o Desconforto físico em vigência de quadro febril; o Temperatura axilar > 39°C: ocorre diminuição da resposta imune. Obs:A utilização de meios fisicos como antitérmicos(banhos mornos, compressas com álcool) diminui temporariamente a temperatura pois não atuam no centro termorregulador.Há vasoconstrição periférica elevando bruscamente a temperatura interna podendo causar convulsões em indivíduos predispostos. OU SEJA, SÃO PROCEDIMENTOS INDICADOS PARA HIPERTERMIA E NÃO PARA FEBRE! Hipertermia Hipertermia é a elevação da temperatura corporal sem influência do centro termorregulador. Geralmente, quando há uma produção exagerada de calor como por exemplo em exercício físico de alta intensidade, simultaneamente, uma falha dos mecanismos de perda de calor ( temperatura ambiente elevada)- displasia ectodérmica anidrótica. Consequências= vasodilatação periférica- sensação de calor , sudorese abundante e extremidades quentes. Causas comuns= Excesso de roupa;Hipernatremia e drogas como anti-histamínicos, barbitúricos, fenitoina, penicilina, sulfonamida, anfotericina B, Topiramato. Giovana Rossi do Carmo T16B Atividade de semiologia Profª Edson– FASM 2020 Giovana Rossi do Carmo T16B Avaliação do Estado Geral Conceito e objetivos: É uma avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e interpretados de acordo com a experiência de cada profissional. O objetivo é avaliar até que ponto a doença atingiu o organismo como um todo, aprofundando a investigação diagnóstica na busca de uma afecção que justifique a deterioração do estado geral, verificando a capacidade de reação do organismo na presença de uma doença grave, tendo valor prognóstico. Classificação: Bom estado geral-BEG (paciente que, mesmo doente, mantém o aspecto físico, intelectual e emocional compatível com sua idade e condição social). Regular estado geral- REG (paciente que manifesta sinais de doença, mas não se encontra prostrado, nem teve sua condição nutricional e consciência significativamente alteradas). Mau estado geral-MEG (paciente com manifestações inequívocas de doença, com evidência de perda de peso e/ou desidratação, e ainda ter alterações do nível de consciência e confusão mental). Exame físico: A quase totalidade dos elementos do exame físico é obtida por meio da inspeção e eventualmente a palpação do paciente. Na inspeção o profissional deve se atentar: o Na vestimenta o Asseio corporal o Postura o Hálito (ex: hálito cetônico- semelhante com maçã podre-comum em diabéticos) o Marcha o Fácies (ex: face caracterisca de Síndrome de Down) o Biotipo (longilíneo, brevelíneo, normolineo ) o Nível de consciência: § Consciente, alerta ou vigília: paciente acordado e adequadamente orientado no tempo e no espaço; § Letargia: o paciente apresenta-se sonolento, mas abre os olhos, responde a perguntas e volta a adormecer; § Obnubilação: o paciente abre os olhos, mas responde lentamente e de modo confuso; § Torpor: o paciente é acordado apenas por estímulos dolorosos, com respostas verbais ausentes; § Estado de Coma: perda completa da consciência, com ausência de respostas a estímulos de qualquer natureza; o Grau de contactuação o Fala e linguagem: § Disfonia ou afonia: alteração do timbre da voz que pode tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal § Dislalia: troca de letras, gagueira e a taquilalia § Disartria: voz arrastada, baixa e lenta § Disfasia: o paciente não entende o que se diz para ele e/ou entende mas não consegue se expressar Giovana Rossi do Carmo T16B o Estado de hidratação § Avaliar os seguintes parâmetros:v Alterações abrupta de peso v Alterações da pele quanto a umidade, v elasticidade e turgor (Obs: idoso tem normalmente pele menos elástica, mas isso não significa desidratação) v Alterações das mucosas quanto à umidade v Fontanelas (crianças) (mais afundada) v Alterações oculares(profundos) o Estado Nutricional § Medidas antropométricas § Altura ou Estatura § Peso § Índice de Massa Corpórea: IMC Circunferência abdominal o Decúbito (Refere-se a posição que o paciente prefere ficar no leito.Decúbito lateral (direito e esquerdo). Decúbito dorsal (supina). Decúbito ventral (prona)) o Atitudes - Atitudes voluntárias: o paciente adota por sua vontade= § Ortopneica( Insuficiência cardíaca) § Posição de cócoraa(Cardiopatia congênita cianótica) § Glenupeitoral (derrame pericárdico) - Atitudes involuntárias: independem da vontade do paciente § Opistótono Desidratação é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo Sinais de Desidratação • Sede • Diminuição abrupta de peso • Pele seca • Mucosas secas • Turgor diminuído • Olhos afundados • Fontanelas deprimidas (crianças) Oligúria (diminuição da diurese) Excitação psíquica ou abatimento Índice de Massa corpórea IMC = P/A2 (P: peso e A: altura) IMC Normal: 20 – 24,99kg/m2 Baixo peso: IMC < 19,99 kg/m2 Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2 Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2 Obesidade Mórbida: IMC > de 40 kg/m2 Circunferência abdominal Mensuração da circunferência abdominal logo acima da crista ilíaca. Útil na avaliação de risco de doença mesmo com peso corporal normal. Normal Homem: até 102 cm Mulher: até 88 cm Dislipidemias Resistência à insulina Hipertensão arterial Doença arterial coronariana Giovana Rossi do Carmo T16B o Estado nutricional o Movimentos Involuntários (São movimentos anormais, involuntários que podem ser constantes, periódicos ou em crises. Ex: Tremores,tiques,fasciculações-tremor da pálpebra,coreiformes-movimentos amplos e periódicos, convulsões) o Coloração da pele(Cianose,Icterícia,Palidez) o Ritmo respiratório(Eupneico -respiração normal e confortável,Dispneico-dificuldade para respirar) Giovana Rossi do Carmo T16B
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