Buscar

ADMINISTRATIVO 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 317 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 317 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 317 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prescinde = Dispensa
Corolário = Consequência Direta
Aquiesência = Consentimento
Defeso = Proibido
AULA 00 – INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO. ORIGEM E OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS: INGLÊS, FRANCÊS E SISTEMA ADOTADO NO BRASIL
	Direito administrativo estuda o EXERCÍCIO da função política.
	Direito administrativo não estuda a função política.
	CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
		 Direito Administrativo se insere no ramo do Direito Público, guardando maior intimidade com o Direito Constitucional, mas também está relacionado com outros ramos. O autor, na sequência, destaca as relações do Direito Administrativo com o Direito Processual, Penal, Tributário, do Trabalho, Civil e Comercial (ou Empresarial). 
	o Direito Administrativo seria um sub-ramo do direito público, mas não é “subordinado” a ele, mas sim o compõe (faz parte dele
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	Estado = O conceito de estado pode ser visto do ponto de vista:
	Sociológico
	Político
	Constitucional
	Direito Civil
	Estado de Direito: HLM
	o Estado é corporação territorial dotada de um poder de mando originário
	é comunidade de homens, fixada sobre um território, com poder superior de ação, mando e coerção
	é pessoa jurídica territorial soberana”.
	 estado é uma PJ de direito público interno;
	diz que o estado de direito é aquele juridicamente organizado e obediente as suas próprias leis, o estado deve criar as leis e também as obedecer “ RULE OF LAW”
	O Estado de Direito surgiu para combater o Estado Absolutista no qual o poder centralizava na mão do rei.
1.2 ELEMENTOS DE ESTADO
Povo + Território + Estado Soberano. 
	O povo num determinado território organizado sobre a sua livre e soberana vontade.
	Esses elementos são indissociáveis e indispensáveis.
	1.3 PODERES DO ESTADO
	
Montesquie = Estado de Direito = Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
	Cada poder exerce sua função típica com PREPONDERÂNCIA, não com exclusividade.
	Cada poder desempenha de modo acessório a função de outro poder.
	nosso regime constitucional ADOTA o Princípio da Especialização de Funções :
	Princípio da Separação dos Poderes no Brasil pode ser caracterizado como flexível, uma vez que os poderes exercem as funções típicas com preponderância e não com exclusividade.
	Poder Executivo não pode desempenhar a função judicial. (princípio da inafastabilidade do judiciário). Contudo, “alguns doutrinadores como Celso Antônio Bandeira de Mello, entende que o Poder Executivo exerce a função judicial, porem sem definitividade, visto que a última palavra é do Judiciário.
	1.4 Formas de Estado
	Estado Unitário
	Estado Federado / Complexo / Composto
	centralização política. Ex: Uruguai.
	descentralização política. EX: Brasil. Em seu território coexistem pessoas políticas distintas (U,E,DF,M)
	Poder político:
	Central: União;
	Regional: Estado;
	Local: Município
	Regional e Local: Distrito Federal
	não existe hierarquia e subordinação entre os entes políticos(U,E,DF,M).
	U,E,DF tem autonomia política, administrativa e financeira, mas não tem soberania.
	Somente o Estado Federal ( República Federativa do Brasil - RFB) tem SOBERANIA.
	Sistema do Freios e Contra Pesos: controle que um poder exerce sobre o outro; admite controle recíproco; 
1.5 FORMAS DE GOVERNO
	conjunto de poderes e órgãos responsáveis pela função política do estado.
	1.5.1 SISTEMA DE GOVERNO
	É definido pelo modo como se dá as relações entre os Poderes Legislativo e Executivo no exercício das funções governamentais. Pode ser:
	SISTEMA PRESIDENCIALISTA / PRESIDENCIALISMO
	SISTEMA PARLAMENTARISTA / PARLAMENTARISMO
	 ADOTADO independência entre os poderes. O PR exerce a função de Chefe de Estado e Chefe de Governo.
	colaboração entre os poderes executivo e legislativo. Chefe de Estado (PR ou Monarca), Chefe de Governo (Primeiro Ministro ou Conselho de Ministro). O Primeiro Ministro geralmente é indicado pelo PR.
	 FORMA DE GOVERNO – FOGO NA REPÚBLICA
	REPÚBLICA
	MONARQUIA
	: ADOTADO. eletividade e temporalidade do chefe do executivo que deve prestar conta. 
	Hereditariedade e Vitaliciedade e não precisa prestar contas.
		República é a forma de governo em que o povo governa no interesse do povo.
	
		ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	Administração Pública em Sentido Estrito: Função Administrativa.
	Administração Pública em Sentido AmPlo: Função Administrativa + Função Política.
	abrange Órgãos e Pessoas Jurídicas que executam as políticas públicas (função administrativa) criadas pelo governo, que exerce a função política.
	abrange os órgãos que executam as políticas públicas (função administrativa) e também os órgãos superior que criam as políticas públicas / função política.
	APENAS EXECUTAM AS POLÍTICAS PÚBLICAS, NÃO CRIA POLÍTICAS PÚBLICAS.
	EXECUTAM E CRIAM AS POLÍTICAS PÚBLICAS.
	As funções de governo estão mais próximas ao objeto do direito constitucional, enquanto a função administrativa é objeto do direito administrativo.
	Abrange o exercício da função política (PR,CN) e da função administrativa (Ministérios, Secretarias, Departamentos), estando ambas atividades subordinadas à lei.
Não obstante, o mais comum é considerar o conceito de administração pública em sentido estrito. E nesse sentido, a doutrina costuma ainda dividir o conceito de administração pública em duas vertentes: uma considerando a ótica dos executores da atividade pública (quem), e outra considerando a própria atividade (o que). Vejamos:
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO FORMAL / SUBJETIVO / ORGÂNICO / CRITÈRIO FORMAL
FOSUOR – “SUOR” QUEM FAZ, SUA. 
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO / MATERIAL / FUNCIONAL / CRITERIO MATERIAL
FUMAOB
		QUEM REALIZA / QUEM FAZ a funções administrativas?? Agentes, órgãos e PJ 
	Leva em conta o sujeito, quem realiza a função administrativa.
	É O CONJUNTO DE AGENTES, órgãos e pessoas jurídicas, Adm Direta e Adm Indireta (autarquia, FP, EP, SEM), ou seja, TODOS QUE EXECUTAM as atividades administrativas do Estado.
	“Eu não estou preocupado com a atividade desenvolvida pela PJ que integra ou não a ADM. PUB, o que eu quero saber como ela foi inserida”
	Somente é administração pública aquilo que a lei diz que é administração pública, independentemente da atividade exercida.
		Leva em conta o objeto, isto é, O QUE É REALIZADO e não quem realiza.
	Diz respeito a ATIVIDADE EXERCIDA.
	Diz respeito a atividade administrativa exercida pelo estado.
	“ a administração pública é composta pelas PJ que exercem função administrativa, função administrativa é o conjunto de ações que o estado desenvolve, no intuito de alcançar o bem comum da coletividade.
	 o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.
	O particular que durante uma enchente, auxilia os bombeiros em trabalhos de buscas, é considerado particular em colaboração com o poder público.
	E a FORMA EMPREENDEDORA e eficiente em que a atividade é exercida
	PRINCIPAIS ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / ATIVIDADES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
		Sentido OBJETIVO:   O que faz?   P I S A
	Poder de Polícia Adm.
	Intervenção do Estado
	Serviço Público
	Atividade de Fomento
	2.2.1 Quais atividades são do Sentido Objetivo: PISA
	POLÍCIA ADMINISTRATIVA
	INTERVENÇÃO DO ESTADO
	SERVIÇO PÚBLICO
	ATIVIDADE DE FOMENTO
	restringe ou condiciona os direitos individuais em prol da coletividade: notificação, fiscalização, apreensão, desapropriação; interdição de estabelecimento comercial;
Polícia Administrativa desempenha funções na seara administrativa, já a Polícia Judiciária desempenha a função penal.
	toda atuação do Estado no setor privado, exceto a sua atuação direta como agente econômico. Ex: desapropriação, tombamento e a intervenção do domínio econômico. 
 
	toda atividade exercida diretamente pela administração púbica ou por particulares delegatários em prol da coletividade: serviço postal, aéreo, ferroviário.é o incentivo concedido pela ADM. Pub para a iniciativa privada de utilidade ou interesse público: concessão de incentivo fiscal, financiamento especial.
		Da decisão de Interdição de Estabelecimento Comercial, caberá recurso administrativo, se do recurso puder decorrer gravame à situação do proprietário do estabelecimento, este deverá ser notificado para apresentar nova manifestação antes da decisão.
	REFORMATIO IN PEJUS NA REVISÃO/ revisÃO - nÃO pode agravar
	REFORMATIO IN PEJUS NO RECURSO / recurso - pode agravar.
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXTROVERSA / RELAÇÃO EXTROVERSA
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INTROVERSA / RELAÇÃO INTROVERSA
	relação existente entre a Administração e os administrados, ou seja, diz respeito às relações externas.
“ ADM PUB se relaciona COM QUEM NÃO pertencem a ADM PUB” OU SEJA, COM OS ADMINISTRADOS, trata-se de atividade finalística que cada ente da federação possui. Ex: órgão do estado interdita estabelecimento comercial; posto de saúde presta um serviço ao cidadão.
	relações existentes entre os Entes Políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e entre esses e os órgãos da Administração Direta ou entre os órgãos entre si. Ex: união transfere recursos para o município; nomeação de um servidor público aprovado em concurso.
	Tem fundamento no P. da Supremacia e Indisponibilidade do interesse público
	
	atua EXTERNAMENTE 
	Atua INTERNAMENTE ( no interior da administração pública, de caráter instrumental e não finalístico).
	Administração Pública em Sentido Operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
	Fases da Administração Pública:
		Patrimonialista: marcada pelo nepotismo e corrupção. “durante o império”
	Burocrática: criou-se mecanismos para combater o nepotismo e a corrupção. “na era Vargas”
	Gerencial: aprimorar os pontos fracos da administração burocrática. “fase atual”
	A Administração Pública não pratica atos de governo; só praticam atos de execução / atos administrativos, que têm como fim a realização de serviços para satisfazer, de forma concreta e imediata, as necessidades coletivas.
	Atos de governo são aqueles praticados no exercício da função política, com ampla margem de discricionariedade e diretamente em obediência à Constituição. São as ações de comando, coordenação, direção e fixação das diretrizes políticas, vale dizer, atividades de caráter superior, referentes à direção suprema e geral do Estado, e não simplesmente de execução de serviços públicos. Pode-se destacar, por exemplo, a decretação de intervenção federal, do Estado de Defesa e do Estado de Sítio, a celebração de Tratados Internacionais, a iniciativa de lei pelo Executivo, sua sanção ou veto etc.
		– DIREITO PRIVADO E DIREITO PÚBLICO
o direito é dividido em dois ramos: público e privado.
	DIREITO PRIVADO:
	DIREITO PÚBLICO:
	cuida dos direitos individuais (direito civil e comercial).
	 Cuida das relações que envolvem direitos da sociedade (direito penal, constitucional
	Igualdade nas relações jurídicas;
	Desigualdade nas relações jurídicas;)
	O direito privado tem autonomia na escolha, pois não é "obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
	O DIREITO PÚBLICO NÃO TEM AUTONOMIA NA ESCOLHA, e sim restrição de vontade, já que só pode fazer o que está determinado na lei.
	
	Interesse público prevalece sobre o interesse privado;
	A maioria das relações do Estado é regida exclusivamente ou predominantemente pelo direito público; mas também pode ser predominantemente pelo direito privado, jamais exclusivamente pelo direito privado;
	
	As normas de direito público são irrenunciáveis, por isso, quando presentes, o estado deve utilizá-las, não deve optar pelo direito privado quando existir norma do direito público.
	3.1 CRITÉRIOS / ESCOLAS ADOTADOS PARA FORMULAR O CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO:
	
a) CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO / ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO: (Léon Duguit e Gaston Jéze), essa corrente defendia que o objeto do Direito Administrativo envolveria a disciplina jurídica dos serviços públicos prestados;
	Sempre que houvesse um serviço público envolvido, a competência para julgar o caso concreto seria do Tribunal Administrativo.
	disciplina que regula a instituição, a organização e a prestação dos serviços públicos.
	não se faz a diferença entre ato de gestão e ato de império. Nesta corrente, o serviço público é a atividade ou organização, em sentido amplo, que abrange todas as funções do Estado, sem distinguir o regime jurídico a que se sujeita tal atividade.
b) CRITÉRIOS DO PODER EXECUTIVO: o direito administrativo é o conjunto de leis que disciplinam a atuação do Poder Executivo, ou seja, funções administrativas (funções típicas e atípicas).
	CRITÉRIOS DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados.
		ESCOLA PUISSANCE PUBLIQUE, “autoridade pública” o Estado atua com
	ATIVIDADES DE AUTORIDADE
	ATIVIDADES DE GESTÃO
	(sobre os particulares, tomando decisões unilaterais, regidas por um direito exorbitante do comum
	o Estado atua em posição de igualdade com os cidadãos, regendo-se pelo direito privado).
		as prerrogativas e os privilégios que o Estado possui frente ao particular constituem um critério definidor do direito administrativo.
	CRITÉRIO TELEOLÓGICO / FINALÍSTICO: o Direito Administrativo seria o sistema de princípios jurídicos e de normas que regulam a atividade do Estado para o cumprimento dos seus fins, de utilidade pública. “teleológico = FINS”
	Princípios que o Estado usa para atingir seus fins.
	CRITÉRIO NEGATIVO / RESIDUAL: leva em conta o caráter residual e negativo.  somente poderia ser conceituado por exclusão, isto é, seriam pertinentes ao Direito Administrativo as questões não pertencentes ao objeto de interesse de nenhum outro ramo jurídico.
	Só é do direito administrativo o que não for dos outros ramos do direito.
	CRITÉRIO DA DISTINÇÃO ENTRE ATIVIDADE JURÍDICA E SOCIAL DO ESTADO: é o ramo do direito público interno que regula a atividade jurídica não-contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral.
	CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:  Direito Administrativo é um conjunto de normas que regulam a Administração Pública.
	CRITÉRIO DA HIERARQUIA ORGÂNICA: busca diferenciar o direito administrativo do direito constitucional classificando os órgãos do Estado em superiores e inferiores. Assim, por esse critério, o direito administrativo rege os órgãos inferiores do Estado, enquanto o direito constitucional estuda os órgãos superiores.
	CRITÉRIO EXEGÉTICO / ESCOLA EXEGÉTICA / LEGALISTA / Empírica / Caótica: o direito administrativo tinha por objeto a compilação das leis existentes e a sua interpretação com base principalmente na jurisprudência dos tribunais administrativos.
	Conjunto de leis administrativas que regulam a administração pública de um Estado.
3.2 Objeto do Direito Administrativo
	Busca identificar os atos ou situações regulamentadas pelas normas que compõem esse ramo do direito público.
	Direito administrativo brasileiro, segue as características do sistema europeu continental.
Em síntese, o objeto do direito administrativo abrange:
	Todas as relações internas à administração pública – entre os órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a administração e seus agentes;
	 Todas as relações entre a administração e os administrados, regidas pelo direito público ou pelo privado;
	 As atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante contratos de concessão ou de permissão.
	4 – FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
	LEI
	DOUTRINA
	JURISPRUDÊNCIA
	COSTUME
	lei em SENTIDO AMPLO, ou seja, lei, decreto, MP, etc.
	entendimento dos estudiosos, via de regra é considerada fonte secundária/ indireta / subsidiária. a doutrina esclarece
	reiteradas decisões semelhantes. 
Regra: não vincula a decisão judicial (princípio do Livre Convencimento Motivado).
Exceção: Súmula Vinculante.
	quando influenciam na elaboração de normas, são considerados fontes: secundária, indireta, subsidiária, não organizadas e não escritas. Só é admitido se não contrariar as leis.
	costume social
	costume administrativo
	Regras não escritas se são seguidas pela sociedade.
	É a praxe administrativa no funcionalismo público.
O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo
	Lei Secundária não estabelece direitos e deveres (Portaria, Decreto, Regulamento) 
 
		Lei Formal: é oriunda do Poder Legislativo, sujeita ao rito constitucional para aprovação de leis. Atinge tanto as pessoas públicas quanto as pessoas privadas.
4.1 Classificação das fontes de direito administrativo
De modo geral, as fontes do Direito podem ser classificadas de muitas maneiras, dentre as quais vale destacar:
	Classificação das fontes de direito administrativo
QUANTO AO PROCEDIMENTO
	Fonte Legislativa
	Fonte Jurisprudencial
	Fonte Administrativa
	Lei Ordinária
	Súmula Vinculante
	Portaria
	Classificação das fontes de direito administrativo
QUANTO À SUA FORMA DE MANIFESTAÇÃO NA REALIDADE
	Fonte Escrita
	Fonte Não Escrita
	Lei
	Costume
	Classificação das fontes de direito administrativo
QUANTO AO SEU USO NO CASO CONCRETO
	Fonte de Aplicação Obrigatória
	Fonte de Uso Opcional
	CF
	Doutrina
	Classificação das fontes de direito administrativo
QUANTO AO PODER QUE EMANA
	Fonte de Norma Vinculante
	Fonte de Normas Indicativas
	CF
	Jurisprudência
	Classificação das fontes de direito administrativo
QUANTO A HIERARQUIA
	Fonte Primária / Direta / Mediata
	Fonte Secundária / Indireta / Subsidiária
		Lei em sentido amplo (EC, LC, LO, MP, LD, decretos e resoluções).
		Jurisprudência, costumes, doutrina e princípios.
	CIVIL LAW / SISTEMA ROMANO-GERMÂNICO
	Common Law
	é a estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil. O que basicamente significa que as principais fontes do Direito adotadas aqui são a Lei, o texto
	é uma estrutura mais utilizada por países de origem anglo-saxônica como Estados Unidos e Inglaterra.
5 – SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
	SISTEMA ADMINISTRATIVO
Conforme ensina Hely Lopes Meireles, por sistema administrativo “entende-se o regime adotado pelo Estado para correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público em qualquer dos seus departamentos de governo”. Em outras palavras, é a forma adotada pelo Estado para solucionar os litígios decorrentes da sua atuação. Existem dois sistemas
	SISTEMA INGLÊS / JURISDIÇÃO ÚNICA / JURISDIÇÃO UMA / NÃO CONTENSIOSO: ADOTADO
	SISTEMA FRANCÊS / CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO / DUALIDADE DE JURISDIÇÃO:
	Princípio da Inafastabilidade / Inarredabilidade de Jurisdição: artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de 1988, pelo qual “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
	Nesse sistema existem duas jurisdições, o Poder Judiciário e o Poder Administrativo. Neste caso, as decisões do Poder Administrativo fazem coisa julgada, ou seja, não estão sujeitas ao controle do Poder Judiciário.
	Todo o litígio pode ser levado ao Poder Judiciário, seja ele administrativo ou privado, de forma definitiva, com força de coisa julgada.
		Nesse sistema existem duas jurisdições, o Poder Judiciário e o Poder Administrativo. Neste caso, as decisões do Poder Administrativo fazem coisa julgada, ou seja, não estão sujeitas ao controle do Poder Judiciário.
	Pelo sistema Francês, quem manda no direito administrativo é o Sistema Francês. 
	Os Tribunais de Índole Administrativa que são responsáveis por anular ou reformar as decisões administrativas, o Poder Judiciário não pode interferir nas questões administrativas, SALVO: Litígios decorrentes de atividades públicas com caráter privado; Litígios que envolvam questões de estado e capacidade das pessoas e de repressão penal;
	Atividade jurídica não contenciosa é a atividade realizada dentro da Administração Pública, cujas decisões não possuem força de definitividade, a exemplo do julgamento de um processo administrativo. Nessa linha, a Prof. Maria Di Pietro define o Direito Administrativo como “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.
		A regra é que o Poder Judiciário pode ser provocado: antes, durante ou depois de procedimento administrativo, CONTUDO, EM DETERMINADAS SITUAÇÕES O PODER JUDICIÁRIO SÓ PODERÁ SER PROVOCADO APÓS O ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA:
	Competições desportivas só após o esgotamento em via administrativa;
	O ato administrativo, ou a omissão da Administração Pública, que contrarie Súmula Vinculante só pode ser alvo de reclamação ao Superior Tribunal Federal depois de esgotadas as vias administrativa;
	Habeas Data só poderá ser apresentado quando prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão de atende-lo.
	Mandado de Segurança não é cabível quando caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.
	O STF (RE 631.240) firmou a orientação de que, em regra, é necessário o prévio requerimento administrativo para ficar caracterizado o interesse de agir em ações judiciais contra o INSS relativas à concessão de benefícios previdenciários.
	Atos políticos não se sujeitam ao controle jurisdicional.
	6 – REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
	Regime Jurídico da Adm. Púb
	Regime da Adm. Púb.
	Sentido Estrito
	Sentido Amplo
	Prerrogativas concedidas a administração pública em uma relação jurídica, ela está em uma condição privilegiada. 
	situações em que a adm. Pública atua sob o regime de direito público, ou seja, com prerrogativas sobre os particulares.
	adm. Pública atua sob o direito público e também sobre o direito privado “em pé de igualdade com os particulares”.
amPlo = Pé de igualdade
	
	A administração pública pode estar sujeita tanto ao regime jurídico de direito privado quanto ao regime jurídico de direito público.Parte superior do formulário
	O regime jurídico-administrativo é o sistema que dá identidade ao Direito Administrativo, esse regime norteia a atuação da Administração Pública de modo distinto das relações privadas. Caracteriza-se pela presença de dois princípios (que não estão expressos na CF):
	SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
	INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
		prerrogativas e privilégios da Administração Pública, típicos do direito público. É a causa da VERTICALIDADE nas relações administração-particular, em contraposição à horizontalidade nas relações entre particulares. 
		fundamenta as restrições impostas à administração pública, visto que a administração não pode dispor de seus bens, eles não pertencem à administração nem aos seus agentes, eles tem apenas o papel de gerir a coisa pública.
		concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela prefeitura municipal; 
	desapropriação de imóvel particular para atender fins de utilidade pública;
	aplicação de penalidades a fornecedor privado da administração “cláusulas exorbitantes”.
		Contrato de locação de imóvel firmado pela administração pública é contrato regido predominantemente pelo direito privado.
	Nomeação de servidor aprovado em concurso público é ato submetido ao regime jurídico administrativo.
	Lei em Sentido Formal
	Lei em Sentido Material
		São as leis produzidas nas Casas Legislativas, TENHAM OU não generalidade e abstração.
	também temos as leis com efeitos concretos que incidem sobre determinada pessoa: concessão de aposentadoria a viúva.São leis que DEVEM CONTER generalidade, abstração e imperatividade / obrigatoriedade, pouco importa se são produzidas ou não pelas Casas Legislativas.
		Leis produzidas pelo Poder Legislativo.
		Leis produzidas OU NÃO pelo Poder Legislativo.
		Sentido fOrmal = legislativO. 
		
	CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO pode ser entendida em dois sentidos
	elevação, ao nível constitucional, de matérias antes tratadas por legislação infraconstitucional;
	irradiação dos efeitos das normas constitucionais por todo o sistema jurídico.
	a constitucionalização teve início já com a Constituição de 1934, fortaleceu-se consideravelmente com a Constituição de 1988 e foi reforçada por meio de suas Emendas.
	As normas do Direito Constitucional irradia em todo os outros ramos do ordenamento jurídico.
	
	
AULA 01 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÂO PÚBLICA
1 – Noções Sobre Normas Jurídicas, Regras e Princípios
Normas Jurídicas podem ser classificadas como: regras e princípios.
	Regras: condutas determinadas e precisas que os sujeitos devem respeitar.
	Princípios: determinam o alcance e o sentido da regra. Considerando que não há hierarquia material entre os Princípios, havendo conflitos, tais divergências devem ser resolvidas conforme a ponderação de valores / ponderação de interesses.
2 Princípios Básicos / Gerais da Administração Pública
Decorrem da supremacia e indisponibilidade do interesse público.
	PRINCÍPIO EXPLÍCITO NA CF
	PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF
	LIMPE
	Supremacia do poder público sobre o privado.
indisponibilidade do interesse público,
presunção de legitimidade ou de veracidade,
motivação, 
razoabilidade e proporcionalidade,
contraditório e ampla defesa,
autotutela,
Tutela.
segurança jurídica, 
continuidade do serviço público,
especialidade,
hierarquia,
precaução.
sindicabilidade.   
Parte superior do formulário
2.1 Princípios Expressos - LIMPE
	PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
	Administração pública só deve agir conforme a lei em sentido amplo (aprovada pela Casa Legislativa);
	A ADM PUB não pode praticar ATOS INOMINADOS (não previsto em lei), diferente dos particulares, que podem praticar tudo o que não estiver proibido em lei.
O Princípio da Legalidade pode sofrer restrição? Sim, quando o Poder Executivo enfrenta questões excepcionais, urgente e relevante, impondo: estado de defesa, estado de sítio e medida provisória.
	Legalidade
	Legitimidade
	Respeitar a lei
	Respeitas a lei e os Princípios do direito Adm.
	Legalidade Administrativa
	Legalidade Civil
	dita o limite da atuação do administrador público, conforme imposto pela lei. 
	permite ao particular aquilo que a lei não proíbe.
	a importação de produtos estrangeiros é uma Exceção ao Princípio da Legalidade. Isso porque as suas alíquotas podem ser aumentadas ou diminuídas por meio de atos infralegais editados pelo Poder Executivo (Decreto do Presidente da República ou Portarias do Ministério da Fazenda).  Alteração de política econômico-tributária não gera dever de indenizar. Ex: união não foi condenada a indenizar empresas de brinquedo em razão da Portaria do Ministério da Fazenda que diminuiu o imposto aos brinquedos estrangeiros, fato que acarretou a falência e prejuízo de várias empresas brasileiras. A alteração de política econômico-tributária é uma decisão política.
	o princípio da legalidade não gera uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais, e sim uma presunção relativa, pois admite prova em contrário.
	Princípio da Legalidade
	Princípio da Reserva Legal
	Submissão e respeito à lei.
	Necessidade de certas matérias serem regulamentadas por lei em sentido formal.
	DESLEGALIZAÇÃO / DELEGIFICAÇÃO: é a transferência de diversas matérias do âmbito do Legislativo para os ATOS ADMINISTRATIVOS, esse fenômeno se justifica visando a celeridade na regulamentação da matéria e também em virtude da dificuldade de conhecimentos técnicos em que os Parlamentares tem em legislar sobre matérias específicas, ou seja, normas técnicas. A própria lei permite que determinada matéria pode ser regulamentada, alterada, modificada por um ATO ADMINISTRATIVO de hierarquia INFERIOR . Ex: Decreto nº 9.412/2018 atualizou limites de preços das licitações nas modalidades: concorrência, tomada de preço e pregão. No caso, a própria lei de licitações no seu art. Art. 120.  Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.  
	PRINCÍPIO DA JURIDICIDADE: é a soma dos princípios da LEGALIDADE + LEGITIMIDADE + MORALIDADE.
	A administração pública pode usar o costume quando houver deficiência legislativa.
	De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de defesa e o estado de sítio constituem exceção ao Princípio da Legalidade na administração Pública.
	PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: deve observar 
	Dever de isonomia por parte da Administração Pública.
	Neutralidade, objetividade, imparcialidade.
	Dever de conformidade aos interesses públicos.
	Vedação à promoção pessoal dos agentes públicos.
	qualquer ato praticado com objetivo diverso do interesse público será considerado nulo, por desvio de finalidade.
	O Princípio da Impessoalidade pode ser estudado como uma aplicação do Princípio da Finalidade, pois a finalidade deve ser pública.
	A obra não é do Pedro Taques, a obra é do Governo de MT.
	Apenas Pessoa morta pode ser homenageada com nomes de “rua, etc”, pessoa vida não, pois ofende a Pessoalidade.
	Ofende a impessoalidade obra pública destinada a atender apenas interesse privado.
	Princípio da impessoalidade é corolário do princípio da isonomia.
	Segundo Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade é = ao princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para atingir o objetivo indicado expressa ou virtualmente pela norma de direito, de forma impessoal. 
	PRINCÍPIO DA MORALIDADE:
	O agente público deve Agir com probidade e boa-fé.
	Fere a moralidade o agente público que usa a publicidade governamental com a finalidade exclusiva de se promover.
	O princípio da MORALIDADE está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta.
	A moralidade administrativa refere-se a noção objetiva do servidor, o agente deve agir conforme as condutas existente para os agentes públicos, pouco importa se em seu íntimo ele está agindo de forma errada (noção subjetiva), o que vale é observar o que a lei determinada. 
	A moralidade É REQUISITO DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO.
	A ausência de norma específica não é justificativa para que a Administração atue em desconformidade com o princípio da moralidade administrativa.
	NEPOTISMO
	na visão do STF, a vedação ao nepotismo presente na Súmula Vinculante nº 13 não alcança os agentes políticos, como os Secretário de Estado ou de Município, e isso em virtude da própria natureza desses cargos, eminentemente política, diversa, portanto, da que caracteriza os cargos e funções de confiança (CARGO COMISSIONADO) em geral, os quais têm feição nitidamente administrativa.
	nepoTismo = Terceiro grau 
	Para o STF não seria necessário a edição de norma vedando o nepotismo (SV. 13), visto que os próprios princípios constitucionais vedam tal prática.
	NEPOTISMO ALCANÇA CARGO POLÍTICO?
	REGRA
	EXCEÇÃO
	O NEPOTISMOS NÃO ALCANÇA O CARGO POLÍTICO(secretário de estado ou município, etc). Ex: o Governado, Prefeito podem nomear a mulher, os filhos, etc.
	salvo se ficar demonstrado que a nomeação se deu exclusivamente pelo grau de parentesco, o nomeado não possuir qualquer qualificação que justifique a sua escolha, nepotismo cruzado.
	Nepotismo NÃO ALCANÇA CARGO EFETIVO (se prestou concurso não há nepotismo).
	A nomeação de um familiar de um servidor efetivo para umcargo, não caracteriza nepotismo, uma vez que a pessoa nomeada é parente de “um servidor efetivo” e não parente da autoridade nomeante ou servidor da mesma PJ investido em cargo de direção, chefia e assessoramento
	 Não haverá nepotismo se a pessoa nomeada possui um parente no órgão, MAS SEM INFLUÊNCIA HIERÁRQUICA SOBRE A NOMEAÇÃO. Ex: Não há nepotismo na nomeação de servidor para ocupar o cargo de assessor de controle externo do Tribunal de Contas mesmo que seu tio (parente em linha colateral de 3º grau) já exerça o cargo de assessor-chefe de gabinete de determinado Conselheiro, especialmente pelo fato de que o cargo do referido tio não tem qualquer poder legal de nomeação do sobrinho. “contudo, se a nomeação fosse no mesmo Gabinete em que o Tio exerce a chefia seria nepotismo”
	NÃO EXISTE NEPOTISMO NO SERVIÇO NOTARIAIS (exercem atividade estatal, mas não ocupam cargo público). Ex: o notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador.
	Um ato administrativo que for contrário à moral administrativa não está sujeito a análise de mérito (oportunidade e conveniência), mas a uma análise de legitimidade, isto é, uma ato contrário à moral administrativa é um ato nulo.
	Princípios Infringidos pelo Nepotismo: Impessoalidade, Moralidade, Eficiência(pouco importa se o parente terá ou não competência para ocupar o cargo comissionado).
	O princípio da moralidade completa e torna mais efetivo o Princípio da legalidade.
	O cidadão pode controlar a moralidade do ato administrativo mediante a AÇÃO POPULAR: Art. 5 LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
	É vedado ao condenado por improbidade administrativa com a perda de direitos políticos, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, a propositura de ação popular.
	PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
	Atos transparentes; 
	a publicidade poderá ser restrita quando: segurança da sociedade e do estado; quando a intimidade e o interesse social exigir.
	Lei em sentido formal (legislativo)
	Atos Infralegais
	pode criar regras sobre o sigilo
	Não pode criar regras sobre o sigilo
	STF considera lícita a divulgação do nome e da remuneração do servidor, não possui o mesmo entendimento quanto à revelação do CPF, da identidade e do endereço residencial, pois a preservação destes dados seria uma forma de garantir a segurança pessoal e familiar do servidor.
	 A PUBLICIDADE DE QUALQUER ATO ADMINISTRATIVO CONSTITUI REQUISITO DE EFICÁCIA E MORALIDADE impondo sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar segurança nacional, investigações policiais ou interesse do Estado ou da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei.
	Publicidade que produz efeito é o da imprensa oficial e não privada.
	Municípios sem imprensa oficial pode afixar os atos nas sedes da prefeitura ou câmara de vereadores.
	Atos internos dos órgãos devem ser divulgados (internamente), não precisa ser publicados (externamente).
	Publicidade é requisito de eficácia do ato e não requisito de formação do ato, ou seja, o ato só produzirá efeitos quando forem publicados.
	ENQUANTO O ATO NÃO FOR PUBLICADO ELE É IMPERFEITO, O ATO SÓ SERÁ PERFEITO COM A PUBLICAÇÃO.
	a publicidade não se confunde com a publicação do ato, sendo essa última apenas uma das diversas hipóteses de publicidade dos atos, um ato pode se tornar público com a mera notificação do interessado, sem conhecimento, portanto, das demais pessoas.
	o princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos órgãos da administração pública.
	O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade.
		O princípio da publicidade comporta três exceções (MACETE: SSP)
	1 - casos de Soberania (ex: art. 1º, inciso I da CF/88);
	2 - casos de Segurança Pública (ex: art. 20 do CPP);
	3 - casos Previstos em Lei (ex: art 234-B do CP).
	PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA / QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:
	Presteza, eficiência, produzir mais com menos.
	Integra o controle de legalidade.
	Inserido pela PEC 19/98.
	O atendimento tanto externo (público) quanto interno (implantar sistemas, tecnologias, etc) devem ser eficientes.
	Poder Judiciário só poderá invalidar um ato ilegal, não poderá invalidar por entender que o ato não é eficiente.
	
	Eficiência
	Custo x benefício, produzir mais com menos.
	Eficácia
	Alcançar a meta prevista
	Efetividade
	Alcançar os resultados previstos.
	O Princípio da Eficiência surgiu em 1995, com a implantação do modelo de Administração Gerencial, que substituiu a administração burocrática, que vigorava na época.
	Administração Gerencial: visa aproximar a administração pública das empresas privada, focando nos resultados, com ampliação de autonomia dos entes administrativos e redução dos controles de atividades-meio(controles de procedimento). EX: CONTRATO DE GESTÃO.
	Princípio da Eficiência deve Garantir a Rentabilidade Social, ou seja, O Estado deve garantir mais benefícios do que prejuízo para a Sociedade.
3 – PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS / RECONHECIDOS
	PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO / FINALIDADE PÚBLICA:
	Interesse público prevalece sobre o interesse privado, desde que haja previsão legal nesse sentido.
	A supremacia do interesse público só se manifesta nas RELAÇÕES VERTICAIS (aquelas relações onde a administração pública se impõe coercitivamente perante os administrados, criando obrigações de forma unilateral ou restringindo o exercício das atividades privadas).
	Está previsto implicitamente na Constituição Federal e expressamente na legislação ordinária.
	INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO
	INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO
	É a vontade do povo.
	É a vontade do estado considerado como pessoa jurídica.
	A supremacia do interesse público não se manifesta: quando age internamente:
	 na atividade-meio: pois atividade meio não impõe obrigações ou restrições aos administrados.
	Agente econômico: pois a atuação da administração é regida predominantemente pelo direito privado.
Contudo, o princípio da supremacia do interesse público está indiretamente presente em todas as relações.
	PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO:
	Administração pública não é dona da coisa pública, ou seja, ela não pode abrir mão do que é público.
	Os agentes públicos não podem renunciar ou deixar de exercitar poderes e prerrogativas, pois é um poder-dever exercer os direitos.
	Está diretamente presente em todas as relações.
	O princípio da indisponibilidade do interesse público, impõe restrições à vontade estatal, de que são exemplo a necessidade de concurso público e as restrições para alienação de bens.
 
	Presunção de Legitimidade
	Presunção de Veracidade
	Ato conforme a lei
	Presume verdadeiros os fatos alegados pela Adm PUB.
	
	Mesmo o ato sendo presumidamente verdadeiro, o Poder Judiciário não poderá agir de ofício, só poderá agir quando provocado.
		Presume que todos os atos são verdadeiros e até que se prove em contrário, todos também são legais.
ainda que eivados de vícios, produzem efeitos imediatos e devem ser cumpridos até que sejam oficialmente invalidados, seja pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário
	PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: 
	Tanto os atos administrativos vinculados como os discricionários devem ser motivados.
	A motivação não exige forma específica, podendo ser ou não concomitante com o ato.
	Alguns atos não exigem motivação. Ex: nomeação e exoneração em cargo de confiança; homologação em processo licitatório. Contudo, se houver motivação, tais motivos devem ser verdadeiros para o ato ser considerado valido (teoria dos motivos determinantes)
	Motivaçãoé um princípio que exige da administração pública indicação dos fundamentos de fato e de direito de suas decisões.
	PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:
	PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
	PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
	Encontram aplicação no controle do ato administrativo
		Ato ofensivo aos princípios da razoabilidade ou proporcionalidade, será declarada a sua NULIDADE, o ato será ANULADO e não revogado.
	Analisa os meios empregados e os fins visados na prática de um ato administrativo, de modo a evitar restrições aos administrados inadequadas, desnecessárias, arbitrárias ou abusivas por parte da administração pública.
	Verifica se as decisões da ADM. PÚB são aceitáveis do ponto de vista do “homem médio”
		Visa conter o excesso de poder. Ex: não punir rigorosamente o servidor que praticou falta leve.
	A proporcionalidade deve ser analisada conforme o padrão comum da sociedade (homem médio) e não conforme a percepção do agente público.
	Conforme ensina a doutrina, para que a conduta estatal observe o princípio da proporcionalidade, deve apresentar três fundamentos:
	Adequação
	Exigibilidade / necessidade
	Proporcionalidade em sentido estrito / Stricto Sensu
	 o meio empregado na atuação deve ser compatível com o fim pretendido;
	a conduta deve ser necessária, não havendo outro meio que cause menos prejuízo aos indivíduos para alcançar o fim público
	: as vantagens a serem conquistadas devem superar as desvantagens, ou seja, deve haver mais “prós” que “contras”.
	PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA:
	Art. 5LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
	Deve existir o contraditório e a ampla defesa sempre que existir um conflito de interesses entre litigantes em um processo.
	PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA:
	Súmula STF 473 – PODER-DEVER de anular os atos ilegais.: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
	Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
	a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não prescinde (não dispensa) a instauração de processo administrativo no qual sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. “mesmo no exercício da autotutela, deve ser garantido o contraditório e a ampla defesa”.
	PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
	TUTELA / SUPERVISÃO MINISTERIAL / TUTELA ADMINISTRATIVA / CONTROLE FINALÍLSTICO / CONTROLE POR VINCULAÇÃO / CONTROLE TELEOLÓGICO
	Poder-dever que a administração pública tem para ANULAR os atos ilegais e o poder de REVOGAR os atos inoportunos ou inconvenientes.
	A supervisão que a administração direta exerce sobre a administração indireta, para verificar se ela está cumprindo com o seu papel. Os limites e instrumentos devem estar previstos em lei
	QUAL O PRAZO DE QUE DISPÕE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL PARA ANULAR UM ATO ADMINISTRATIVO ILEGAL?
	ÂMBITO FEDERAL
	ESTADO E MUNICÍPIOS
	Regra
	Exceção
	Estados e Municípios possuem autonomia (art. 18 CF) para editar suas próprias leis de processo administrativo. Ex: em MT são 10 anos.
	05 ANOS – Lei 9.784/99.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Ex: servidor aposentou irregularmente, a ADM PUB terá 5 anos para anular o ato. O prazo decadencial de 5 anos começa a contar da data da homologação da concessão pelo Tribunal de Contas e não da data da concessão inicial da aposentadoria.
	Em caso de MÁ-FÉ. – lei 9.784/99
AFRONTA DIRETA À CF (STF) não haverá prazo para a anulação do ato administrativo, ou seja, pode buscar a anulação do ato a qualquer tempo.
	Súmula 633-STJ: A Lei nº 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.
	Mesmo depois de terem-se passado mais de 5 anos, a Administração Pública pode anular a ANISTIA POLÍTICA concedida quando se comprovar a ausência de perseguição política, desde que respeitado o devido processo legal e assegurada a não devolução das verbas já recebidas. Ex: militar recebia valores em razão da anistia política, contudo, a AGU comprovou que não houve perseguição política, motivo pelo qual o ato foi anulado em razão do Princípio da Autotutela.
	
	Revogar atos “válidos”por conveniência e oportunidade.
	A autotutela aprecia os atos por dois aspectos
	Legalidade
	Mérito
	(anulando os atos ilegais),
	(reexamina um ato legítimo “válido” quanto à conveniência e oportunidade , podendo mantê-lo ou revoga-lo).
	Mesmo o ato sendo ilegal e a Administração Pública tendo o dever de anulá-lo, deve ser respeitado o direito de contraditório e ampla defesa.
	STJ: O poder-dever da Administração de invalidar seus próprios atos encontra limite temporal no princípio da segurança jurídica. O decurso do tempo ou a convalidação dos efeitos jurídicos, em certos casos, é capaz de tornar a anulação de um ato ilegal claramente prejudicial ao interesse público, finalidade precípua da atividade exercida pela Administração
	A Administração pode anular atos ilegais ou revogar atos inoportunos e inconvenientes.
	O PODER JUDICIÁRIO
	Pode Controlar a LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Discricionários 
	O Poder Judiciário NÃO PODE CONTROLAR O MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO.
	g.1) LIMITES AO PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA:
	Deve conceder contraditório e ampla defesa quando anular ou revogar ato que interfere no direito do administrado.
	Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
H) Princípio da Segurança Jurídica / Princípio da Estabilidade das Relações Jurídicas / Princípio da Paz Social:
	Uma nova norma administrativa não pode retroagir.
	Visa proteger o ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada.
	O prazo decadencial de 5 anos para a administração púbica revogar os atos ilegais quando praticados (P. autotutela), após esse prazo não será possível a revogação em virtude do princípio da segurança jurídica.
	A doutrina diferencia
	Princípio da Segurança Jurídica
	Princípio à Confiança / Princípio da Confiança Legítima / Princípio da Proteção à Confiança.
	
	Não há previsão em lei, é fruto da criação doutrinária.
	Aspecto objetivo: assegurar as relações jurídicas.
	Aspecto subjetivo: assegurar a crença dos indivíduos que os atos da administração são legais.
Em razão do princípio da proteção da confiança legítima, um ato administrativo eivado de ilegalidade poderá ser mantido, considerada a boa-fé do administrado, a legitimidade da expectativa induzida pelo comportamento estatal e a irreversibilidade da situação gerada. EX: Determinado município, após celebrar com particulares contratos de promessa de venda e compra de glebas de sua propriedade, passou, sob a gestão do novo prefeito, a promover anulações contratuais porque os parcelamentos pactuados não estariam regularizados por não atenderem a requisitos legais.
	
	EX: ato praticado por servidor investido irregularmente no cargo serão considerados válidos. “Agente de Fato”.
	Em virtude dos princípios da proteção à confiança e da segurança jurídica, entende o STF que podem ser considerados válidos os atos praticados por agente público ilegalmente investido.
	
	não autoriza a manutenção em cargo público de servidor público empossado por força de decisãojudicial de caráter provisório posteriormente revista, ainda que decorridos mais de cinco anos da investidura no cargo.
	PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO:
	As funções essenciais e necessárias da coletividade não podem sofrer interrupções.
	Direito de greve não é absoluto, devendo ser exercido nos termos e limites definidos em lei.
Além disso, Maria Sylvia Di Pietro destaca as seguintes consequências concretas do princípio:
" Vedação de o particular contratado, dentro de certos limites, impor contra a Administração a EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. Nesse caso, o Estado pode ficar ATÉ 90 DIAS SEM PAGAR e a empresa contratada ainda assim tem o dever de manter a execução desses serviços regidos pela Lei 8.666/1993 (art. 78, inciso XV).
	TCU permite a manutenção temporária dos contratos da execução de serviços essenciais, mas que foram originados de certames licitatórios irregulares.
i.1) LIMITES AO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: O SERVIÇO SERÁ INTERROMPIDO QUANDO:
	for necessário reparar ou fazer melhoria nos serviços;
	O usuário não pagar a tarifa (energia, telefonia,etc).
j) PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE:
	Ligado à ideia da descentralização administrativa, cria uma PJ especialidade para oferecer um determinado serviço.
k) PRINCÍPIO DA HIERARQUIA:
	fundamenta a forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros.
L) PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO:
	havendo risco da ocorrência de danos graves, medidas preventivas devem ser adotadas de imediato.
M) PRINCÍPIO DA SINDICABILIDADE:
	os atos públicos podem ser sindicalizados / controlados / observados/ acompanhados para ver se estão em consonância com a lei e com os princípios que regem a Administração Pública.
n) OUTROS PRINCÍPIOS:
	PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: o Estado só deve atuar quando o particular não tiver condições de atuar sozinho, hipótese em que deve estimular, ajudar, subsidiar a iniciativa privada.
	 PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE / IMPULSO OFICIAL: Oficial: a administração pública pode atuar, de ofício, na condução de todas as fases do processo, inclusive com iniciativa de investigação dos fatos, podendo produzir provas de ofício e proteger os direitos dos cidadãos interessados na regular condução do processo. Isso decorre do entendimento de que o processo tem finalidade pública, mesmo nas situações em que o particular dá início a sua tramitação. Ex: rever de ofício, decisões sancionatórias aplicadas a servidor público por meio de regular processo administrativo.
	A revisão, de ofício, pela administração pública, de decisões sancionatórias aplicadas a servidor público por meio de regular processo administrativo é permitida, em decorrência do princípio da oficialidade.
	PRINCÍPIOS ONIVALENTES: são aqueles encontrados em toda construção científica elaborada pelo homem
AULA 2 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO
	ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
	O estado age administrativamente por meio de seus: órgãos e entidades públicas.
	Órgão: não tem personalidade jurídica própria. Age por meio de seus agentes públicos.
		Entidade públicas:
tem personalidade jurídica própria. Por isso se processa o município e não a prefeitura.
	b.1) Entidades políticas (União, Estados, DF e municípios)
	b.2) Entidades administrativas
	TEM AUTONOMIA POLÍTICA, vale dizer, a capacidade de legislar, inovar no ordenamento jurídico, característica exclusiva das entidades políticas.
	integrantes da Administração Indireta NÃO TEM AUTONOMIA POLÍTICA. Elas se limitam a agir nos limites estabelecidos pelas leis emitidas pelas pessoas políticas.
		A diferença principal entre entidade política e entidade administrativa é a capacidade política, que só a entidade política tem.
2 – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO
	Para o desempenho de suas atribuições, a Administração Pública organiza seus órgãos e entidades com base em três princípios fundamentais: centralização, descentralização e desconcentração.
	CENTRALIZAÇÃO
	DESCENTRALIZAÇÃO
	CONCENTRAÇÃO
	DESCONCENTRAÇÃO
	Prestação de Serviço na qual o Estado presta o serviço pelos seus próprios órgãos da Administração Pública Direta, em seu nome, e sob sua exclusiva responsabilidade, sendo o titular do serviço.
	Duas ou mais PJ – outra pessoa que desempenha a função pública.
DescEntralização = Cria ente - ENTIDADE
	É a situação em que a
pessoa jurídica integrante da Administração Pública extingue seus órgãos, reunindo em um número menor de unidades as respectivas competências.
	Uma PJ - Distribuição INTERNA de competência – é o próprio ente que desempenha a função.
desconcentração = Cria ÓRGÃO.
Macete: cria órgão. Lembrar - órgão é interno – se é interno existe hierarquia e subordinação “ saiu de dentro de você – ex: um bebe”
	Entidade política
	Entidade administrativa
	
	
	Possuem personalidade jurídica
	Não possuem personalidade jurídica
	Possuem personalidade judiciária (excepcionalmente, poderão estar em juízo na defesa de seus interesses)
	Possuem autonomia política
	Não Possuem autonomia política
	Sem hierarquia entre os entes políticos
	“Na descentralização não existe hierarquia, existe vinculação”
L: existe vinculação.
Visa eficiência.
Descentralização SEFUTEO – transfere a titularidade e a execução
Descentralização por colaboração – transfere apenas a titularidade.
Em nenhuma forma de descentralização há hierarquia ou subordinação, o que EXISTE é a SUPERVISÃO. ( descentraLização = não existe hierarquia = existe vincuLação
	
	“na desconcentração, existe hierarquia e subordinação”
“na desconcentração como a distribuição de competência é Interna, existe hierarquia e subordinação”
a administração pública desmembrar seus órgãos, distribuindo os serviços dentro da mesma pessoa jurídica, para melhorar a sua organização estrutural
	
	Instrumento CONVÊNIO
	
	
	Ex: U, E, DF, M.
	Ex: Autarquias; Fundações; EP; SEM.
	Ex: Uma Secretaria Estadual que resolve diminuir o número de subsecretarias.
	Ex: Ministério; Secretarias.
	CENTRALIZAÇÃO
	DESCENTRALIZAÇÃO
	DESCONCENTRAÇÃO
	
	Possuem personalidade jurídica
	Não possuem personalidade jurídica = Como o ÓRGÃO PÚBLICO NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA E PERTENCEM AO ENTE PÚBLICO MAIOR (UNIÃO, ESTADO, MUNICÍPIO), os Órgãos públicos praticas seus atos mediante os seus AGENTES PÚBLICOS, ou seja, SÃO CENTRO DE COMPETÊNCIAS DESPERSONALIZADOS, assim, eventual prejuízo causado por ele deve ser imputado ao Ente. Ex: Assembleia causar prejuízo, quem responde é o Estado, se for a prefeitura é o Município.
	
	Possuem capacidade processual
		Órgão Público possui Capacidade Processual
	Regra
	Exceção
	Não.
	Órgãos Independentes e Órgãos Autônomos possuem na defesa de seus prerrogativas institucionais.
	
	São titulares de direitos e obrigações em nome própria
	Não gozam de autonomia
	
	Tem patrimônio próprio
	Não tem patrimônio próprio
	DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA POR SERVIÇOS / FUNCIONAL / TÉCNICA / OUTORGA
	DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA POR COLABORAÇÃO / DELEGAÇÃO:
	o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela TRANSFERE A TITULARIDADE E A EXECUÇÃO de determinado serviço público.
	o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela TRANSFERE A EXECUÇÃO de determinado serviço público, Mas fica com a Titularidade.
	Criação por LEI
	Criação por Contrato Administrativo ( concessão ou permissão de serviços públicos) ou Ato Unilateral (autorização de serviços públicos).
	Prazo indeterminado
	Prazo determinado
	Em nenhuma forma de descentralização existe hierarquia
	
	
	
	
2.1) CENTRALIZAÇÃO:
	o próprio ente político (U,E,DF,M) executa suas tarefas. Ex: Secretaria de Obras limpa o terreno.
	A centralização consiste na execução das tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos integrantes da administração direta.Parte superior do formulário
	Desempenho direto das atividades.
Descentralizar é Afastar do Centro.desCOncentrar => CRIAR ÓRGÃOS – ex: criar Secretarias – Existe Hierarquia - subordinação
desCEntraLizar => CRIAR ENTES – não existe hierarquia, é vincuLação.
	Os institutos da descentralização(2 PJ) e da desconcentração(1 PJ) diferenciam-se quanto ao número de pessoas envolvidas no processo.
	
2.2) DESCENTRALIZAÇÃO:
	outra PF ou PJ executa a tarefa. ESTADO + PF ou PJ. “existe duas ou + pessoas” “outro ENTE”
	o estado transfere suas atribuições para outra PF ou PJ.
	o estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica.
	Busca a eficiência. 
	Desempenho indireto das atividades.
	O instrumento utilizado para formalizar a descentralização é o CONVÊNIO.
	Em nenhuma forma de descentralização há hierarquia ou subordinação, o que EXISTE é a SUPERVISÃO. ( descentraLização = não existe hierarquia = existe vincuLação EX: Município que cria uma empresa pública destinada a executar serviços de tratamento de esgoto.
2.2.3 DESCENTRALIZAÇÃO PODE SER:
	A Descentralização pressupõe Duas pessoas jurídicas distintas ( uma que irá descentralizar o serviço “ENTE FEDERADO” e outra pessoa criada pelo ENTE que irá executar o serviço”.
	A descentralização, como princípio fundamental da administração pública federal, pressupõe duas pessoas jurídicas distintas, o ESTADO e a ENTIDADE que executará o serviço.
	DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA
	DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
	o próprio ente cria (U,E,DF,M) uma pessoa jurídica e a ele transfere a titularidade de determinado serviço público. Aqui encontram-se as entidades da Administração Pública Indireta, quais sejam: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
	: ocorre, em regra, dentro de uma mesma esfera de governo: a entidade política (União, Estado, DF ou Município) transfere alguma ou algumas de suas atribuições a entidades que irão compor as suas respectivas administrações indiretas, criadas especificamente para esse fim, ou, ainda, a pessoas físicas ou jurídicas sem vínculo anterior com a Administração.
		Em nenhuma forma de descentralização existe hierarquia.
2.2.4 - A doutrina costuma classificar a descentralização administrativa em três modalidades: 
	Descentralização Administrativa por serviços / funcional / técnica / outorga: SEFUTEO
	Descentralização Administrativa por Colaboração / Delegação
	Descentralização Administrativa Territorial ou Geográfica
		Descentralização Administrativa por serviços / funcional / técnica / outorga: SEFUTEO
		Descentralização Administrativa por Colaboração / Delegação:
	 a entidade política, mediante lei em sentido formal (poder legislativo); cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e TRANSFERE A TITULARIDADE (quem delegou só poderá retomar as atividades mediante lei) E A EXECUÇÃO do serviço; independência (controle finalístico é a tutela) para verificar se a PF/PJ está cumprindo com seu papel, não existe subordinação (apenas vinculação).
	Lei fOrmal = legistalivO.
	é feita em regra por um contrato administrativo ou ato unilateral(não precisa de lei em sentido formal), depende de licitação. TRANSFERE apenas A EXECUÇÃO do serviço para a PJ de direito privado e FICA COM A TITULARIDADE.
	O particular colabora com o estado, executando o serviço que deveria por ele ser prestado.
	A PJ de direito privado tem fins lucrativos e é integrante do chamado segundo setor (mercado).
		SErviço
	FUncional 
	TÉcnica
	OUtorga 
		Concessões, permissões, autorizações de serviços públicos. 
		IBAMA: autarquia a que a União transferiu por lei a competência de atuar na proteção do meio ambiente.
	
		SEFUTEO = Transfere a execução e a titularidade.
		O estado transfere a execução e FICA com o a titularidade do serviço.
	Autarquias, EP, SEM, FP, CP
	
		A lei é em sentido formal, mas a definição do seu campo de atuação pode ser feito por instrumentos normativos infralegais.
		O Ente transfere a execução do serviço a uma PJ de direito privado que JÁ EXISTE, o ente não precisa criar a PJ.
		Geralmente o prazo é indeterminado.
	o ente que desconcentrou a atividade só poderá retomar a 
		Contrato = prazo determinado.
	Ato Unilateral = prazo indeterminado
É precário, podendo ser revogado a qualquer tempo
		mesmo quando o estado transfere a titularidade do serviço, ele se mantém responsável pelos danos decorrentes da atividade, de forma subsidiária.
	
	Em nenhuma forma de descentralização há hierarquia ou subordinação, o que EXISTE é a SUPERVISÃO. ( descentraLização = não existe hierarquia = existe vincuLação
		DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA: só pode ocorrer no Brasil se algum dia for criado algum Território Federal. A União criaria uma pessoa jurídica de direito público com limites territoriais determinados e competências administrativas genéricas.
	Demais anotações
		Concentração Administrativa: é concentrar / fundir / unificar as atividades de Órgãos Públicos. Ex: A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social.
3 – DESCONCENTRAÇÃO
desC(criar)O(órgãos)ncentração.
“na desconcentração como a distribuição de competência é Interna, existe hierarquia e subordinação”
	EX: A criação de secretaria municipal de defesa do meio ambiente por prefeito municipal.
	DESCONCENTRAÇÃO: DISTRIBUIÇÃO INTERNA de competência dentro da mesma PJ e sem personalidade jurídica.
	CESP diz que é distribuição interna de competência dentro do mesmo ÓRGÃO e sem personalidade jurídica.
	É apenas uma pessoa jurídica que divide internamente a distribuição dos serviços.
	É uma técnica administrativa de distribuição interna de atribuições para aprimorar o desempenho.
	Desconcentração ocorre na administração direta e indireta.
	Ex: união transfere competências para o Ministério da Educação, Saúde, Transporte, etc).
	Universidade Federal que cria um departamento para oferecer curso de pós-graduação.
	Controle Hierárquico (Existe Hierarquia, subordinação). 
	Desconcentração é apenas na função administrativa, não existe desconcentração na função Legislativa ou Judiciária.
	3.1 A desconcentração pode ser classificada:
	Em razão da Matéria
	Em razão do Grau / Hierarquia
	Em razão do Critério Territorial
	a matéria a ser tratada (ministério da saúde, educação, transporte, etc)
	superintendência, secretaria, ministério, etc
	 superintendência da RF no RS, em SP, em MT, etc.
4 - ADMINISTRAÇÃO DIRETA
	Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (União, Estados, DF e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício de atividades administrativas, de forma centralizada. Em outras palavras, na administração direta “a Administração Pública é, ao mesmo tempo, a titular e a executora do serviço público”.
As pessoas da administração direta, recebem o nome de pessoas políticas do estado.
Não existe hierarquia entre os Entes Políticos: U,E,DF,M, o que existe é a Cooperação, ou sejam, um não da ordem ao outro, pois eles são autônomos. 
4.1 COMPOSIÇÃO:
Federal: PR + Ministros.
	ADMINSITRAÇÃO PÚBLICA
	ÓRGÃO PUBLICO
	ENTIDADE PÚBLICA
	Lei nº 9.784/99 Art. 1, §2º I: Unidade de atuação INTEGRANTE DA ESTRUTUTA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA e DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
	Lei nº 9.784/99 Art. 1, §2º II: É a unidade de atuação dotada de PERSONALIDADE JURÍDICA
	Nasce da desCOncentração
	Nasce da desCEntralização
	São partes integrantes da U,E,DF,M, das Autarquias ou Fundações Públicas
		Entidade Pública
	De Caráter Político
	De Caráter Administrativo
	São entes criados entidades políticas
	São entes criados pelas entidade administrativas
	(U,E,DF,M
	Autarquia, EP, SEM, Fundações não Autárquicas)
Personalidade jurídica: existem para o direito, são capazes de contrair direitos e obrigações, ou seja, são capazes de agir em nome próprio para pleitear os seus direitos. Podem mitigar em juízo (ser autor, réu), isto é, tem capacidade processualativa.
	
	ÓRGÃO PÚBLICO
	REGRA
	EXCEÇÃO
	Não possuem PERSONALIDADE JURÍDICA
	Possuem PERSONALIDADE JUDICIÁRIA
	Não tem capacidade processual ativa.
	Jurisprudência admite que os ÓRGÃO AUTÔNOMOS (previsto na PR, CD, SF, STF, STJ, MPU, TCU) e ÓRGÃO INDEPENDENTES (Ministérios, Secretarias de Estado, AGU) e CÂMARA DE VEREADORES devido a sua importância possuem CAPACIDADE PROCESSUAL / PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, na defesa de suas prerrogativas constitucionais e institucionais – agindo como sujeito ativo – órgãos titulares de direito subjetivo. 
Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
	
PERSONALIDADE JURÍDICA: existem para o direito, são capazes de contrair direitos e obrigações, ou seja, são capazes de agir em nome próprio para pleitear os seus direitos. Podem mitigar em juízo (ser autor, réu), isto é, tem capacidade processual ativa.
	Não possuem capacidade processual (salvo órgão autônomos e independentes na defesa de seus interesses (personalidade judiciária).
	Possuem capacidade processual
	Não gozam de autonomia = atuam para fazer a vontade da entidade a que pertencem,
	Gozam de autonomia = são titulares de direitos e obrigações em nome próprio.
	Não tem patrimônio próprio.
	Tem patrimônio próprio.
TEORIA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO: a doutrina majoritária entende que muito embora os Órgãos não tenham personalidade jurídica própria, alguns órgãos, devido a sua importância em razão da história ou atuação, podem ganhar vida própria. Ex: exército brasileiro.
4.2 ÓRGÃOS PÚBLICOS:
	É considerado um Centro Especializado de Competência.
	Devem possuir CNPJ próprio, diretamente ligado ao CNPJ da PJ que integra.
	Centro de competências responsáveis para desempenhar o papel do estado.
	Órgãos públicos resultam da desconcentração. DESCONCENTRAÇÃO: criar órgãos.
	 A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta (Lei. 9784/99 Art. 1, §2, I).
	- Não tem personalidade jurídica (Entes despersonalizados) – pois o órgão público são considerados como UNIDADE DE ATUAÇÃO DESPERSONALIZADOS: eles não tem a capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações em nome próprio.
	- São criados por lei, vedada a criação mediante Decreto Autônomo (Art. 84 VI CF).
	- Não possuem patrimônio próprio em decorrência da falta da personalidade jurídica.
	- É possível que órgãos firmem contratos de gestão (Art. 37 §8 CF).
	Contratos de Gestão é uma modalidade, onde o órgão ou entidade da Administração Pública aumenta sua autonomia gerencial, financeira e orçamentária visando atingir objetivos propostos.
	TEORIA SOBRE AGENTES PÚBLICOS
	TEORIA DO ÓRGÃO / IMPUTAÇÃO / IMPUTAÇÃO VOLITIVA: (ADOTADA),
	TEORIA DO MANDATO
	TEORIA DA REPRESENTAÇÃO
	a vontade estatal é manifestada por meio dos agentes públicos, cuja atuação é imputada ao Estado. Desta forma, os atos praticados somente pelos agente públicos (e não por particulares que se passam por funcionário público) são imputados ao Estado. O agente público deve ser o Agente de Fato: aquele que possui aparência de agente público, não é qualquer aparência, sendo que, em verdade, há indícios de ligação do agente com o Estado. Exemplo: servidor está suspenso e continua a exercer suas funções. Ora, o fato de estar suspenso retira a validade de seu ato, contudo, há a aparência de legitimidade de seus atos à terceiros porque ele possui ligação com o Estado.
De outro modo, quando um particular se passa por funcionário público, o estado não poderá ser responsabilizado por tais atos, uma vez que ele não possui aparência de funcionário público mesmo que o agente haja de boa-fé. ex: Jorge Cavalo se passa por PM e realiza abordagem na rua.
	Criada por OTTO GIERKE que se baseou na noção de Imputação Volitiva. Ele comparou o Estado ao Corpo Humano, onde cada repartição estatal funciona como uma parte do todo.
	
	A teoria do órgão, é reflexo importante do princípio da impessoalidade.
	A teoria do órgão reconhece os atos dos funcionários de fato como atos do Estado.
	A Lei 8.429/1992 (Lei de improbidade administrativa), por sua vez, apresenta em seu art. 2º o seguinte conceito de agente público: “todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos e entidades da Administração Pública”.
	 não explicava como o estado poderia outorgar o mandato, já que não tinha vontade própria.
 É como se o Estado passa-se uma procuração para o agente público agir.
O agente, pessoa física “ pessoa para quem o estado outorgou o mandato”, seria o mandatário da pessoa jurídica, agindo em seu nome e sob a responsabilidade dela, em razão da outorga de Poderes, ou seja, a pessoa física que mandaria. O Estado não responderia perante terceiros quando o mandatário agisse com excesso de poderes, ou seja, além das atribuições a ele conferidas.
	equiparava os agente públicos ao representante das pessoas incapazes / curadores do Estado (incapacidade civil, menoridade).
4.4) Criação e Extinção de Órgãos:
	A CRIAÇÃO e a extinção de órgãos na Administração Direta do Poder Executivo necessitam de lei em sentido formal (aprovada pelo Legislativo), de iniciativa do chefe do Poder Executivo. “sentido fOrmal = legislativO.
	Para a ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO não precisa de lei, basta um Decreto Autônomo (DECRETO REGULAMENTAR), desde que não aumente a despesa nem criação ou extinção de órgão público, porque para isso é necessário lei.
	Cada organização administrativa (Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, TCU) é responsável pela criação e extinção de seus órgãos públicos. o autor Carvalho Filho entende que o Poder Legislativo pode criar órgãos apenas com a edição de atos administrativos.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
	TEORIA DA CONCEPÇÃO FORMALISTA DO SERVIÇO
	
	Se o ÓRGÃO PÚBLICO NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, como ele poderá firmar contrato com o particular? Mediante o CONTRATO DE GESTÃO: contrato firmado entre administradores e o poder público, tendo por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
 
	Aplica-se a TEORIA DA CONCEPÇÃO FORMALISTA DO SERVIÇO:   Entes despersonalizados podem fechar CONTRATO DE GESTÃO com o particular – Art. 37 § 8º, da CRFB.  Ex.:   A Superintendência da PF (ente despersonalizado) pode realizar CONTRATO DE GESTÃO para contratar serviço de execução de limpeza na sua sede.  EX 2: Assembleia Legislativa causa um prejuízo, o Estado que arcará com o prejuízo.
	Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato (de GESTÃO), a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
	Como o ÓRGÃO PÚBLICO NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA E PERTENCEM AO ENTE PÚBLICO MAIOR (UNIÃO, ESTADO, MUNICÍPIO), os Órgãos públicos praticas seus atos mediante os seus AGENTES PÚBLICOS, ou seja, SÃO CENTRO DE COMPETÊNCIAS DESPERSONALIZADOS, assim, eventual prejuízo causado por ele deve ser imputado ao Ente. Ex: Assembleia causar prejuízo, quem responde é o Estado, se for a prefeitura é o Município.
Órgão público nasce da DESCONCENTRAÇÃO.
5 – CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
	5.1 ÓRGÃO PÚBLICO QUANTO À ESTRUTURA:
	ÓRGÃOS SIMPLES / UNITÁRIOS
	ÓRGÃOS COMPOSTOS
	são aqueles que não possuem subdivisões em sua estrutura interna, ou seja, desempenham suas atribuições de forma concentrada. EX: delegacia, promotoria, juízo.
	 são aqueles que possuem subdivisões. reunem em sua estruturadiversos órgãos menores, subordinados hierarquicamente, como resultado da desconcentração. EX: Presidência da República se que subdivide em Ministérios.
	5.2 ÓRGÃO PÚBLICO QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL
	ÓRGÃOS SINGULARES / UNIPESSOAIS
	ÓRGÃOS COLEGIADOS / PLURIPESSOAIS
	decisão tomada por um único agente. são aqueles cujas decisões dependem da atuação isolada de um único agente, seu chefe e representante. EX: PR, Ministro de Defesa, DPF.
	são aqueles cuja atuação e decisões são tomadas pela manifestação conjunta de seus membros. EX: Tribunal do Júri.
	5.3) ÓRGÃO PÚBLICO QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL
	ÓRGÃOS INDEPENDENTES
	ÓRGÃOS AUTÔNOMOS
	são aqueles previstos diretamente na Constituição Federal.
	são aqueles que se situam na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes, auxiliando-os diretamente. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, mas não possuem independência. Caracterizam-se como órgãos diretivos. Exemplo: os Ministérios, as Secretarias de Estado, a Advocacia-Geral da União, etc.
	ÓRGÃO PÚBLICO = OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
		Órgãos superiores: possuem atribuições de direção, controle e decisão, mas sempre estão sujeitos ao controle hierárquico de uma instância mais alta. Não têm nenhuma autonomia, seja administrativa seja financeira. Exemplo: Procuradorias, Coordenadorias, Gabinetes.
	Órgãos subalternos: são todos aqueles que exercem atribuições de mera execução, com reduzido poder decisório, estando sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. Exemplo: seções de expediente, de pessoal, de material etc.
	Órgãos Burocráticos: só um agente público toma as decisões de maneira vertical (Diretoria), o diretor manda nos subordinados.
	Órgãos Ativos / Consultivos / de Controle: 
6 – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA / DESCENTRALIZADA
	A Administração indireta é uma DESCENTRALIZAÇÃO.
	Administração Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas, de direito público ou privado, SEM AUTONOMIA POLÍTICA. Não pertencem a administração direta, são apenas vinculadas à Administração Direta, têm a competência para o exercício de atividades administrativas, de forma DESCENTRALIZADA. São as: AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, FUNDAÇÕES PÚBLICAS. TEMOS AINDA OS CONSÓRCIOS PÚBLICOS E AS ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS.
	FASE ( ADMINISTRAÇÃO INDIRETA) F-A-S-E
		F – Fundações Públicas
	A - Autarquias
	S – Sociedade de Economia Mista 
	E – Empresa Pública
	Não possui autonomia política; ou seja, não tem autonomia para legislar, o que pode ser atribuído a administração indireta é a competência/função administrativa.
	Não é SUBORDINADA.
	Em nenhuma forma de descentralização há hierarquia ou subordinação, o que existe é a supervisão. ( descentraLização = não existe hierarquia = existe vincuLação.
	O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste, na lei de criação da entidade, a atividade a ser exercida de modo descentralizado.
	Descentralização Administrativa: ocorre quando a administração direta cria uma Pessoa Jurídica dotada de autonomia administrativa, gerencial e financeira e que tem um pessoal especializado para desempenhar as atividades de forma mais eficiente.
	Como a administração direta sabe se a Administração Indireta (descentralização administrativa – autarquia, EP, SEM,FP) está sendo eficiente e cumprindo o seu papel? Mediante a:
		SUPERVISÃO MINISTERIAL / TUTELA ADMINISTRATIVA: / SUPERVISÃO / CONTROLE FINALÍSTICO / CONTROLE POR VINCULAÇÃO / CONTROLE TELEOLÓGICO: é o controle finalístico / poder de tutela, ou seja, A SUPERVISÃO QUE A ADMINISTRAÇÃO DIRETA EXERCE SOBRE A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, PARA VERIFICAR SE ELA ESTÁ CUMPRINDO COM O SEU PAPEL. Os limites e instrumentos devem estar previstos em lei.
	possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa.
	A administração indireta é vinculada e não subordinada a administração direta. Essa supervisão ministerial verifica se a administração indireta está alcançando os resultados para a qual foi criadas. Ex: Banco Central (autarquia) que é vinculada (não subordinada) ao Ministério da Fazenda. O Banco Central é responsável pela fixação da taxa de juros, tal decisão possui natureza estritamente técnica, portanto não deve sofrer interferência do Ministério da Fazenda.
a.1) supervisão ministerial se distribui sobre quatro aspectos: controle político, institucional, administrativo e financeiro.
7 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
	As pessoas jurídicas que integram a administração indireta – autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista – apresentam três pontos em comum: necessidade de lei específica para serem criadas, personalidade jurídica própria e patrimônio próprio.
	
	
	
	AUTORIZADA por Lei Específica / Lei Ordinária Específica / Autorizada a Instituição
	CRIADA Por Lei Específica (LEI ORDINÁRIA)
	Lei Complementar
	Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista.
	Autarquia
	Define a área de atuação da Fundação
	Fundação Pública de Direito Privado.
	Fundação pública de direito público
	
	 AUTARQUIA
		Conceito: Decreto-Lei 200/67: Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o SERVIÇO AUTÔNOMO, CRIADO POR LEI, COM PERSONALIDADE JURÍDICA, PATRIMÔNIO E RECEITA PRÓPRIOS, PARA EXECUTAR ATIVIDADES TÍPICAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, QUE REQUEIRAM, PARA SEU MELHOR FUNCIONAMENTO, GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DESCENTRALIZADA.
	Criação e Extinção Criada e extinta por LEI ESPECÍFICA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO( Princípio da Simetria das Formas Jurídicas). Mas a Organização pode ser por Decreto, desde que isso não aumente a despesa, nem a criação ou extinção de órgãos públicos.
	A Autarquia faz parte da Administração Indireta, SEM AUTONOMIA POLÍTICA. Não pertencem a administração direta, são apenas vinculadas à Administração Direta, têm a competência para o exercício de atividades administrativas, de forma DESCENTRALIZADA.
	Objeto / Atividade Desenvolvida: atividades típicas do Estado, sem Fins Lucrativos, ou seja não pode desempenhar atividade econômica. É um serviço de forma especializada, técnica, com organização própria e forma mais ágil. Sempre que as atividades políticas descentralizam atividades típicas do estado, a entidade a ser criada é uma autarquia.
	Regime Jurídico: direito público.
	Prerrogativas: prazo em dobro, prescrição quinquenal, pagamento de condenação judicial por precatório, inscrição de seus créditos em dívida ativa e sua cobrança por meio de execução fiscal, imunidade tributária, impenhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade, não sujeição à falência.
	Classificação: geográfica ou territorial; de serviço ou institucional; fundacionais; corporativas ou associativas.
	Autarquias de Regime Especial: maior autonomia que as demais. Estabilidade dos dirigentes (ex: agências reguladoras_
	Patrimônio: bens públicos (impenhorabilidade, imprescritibilidade e restrições à alienação_
	Pessoal: Estatutário. regime jurídico único (igual ao da adm. Direta).
	Foro Judicial: JF (Federais) e JE (Estaduais e Municipais).
	Autarquia / serviço público descentralizado / serviço público personalizado.
	Adquire a PERSONALIDADE JURÍDICA com a publicação da lei que a instituiu, não sendo necessário registro de seus atos em cartório.
	Autarquia possui PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, sendo assim, elas respondem pelos atos praticados pelos seus agentes. Ex: cidadão que não possui veículo e foi multado pelo agente de trânsito, deve ajuizar Ação Anulatória em face do DETRAN.
	Pode ser federais, estaduais, distritais e municipais (nível federativo)
	Autarquia Não exerce ATIVIDADE ECONÔMICA.
	Controle Finalístico / Tutela / Supervisão Ministerial: Autarquia é sujeita a controle da pessoa política que as criou, à qual é vinculada. “não é controle hierárquico, é CONTROLE FINALÍSTICO”.
	Princípio da Tutela: a administração

Continue navegando