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APENDICITE AGUDA
INFLAMAÇÃO DO APÊNDICE CAUSADA POR UMA OBSTRUÇÃO REPENTINA DA SUA LUZ.
ESSA CONDIÇÃO PODE SE EVOLUIR PARA PERFURAÇÃO DO ÓRGÃO E INFECÇÃO DA
CAVIDADE ABDOMINAL.
EPIDEMIOLOGIA Apendicite aguda → uma das causas mais comuns do abdome agudo
cirúrgico no mundo.
● Incidência maior em homens em relação às mulheres.
● As faixas etárias mais acometidas são até a segunda ou durante
a quarta década de vida.
ANATOMIA O apêndice é um órgão tubular encontrado no início do intestino grosso.
● Comprimento variável de 2 a 20 cm
● Diâmetro em sua luz de 7 a 8 mm
FISIOPATOLOGIA Ocorre por uma obstrução em alça fechada na sua parte luminal →
geralmente causada por uma hiperplasia linfoide (mais associada a
pacientes jovens) ou em decorrência de fecalitos (mais comum em
idosos). Outros fatores menos frequentes são tumores e corpos
estranhos.
A posição anatômica também pode ser variável, sendo mais comum a
sua apresentação retrocecal, cuja curvatura para trás do intestino auxilia
sua obstrução.
A obstrução do apêndice leva ao aumento da sua pressão luminal →
podendo chegar a 66 mmHg, isso gera inicialmente uma congestão
venosa e consequentemente ingurgitação e aumento do tamanho do
órgão.
Quando dilatado gera compressão arterial que leva à isquemia e
necrose local → caso não haja tratamento em tempo hábil.
COMPLICAÇÃO Principal: perfuração do órgão → apendicite supurativa, levando a
infecção na cavidade abdominal por liberação da sua microbiota.
● Pode evoluir para sepse e morte.
QUADRO CLÍNICO Pode-se iniciar com quadro de anorexia, seguida de náuseas, vômitos e
dor abdominal difusa.
● Dor característica em fossa ilíaca direita só aparece
posteriormente, habitualmente em torno de 12 horas, quando o
abdômen inflamado encosta no peritônio parietal.
● A evolução do quadro cursa com febre, leucocitose.
● Por volta de 48h após início dos sintomas há presença de massa
palpável em fossa ilíaca direita em decorrência da formação de
um abscesso pós-perfuração do órgão.
● A localização da dor pode variar de acordo com a posição
anatômica do apêndice.
DIAGNÓSTICO A suspeita diagnóstica deve ser levantada a partir da história do
paciente e investigada através de sinais semiológicos, sendo seu
diagnóstico feito através da clínica.
● Exames complementares não são mandatórios para o
diagnóstico.
Exame físico:
● Dor à descompressão dolorosa da fossa ilíaca direita (sinal de
Blumberg)
● Dor em quadrante inferior direito à palpação do abdômen
esquerdo (sinal de Rovsing)
● Dor durante a tosse (sinal de Dunphy)
● Dor em fossa ilíaca direita à elevação do membro inferior direito
completamente esticado (sinal de Lapinski)
● Dor à extensão e abdução da coxa direita (sinal de Psoas)
● Dor à flexão e rotação interna da coxa (sinal de Obturador)
Os achados na anamnese e exames físicos podem ser analisados a
partir da escala modificada de Alvarado:
ESCALA MODIFICADA DE ALVARADO PONTUAÇÃO
Dor que migra para fossa ilíaca direita 1
Anorexia 1
Náuseas e vômitos 1
Dor à palpação em fossa ilíaca direita 1
Descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca
direita
2
Febre 1
Leucocitose 2
● Pacientes com valores abaixo de 4 neste algoritmo não
corroboram a suspeita de apendicite aguda.
● Pacientes com escala de 4 a 7 se beneficiam de investigação
complementar
● Valores acima de 7 será indicado tratamento cirúrgico.
TC de abdome com contraste → exame complementar indicado quando
necessário.
● Capaz de apontar inflamação periapendicular com distensão da
parede apendicular, ausência de gás no interior do apêndice e
delimita coleções ou abcessos caso eles existam. Além de
realizar diagnósticos diferenciais.
USG não deve ser a primeira escolha de exame por ser examinador
dependente e de difícil visualização em obesos ou inflamações extensas,
embora seja largamente utilizado na prática.
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
Doença inflamatória pélvica
Gravidez ectópica
Gastroenterite
Litíase renal
Linfadenite por infecção viral
TRATAMENTO Sempre cirúrgico e deve ser indicado logo que o diagnóstico seja
estabelecido.
Apendicectomia por videolaparoscopia → padrão ouro.
● Menos invasiva e com menor potencial de agravos,
especialmente em pacientes idosos.
● Suas contra indicações principais são a falta de material ou
equipe treinada em cirurgia de vídeo ou suspeita de peritonite
generalizada.
Laparotomia
● Mais invasiva
● Duas técnicas definidas pela angulação da incisão no ponto de
McBurney: linha reta (incisão de Davis Rockey) ou oblíqua
(McBurney).
● Ponto de McBurney → situado entre o umbigo e a espinha ilíaca
ântero-superior

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