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Valvulopatias 1 Valvulopatias Anatomia Valvas atrioventriculares: Tricúspide, separa o átrio direito do ventrículo direito Bicúspide ou Mitral, separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo. 💡 As valvas atrioventriculares estão conectadas ao ventrículos por meio das cordas tendíneas e dos músculos papilares, no entanto essas duas estruturas servem apenas para impedir uma hiperextensão ou abaulamento excessivo dessas valvas, devido a pressão provocada na sístole. Valvas semilunares, estão localizadas no início dos vasos sanguíneos: Valva pulmonar, controla o fluxo de sangue do ventrículo direito em direção ao tronco pulmonar Valva aórtica, controla o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo em direção a aorta. Valvulopatias 2 Todas as válvulas devem, em uma fisiologia normal, apresentar três folhetos, ou seja, três válvulas com exceção da Bicúspide ou mitral que em condições fisiológicas normal apresenta apenas duas válvulas. Valvulopatias 3 Valvas ciclo de funcionamento: Na diástole as valvas atrioventriculares estão abertas para permitir o enchimento dos ventrículos. Após isso, as valvas atrioventriculares se fecham enquanto as valvas semilunares ainda permanecem fechadas, sendo essa fase denominada isovolumétrica, pois os ventrículos já iniciaram sua contração, no entanto não tem alteração de volume apenas aumento da pressão no interior dos ventrículos. Posteriormente, já na fase de sístole as valvas semilunares se abrem dando início a distribuição de sangue pela circulação sistêmica. Logo depois entra-se na fase de relaxamento isovolumétrico onde as valvas semilunares e as atrioventriculares permanecem fechadas permitindo o enchimento atrial, após isso o ciclo se reinicia com o enchimento dos ventrículos. O fechamento valvular é responsável pelo produção de sons que são conhecidos como "bulhas cardíacas". A 1º bulha ( son de tum) é produzida pelo fechamento das valvas atrioventriculares, enquanto a 2º bulha ( som de tá) é produzida pelo fechamento das valvas semilunares. Aspectos gerais das valvulopatias: São doenças onde as válvulas apresentam alteração do seu padrão normal de funcionamento, geralmente essas anormalidades estão associadas as características estruturais das válvulas que podem se apresentar mais espessas, retraídas ou fibrosadas, comprometendo sua abertura e fechamento normais. Tipos de alterações: Valvulopatias 4 Estenose, prejuízo na abertura das válvulas dificultando o fluxo sanguíneo normal. Insuficiência ou regurgitação, nesse caso a válvula apresenta anormalidades no seu fechamento fazendo que o sangue retorne a um local inapropriado. Estenose aórtica, ocorre aumento da pós-carga, nessa situação ao longo prazo o coração desenvolve um mecanismo compensatório que provoca a hipertrofia e diminuição da complacência do ventrículo esquerdo. Insuficiência aórtica, resulta no refluxo de sangue da aorta para o ventrículo esquerdo no momento de diástole, esse quadro vai se tornando cada vez mais grave com o tempo devido diminuição da perfusão e oxigenação do tecidos e também aumento da pressão intrapulmonar. Estenose mitral, nesse caso ocorre redução da passagem de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, isso leva a diminuição do volume sanguíneo destinado a oxigenação dos tecidos. A longo prazo, a estenose mitral causa aumento da pressão intrapulmonar o que reflete também em distúrbios de funcionalidade do átrio e ventrículo direito. Insuficiência mitral, pode ser causada devido rompimento de cordas tendíneas, alteração da contração dos músculos pectíneos devido infarto, entre outros. Nesse caso ocorre regurgitação de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo no momento da sístole, esse sangue que retorna se acumula no átrio fazendo com a pressão de enchimento(pré- carga) do ventrículo no próximo ciclo siga de forma aumentada isso causa hipertrofia atrial e ventricular esquerda, além disso a quantidade de sangue que segue para a circulação sistêmica é diminuída, causando prejuízos à perfusão tecidual.
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