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ATIVIDADE INTEGRADORA - Abdome agudo e apendicite

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
PROBLEMA 5M2 – “MINHA BARRIGA DÓI!” 
Leila, 22 anos, solteira, procurou a emergência com história de anorexia, seguida de dor abdominal de forte 
intensidade em região periumbilical que em 24 horas passou a localizar-se em quadrante inferior direito. Associada a 
náuseas, vômitos e febre de 39ºC. Sua última menstruação foi há 15 dias. 
Ao exame clínico apresentava-se com fácies de sofrimento agudo, febril (39ºC), eupneica, corada, hidratada, 
anictérica e acianótica. F.C = 120 bpm; P.A = 120 x 80mmHg. A ausculta cardiopulmonar mostrava-se sem 
anormalidades. 
À avaliação do abdome verificou-se diminuição dos ruídos hidroaéreos à asculta. Dor intensa à palpação do abdome 
com evidência de alguns sinais positivos (Blumberg, Dunphy, Lapinsky, Aaron, Obturador, Iliopsoas e Rovsing). 
Os exames laboratoriais revelaram leucocitose com desvio à esquerda e neutrofilia. A rotina radiológica para abdome 
agudo revelou-se dentro da normalidade sem evidência de pneumoperitônio. 
Os residentes de clínica médica e de cirurgia chegaram à conclusão de que se tratava de um quadro de abdome 
agudo e prontamente prepararam a paciente para tratamento cirúrgico. 
QUESTÔES DE APRENDIZAGEM: 
1- Discutir o conceito de abdome agudo e os tipos de abdome agudo não traumático quanto a 
fisiopatologia (inflamatório, obstrutivo, perfurativo, vascular e hemorrágico) e os possíveis 
diagnósticos diferenciais; 
Abdome agudo é uma síndrome clínica – dor na região abdominal, não traumática, súbita e de intensidade 
variável associada ou não a outros sintomas. Necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, 
cirúrgica ou não. 
O diagnóstico varia conforme sexo e idade. A apendicite é mais comum em jovens, enquanto a doença 
biliar, obstrução intestinal, isquemia e diverticulite são mais comuns em idosos. 
A classificação mais utilizada do abdome agudo é de acordo com o seu processo desencadeante: 
 
 
https://www.sanarmed.com/abdome-agudo-anamnese-resumo-exames-diagnostico-tratamento-conduta 
 
2- Explicar a fisiopatologia das manifestações clínicas relacionadas ao abdome agudo; 
 
3- Discutir e integrar os achados laboratoriais e imaginológicos com os diversos diagnósticos 
diferenciais do abdome não traumático; 
 
4- Conceituar apendicite aguda e definir as características clínicas, laboratoriais, diagnóstico e o 
tratamento. 
É uma emergência cirúrgica. 
Diagnóstico e tratamento cirúrgico precoce influenciam no prognóstico. A partir do terceiro dia de evolução 
do quadro, a frequência de complicações passa a ter um impacto cada vez maior na forma de tratamento 
e, de uma simples apendicectomia, realizada nos casos de evolução precoce, essa patologia, nas suas 
formas mais avançadas, pode exigir abordagem escalonada com drenagens percutâneas e até 
laparotomias extensas com ressecção do cólon direito e reintervenções para tratamento de peritonite 
generalizada associada. 
Apêndice: 
Formação em forma de dedo de luva que se projeta do ceco – aproximadamente a 2,5 cm abaixo da 
válvula íleo-cecal, na coalescência das três tênias colônicas, marco importante para acha-lo durante as 
intervenções cirúrgicas. 
Localização mais frequente: retrocecal. 
https://www.sanarmed.com/abdome-agudo-anamnese-resumo-exames-diagnostico-tratamento-conduta
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
Em raras situações, o apêndice pode estar em posição subepática – em pacientes com má rotação 
intestinal, ou nos casos onde são muito longos e sobem por trás do cólon – podendo simular patologia 
vesicular. 
A vascularização do apêndice se faz pelo ramo apendicular da artéria íleo-cólica que corre no 
mesoapêndice; eventualmente, encontra-se uma artéria acessória, vinda do ramo cecal da cólica direita. A 
drenagem venosa é feita por tributárias da veia íleo-cólica no mesmo meso e a drenagem linfática segue o 
padrão destas veias. 
Histologicamente, o apêndice segue o padrão do ceco. Notadamente, na sua submucosa, encontramos 
folículos linfáticos cujo número varia com a idade, aumentando desde a infância e podendo chegar a 200 
na faixa etária situada entre 10 e 20 anos. O número de folículos vai então declinando progressivamente – 
sobretudo após os 30 anos – podendo ser totalmente ausentes após os 60 anos. O número de folículos 
tem grande impacto na maior incidência de apendicite na faixa etária jovem. 
 
Epidemiologia: 
A apendicite aguda é a causa mais comum de abdome agudo de tratamento cirúrgico. É uma doença 
típica dos adolescentes e adultos jovens, e é incomum antes dos cinco e após os 50 anos. O risco geral de 
apendicite é de 1/35 em homens e 1/50 em mulheres. A partir dos 70 anos, este risco é de 1/1009,10. 
A apendicite aguda parece mais frequentemente em países industrializados com hábito alimentar pobre 
em fibras11. Em estudo realizado em 1997, observou-se uma incidência anual de 1/1000 habitantes nos 
EUA e de 86/100.000 no mundo. 
 
Etiologia e fisiopatologia: 
Resulta da obstrução da luz do apêndice provocada por: 
• Fecálito (frequente) 
• Hiperplasia linfoide (frequente) 
• Corpo estranho 
• Parasitas 
• Tumores 
A configuração própria do apêndice, de diâmetro pequeno e de comprimento longo, predispõe a obstrução 
em alça fechada. 
A oclusão da sua porção proximal leva ao aumento da secreção de muco pela mucosa apendicular distal à 
obstrução; seu lúmen reduzido leva à distensão da sua parede e a uma rápida elevação da pressão, que 
pode alcançar até 65mm Hg. 
... 
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: 
Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado. 9ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2014. 
BENSEÑOR, I.M. Semiologia Clínica. São Paulo: Sarvieri, 2002. 
GOFFI, F. S. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4.ed. São Paulo: 
Atheneu, 2000. 
SABISTON JR., D. V. Tratado de cirurgia. Rio de Janeiro: Interamericana, 1979. 
SITES: 
Abdome agudo, Fundamentos em clínica cirúrgica. 
http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N4/SIMP_1abdomen_agudo.pdf 
Organização Mundial de Saúde – www.who.org 
Revisões – http://cochrane.bvsalud.org/portal/php/index.php 
Diretrizes – www.guideline.org 
IRAT: 
 
Questão 01 
___________________________________ 
Podem ser causas de abdome agudo 
hemorrágico, exceto: 
a) Gravidez ectópica rota, 
http://www.guideline.org/
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
b) Ruptura de aneurisma de aorta abdominal, 
c) Cisto ovariano hemorrágico 
d) Isquemia intestinal 
Isquemia entra como causa de abdome agudo 
vascular isquêmico 
Abdome agudo hemorrágico: casos de dor 
abdominal associados ao quadro clínico de 
choque hemorrágico por sangramentos dentro da 
cavidade abdominal. 
Sintomas: 
• Dor abdominal súbita de localização difusa 
• Sinais de choque hipovolêmico: palidez, 
diminuição do tempo de enchimento capilar, 
hipotensão, taquicardia, sudorese fria, 
agitação. 
• Ruídos hidroaéreos diminuídos (ruido 
aumentado em abdome agudo só em casos 
de obstrutivo) 
A dor abdominal devido à irritação peritoneal pelo 
sangue pode estar ausente ou em pouca 
intensidade no começo. 
Sinais de alerta para hemorragia retroperitoneal: 
• Sinal de Cullen: equimose periumbilical 
• Sinal de Gray Turner: equimose em região de 
flancos 
• Sinal de Kehr: dor aguda no ombro devido à 
presença de sangue ou outros irritantes na 
cavidade peritoneal, quando uma pessoa está 
deitada e com as pernas elevadas. Clássico 
sinal de ruptura de baço. 
 
 
Etiologias: 
As principais causas de abdome agudo 
hemorrágico são: 
• Gravidez ectópica rota – suspeita quando 
mulher em idade fértil, com atraso menstrual 
e clínica 
• Rotura de aneurisma da aorta abdominal – 
mais frequentes em pcts idosos, suspeita 
quando há frêmitos ou massas palpáveis 
abdominais 
Outras causas: rotura de miomas subserosos e 
cisto ovariano hemorrágico. 
 
 
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-
tratamento/ 
 
Questão 02 
___________________________________ 
Associe as colunas e assinale a alternativa 
correta: 
A- Raio X de abdome com níveis hidroaéreos 
B- Raio X de tórax com pneumoperitôneo 
C- Tomografia computadorizada de abdome com 
processo inflamatório em fossa ilíaca direita. 
D- Sinal de Joubert 
E- Sinal de Blumberg 
F- Choque hipovolêmico 
 
I- Abdome agudo inflamatório 
II- Abdome agudo perfurativo 
III- Abdome agudo obstrutivo 
IV- Abdome agudo hemorrágico 
 
a) A-I; B-II; C-III; D-IV; E-V; F-I 
b) A-III; B-II; C-I ; D-II; E-I; F-IV 
c) A-III; B-II; C-I; D-IV; E-III; F-IV 
d) A-II; B-IV; C-II; D-III; E-II; F-I 
 
Sinal de Jobert: Hipertimpanismo em região 
hepática, que indica a presença de perfuração de 
víscera oca em peritônio livre (por exemplo: 
úlcera péptica). 
 
Sinal de Blumberg: dor a descompressão, pode 
ser pesquisado na palpação profunda - pode 
indicar apendicite. 
 
https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no-
abdome-agudo-posme 
 
Questão 03 
___________________________________ 
Quanto a Classificação o abdômen agudo de 
origem não traumática marque a alternativa 
errada: 
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-hemorragico-o-que-e-sintomas-e-tratamento/
https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no-abdome-agudo-posme
https://www.sanarmed.com/sinais-classicos-no-abdome-agudo-posme
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
a) São exemplos de abdome agudo inflamatório: 
apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, 
diverticulite. 
b) No raio X do abdome agudo perfurativo, pode 
ser visto pneumoperitônio. 
c) No abdome agudo obstrutivo, o paciente 
costuma chegar com parada de eliminação de 
fezes e gases. 
d) No abdome agudo vascular, a presença de 
Líquido necrótico na cavidade após paracentese 
não é um sinal indicativo de abdome agudo 
vascular. 
É, praticamente patognomonico. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/s
emiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-
agudo 
Abdome agudo inflamatório: 
Condição inflamatória/infecciosa gastrointestinal 
que precisa de conduta imediata. 
Sintomas: dor abdominal que aumenta de forma 
progressiva ao longo de algumas horas 
chegando a forte intensidade, podendo associar-
se à anorexia, febre e fatores de melhora ou 
piora. 
Etiologias mais frequentes: apendicite, colecistite 
aguda, pancreatite aguda e diverticulite. 
 
 
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-
agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/ 
 
 
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-
agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/ 
 
Questão 04 
___________________________________ 
Qual patologia é compatível com a imagem 
radiológica abaixo: 
 
 
a) Angina mesentérica 
b) Abdome agudo perfurativo 
c) Obstrução de delgado – empilhamento de 
moeda. 
d) Apendicite 
https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo
https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo
https://www.passeidireto.com/arquivo/16832293/semiologia-do-abdome-semiologia-do-abdome-agudo
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-inflamatorio-um-assunto-de-dar-colicas/
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/
https://www.medway.com.br/conteudos/abdome-agudo-vascular-tudo-que-voce-precisa-saber/
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
Causas de abdome agudo obstrutivo: 
aderências – pós cirurgia, alças podem ser aderir 
e desenvolver abdome obstrutivo (agudo não 
traumático), volvo, bridas, hernias estranguladas 
e encarceradas, intussuscepção, corpo estranho. 
 
Questão 05 
___________________________________ 
Qual patologia é compatível com a imagem 
radiológica abaixo: 
 
 
a) Volvo de Sigmoide – grão de café, doença 
comum: chagas intestinal. 
b) Tumor de ovário 
c) Obstrução de delgado – empilhamento de 
moedas em localização central. 
d) Perfuração intestinal – bolhas de ar na 
radiologia, hipertransparente. 
 
Questão 06 
___________________________________ 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) Na apresentação clássica a apendicite aguda 
inicia com quadro de anorexia, seguido de dor 
abdominal difusa, referida no mesogástrio ou na 
região periumbilical. 
V - 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=
s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahU
KEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAY
QAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.co
m.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAgud
a.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy 
b) A febre na apendicite costuma ser alta: 39,5 C 
a 40 C. 
F - A febre da apendicite não costuma ser muito 
alta, permanecendo em torno de 37,5 e 38 graus. 
Ela geralmente surge durante a evolução da 
inflamação, e não no início da manifestação dos 
sintomas, e pode ser acompanhada por calafrios. 
https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da-
apendicite/ 
c) Apagamento do musculo psoas, alça sentinela, 
edema de alças, distensão de alças intestinais e 
fecalito em fossa ilíaca direita são achados de 
radiografia de abdome de paciente com 
apendicite. 
V - 
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artig
o.asp?id=617 
d) No período neonatal é raro o aparecimento de 
apendicite. 
V - Na literatura consultada, a apendicite 
neonatal (AN) é descrita como uma entidade 
extraordinariamente rara. Apesar de comum na 
população pediátrica, a apendicite em recém-
nascidos é dificilmente considerada como 
diagnóstico diferencial no abdome agudo, e é um 
agravo pouco frequente abaixo de dois anos de 
idade, acometendo apenas 2% das crianças 
dessa faixa etária. Segundo estudos, a raridade 
do processo inflamatório do apêndice vermiforme 
no período neonatal é atribuída a sua morfologia 
ainda embrionária, ou seja, em forma cônica 
com uma base larga, sendo menos propenso à 
obstrução. 
https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ
8fGpmg/?lang=pt 
Apendicite 
Inflamação do apêndice – pequeno órgão 
parecido com o dedo de uma luva, localizado na 
primeira porção do intestino grosso. 
Qualquer pessoa pode ter inflamação do 
apêndice. Em mulheres, a inflamação das tubas 
uterinas, do útero ou dos ovários também 
provoca dor no lado direito do abdome – precisa 
de exames de imagem como US e TC. 
A apendicite é provocada pela obstrução do 
apêndice com restos de fezes, resultando em 
inflamação. 
Sintomas: 
– dor do lado inferior direito do abdome. É uma 
dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, 
mas que vai aumentando de intensidade; 
– náuseas, vômitos e perda de apetite; 
– dor na parte alta do estômago ou ao redor do 
umbigo; 
– flatulência, indigestão, diarreia ou constipação; 
– febre, que, geralmente, começa após 1 ou 2 
dias; 
– perda de apetite; 
– mal-estar geral, que pode ser confundido com 
um problema alimentar. 
Tratamento: 
Cirúrgico – remoção do apêndice. Deve ser 
realizada o mais rápido possível para evitar 
complicações: perfuração do apêndice e 
inflamação da cavidade abdominal. 
https://bvsms.saude.gov.br/apendicite/ 
 
Questão 7 
____________________________________ 
A apendicite aguda é a emergência cirúrgica 
mais comum em crianças. Dos exames 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJyhttps://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjh4JKtpaD3AhWBupUCHaX5CtMQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.saudedireta.com.br%2Fdocsupload%2F1337427821ApendAguda.pdf&usg=AOvVaw1EWPXfTHwKr9FXIbFhkDJy
https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da-apendicite/
https://medprev.online/blog/doencas/sintomas-da-apendicite/
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617
https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ8fGpmg/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/HhVctfNtzd3rbtHyJ8fGpmg/?lang=pt
https://bvsms.saude.gov.br/apendicite/
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
laboratoriais e de imagem utilizados para o 
diagnóstico nesse grupo de pacientes, qual, 
dentre os abaixo, tem maior sensibilidade: 
a) hemograma / leucograma 
Embora os exames de imagem estejam 
disponíveis em hospitais terciários, muitos 
diagnósticos de apendicite aguda podem ser 
realizados somente com base na história, exame 
físico e hemograma. 
b) dosagem de proteína C reativa 
c) Raio X de abdome agudo 
d) Tomografia computadorizada abdominal 
 
Diagnóstico Apendicite: 
História e exame físico são fundamentais. Não se 
pode pensar em diagnóstico de apendicite aguda 
sem palpar o abdômen. 
O quadro clínico clássico é de dor abdominal, de 
início no epigástrio, ou periumbilical, que depois 
passa para a fossa ilíaca direita, associada a 
náuseas, vômitos e febre. Fácies de dor. Diarreia 
ocorre geralmente quando o paciente já está com 
peritonite. 
Recomenda-se solicitar que a criança coloque o 
dedo indicador no local onde sente a dor, no 
ponto de McBurney, localizado na fossa ilíaca 
direita, o que invariavelmente oferece o 
diagnóstico inicial de apendicite aguda. 
A descompressão rápida e dolorosa e a 
percussão, na fossa ilíaca direita, confirmam o 
diagnóstico clínico. Sinal de Rovsing, 
comprimindo o flanco esquerdo com dor reflexa, 
por distensão de gases na fossa ilíaca direita. 
Dificuldade de deambular, perna direita fletida, 
com queixa de dor ao esticá-la, em posição 
antálgica, criança quieta, não querendo ser 
incomodada, sugere mais ainda o diagnóstico. 
Há situações, como nos casos de apendicite 
retrocecal, ou de crianças menores do que 2 a 3 
anos, em que o diagnóstico se torna mais 
complicado. É preciso lançar mão de exames 
radiológicos para diagnóstico: 
 Radiografia simples de abdômen, em pé e 
deitado: apagamento do músculo psoas, 
presença de alça sentinela, edema de alças, 
distensão de alças intestinais e fecalito em fossa 
ilíaca direita. 
 Ultrassonografia: diâmetro do apêndice maior 
do que 6 mm, presença de pus ou líquido 
periapendicular, abscesso na fossa ilíaca direita, 
presença de apendicolito. 
 Tomografia computadorizada: espessamento 
do apêndice, maior do que 6 mm, presença de 
líquido livre em goteira parietocólica ou pelve, 
infiltração da gordura adjacente, linfonodos e 
apendicolito. 
Exames laboratoriais como hemograma, 
creatinina, PCR, exames de urina, como cultura e 
exame simples, ajudam como diagnósticos 
diferenciais, não como diagnósticos de apendicite 
aguda. 
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artig
o.asp?id=617 
 
O diagnóstico da apendicite aguda é clínico, mas 
alguns indivíduos podem apresentar sinais e 
sintomas pouco característicos. As dificuldades 
diagnósticas ainda conduzem os cirurgiões à 
realização de laparotomias desnecessárias, que 
atingem índices de 15% a 40%. Os exames 
laboratoriais, assim, podem se tornar 
complementos úteis no diagnóstico da apendicite 
aguda. O leucograma parece ser o de maior 
valor, mas a dosagem das proteínas de fase 
aguda, em especial da proteína C reativa, é 
objeto de vários estudos. 
https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmD
RHSZLVP/?lang=pt 
 
Os achados laboratoriais, normalmente, não são 
muito sensíveis ou específicos para o diagnóstico 
de apendicite aguda, porém servem de norteador 
de urgência para a tomada de decisões medicas, 
como a necessidade imediata de uma cirurgia ou 
necessidade de outros exames complementares 
antes. 
 
 Leucograma: 
 Normal, nas primeiras 24 horas. 
 Aumento discreto da contagem de 
leucócitos na progressão da doença, 24-48 
horas. 
 Na apendicite perfurada pode ser 
acentualmente elevado. 
 Proteína C reativa aumenta proporcionalmente 
ao grau de inflamação do apêndice 
 Proteína sérica amiloide A é consistentemente 
elevada em casos de apendicite aguda. 
 Urina tipo I: 
 Piúria: pode estar presente, principalmente 
em idosos. 
 Hematúria microscópica 
 
Os exames de imagem têm alta especificidade e 
sensibilidade, por isso são ótimas ferramentas 
para diagnóstico de apendicite aguda. 
 
 Ultrassonografia (US) abdominal – método 
mais utilizado: não é invasivo, sem exposição à 
radiação ionizante, não demanda preparação do 
paciente. 
 
 Tomografia computadorizada – é o padrão 
ouro na realização de imagens. Sensibilidade e 
especificidade muito semelhantes a US. Deve ser 
usado como segunda escolha ou em casos que o 
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=617
https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmDRHSZLVP/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/ag/a/crnD6WX89YtnycmDRHSZLVP/?lang=pt
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
US não estiver disponível ou o resultado for 
inconclusivo. 
https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-
aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-
mental-ligas 
 
 
Questão 8 
____________________________________ 
Paciente de 15 anos chega ao pronto 
atendimento com quadro de dor abdominal 
em fossa ilíaca direita, anorexia e febre. 
Hemograma mostra 15.000 leucocitos. 
Segundo o score modificado de Alvarado, 
esse paciente apresenta quantos pontos? 
Está indicado a cirurgia? 
a) 7 pontos- está indicada a cirurgia. 
b) 3 pontos- está indicada a cirurgia. 
c) 5 pontos- não está indicada a cirurgia 
d) 2 pontos- não está indicada a cirurgia. 
 
Escala de Alvarado: 
Embora os exames de imagem estejam 
disponíveis em hospitais terciários, muitos 
diagnósticos de apendicite aguda podem ser 
realizados somente com base na história e 
exame físico. O mais importante é termos um alto 
índice de suspeição, tendo em vista a frequência 
dessa doença e gravidade de suas complicações. 
Nesse sentido, Alvarado desenvolveu uma escala 
para identificar a probabilidade de estarmos 
diante de um paciente com apendicite aguda, 
baseada unicamente em achados físicos e no 
hemograma. 
 
A conduta modifica de acordo com a pontuação 
encontrada e com a estrutura da unidade de 
saúde. Em locais em que exames de imagem — 
ultrassonografia e tomografia computadorizada 
— estão disponíveis, são indicadas as seguintes 
condutas, de acordo com a pontuação: 
 
• Pontuação menor ou igual a três (índice baixo) 
— quase exclui apendicite aguda (96,2% de 
achados normais na tomografia 
computadorizada); 
 
• Pontuação entre quatro e seis pontos (índice 
intermediário) — a sensibilidade é de 35% de 
casos positivos para a apendicite. 
• Pontuação de sete ou mais (índice alto) — 
encontramos 78% de casos positivos em 
mulheres e 94% em homens. 
 
Em locais em que exames de imagem — 
ultrassonografia e, sobretudo, a tomografia 
computadorizada — não são disponíveis: 
 
• Pontuação menor ou igual a três — o paciente 
deve ter alta para casa com instruções para 
retorno em 12 horas;• Pontuação entre quatro e seis — devem ser 
observados — internados; 
 
• Pontuação de sete ou mais — os pacientes 
podem ser levados à cirurgia, aceitando-se um 
índice geral de erro diagnóstico entre 10% a 
20%, em laparotomias ou laparoscopias brancas 
— ou não terapêuticas. 
A escala de Alvarado pode também ser útil na 
seleção de pacientes para complementação 
diagnóstica por tomografia computadorizada, 
sendo indicada nos casos intermediários (quatro 
a seis pontos) e dispensável abaixo de três. Dos 
sete pontos para cima, a TC serve mais para a 
localização do apêndice do que para firmar um 
diagnóstico1 . Podemos notar que o relato 
apresentado pontua 9 na escala de Alvarado, não 
necessitando, portanto, de exames de imagem, 
ainda que estes estejam disponíveis no local do 
diagnóstico. Sendo assim, o hemograma se 
mostra o exame mais importante, revelando 
leucocitose entre 10.000 a 18.000 leucócitos e 
desvio para a esquerda. 
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-
apendicite-aguda 
 
Questão 9 
____________________________________ 
Jovem refere início de anorexia e dor 
periumbilical há 48 horas e migração para a 
fossa ilíaca direita nas ultimas seis horas,. Ele 
vem apresentando febre nas últimas 24 horas, 
associadas a episódios de vômitos. Ao exame 
físico, identificou-se dor em fossa ilíaca 
direita quando a fossa ilíaca esquerda era 
comprimida e descompressão dolorosa no 
ponto de McBurney. A manobra propedêutica 
relacionada a provável doença desse 
paciente, mas que não foi realizada pelo 
médico é denominada de sinal: 
a) De Murphy 
https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas
https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas
https://www.sanarmed.com/resumo-apendicite-aguda-em-criancas-e-adolescentes-com-mapa-mental-ligas
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
O sinal de Murphy acontece quando o paciente 
reage em sua respiração de forma rápida à 
palpação profunda da vesícula biliar. Dessa 
forma, palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, no 
hipocôndrio direito e pede-se para o paciente 
inspirar profundamente. 
https://www.sanarmed.com/achados-
semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-
colunistas 
b) De Rovsing 
c) De Blumerg 
d) Do Obturador 
 
Dentre esses sinais o que merece atenção é o 
sinal de Blumberg, pois a dor identificada na 
fossa ilíaca direita (Ponto de McBurney) é 
associada à apendicite aguda e o sinal é 
encontrado em 75% dos casos. Os sinais que 
podem ser pesquisados são: 
Sinal de Blumberg: dor na descompressão 
brusca do abdome. 
Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita 
quando é feita a compressão da fossa ilíaca 
esquerda. 
Sinal de Psoas: durante a flexão da coxa direita 
o paciente apresenta dor na fossa ilíaca direita. 
Sinal do Obturador: ao fletir e abduzir membro 
inferior direito em decúbito dorsal, paciente 
apresenta dor em fossa ilíaca direita. (apêndice 
pélvico) 
Sinal de Dumphy (peritonite): o paciente sente 
muita dor ao percutir o abdome ou ao tossir. 
Sinal de Kallás: apresenta dor na fossa ilíaca ao 
bater o calcanhar direito contra o chão em pé, 
sem sapatos. 
Sinal de Lennander: a compressão da fossa 
ilíaca direita concomitante à elevação ativa do 
membro inferior direito provoca dor no local 
inflamado. 
Toque retal: palpação de massas ou dor na face 
anterior e direita do reto. 
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-
apendicite-aguda 
 
Exame Físico 
 
 Dor à palpação no ponto de McBurney. 
 Sinal de Blumberg: Dor à descompressão 
súbita no ponto de McBurney. 
 Sinal de Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita à 
palpação da fossa ilíaca esquerda. Palpação no 
cólon descendente desloca os gases para o 
cólon ascendente, atingindo o apêndice 
inflamado hipersensível, provocando dor. 
 Sinal de Lenander: Temperatura retal maior 
que a temperatura axilar em mais de 1º C. 
 Sinal de Dunphy: Dor na FID que piora com a 
tosse. 
 Sinal de Lapinsky: Dor à compressão da FID 
enquanto se eleva o membro inferior direito 
esticado. Presente no apêndice retrocecal. 
 Sinal de Aaron: Dor epigástrica referida à 
palpação do ponto de McBurney. 
 Sinal do Iliopsoas: Dor à extensão e abdução 
da coxa direita com o paciente em decúbito 
lateral esquerdo. Presente no apêndice 
retrocecal. 
 Sinal do Obturador: Dor hipogástrica à flexão e 
rotação interna do quadril. Presente no apêndice 
pélvico. 
https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-
qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/ 
 
 
Questão 10 
___________________________________ 
Homem, 17 anos, admitido na emergência 
com dor abdominal e vômitos. O clinico 
suspeita de apendicite retrocecal. Qual sinal 
abaixo é mais especifico para esse 
diagnsotico: 
a) Rovsing 
b) Psoas 
c) Obturador 
d) Chandelier – inflamação pélvica, colo do útero. 
Outro sinal que indica retrocecal é o lapinsky. 
 
AULA – ABDOME AGUDO: 
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO: 
Exemplo: 
• Apendicite 
• Colecistite aguda 
• Pancreatite aguda 
• Diverticulite 
• Doença inflamatória pélvica 
• Abscessos intra‐abdominais. 
 
Clínica: 
• Alteração do estado geral 
• Febre 
• Vômitos 
• Desidratação 
• Palidez cutâneo‐mucosa. 
 
Exame físico: 
• Descompressão brusca dolorosa 
• Diminuição dos ruídos hidroaéreos 
• Palpação de plastrão. 
 
Raio x: 
Alças do intestino delgado distendidas 
Alças sentinelas ao processo peritonítico. 
https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas
https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas
https://www.sanarmed.com/achados-semiologicos-presentes-no-exame-de-abdome-colunistas
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-apendicite-aguda
https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/
https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
ABDOME AGUDO PERFURATIVO: 
Exemplos: 
• úlcera péptica 
• Neoplasia gastro‐intestinal perfurada 
• Divertículos do cólon 
• Perfuração iatrogênica de alças intestinais 
 
 
Clínica: 
• Comprometimento do estado geral 
• Fácies toxêmica 
• Taquisfigmia 
• Desidratação 
• Febre com sudorese fria 
• Hipotensão arterial 
• Dor abdominal “em facada”. 
 
Exame físico: 
• Dor à palpação superficial e profunda de todo o 
abdome 
• Resistência abdominal involuntária (abdome “em 
tábua”) 
• RHA diminuídos ou ausentes 
• Percussão dolorosa em todo o abdome 
• Desaparecimento da macicez hepática (Sinal de 
Jobert). 
 
 
 
Raio x: 
Pneumoperitônio: 
 
 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO: 
EXEMPLO: 
• Aderências intestinais 
• Hérnia estrangulada 
• Fecaloma 
• Obstrução pilórica 
• Volvo 
• Intussuscepção 
• Cálculo biliar 
• Corpo estranho 
• Bolo de áscaris 
 
 
Clínica: 
• Alteração de estado geral 
• Desidratação 
• Geralmente sem febre 
• Hipotensão arterial 
• Dor em cólica 
• Parada de eliminação de fezes e gases. 
 
Exame físico: 
• Peristaltismo visível 
• Desconforto à palpação 
• RHA aumentados em número e com alteração do 
timbre (metálico). 
 
Raio X: 
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• Distensão de alças de delgado 
• Níveis hidroaéreos 
• Empilhamento de moedas 
 
 
 
ABDOME AGUDO VASCULAR: 
Exemplos: 
• Isquemia intestinal 
• Trombose mesentérica 
• Torção do omento 
• Torção de pedículo de cisto ovariano 
• Infarto esplênico 
 
 
 
Clínica: 
• Pacientes com fibrilação atrial 
• Hipotensão arterial grave 
• Pulso fino, rápido e arrítmico 
• Alteração do ritmo respiratório 
• Cianose de extremidades 
• Febre pode estar presente 
• Extremidades frias 
• Dor abdominal mal definida 
• Vômitos de líquido escuro de odor necrótico• Claudicação abdominal. 
 
Exame fisico: 
• Desproporção entre exame físico e a dor. 
• Dor à palpação superficial e profunda 
• Descompressão brusca dolorosa nem sempre 
presente 
• Distensão abdominal 
• Ruídos hidroaereos ausentes ou diminuídos 
• Toque retal com saída de líquido necrótico. 
 
Raio X: 
• Pobreza de gases em alças intestinais 
• Líquido necrótico na cavidade após paracentese 
(praticamente patognomônico). 
 
ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO: 
Exemplos: 
• Gravidez ectópica rota 
• Ruptura do baço 
• Ruptura de aneurisma de aorta abdominal 
• Cisto ovariano hemorrágico 
• Necrose tumoral 
 
Clínica: 
• Palidez cutâneo‐mucosa intensa 
• Pulso fino e rápido 
• Hipotensão arterial grave 
• Sudorese fria 
• Rebaixamento do nível de consciência 
• Dor abdominal súbita. 
 
Exame físico: 
• Dor difusa à palpação superficial e profunda de 
fraca intensidade 
• Descompressão brusca dolorosa e difusa 
• RHA diminuídos. 
 
Ultrassonografia: 
Líquido livre na cavidade. 
 
AULA APENDICITE AGUDA: 
Inflamação do apêndice cecal. 
Obstrução do apêndice cecal por: 
• Fecalito 
• Hiperplasia de folículos linfoides 
• Neoplasia apendicular ou cecal 
• Parasita 
• Corpo estranho 
• Aumento da produção de muco intraluminal, 
• Distensão e proliferação bacteriana, 
• Inflamação, aumento da tensão transmural 
• Risco de necrose e perfuração 
 
Epidemiologia: 
• Causa mais comum de abdome agudo 
• Ente 20-30 anos 
• Sexo masculino 
• Emergência cirúrgica não obstétrica mais comum 
durante a gestação 
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• Risco aumentado em 3x se HF 
• Malignidade de 1% 
 
CLÍNICA: 
• Dor abdominal difusa com posterior migração 
para FID 
• Anorexia ( sinal mais precoce) 
• Náusea e vomito 
• Febre BAIXA 
• Queda do estado geral 
• RHA diminuídos a direita comparado A esquerda 
 
EXAME FÍSICO: 
• Sinal Blumberg: Dor a descompressão súbita no 
ponto de McBurney 
• Sinal de Aaron: dor epigástrica referida à 
palpação do ponto de McBurney 
• Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à 
palpação da FIE 
 
 
Sinal de Lenander: temperatura retal > temperatura 
axilar em mais e 1C. 
Sinal de Dunphy: dor em FID que piora com a tosse. 
 
Sinal do iliopsoas: 
Dor à extensão e abdução da coxa direita com o 
paciente em decúbito lateral esquerdo. 
Apêndice retrocecal. 
 
 
Sinal de Lapinsky: 
Dor à compressão da FID enquanto se eleva o MID 
esticado. 
Apendice retrocecal 
 
Sinal do Obturador: 
Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do 
quadril. 
Apendice pélvico. 
 
Sinal de peritonite: descompressão dolorosa, 
abdome em tabua 
 
Criança: dor a percussão, soluço ou tosse 
DIAGNÓSTICO: 
Clínico 
Leucocitose com ou sem desvio para esquerda 
Elevação da PCR e piuria 
USG: 
Eleição em gestante e criança. 
Baixa sensibilidade 
• Espessamento 
• Sinal do alvo 
• Líquido pélvico 
• Estrutura tubular não compressível > 6mm 
 
 
TC: mais sensível 
• Diâmetro maior 6mm, com oclusão do lumeM 
• Espessamento da parede do apêndice > 2mm 
• Densificação da gordura periapendicular 
• Apendicolito visto em 25% dos pacientes 
 
 
Escala de alvarado: 
 
13 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Apendicite simples ( não complicada): 
• Edematosa/flegmatosa: Forma reversível 
Macroscopia: 
• Congestão, alteração da coloração, aumento do 
diâmetro, exudato, pus 
Microscopico: 
• Inflamação transmural, ulceração ou trombose 
com ou sem pus. 
 
Apendicite complicada/complexa: 
• Gangrena: macroscopicamente o apêndice e 
friável, arroxeado ou enegrecido. 
• Microscopicamente: inflamação transmural com 
necrose. Perfuração iminente. 
• Perfuração: macroscopicamente tem perfuração 
visível 
• Abscesso: massa identificada durante exame 
físico, imagem ou durante cirurgia 
 
TRATAMENTO: 
• Analgesia 
• Hidratação e correção de distúrbio 
hidroeletrolítico 
• Tratamento conservador: 
• Apendicite simples não complicada. 
• ATB EV pelo menos 1-3 dias, 
• observação hospitalar por 7-10 dias 
• 90% responde 
• 10% precisa de cirurgia de resgate 
• 20 -40% de cirurgia no primeiro ano 
• Presença de apendicolito no exame aumenta o 
risco de falha terapêutica 
 
Apendicite aguda não complicada: 
• Apendicectomia laparoscópica 
• Se estável realizar dentro de 12 horas 
 
14 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• Postergar para mais e 48 horas aumenta risco de 
complicar 
• ATB profilático: 60 minutos antes da incisão 
• Ex: ciprofloxacino e metronidazol ( gran negativo 
e anaeróbio) 
 
Apendicite aguda complicada 
• Casos de evolução mais prolongada >12 h ou 
em > 50 anos 
Instáveis ou com perfuração livre: 
• Peritonite difusa ou fecal 
• Séptico 
• Apendicectomia de emergência com drenagem 
e irrigação da cavidade peritoneal 
• Drenar abcessos 
Estável com abcesso ou flegmao: 
• ATB venoso, drenagem percutânea guiada por 
imagem de abcesso, repouso intestinal 
Cirurgia: 
• aumenta morbidade e risco de ressecção 
ileocecal sem necessidade 
• Quando diminui leucocitose e febre a dieta vai 
sendo introduzida após 3-5 dias

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