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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA PROBLEMA 5M2 – “MINHA BARRIGA DÓI!” Leila, 22 anos, solteira, procurou a emergência com história de anorexia, seguida de dor abdominal de forte intensidade em região periumbilical que em 24 horas passou a localizar-se em quadrante inferior direito. Associada a náuseas, vômitos e febre de 39ºC. Sua última menstruação foi há 15 dias. Ao exame clínico apresentava-se com fácies de sofrimento agudo, febril (39ºC), eupneica, corada, hidratada, anictérica e acianótica. F.C = 120 bpm; P.A = 120 x 80mmHg. A ausculta cardiopulmonar mostrava-se sem anormalidades. À avaliação do abdome verificou-se diminuição dos ruídos hidroaéreos à asculta. Dor intensa à palpação do abdome com evidência de alguns sinais positivos (Blumberg, Dunphy, Lapinsky, Aaron, Obturador, Iliopsoas e Rovsing). Os exames laboratoriais revelaram leucocitose com desvio à esquerda e neutrofilia. A rotina radiológica para abdome agudo revelou-se dentro da normalidade sem evidência de pneumoperitônio. Os residentes de clínica médica e de cirurgia chegaram à conclusão de que se tratava de um quadro de abdome agudo e prontamente prepararam a paciente para tratamento cirúrgico. QUESTÔES DE APRENDIZAGEM: 1- Discutir o conceito de abdome agudo e os tipos de abdome agudo não traumático quanto a fisiopatologia (inflamatório, obstrutivo, perfurativo, vascular e hemorrágico) e os possíveis diagnósticos diferenciais; Abdome agudo é uma síndrome clínica – dor na região abdominal, não traumática, súbita e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas. Necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, cirúrgica ou não. O diagnóstico varia conforme sexo e idade. A apendicite é mais comum em jovens, enquanto a doença biliar, obstrução intestinal, isquemia e diverticulite são mais comuns em idosos. A classificação mais utilizada do abdome agudo é de acordo com o seu processo desencadeante: https://www.sanarmed.com/abdome-agudo-anamnese-resumo-exames-diagnostico-tratamento-conduta 2- Explicar a fisiopatologia das manifestações clínicas relacionadas ao abdome agudo; 3- Discutir e integrar os achados laboratoriais e imaginológicos com os diversos diagnósticos diferenciais do abdome não traumático; 4- Conceituar apendicite aguda e definir as características clínicas, laboratoriais, diagnóstico e o tratamento. É uma emergência cirúrgica. Diagnóstico e tratamento cirúrgico precoce influenciam no prognóstico. A partir do terceiro dia de evolução do quadro, a frequência de complicações passa a ter um impacto cada vez maior na forma de tratamento e, de uma simples apendicectomia, realizada nos casos de evolução precoce, essa patologia, nas suas formas mais avançadas, pode exigir abordagem escalonada com drenagens percutâneas e até laparotomias extensas com ressecção do cólon direito e reintervenções para tratamento de peritonite generalizada associada. Apêndice: Formação em forma de dedo de luva que se projeta do ceco – aproximadamente a 2,5 cm abaixo da válvula íleo-cecal, na coalescência das três tênias colônicas, marco importante para acha-lo durante as intervenções cirúrgicas. Localização mais frequente: retrocecal. https://www.sanarmed.com/abdome-agudo-anamnese-resumo-exames-diagnostico-tratamento-conduta 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA Em raras situações, o apêndice pode estar em posição subepática – em pacientes com má rotação intestinal, ou nos casos onde são muito longos e sobem por trás do cólon – podendo simular patologia vesicular. A vascularização do apêndice se faz pelo ramo apendicular da artéria íleo-cólica que corre no mesoapêndice; eventualmente, encontra-se uma artéria acessória, vinda do ramo cecal da cólica direita. A drenagem venosa é feita por tributárias da veia íleo-cólica no mesmo meso e a drenagem linfática segue o padrão destas veias. Histologicamente, o apêndice segue o padrão do ceco. Notadamente, na sua submucosa, encontramos folículos linfáticos cujo número varia com a idade, aumentando desde a infância e podendo chegar a 200 na faixa etária situada entre 10 e 20 anos. O número de folículos vai então declinando progressivamente – sobretudo após os 30 anos – podendo ser totalmente ausentes após os 60 anos. O número de folículos tem grande impacto na maior incidência de apendicite na faixa etária jovem. Epidemiologia: A apendicite aguda é a causa mais comum de abdome agudo de tratamento cirúrgico. É uma doença típica dos adolescentes e adultos jovens, e é incomum antes dos cinco e após os 50 anos. O risco geral de apendicite é de 1/35 em homens e 1/50 em mulheres. A partir dos 70 anos, este risco é de 1/1009,10. A apendicite aguda parece mais frequentemente em países industrializados com hábito alimentar pobre em fibras11. Em estudo realizado em 1997, observou-se uma incidência anual de 1/1000 habitantes nos EUA e de 86/100.000 no mundo. Etiologia e fisiopatologia: Resulta da obstrução da luz do apêndice provocada por: • Fecálito (frequente) • Hiperplasia linfoide (frequente) • Corpo estranho • Parasitas • Tumores A configuração própria do apêndice, de diâmetro pequeno e de comprimento longo, predispõe a obstrução em alça fechada. A oclusão da sua porção proximal leva ao aumento da secreção de muco pela mucosa apendicular distal à obstrução; seu lúmen reduzido leva à distensão da sua parede e a uma rápida elevação da pressão, que pode alcançar até 65mm Hg. ... 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado. 9ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. BENSEÑOR, I.M. Semiologia Clínica. São Paulo: Sarvieri, 2002. GOFFI, F. S. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 2000. SABISTON JR., D. V. Tratado de cirurgia. Rio de Janeiro: Interamericana, 1979. SITES: Abdome agudo, Fundamentos em clínica cirúrgica. http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N4/SIMP_1abdomen_agudo.pdf Organização Mundial de Saúde – www.who.org Revisões – http://cochrane.bvsalud.org/portal/php/index.php Diretrizes – www.guideline.org IRAT: Questão 01 ___________________________________ Podem ser causas de abdome agudo hemorrágico, exceto: a) Gravidez ectópica rota, http://www.guideline.org/ 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA b) Ruptura de aneurisma de aorta abdominal, c) Cisto ovariano hemorrágico d) Isquemia intestinal Isquemia entra como causa de abdome agudo vascular isquêmico Abdome agudo hemorrágico: casos de dor abdominal associados ao quadro clínico de choque hemorrágico por sangramentos dentro da cavidade abdominal. Sintomas: • Dor abdominal súbita de localização difusa • Sinais de choque hipovolêmico: palidez, diminuição do tempo de enchimento capilar, hipotensão, taquicardia, sudorese fria, agitação. • Ruídos hidroaéreos diminuídos (ruido aumentado em abdome agudo só em casos de obstrutivo) A dor abdominal devido à irritação peritoneal pelo sangue pode estar ausente ou em pouca intensidade no começo. Sinais de alerta para hemorragia retroperitoneal: • Sinal de Cullen: equimose periumbilical • Sinal de Gray Turner: equimose em região de flancos • Sinal de Kehr: dor aguda no ombro devido à presença de sangue ou outros irritantes na cavidade peritoneal, quando uma pessoa está deitada e com as pernas elevadas. Clássico sinal de ruptura de baço. Etiologias: As principais causas de abdome agudo hemorrágico são: • Gravidez ectópica rota – suspeita quando mulher em idade fértil, com atraso menstrual e clínica • Rotura de aneurisma da aorta abdominal – mais frequentes em pcts idosos, suspeita quando há frêmitos ou massas palpáveis abdominais Outras causas: rotura de miomas subserosos e cisto ovariano hemorrágico. https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e- tratamento/ Questão 02 ___________________________________ Associe as colunas e assinale a alternativa correta: A- Raio X de abdome com níveis hidroaéreos B- Raio X de tórax com pneumoperitôneo C- Tomografia computadorizada de abdome com processo inflamatório em fossa ilíaca direita. D- Sinal de Joubert E- Sinal de Blumberg F- Choque hipovolêmico I- Abdome agudo inflamatório II- Abdome agudo perfurativo III- Abdome agudo obstrutivo IV- Abdome agudo hemorrágico a) A-I; B-II; C-III; D-IV; E-V; F-I b) A-III; B-II; C-I ; D-II; E-I; F-IV c) A-III; B-II; C-I; D-IV; E-III; F-IV d) A-II; B-IV; C-II; D-III; E-II; F-I Sinal de Jobert: Hipertimpanismo em região hepática, que indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre (por exemplo: úlcera péptica). Sinal de Blumberg: dor a descompressão, pode ser pesquisado na palpação profunda - pode indicar apendicite. https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no- abdome-agudo-posme Questão 03 ___________________________________ Quanto a Classificação o abdômen agudo de origem não traumática marque a alternativa errada: https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/ https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no-abdome-agudo-posme https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no-abdome-agudo-posme 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA a) São exemplos de abdome agudo inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite. b) No raio X do abdome agudo perfurativo, pode ser visto pneumoperitônio. c) No abdome agudo obstrutivo, o paciente costuma chegar com parada de eliminação de fezes e gases. d) No abdome agudo vascular, a presença de Líquido necrótico na cavidade após paracentese não é um sinal indicativo de abdome agudo vascular. É, praticamente patognomonico. https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/s emiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome- agudo Abdome agudo inflamatório: Condição inflamatória/infecciosa gastrointestinal que precisa de conduta imediata. Sintomas: dor abdominal que aumenta de forma progressiva ao longo de algumas horas chegando a forte intensidade, podendo associar- se à anorexia, febre e fatores de melhora ou piora. Etiologias mais frequentes: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite. https://www.medway.com.br/conteudos/abdome- agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome- agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/ Questão 04 ___________________________________ Qual patologia é compatível com a imagem radiológica abaixo: a) Angina mesentérica b) Abdome agudo perfurativo c) Obstrução de delgado – empilhamento de moeda. d) Apendicite https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/ https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/ 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA Causas de abdome agudo obstrutivo: aderências – pós cirurgia, alças podem ser aderir e desenvolver abdome obstrutivo (agudo não traumático), volvo, bridas, hernias estranguladas e encarceradas, intussuscepção, corpo estranho. Questão 05 ___________________________________ Qual patologia é compatível com a imagem radiológica abaixo: a) Volvo de Sigmoide – grão de café, doença comum: chagas intestinal. b) Tumor de ovário c) Obstrução de delgado – empilhamento de moedas em localização central. d) Perfuração intestinal – bolhas de ar na radiologia, hipertransparente. Questão 06 ___________________________________ Assinale a alternativa incorreta: a) Na apresentação clássica a apendicite aguda inicia com quadro de anorexia, seguido de dor abdominal difusa, referida no mesogástrio ou na região periumbilical. V - https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc= s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahU KEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAY QAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.co m.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAgud a.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy b) A febre na apendicite costuma ser alta: 39,5 C a 40 C. F - A febre da apendicite não costuma ser muito alta, permanecendo em torno de 37,5 e 38 graus. Ela geralmente surge durante a evolução da inflamação, e não no início da manifestação dos sintomas, e pode ser acompanhada por calafrios. https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da- apendicite/ c) Apagamento do musculo psoas, alça sentinela, edema de alças, distensão de alças intestinais e fecalito em fossa ilíaca direita são achados de radiografia de abdome de paciente com apendicite. V - http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artig o.asp?id=617 d) No período neonatal é raro o aparecimento de apendicite. V - Na literatura consultada, a apendicite neonatal (AN) é descrita como uma entidade extraordinariamente rara. Apesar de comum na população pediátrica, a apendicite em recém- nascidos é dificilmente considerada como diagnóstico diferencial no abdome agudo, e é um agravo pouco frequente abaixo de dois anos de idade, acometendo apenas 2% das crianças dessa faixa etária. Segundo estudos, a raridade do processo inflamatório do apêndice vermiforme no período neonatal é atribuída a sua morfologia ainda embrionária, ou seja, em forma cônica com uma base larga, sendo menos propenso à obstrução. https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ 8fGpmg/?lang=pt Apendicite Inflamação do apêndice – pequeno órgão parecido com o dedo de uma luva, localizado na primeira porção do intestino grosso. Qualquer pessoa pode ter inflamação do apêndice. Em mulheres, a inflamação das tubas uterinas, do útero ou dos ovários também provoca dor no lado direito do abdome – precisa de exames de imagem como US e TC. A apendicite é provocada pela obstrução do apêndice com restos de fezes, resultando em inflamação. Sintomas: – dor do lado inferior direito do abdome. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, mas que vai aumentando de intensidade; – náuseas, vômitos e perda de apetite; – dor na parte alta do estômago ou ao redor do umbigo; – flatulência, indigestão, diarreia ou constipação; – febre, que, geralmente, começa após 1 ou 2 dias; – perda de apetite; – mal-estar geral, que pode ser confundido com um problema alimentar. Tratamento: Cirúrgico – remoção do apêndice. Deve ser realizada o mais rápido possível para evitar complicações: perfuração do apêndice e inflamação da cavidade abdominal. https://bvsms.saude.gov.br/apendicite/ Questão 7 ____________________________________ A apendicite aguda é a emergência cirúrgica mais comum em crianças. Dos exames https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJyhttps://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da-apendicite/ https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da-apendicite/ http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617 http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617 https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ8fGpmg/?lang=pt https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ8fGpmg/?lang=pt https://bvsms.saude.gov.br/apendicite/ 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA laboratoriais e de imagem utilizados para o diagnóstico nesse grupo de pacientes, qual, dentre os abaixo, tem maior sensibilidade: a) hemograma / leucograma Embora os exames de imagem estejam disponíveis em hospitais terciários, muitos diagnósticos de apendicite aguda podem ser realizados somente com base na história, exame físico e hemograma. b) dosagem de proteína C reativa c) Raio X de abdome agudo d) Tomografia computadorizada abdominal Diagnóstico Apendicite: História e exame físico são fundamentais. Não se pode pensar em diagnóstico de apendicite aguda sem palpar o abdômen. O quadro clínico clássico é de dor abdominal, de início no epigástrio, ou periumbilical, que depois passa para a fossa ilíaca direita, associada a náuseas, vômitos e febre. Fácies de dor. Diarreia ocorre geralmente quando o paciente já está com peritonite. Recomenda-se solicitar que a criança coloque o dedo indicador no local onde sente a dor, no ponto de McBurney, localizado na fossa ilíaca direita, o que invariavelmente oferece o diagnóstico inicial de apendicite aguda. A descompressão rápida e dolorosa e a percussão, na fossa ilíaca direita, confirmam o diagnóstico clínico. Sinal de Rovsing, comprimindo o flanco esquerdo com dor reflexa, por distensão de gases na fossa ilíaca direita. Dificuldade de deambular, perna direita fletida, com queixa de dor ao esticá-la, em posição antálgica, criança quieta, não querendo ser incomodada, sugere mais ainda o diagnóstico. Há situações, como nos casos de apendicite retrocecal, ou de crianças menores do que 2 a 3 anos, em que o diagnóstico se torna mais complicado. É preciso lançar mão de exames radiológicos para diagnóstico: Radiografia simples de abdômen, em pé e deitado: apagamento do músculo psoas, presença de alça sentinela, edema de alças, distensão de alças intestinais e fecalito em fossa ilíaca direita. Ultrassonografia: diâmetro do apêndice maior do que 6 mm, presença de pus ou líquido periapendicular, abscesso na fossa ilíaca direita, presença de apendicolito. Tomografia computadorizada: espessamento do apêndice, maior do que 6 mm, presença de líquido livre em goteira parietocólica ou pelve, infiltração da gordura adjacente, linfonodos e apendicolito. Exames laboratoriais como hemograma, creatinina, PCR, exames de urina, como cultura e exame simples, ajudam como diagnósticos diferenciais, não como diagnósticos de apendicite aguda. http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artig o.asp?id=617 O diagnóstico da apendicite aguda é clínico, mas alguns indivíduos podem apresentar sinais e sintomas pouco característicos. As dificuldades diagnósticas ainda conduzem os cirurgiões à realização de laparotomias desnecessárias, que atingem índices de 15% a 40%. Os exames laboratoriais, assim, podem se tornar complementos úteis no diagnóstico da apendicite aguda. O leucograma parece ser o de maior valor, mas a dosagem das proteínas de fase aguda, em especial da proteína C reativa, é objeto de vários estudos. https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmD RHSZLVP/?lang=pt Os achados laboratoriais, normalmente, não são muito sensíveis ou específicos para o diagnóstico de apendicite aguda, porém servem de norteador de urgência para a tomada de decisões medicas, como a necessidade imediata de uma cirurgia ou necessidade de outros exames complementares antes. Leucograma: Normal, nas primeiras 24 horas. Aumento discreto da contagem de leucócitos na progressão da doença, 24-48 horas. Na apendicite perfurada pode ser acentualmente elevado. Proteína C reativa aumenta proporcionalmente ao grau de inflamação do apêndice Proteína sérica amiloide A é consistentemente elevada em casos de apendicite aguda. Urina tipo I: Piúria: pode estar presente, principalmente em idosos. Hematúria microscópica Os exames de imagem têm alta especificidade e sensibilidade, por isso são ótimas ferramentas para diagnóstico de apendicite aguda. Ultrassonografia (US) abdominal – método mais utilizado: não é invasivo, sem exposição à radiação ionizante, não demanda preparação do paciente. Tomografia computadorizada – é o padrão ouro na realização de imagens. Sensibilidade e especificidade muito semelhantes a US. Deve ser usado como segunda escolha ou em casos que o http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617 http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617 https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmDRHSZLVP/?lang=pt https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmDRHSZLVP/?lang=pt 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA US não estiver disponível ou o resultado for inconclusivo. https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite- aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa- mental-ligas Questão 8 ____________________________________ Paciente de 15 anos chega ao pronto atendimento com quadro de dor abdominal em fossa ilíaca direita, anorexia e febre. Hemograma mostra 15.000 leucocitos. Segundo o score modificado de Alvarado, esse paciente apresenta quantos pontos? Está indicado a cirurgia? a) 7 pontos- está indicada a cirurgia. b) 3 pontos- está indicada a cirurgia. c) 5 pontos- não está indicada a cirurgia d) 2 pontos- não está indicada a cirurgia. Escala de Alvarado: Embora os exames de imagem estejam disponíveis em hospitais terciários, muitos diagnósticos de apendicite aguda podem ser realizados somente com base na história e exame físico. O mais importante é termos um alto índice de suspeição, tendo em vista a frequência dessa doença e gravidade de suas complicações. Nesse sentido, Alvarado desenvolveu uma escala para identificar a probabilidade de estarmos diante de um paciente com apendicite aguda, baseada unicamente em achados físicos e no hemograma. A conduta modifica de acordo com a pontuação encontrada e com a estrutura da unidade de saúde. Em locais em que exames de imagem — ultrassonografia e tomografia computadorizada — estão disponíveis, são indicadas as seguintes condutas, de acordo com a pontuação: • Pontuação menor ou igual a três (índice baixo) — quase exclui apendicite aguda (96,2% de achados normais na tomografia computadorizada); • Pontuação entre quatro e seis pontos (índice intermediário) — a sensibilidade é de 35% de casos positivos para a apendicite. • Pontuação de sete ou mais (índice alto) — encontramos 78% de casos positivos em mulheres e 94% em homens. Em locais em que exames de imagem — ultrassonografia e, sobretudo, a tomografia computadorizada — não são disponíveis: • Pontuação menor ou igual a três — o paciente deve ter alta para casa com instruções para retorno em 12 horas;• Pontuação entre quatro e seis — devem ser observados — internados; • Pontuação de sete ou mais — os pacientes podem ser levados à cirurgia, aceitando-se um índice geral de erro diagnóstico entre 10% a 20%, em laparotomias ou laparoscopias brancas — ou não terapêuticas. A escala de Alvarado pode também ser útil na seleção de pacientes para complementação diagnóstica por tomografia computadorizada, sendo indicada nos casos intermediários (quatro a seis pontos) e dispensável abaixo de três. Dos sete pontos para cima, a TC serve mais para a localização do apêndice do que para firmar um diagnóstico1 . Podemos notar que o relato apresentado pontua 9 na escala de Alvarado, não necessitando, portanto, de exames de imagem, ainda que estes estejam disponíveis no local do diagnóstico. Sendo assim, o hemograma se mostra o exame mais importante, revelando leucocitose entre 10.000 a 18.000 leucócitos e desvio para a esquerda. https://www.sanarmed.com/casos-clinicos- apendicite-aguda Questão 9 ____________________________________ Jovem refere início de anorexia e dor periumbilical há 48 horas e migração para a fossa ilíaca direita nas ultimas seis horas,. Ele vem apresentando febre nas últimas 24 horas, associadas a episódios de vômitos. Ao exame físico, identificou-se dor em fossa ilíaca direita quando a fossa ilíaca esquerda era comprimida e descompressão dolorosa no ponto de McBurney. A manobra propedêutica relacionada a provável doença desse paciente, mas que não foi realizada pelo médico é denominada de sinal: a) De Murphy https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA O sinal de Murphy acontece quando o paciente reage em sua respiração de forma rápida à palpação profunda da vesícula biliar. Dessa forma, palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, no hipocôndrio direito e pede-se para o paciente inspirar profundamente. https://www.sanarmed.com/achados- semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome- colunistas b) De Rovsing c) De Blumerg d) Do Obturador Dentre esses sinais o que merece atenção é o sinal de Blumberg, pois a dor identificada na fossa ilíaca direita (Ponto de McBurney) é associada à apendicite aguda e o sinal é encontrado em 75% dos casos. Os sinais que podem ser pesquisados são: Sinal de Blumberg: dor na descompressão brusca do abdome. Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita quando é feita a compressão da fossa ilíaca esquerda. Sinal de Psoas: durante a flexão da coxa direita o paciente apresenta dor na fossa ilíaca direita. Sinal do Obturador: ao fletir e abduzir membro inferior direito em decúbito dorsal, paciente apresenta dor em fossa ilíaca direita. (apêndice pélvico) Sinal de Dumphy (peritonite): o paciente sente muita dor ao percutir o abdome ou ao tossir. Sinal de Kallás: apresenta dor na fossa ilíaca ao bater o calcanhar direito contra o chão em pé, sem sapatos. Sinal de Lennander: a compressão da fossa ilíaca direita concomitante à elevação ativa do membro inferior direito provoca dor no local inflamado. Toque retal: palpação de massas ou dor na face anterior e direita do reto. https://www.sanarmed.com/casos-clinicos- apendicite-aguda Exame Físico Dor à palpação no ponto de McBurney. Sinal de Blumberg: Dor à descompressão súbita no ponto de McBurney. Sinal de Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda. Palpação no cólon descendente desloca os gases para o cólon ascendente, atingindo o apêndice inflamado hipersensível, provocando dor. Sinal de Lenander: Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C. Sinal de Dunphy: Dor na FID que piora com a tosse. Sinal de Lapinsky: Dor à compressão da FID enquanto se eleva o membro inferior direito esticado. Presente no apêndice retrocecal. Sinal de Aaron: Dor epigástrica referida à palpação do ponto de McBurney. Sinal do Iliopsoas: Dor à extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Presente no apêndice retrocecal. Sinal do Obturador: Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril. Presente no apêndice pélvico. https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe- qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/ Questão 10 ___________________________________ Homem, 17 anos, admitido na emergência com dor abdominal e vômitos. O clinico suspeita de apendicite retrocecal. Qual sinal abaixo é mais especifico para esse diagnsotico: a) Rovsing b) Psoas c) Obturador d) Chandelier – inflamação pélvica, colo do útero. Outro sinal que indica retrocecal é o lapinsky. AULA – ABDOME AGUDO: ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO: Exemplo: • Apendicite • Colecistite aguda • Pancreatite aguda • Diverticulite • Doença inflamatória pélvica • Abscessos intra‐abdominais. Clínica: • Alteração do estado geral • Febre • Vômitos • Desidratação • Palidez cutâneo‐mucosa. Exame físico: • Descompressão brusca dolorosa • Diminuição dos ruídos hidroaéreos • Palpação de plastrão. Raio x: Alças do intestino delgado distendidas Alças sentinelas ao processo peritonítico. https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/ https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/ 10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA ABDOME AGUDO PERFURATIVO: Exemplos: • úlcera péptica • Neoplasia gastro‐intestinal perfurada • Divertículos do cólon • Perfuração iatrogênica de alças intestinais Clínica: • Comprometimento do estado geral • Fácies toxêmica • Taquisfigmia • Desidratação • Febre com sudorese fria • Hipotensão arterial • Dor abdominal “em facada”. Exame físico: • Dor à palpação superficial e profunda de todo o abdome • Resistência abdominal involuntária (abdome “em tábua”) • RHA diminuídos ou ausentes • Percussão dolorosa em todo o abdome • Desaparecimento da macicez hepática (Sinal de Jobert). Raio x: Pneumoperitônio: ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO: EXEMPLO: • Aderências intestinais • Hérnia estrangulada • Fecaloma • Obstrução pilórica • Volvo • Intussuscepção • Cálculo biliar • Corpo estranho • Bolo de áscaris Clínica: • Alteração de estado geral • Desidratação • Geralmente sem febre • Hipotensão arterial • Dor em cólica • Parada de eliminação de fezes e gases. Exame físico: • Peristaltismo visível • Desconforto à palpação • RHA aumentados em número e com alteração do timbre (metálico). Raio X: 11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Distensão de alças de delgado • Níveis hidroaéreos • Empilhamento de moedas ABDOME AGUDO VASCULAR: Exemplos: • Isquemia intestinal • Trombose mesentérica • Torção do omento • Torção de pedículo de cisto ovariano • Infarto esplênico Clínica: • Pacientes com fibrilação atrial • Hipotensão arterial grave • Pulso fino, rápido e arrítmico • Alteração do ritmo respiratório • Cianose de extremidades • Febre pode estar presente • Extremidades frias • Dor abdominal mal definida • Vômitos de líquido escuro de odor necrótico• Claudicação abdominal. Exame fisico: • Desproporção entre exame físico e a dor. • Dor à palpação superficial e profunda • Descompressão brusca dolorosa nem sempre presente • Distensão abdominal • Ruídos hidroaereos ausentes ou diminuídos • Toque retal com saída de líquido necrótico. Raio X: • Pobreza de gases em alças intestinais • Líquido necrótico na cavidade após paracentese (praticamente patognomônico). ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO: Exemplos: • Gravidez ectópica rota • Ruptura do baço • Ruptura de aneurisma de aorta abdominal • Cisto ovariano hemorrágico • Necrose tumoral Clínica: • Palidez cutâneo‐mucosa intensa • Pulso fino e rápido • Hipotensão arterial grave • Sudorese fria • Rebaixamento do nível de consciência • Dor abdominal súbita. Exame físico: • Dor difusa à palpação superficial e profunda de fraca intensidade • Descompressão brusca dolorosa e difusa • RHA diminuídos. Ultrassonografia: Líquido livre na cavidade. AULA APENDICITE AGUDA: Inflamação do apêndice cecal. Obstrução do apêndice cecal por: • Fecalito • Hiperplasia de folículos linfoides • Neoplasia apendicular ou cecal • Parasita • Corpo estranho • Aumento da produção de muco intraluminal, • Distensão e proliferação bacteriana, • Inflamação, aumento da tensão transmural • Risco de necrose e perfuração Epidemiologia: • Causa mais comum de abdome agudo • Ente 20-30 anos • Sexo masculino • Emergência cirúrgica não obstétrica mais comum durante a gestação 12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Risco aumentado em 3x se HF • Malignidade de 1% CLÍNICA: • Dor abdominal difusa com posterior migração para FID • Anorexia ( sinal mais precoce) • Náusea e vomito • Febre BAIXA • Queda do estado geral • RHA diminuídos a direita comparado A esquerda EXAME FÍSICO: • Sinal Blumberg: Dor a descompressão súbita no ponto de McBurney • Sinal de Aaron: dor epigástrica referida à palpação do ponto de McBurney • Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à palpação da FIE Sinal de Lenander: temperatura retal > temperatura axilar em mais e 1C. Sinal de Dunphy: dor em FID que piora com a tosse. Sinal do iliopsoas: Dor à extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Apêndice retrocecal. Sinal de Lapinsky: Dor à compressão da FID enquanto se eleva o MID esticado. Apendice retrocecal Sinal do Obturador: Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril. Apendice pélvico. Sinal de peritonite: descompressão dolorosa, abdome em tabua Criança: dor a percussão, soluço ou tosse DIAGNÓSTICO: Clínico Leucocitose com ou sem desvio para esquerda Elevação da PCR e piuria USG: Eleição em gestante e criança. Baixa sensibilidade • Espessamento • Sinal do alvo • Líquido pélvico • Estrutura tubular não compressível > 6mm TC: mais sensível • Diâmetro maior 6mm, com oclusão do lumeM • Espessamento da parede do apêndice > 2mm • Densificação da gordura periapendicular • Apendicolito visto em 25% dos pacientes Escala de alvarado: 13 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA CLASSIFICAÇÃO: Apendicite simples ( não complicada): • Edematosa/flegmatosa: Forma reversível Macroscopia: • Congestão, alteração da coloração, aumento do diâmetro, exudato, pus Microscopico: • Inflamação transmural, ulceração ou trombose com ou sem pus. Apendicite complicada/complexa: • Gangrena: macroscopicamente o apêndice e friável, arroxeado ou enegrecido. • Microscopicamente: inflamação transmural com necrose. Perfuração iminente. • Perfuração: macroscopicamente tem perfuração visível • Abscesso: massa identificada durante exame físico, imagem ou durante cirurgia TRATAMENTO: • Analgesia • Hidratação e correção de distúrbio hidroeletrolítico • Tratamento conservador: • Apendicite simples não complicada. • ATB EV pelo menos 1-3 dias, • observação hospitalar por 7-10 dias • 90% responde • 10% precisa de cirurgia de resgate • 20 -40% de cirurgia no primeiro ano • Presença de apendicolito no exame aumenta o risco de falha terapêutica Apendicite aguda não complicada: • Apendicectomia laparoscópica • Se estável realizar dentro de 12 horas 14 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Postergar para mais e 48 horas aumenta risco de complicar • ATB profilático: 60 minutos antes da incisão • Ex: ciprofloxacino e metronidazol ( gran negativo e anaeróbio) Apendicite aguda complicada • Casos de evolução mais prolongada >12 h ou em > 50 anos Instáveis ou com perfuração livre: • Peritonite difusa ou fecal • Séptico • Apendicectomia de emergência com drenagem e irrigação da cavidade peritoneal • Drenar abcessos Estável com abcesso ou flegmao: • ATB venoso, drenagem percutânea guiada por imagem de abcesso, repouso intestinal Cirurgia: • aumenta morbidade e risco de ressecção ileocecal sem necessidade • Quando diminui leucocitose e febre a dieta vai sendo introduzida após 3-5 dias
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